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quarta-feira, janeiro 14, 2015

Alguma utilidade para o 'pau de selfie'

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Idiotice? Pausa para selfie ao fugir de touros
Há dez anos, Chico Buarque deu uma polêmica entrevista para o jornal espanhol "La Vanguardia" afirmando, com todas as letras: "Eu nunca vi um movimento geral de idiotice como o de hoje. Já vivemos quase duas décadas de idiotice globalizada. A idiotice nos rodeia, eu mesmo tenho medo de ficar idiota" (leia aqui tradução publicada pelo UOL). Lembrei dessas declarações quando um colega de trabalho narrou, estupefato, uma cena insólita presenciada por ele na estação Sé do metrô paulistano: uma menina que, na ânsia de fazer uma selfie com sua câmera fotográfica, foi caminhando de costas até despencar em uma escada. E todo esse desastre para tentar registrar na fotografia, atrás dela, a maravilhosa "paisagem" da parede de concreto da estação subterrânea...

Idiotice? Todos em busca da selfie 'perfeita'
Pois é. Umair Haque, num artigo para o site Papo de Homem publicado em outubro do ano passado, já observava: "Se toda a sua vida se resume à busca da Selfie Perfeita (...) – parabéns! Você é um honorável membro da Geração Idiota". E bota idiota nisso: tem (muita!) gente fazendo selfie com o rosto cheio de fita adesiva e outros usando até raio-X (!). O pior é que essa "honorável" geração agrega bilhões de adeptos, e, inevitavelmente, a Grande Indústria se apressou em colocar sua prancha para surfar na nova onda consumista. A "mania" do momento é o chamado "pau de selfie", haste de metal acoplada à câmera que permite aos idio..., digo, aos "auto-fotografáveis", maior liberdade para produzirem suas "obras de arte". De acordo com a Folha de S.Paulo, o "imprescindível" acessório é "campeão de vendas" no país neste verão...

Idiotice? Não basta fazer selfie, tem que tatuar
Buenas, mas não para por aí. Como somos regidos pela Lei de Murphy, tudo o que é ruim sempre pode ficar pior. Assim, o selfie "evoluiu" para o belfie - a "auto-fotografia" da bunda (!!). É sério! E o que aconteceu depois disso? Bingo: a Grande Indústria criou o belfie stick, ou seja, o "pau de selfie" para fotografar a bunda (!!!). Pois é... Chico Buarque, pra variar, tinha (muita) razão. Atualmente, selfie virou obrigação até em velório - e de parente que morreu em desastre, como fez a viúva do Eduardo Campos. Porém, como a única maneira de escapar de tanta "tecnologia" é fugir para o meio do mato, onde não exista energia elétrica nem sinal de internet ou de celular (e isso está ficando praticamente impossível), temos que nos adaptar aos novos tempos. Por isso, para todos os manguaças e simpatizantes que leem o Futepoca, compartilho a sugestão destes dois bêbados para dar alguma utilidade ao famigerado "pau de selfie":

Idiotice? Pelo menos o manguaça pode descansar a cabeça enquanto bebe 'só mais uma'...

quarta-feira, outubro 30, 2013

O celular é o melhor amigo... da cerveja

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Automação da produção caseira da cerveja, mediada pelo smartphone. É o que promete o Brewbot, um projeto que captou 114,3 mil libras por meio da plataforma de crowdfunding Kick Starter. Mais legal do que produzir a cerveja é poder monitorar o processo do celular. Enquanto todos pensarem que você está lendo e-mail, fazendo check-in numa mídia social nova ou só vendo as últimas do facebookson, seu foco estará em algo muito mais profícuo.

Foto: Divulgação
Receita sob controle do smartphone. Nunca um celular pareceu tão espertinho.

Cansados de tomar as versões mais ou menos sem graça das grandes multinacionais da área, no mundo todo a horda de interessados em cervejas caseiras cresce continuamente. Mais público anda disposto a provar fermentados caseiros, mas isso não quer dizer, necessariamente, sinônimo de precariedade. E a tecnologia pode ter um papel e tanto para facilitar a vida dos nanoprodutores.

Foto: Divulgação
Enquanto proliferam os aplicativos para patrulhar o consumo de bebidas, assim como o controle sobre os itens disponíveis na geladeira e outras formas de transformar a vida em um jogo, o conjunto para produzir ocupa o espaço de uma geladeira mais um frigobar. Ou de um frizer horizontal (foto). Inclui recipiente de inox e outro de madeira, com termômetros, tubos, válvulas e outros detalhes necessários para produzir cerveja caseira.

A empresa que desenhou o produto, chamada Cargo, é irlandesa. Pelo jeito, automatizar o processo é uma forma de garantir mais estabilidade ao resultado final. Dá para imaginar o produtor (e apreciador) sentindo que, depois de uma leva bem sucedida, alguma medida a mais, algum tempo de descanso a menos e a produção seguinte não tinha o mesmo quê. Acompanhar o show pelo celular pode ser uma saída.

Usando Arduíno, um conjunto de hardwares de automação open source, que permite fazer robôs e rotinas avançadas, eles montaram a parafernalha. Com isso, é possível dar comandos para aumentar ou baixar temperatura, quantidade de água etc.


Mas nem tudo é automatizado.

Como na receita do bolo da avó -- aquela em que as duas xícaras de farinha viram uma e meia a depender da umidade do pó; ou da forma como cachaceiros legendários conheciam a qualidade da branquinha com o tato, em vez do paladar -- há margem para toques humanos na dosagem e combinação de maltes e na distribuição do lúpulo.

Importante: até provem o contrário, o robô também é incapaz de degustar o produto.

Mais detalhes do produto em: http://www.brewbot.io/

Via FastCoDesign.

quinta-feira, janeiro 10, 2013

Aplicativos para beber até cair

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O vício em eletrônicos ou mesmo na internet (ou no Facebook) é um problema grave, já foi tema de muito verso e prosa, mas não é o assunto aqui. Aplicativos e softwares simulam e brincam com o exercício e até os efeitos da bebedeira ou do consumo de outros entorpecentes variados.

O tema alcoólico e as trapalhadas dos embriagados flagrados por policiais, câmeras indiscretas ou notícias de veracidade duvidosa populam em colunas de tabloides e no noticiário bizarro. Também já transbordaram por estas mal-traçadas linhas em profusão (bota profusão nisso...).

O Futepoca adverte: desde o começo, "apenas ampliou o alcance do balcão" no que toca à conversa de bar. Mas jamais propôs aceitar brindes entre copos virtuais e coisas do gênero. Pelo direito ao bar, sem dirigir depois e com moderação (seja lá o que isso signifique).

A brincadeira começa com o aplicativo iBeer, que simula, em iPhone e Android, um copo de cerveja pilsen dentro do smartphone. O telefone esperto usa os sensores de movimento para sacolejar as imagens do líquido dourado e brincar de entorná-lo virtualmente, como demonstra o vídeo. Não mata a sede, mas rende performances inspiradas em stand-up show aos montes no escritório...

 

 Há variações semelhantes aplicadas ao uso de cocaína e de cigarro de maconha. É claro que há diversas outras versões da mesma coisa.

Outro efeito comum do uso concentrado de etílicos é alcançar aquele estágio conhecido em certos fóruns como "estágio nove", ou "fronteira final". Trata-se, segundo a literatura - nunca estive lá, juro -, da apresentação de sintomas específicos, bem depois da etapa alegrinha, da fase de debates acalorados, da sedutora, da valentona e até da aquietada... O caso aqui é o da condição em que a afeição, o carinho e os mais profundos e ocultos sentimentos afloram. Em geral, afloram para cima de qualquer um, para o lado ao qual o nariz estiver virado. Pode-se ver a manifestação disso por declarações como: "Cê tá ligado que eu te considero pra c..." Ou: "Você é meu amigo, cara, eu te amo, cara! Te amo!" E por aí vai.

Há poucos registros de pessoas que voltaram para contar o que acontece depois de tanto uso de goró. O que importa para este caso é que até mesmo isso tenta ser simulado via web.

O The Nicest Place on the Inter.net é praticamente uma rede social em que pessoas dos quatro cantos da mesa de bar, ou melhor, do planeta, compartilham vídeos de um abraço no Youtube. Não é o abraço corporativo nem o "free hugs".

A pedida é de um carinho. Mas, depois de "encher a cara" de iBeer, virtualmente bêbado (sic), o manguaça do simulacro pode querer desabafar, manifestar o quanto ele preza os seus sentimentos. Pode tentar isso pelas mídias sociais mais comuns, mas vai chegar uma hora em que tudo o que esse hipotético e sóbrio bêbado vai poder querer é um ombro amigo.



E nem os efeitos a longo prazo escapam da sanha digital por simular o entorpecimento desregrado e inconsequente. O "Espelho da Bebida", aprimorado pelo governo escocês - em uma iniciativa anti-Manguaça Cidadão - promete mostrar o efeito de longo prazo da bebida sobre o rosto de mulheres. A exemplo do que se pode fazer filtros para simular a idade ou uma corriqueira transmutação em zumbis, o aplicativo "engorda" e "envelhece" a imagem. Em dois ou três cliques.

Embora pareça sexista, a ideia foi apelar para a vaidade feminina no intuito de alertar para os efeitos duradouros do consumo de álcool acima dos patamares recomendados pelas autoridades de saúde da Escócia. Assim como os homens, elas também usam saias e andam afogando as mágoas cada vez mais, sempre de acordo com a visão governamental.

Fotos: Divulgação

Antes e depois.
















Até a ressaca é tema de aplicativos, seja para "calcular" o humor, seja para indicar modos para remediar a situação.

Com bebedeira virtual será o fim da bebedeira-arte, da bebedeira-moleque, da bebedeira-magia?

quarta-feira, janeiro 28, 2009

Tudo menos a cervejaria

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Já que estou na toada da ciência e tecnologia... os EUA, cuja universidade é considerada hoje o modelo para o mundo em termos de produção científica e tecnológica, importaram o seu sistema universitário da Alemanha. Tanto que o sociólogo Max Weber disse certa vez que se alguém quisesse conhecer o desenvolvimento da universidade alemã deveria ir aos Estados Unidos. O padrão alemão reproduzido nos EUA consiste na organização em departamentos, no foco em pesquisa e na pós-graduação, a constituição de sociedades de pesquisa e na publicação de periódicos científicos.

Essas coisas eu aprendi numa palestra com a pesquisadora de educação Mirian Jorge Warde, professora da PUC-SP. Esse decalque do sistema teve no entanto uma adaptação importante (à qual naturalmente se seguiram muitas outras, pois os estadunidenses foram re-inventando à sua forma e conforme suas necessidades o seu sistema): ela conta que os estadunidenses importaram tudo, menos a cervejaria. Opa! Aí começa a parte interessante da história.

As universidades alemãs são bastante antigas, e em torno delas, como em torno de tudo no país de Beckenbauer, foram naturalmente se abrindo cervejarias (como a famosa Löwenbräu, de Munique, na foto ao lado), com o propósito de acolher os alunos após as atividades acadêmicas. Antes que alguém diga que este aspecto foi muito bem incorporado ao sistema universitário brasileiro, é preciso entender como as cervejarias se articulam com as aulas. Acontece que na Alemanha essas aulas são estruturadas na forma de leituras (a Lektüre), ou seja, explanações curtas, com começo, meio e fim, sobre um tema ligado às pesquisas deste professor.

As informações básicas, aquelas que qualquer um pode encontrar em livros, essas o professor nem aborda, já dá como pressuposto. Os alunos se viram, estudam, e fazem exames no fim do ano, pronto. Mas nas aulas vão ter contato com conhecimento de ponta, aquilo com que seus professores estão lidando naquele momento. Claro que surgem muitas dúvidas e abrem-se muitos caminhos para elucubrações, divagações, explanações... A cervejaria é então o foro adequado para se desenvolver os debates. Adequado sobretudo porque livre, democrático, animado e descompromissado: os manguaças intrigados pela palestra não têm que prestar contas a ninguém, e podem realmente levar ao limite as discussões.

Os estadunidenses, segundo a professora Warde, teriam "incorporado" a cervejaria à sala de aula, deixando sempre um tempo final aos debates. Perderam o principal, claro.

Mas está aí mais um aspecto a ser incorporado no Manguaça Cidadão: implantação de estruturas de excelência e adequadas à discussão científica nos arredores das nossas universidades. Mas nada de copiar a cópia: vamos direto à fonte alemã.

terça-feira, outubro 07, 2008

Google lança o "email anti-bêbado"

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Mostrando uma inesperada preocupação com os ébrios, o Google acaba de lançar um dispositivo que impede que bêbados - e acredito que deprimidos, psicóticos e quetais também - enviem e-mails dos quais podem se arrepender depois.

O sistema é simples e engenhoso. Assim que ativado, o filtro pede que o internauta resolva 5 operações matemáticas em 60 segundos para que a mensagem seja liberada. O mecanismo já vem com o horário ajustado para funcionar nas noites dos finais de semana, mas pode ser ajustado de acordo com a preferência do bêbado. É possível ainda ajustar a dificuldade das contas que devem ser resolvidas.



O anti-bêbado já está disponível. Basta buscar a aba Labs, na área de configuração do Gmail.

Essa é provavelmente a primeira ação de um grande provedor de emails para ajudar os manguaças (que caberia muito bem dentro do Manguaça Cidadão). O Google definitivamente quer dominar o mundo.

terça-feira, agosto 21, 2007

A evolução tecnológica que a gente quer

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(chupinhei do blog da minha amiga Renata Leal)

"Aposto que todo mundo iria querer um Beer Server G3. Ele alia o design arrojado de um Mac com cerveja, "a causa e a solução de todos os problemas" (Simpson, Homer)"

Eis o computador dos sonhos para os manguaças que escrevem esse blog!