Destaques

quarta-feira, novembro 22, 2006

Cada gol de Luizão no Fla custa R$ 143 mil

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Somente de salários - R$ 130 mil mensais, fora os direitos de imagem -, o custo do atacante Luizão ao Flamengo até dezembro, quando termina seu contrato, será de R$ 1,43 milhão. Se Luizão não enfrentar o Grêmio, domingo, nem o São Caetano, dia 3, na rodada final do Brasileiro, cada um dos seus 10 gols na temporada terão custado ao clube a bagatela de R$ 143 mil. Luizão estreou dia 19 de fevereiro, nos 3 a 3 com o Friburguense pelo Estadual, e disputou 24 dos 66 jogos do Flamengo em 2006, marcando 10 gols. No Brasileiro, jogou apenas 11 das 36 partidas, fazendo um gol.
Mesmo diante de números nada animadores para uma torcida exigente como a do Flamengo, o diretor de futebol Eduardo Manhães disse que o investimento no jogador não deu prejuízo e admitiu a possibilidade de o contrato ainda ser renovado. "Toda essa avaliação vai ser feita no fim do Brasileiro. Mas o Luizão nos deu retorno. Ele fez gol na final da Copa do Brasil e nos ajudou a conquistar um título, e um título tem um valor inestimável", alegou Manhães.

terça-feira, novembro 21, 2006

São Paulo é campeão com menos gols dos pontos corridos

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Corroborando analise da companheira Thalita sobre a situação de nosso futebol, destaco matéria da Folha de hoje (só para a ssinantes) com uma comparação entre os números ofensivos do São Paulo e de campeões anteriores no formato de pontos corridos.
O tricolor é o campeão com menor número de gols marcados (1,78/jogo, 14% menor que a do Corinthians do ano passado), com a pior pontaria (34,8% de chutes certos, o que o deixa na 14ª posição no fundamento nesse campeonato, e na 20ª em relação a 2005), e pior eficiência nos passes (de 82%, apenas a sexta melhor desta edição, seria apenas a décima em 2003). Além disso, o São Paulo é o campeão que mais comete faltas, sendo o sexto time mais faltoso do nacional. O campeão mais faltoso até então foi o Corinthians, que ficou em 16º lugar.
Note-se ainda que a queda naõ é só do campeão, mas de todos: o Brasileiro-06 tem a menor média de gols da
era dos pontos corridos. O São Paulo, inclusive, tem o melhor ataque do campeonato.
Naõ é uma crítica ao Tricolor, campeão com toda a justiça e méritos, mas uma constatação numérica do que todos já havíamos notado de modo empírico: no futebol brasileiro, citando uma canção popular, a coisa tá feia, a coisa tá preta.

Consciência

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Passada rápida nos canais abertos na segunda à noite. Lá está Hebe Camargo, dita "dama" da televisão brasileira. No palco, um desfile de moda, como é comum nos programas do gênero. Mas não era um evento qualquer. A modelo internacional Isabela Fiorentino era a primeira a entra na passarela, exibindo em seu corpo esguio um vestido com sete quilos de ouro maciço.
Na seqüência, outras modelos entram adornadas com peças em ouro. São tops, calçados, cintas, luvas... Então entra uma modelo, negra, coincidentemente com a vestimenta que deixava mais à mostra o corpo. Ao vê-la, Hebe exclama: "Gente, que linda! E hoje é o dia da Cosnciência Negra". Fiorentino emenda: "Uma homenagem, né, Hebe...".
Mais que uma homenagem. A cena é o retrato do Brasil.

Danrlei pede pra voltar e Grêmio recusa

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A pretensão do veterano goleiro Danrlei, 33 anos, atualmente no modesto Beira-Mar, de Portugal, era ser o goleiro do Grêmio na Copa Libertadores da América de 2007. "Assino em branco, faço qualquer coisa para voltar ao Grêmio", afirmou, desesperado, o antigo ídolo gremista. E com razão: hoje ele ocupa a inglória reserva do penúltimo colocado do Campeonato Português. Ao tomar conhecimento das declarações de Danrlei, o diretor de futebol do time gaúcho, Paulo Pelaipe, descartou no ato: "Nossos jogadores para essa posição em 2007 serão Galatto e Marcelo Grohe. Não vamos contratar Danrlei nem qualquer outro goleiro".

Projeto social do volante Edmílson

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Ontem, no programa Bem Amigos, da SporTV, o Galvão Bueno contou que conversou com o volante Edmílson, da seleção brasileira e do Barcelona (ex-São Paulo e Lyon), sobre o projeto social que ele está criando, a Fundação Semeando Sonhos. A sede ficará em sua cidade natal (que também é a minha), Taquaritinga, na região de Ribeirão Preto. Conversando com meus pais, descobri que foi feito um concurso com estudantes locais para a escolha do mascote oficial da instituição. O desenho vencedor - que ilustra esse post- foi feito por Rafaela Fernanda Palhares, de 13 anos, filha de um primo meu. Fiquei muito contente, pois são pessoas simples e de baixa condição financeira.
A partir do tema “Ajude nosso solzinho a brilhar”, mais de 7 mil alunos participaram do concurso e apenas 21 desenhos foram pré-selecionados. O próprio jogador escolheu o desenho vencedor. Rafaela mora na Vila São Sebastião, um dos lugares mais pobres de Taquaritinga, onde Edmílson também residiu quando criança. A entrega do prêmio deverá acontecer em 28 de dezembro, data da inauguração da Fundação. Ela receberá um videogame Playstation e entrará em campo no jogo entre o time do cantor Daniel e dos amigos de Edmilson, no estádio Taquarão.
De acordo com Daniel Pereira, assessor de Edmílson, o desenho deverá passar pelas mãos de publicitários para aperfeiçoar os traços e ganhar ampla divulgação. “O mascote vai virar boneco e estará presente no dia da inauguração da Fundação”, contou o assessor. (Com informações da Tribuna de Taquaritinga)

"Não recomendou nem desrecomendou"

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O tucano José Serra, governador eleito de São Paulo, anunciou o nome de 9 secretários de sua futura equipe. Na dança das cadeiras, o secretário de Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, perdeu a vaga. Serra oficializou hoje Ronaldo Marzagão para a Segurança Pública. Ex-policial militar e promotor aposentado do Ministério Público paulista, Marzagão esteve na pasta, em função subordinada, na gestão de Franco Montoro. Já o secretário de Administração Penitenciária continuará sendo o atual, Antônio Ferreira Pinto.
O anúncio de Serra põe fim às especulações sobre as pastas ligadas ao combate ao crime - as mais criticadas nas gestões anteriores. "A opção não é linha mole ou linha dura. A opção é linha correta", afirmou o tucano. Por "linha correta", ele espera que os novos secretários atuem com "respeito aos direitos humanos e firmeza contra o crime". Sobre Saulo de Castro Abreu Filho, Serra limitou-se a dizer que o atual governador, Cláudio Lembo (PFL), "não recomendou nem desrecomendou".

Os maiores campeões nacionais

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Eterna discussão no futebol tupiniquim é o reconhecimento (ou não) dos títulos nacionais pré-Campeonato Brasileiro. Leia-se: Taça Brasil, disputada entre 1959 e 1968, e Torneio Roberto Gomes Pedrosa, que existiu entre 1967 e 1970. Pelo o que eu li, a Taça Brasil era uma competição idêntica à Copa do Brasil, reunindo os campeões estaduais com mata-mata desde o início. Mas paulistas e cariocas tinham um privilégio: entravam direto nas semifinais. Já o Roberto Gomes Pedrosa surgiu como um Torneio Rio-São Paulo ampliado, agregando times de Minas, Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia e Pernambuco. Ou seja: uma competição quase idêntica ao Brasileirão criado em 1971. Os dois antigos torneios chegaram a ser disputados simultaneamente, em 67 (quando o Palmeiras faturou os dois) e em 68. Em minha opinião, o Brasileiro e a Copa do Brasil são campeonatos diferentes, mas devem ser reconhecidos de fato como títulos nacionais. E, se levássemos em consideração que Taça Brasil = Copa do Brasil e Roberto Gomes Pedrosa = Brasileirão, o ranking dos maiores campeões nacionais poderia ser o seguinte:

1º – Palmeiras – 9 títulos
6 Brasileiros (67, 69, 72, 73, 93, 94) e 3 Copas do Brasil (60, 67 e 98)

2º – Santos – 8 títulos
3 Brasileiros (68, 02, 04) e 5 Copas do Brasil (61, 62, 63, 64, 65)

3º – Flamengo – 7 títulos
5 Brasileiros (80, 82, 83, 87, 92) e 2 Copas do Brasil (90, 06)

4º - Com 6 títulos:
Corinthians – 4 Brasileiros (90, 98, 99, 05) e 2 Copas do Brasil (95, 02)
Cruzeiro – 1 Brasileiro (03) e 5 Copas do Brasil (66, 93, 96, 00, 03)
Grêmio – 2 Brasileiros (81, 96) e 4 Copas do Brasil (89, 94, 97, 01)

7º - Com 4 títulos:
Internacional-RS – 3 Brasileiros (75, 76, 79) e 1 Copa do Brasil (92)
São Paulo – 4 Brasileiros (77, 86, 91, 06)
Vasco – 4 Brasileiros (74, 89, 97, 00)

10º - Com 2 títulos:
Bahia – 1 Brasileiro (88) e 1 Copa do Brasil (59)
Botafogo – 1 Brasileiro (95) e 1 Copa do Brasil (68)
Fluminense – 2 Brasileiros (70, 84)

13º - Com 1 título:
Atlético Mineiro – 1 Brasileiro (71)
Atlético Paranaense – 1 Brasileiro (01)
Criciúma – 1 Copa do Brasil (91)
Guarani – 1 Brasileiro (78)
Coritiba – 1 Brasileiro (85)
Juventude – 1 Copa do Brasil (99)
Paulista – 1 Copa do Brasil (05)
Santo André – 1 Copa do Brasil (04)
Sport – 1 Brasileiro (87)

segunda-feira, novembro 20, 2006

Campeão (mais uma vez)

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Pois é, o São Paulo confirmou ontem o tetracampeonato brasileiro. Com 21 vitórias e só 4 derrotas em 36 jogos, com o melhor ataque e a segunda melhor defesa até o momento. Dispensável dizer, como colaborador deste blog, onde fui comemorar o título (os efeitos da ressaca só começam a passar agora; ainda bem que é feriado...). Mais do que os atletas, o Muricy Ramalho merecia este campeonato. Principalmente pela garfada que levou do Zveiter em 2005. É um cara sério, está fazendo um bom trabalho e espero que permaneça no cargo. Não o culpei pelos três vices no ano. Prefiro que o time esteja em todas as finais possíveis, mesmo que perca todas elas. Mas que mantenha esse nível: sempre decidindo. Fazendo um retrospecto, desde que comecei a acompanhar futebol com regularidade, há 25 ou 26 anos, vi o São Paulo faturar 10 títulos paulistas (80, 81, 85, 87, 89, 91, 92, 98, 2000 e 2005), três brasileiros (86, 91 e 2006), três Libertadores (92, 93 e 2005) e três mundiais (nessas mesmas temporadas). Isso desconsiderando Supercopa, Conmebol, Rio-São Paulo e outras conquistas similares que todos os rivais dizem não dar importância - mas quando ganham comemoram. Por isso, com essas 19 conquistas, digamos, "realmente representativas", não tenho nada a reclamar. Mesmo com todas as derrotas em decisões, eventuais "pipocadas" e goleadas sofridas, o São Paulo só me dá alegrias. Porque tenho comigo a certeza de que, mais dia menos dia, o time vai ganhar alguma coisa. Com a estrutura que tem e a rapidez da diretoria para fazer contratações corretas, o clube sempre vai disputar títulos. E com uma campanha tão sólida quanto essa no Brasileiro que se encerra, é ainda mais bonito. Com estádio lotado, recorde de público e a festa, de Norte a Sul do país, de uma torcida que cresce cada vez mais (vide "invasão" no Serra Dourada). Não há o que reclamar. "Eu sou São Paulo de coração. Eu sou do time que é sempre campeão". Saudações tricolores! E até a próxima decisão!

"Se fosse bom, a Copa do Mundo era assim"

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Imaginem o seguinte cenário: nesse domingo, o Grêmio vence o Flamengo; o Santos derrota o Vasco; o Fluminense vence o Santa Cruz e o Goiás derrota a Ponte Preta. Resultados possíveis, bem factíveis, não?

Pois bem. Se isso acontecer, o Brasileirão/2006 vai ter uma última rodada valendo rigorosamente nada.

O campeão já está definido desde ontem. Com essas vitórias de Grêmio e Santos, fechariam-se também as brigas por vagas na Libertadores - e o Grêmio também asseguraria o acesso direto à fase de grupos da competição sul-americana. Já essas vitórias de Fluminense e Goiás confirmariam a zona do rebaixamento com Ponte Preta, São Caetano, Fortaleza e Santa Cruz (esses últimos, já degolados).

Assim, o Brasileiro de 2006 vai se consolidar como o menos emocionante de todos os tempos, ao menos se considerarmos os da "era pontos corridos" (desde 2003).

O que pensar a respeito? Primeiro, acredito que essa situação não tem rigorosamente nada a ver com o baixo nível do futebol brasileiro, com a saída dos jogadores, etc.. Porque isso tira a qualidade do certame, e não necessariamente sua emoção. Times ruins podem fazer ótimas disputas para saber quem é o menos ruim. E não foi isso o que vemos nesse 2006.

Será que é caso de repensarmos o sistema de pontos corridos? Não sei. Talvez seja só um ano chato, e o próximo vai ser legal. Mas deixa uma pulga atrás da orelha...

sexta-feira, novembro 17, 2006

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Soccer Ops!

Indicação do companheiro Fredi, uma seqüência de gols perdidos inacreditáveis. Qualquer um se sente um craque quando vê isso...

Histórias de boteco: os males do fígado

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Depois de umas três festas acumuladas em casa, percebi que a quantidade de garradas vazias de Original se avolumavam. Os supermercados do grupo Pão de Açúcar vendem a marca sem cobrar pelo engradado – pelo menos não oficialmente.

Decidi repassá-las ao boteco-padrão eleito pela Manguaças' Consultants & Associated Drunks: Garden Burger, de tantas glórias.

Desembarquei no lugar. Enquanto avançava pelas paredes com posteres do Elvis Presley, mas sem se aproximar muito da foto do papa João Paulo II, me deparei com o Vavá, dono do recinto, ex-árbitro de futebol e médico observador nas horas vagas.

Ofereci as garrafas. Sem jeito, ele disse que já tinha muitas, que não era necessário.

- São suas ou vão pro lixo – sentenciei. – Se é assim, eu agradeço. Se você precisar levar algum dia, estão aqui. E afinal, qualquer dia eu posso dar uma festa...

Risos garantidos, a função exigia oferecer-me uma. Recusei, vítima de uma gastrite moderada, mas que dá uma azia do cão. Por causa disso, a médica me proibiu a cachaça, um acinte a um manguaça contumaz.

- Você evacua bem, todos os dias? -- indagou um tom abaixo, sinal de gravidade. Diante da confirmação, manteve-se firme e vaticinou: - É fígado. Quando o fígado não filtra a comida bem, ela passa tempo demais no estômago, e azeda. É a chamada hiperacidez, que causa a gastrite.

Intervi que a médica havia pedido exames sobre minha condição hepática, de histórico tão amargo e doloroso. Na prova dos nove, ele estava firmão, lépido e faceiro. O barman não se deu por convencido.

- Por enquanto, tem que maneirar. Principalmente nas frituras. Nada de fritura. E depois, quando você vier aqui de novo, antes de começar a beber, vou te dar uns comprimidos que tenho aqui. Aí você vai ver que no dia seguinte não sente nada.

Fiquei com vergonha de perguntar se era do elixir kutelak que ele falava. Assim, a história continua daqui um mês.

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

João Gordo X Dado Dolabella - Gordo-a-gogo - MTV Completo

Não é política, não é futebol, mas o tal do Dado Dolabella só pode estar cachaçado pra ir a um programa de TV com uma machadinha...

Al-Qaeda enganou Bush. E ele adorou

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Foto: ONU Divulgação
O cenário para o presidente norte-americano George W. Bush está ruim. Muito ruim. Depois de levar seu partido Republicano à lona nas eleições parlamentares, ter de trocar o secretário de Defesa (saiu Donald Rumsfeld, entrou Robert Gates), reinventar a aritimética ao se preparar pra mandar mais 20 mil soldados ao Iraque para preparar a retirada e assistir o caos triunfar no país, vem mais uma.

Entrevista com um membro do serviço secreto de Marrocos, divulgada pela rede de TV britânica BBC, revela que a rede terrorista Al Qaeda enganou os serviços de inteligência norte-americanos e britânicos. A "mentirinha" foi um dos alicerces da argumentação de Colin Powell, em fevereiro de 2003, na reunião do Conselho de Segurança da ONU (CS). Na ocasião, segundo dizem analistas, nem Powell acreditava nas "evidências" que apresentava sobre a presença da rede no Iraque, e o CS desaprovou a intervenção militar. Mas, no mês seguinte, serviu de base para o ataque das forças anglo-americanas e para as centenas de milhares de mortes no país.

A informação que surge agora é de que o integrante da Al Qaeda, Ibn Sheik al-Libi, fornecedor da informação, mentiu de propósito ao ser interrogado por milicos norte-americanos em novembro de 2001 no Egito, depois de ser preso no Afeganistão – onde de fato comandava um centro de treinamento da rede.

Libi, que não é meu primo, revelou sob tortura inexistentes treinamentos oferecidos pelo regime iraquiano de terroristas em manipulação de armamentos químicos e biológicos. De uma vez só, disse que Saddam tinha relações com o terrorismo e armamento químico e biológico à disposição. Tudo mentira como se descobriu depois.

O que a trupe de Osama Bin Laden queria era o que ocorreu. Tirar Saddam Hussein, promotor de uma sangrenta ditadura laica, e criar espaço para a disseminação do fundamentalismo religioso voltado para o terrorismo. "Libi necessitava que começasse um conflito no Iraque porque, meses antes, nos havia dito em uma mesquita que o melhor país para lutar a Guerra Santa era o Iraque, pela nação muçulmana mais fraca", disse o tal espião, que operava infiltrado em uma célula terrorista no Marrocos.

Powell citou, na ONU, que um "importante terrorista responsável por m dos campos de treinamento da Al Qaeda no Afeganistão" era a fonte da informação de que Saddam havia oferecido treino em "armas químicas ou biológicas". Bush e o vice Dick Cheney fizeram o mesmo.

A mentira sob medida de Libi soou como música para os ouvidos do governo norte-americano, que adorou acreditar nela. E quem diria, o inimigo do inimigo (o Bush, no caso) só foi amigo para Al Qaeda. No conjunto, pior para as vítimas da violência sem fim no país.

Jornalistas fazem nova greve na Itália

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A agência EFE divulgou a informação de que os grandes jornais italianos não circularam nesta quinta-feira, devido a uma greve de 24 horas da imperensa escrita e das agências de notícias em protesto contra a falta de renovação da convenção coletiva de trabalho. A primeira onda de paralisações ocorreu na semana passada. O acordo coletivo está vencido desde fevereiro de 2005.

A EFE diz que a cidade de origem da notícia é Roma, o que colocaria seus repórteres como verdadeiros fura-greve. Mas como a greve terminou às 7h da manhã de lá (4h em Brasília), tudo se esclarece.

Os únicos a circular foram "Libero" e "Il Tempo", que, segundo a nota, não aderem às greves convocadas pela Federação Nacional da Imprensa Italiana.

A Federação Italiana de Empresas Jornalísticas, dos donos dos jornais, não aceitava a proposta formulada na terça-feira pelo Governo de abrir uma mesa de negociação. A situação permanece indefinida.

Os sindicatos de imprensa exigem que a nova convenção reduza a precariedade da profissão, que aumentou em função das novas tecnologias e formas de contrato, e que se reconheça um estatuto jurídico para o jornalista independente.

Quem precisa de sindicato? Meu trabalho não tem nada de precário, tá? A última greve de jornalistas no Brasil ocorreu na década de 70. Até a Veja parou.



P.S.: perdão aos leitores não-jornalistas (também conhecidos como "pessoas livres") pelo ressentimento com a desorganização da classe.

Kia deixa MSI e faz parceria com o Flamengo

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A notícia se concretizou na madrugada desta quinta-feira, em Londres. Kia Joorabchian resolveu deixar a MSI e iniciar em 2007 uma parceria de jogadores com o Flamengo. Carlos Alberto, Bruno, Renato, Ramon, Rafael Moura é certeza: vão para o time carioca. Sebá e Herrera estão sendo oferecidos. E há a real possibilidade de Tevez, Mascherano e até Nilmar disputarem apenas a Libertadores de 2007 pelo clube do Rio e depois voltarem à Europa. Todos os jogadores já foram avisados.
“Eu ainda me sinto ligado ao Corinthians de coração. Mas não quero mais negociar com o presidente Alberto Dualib”, mandou dizer Kia, na noite desta quinta. “Vou fazer pelo Flamengo o que não me deixaram fazer mais pelo Corinthians”, emendou o iraniano, que sonha ganhar com os cariocas a Libertadores perdida este ano com o time corintiano.
A MSI continuará ligada ao Corinthians - apenas Kia e seus investidores mais próximos estão tirando seus jogadores do controle de Alberto Dualib. A parceria com o clube continua. E Kia, mesmo oficialmente ligado à MSI, não fará mais parte efetivamente do negócio com o Corinthians.
Nesta quinta, Kia jantou com o ex-presidente do clube carioca Hélio Ferraz e com o vice de futebol Kléber Leite. O iraniano deixou claro que não pretende se envolver na administração do Flamengo. Apenas usará o clube mais popular do Brasil como vitrine dos seus jogadores. Kia e seus investidores pagarão pelo menos a metade dos salários dos atletas. Além do futebol, há o interesse em comprar a sede social do clube da Gávea para transformá-la em um dos hotéis mais luxuosos da América do Sul.
Os argentinos Tevez e Mascherano não se mostram contrários a voltar ao Brasil. Eles estão muito descontentes com a maneira que estão sendo tratados no West Ham, na Inglaterra.
Com relação a Nilmar, Kia convenceu seus amigos investidores a terminarem o pagamento de R$ 24 milhões pelo atacante ao Lyon. Já o meia Roger deve ficar no Corinthians - não há o interesse de Kia em brigar com a diretoria corintiana, que garante ter cedido o zagueiro Anderson ao Benfica para ficar com o jogador em definitivo. Roger ficará com Leão e os outros jovens atletas do clube.
No jantar desta quinta, Kia falou ainda sobre a possibilidade de contratar algum atleta que o técnico do Fla, Nei Franco, achar necessário. A diretoria corintiana não poderá fazer nada diante da saída desses jogadores. Cabe à MSI levar ou deixar seus atletas. Não há no contrato nada que impeça a saída.

"Se eu não me engano..."

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Deu um branco no atacante Aloísio, do São Paulo, durante entrevista coletiva, ao falar sobre seu gol anulado na partida passada, contra o Goiás. O jogador demorou um pouco para discursar sobre o número de atletas em campo. “Acontece de o juiz ter muita gente na frente dele. Se eu não me engano, são 22 jogadores em campo”.

Morre o lendário húngaro Puskas

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O mítico ex-jogador húngaro Ferenc Puskas morreu na madrugada desta sexta-feira, aos 79 anos de idade, em conseqüência do mal de Alzheimer, de que sofria há seis anos. Puskas, craque da Copa do Mundo de 1954 e bicampeão europeu pelo Real Madrid, estava internado desde meados de setembro numa clínica de Budapeste. Seu estado de saúde era crítico há dias.
O ex-jogador foi internado na UTI do hospital em setembro, e praticamente perdeu o contato com o mundo, segundo informou seu amigo Jenö Buzanszky, também ex-jogador da seleção da Hungria. "Esta é uma enorme tragédia para a Hungria e especialmente para nós, seus amigos", disse Buzanszky, ao saber da notícia, à agência húngara MTI. "Ontem falei com os médicos e eles comentaram que Puskas viveria até que seu coração agüentasse. Morreu o maior nome do esporte do país", acrescentou.
Com a morte de Puskas, só restam vivos dois integrantes da seleção húngara que encantou o mundo nos anos 50: o próprio Buzanszky e o goleiro Gyula Grosics. Puskas era considerado um dos grandes jogadores do século XX. Liderou a seleção húngara na conquista da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 1952 e na final da Copa do Mundo de 1954, que seu país perdeu para a Alemanha Ocidental por 3 a 2, depois de estar vencendo por 2 a 0.
Nos anos 60, ajudou o Real Madrid a ganhar três Copas da Europa, atual Liga dos Campeões (1959, 1960, 1966). Na final de 1960, fez quatro gols. No total, balançou as redes 512 vezes em 528 partidas pelo clube madrileno. A equipe espanhola contratou Puskas depois que ele abandonou a Hungria em conseqüência da revolta anticomunista de 1956. De 1943 a 1956, defendeu apenas um clube em seu país, o Kijpest, mais tarde chamado de Honved de Budapeste, o time do Exército.
Puskas fez 83 gols em 84 partidas pela Hungria, de 1945 a 1956, um período em que a seleção magiar era chamada de "time de ouro" ("golden team"). O craque se naturalizou espanhol em 1962 e disputou sua segunda Copa do Mundo por um novo país. Depois de pendurar as chuteiras foi treinador do clube grego Panathinaikos, com o qual conquistou dois títulos nacionais e que também levou à final da Copa da Europa em 1970-71. Nos anos 70 e 80, Puskas foi técnico de mais de 10 equipes de todos os continentes.
Entre as equipes que comandou estão o chileno Colo Colo, o grego AEK de Atenas, o egípcio Al-Masri e o australiano Panhellenic Melbourne. Chegou inclusive a ser o técnico da seleção húngara por alguns meses em 1993. Em agosto de 2005 o Real Madrid disputou em Budapeste uma partida beneficente para arrecadar fundos em favor do tratamento de Puskas contra o mal de Alzheimer. O jogo foi realizado em um estádio nacional lotado, que no mesmo dia foi rebatizado com o nome de Ferenk Puskas.

quinta-feira, novembro 16, 2006

Por que protegemos os outros esportes?

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Estou assistindo ao Jornal Nacional. Acabou de passar uma reportagem sobre o Mundial de Vôlei. A chamada, antes do comercial, era positiva: "a seleção brasileira conquista a prata no campeonato mundial de vôlei feminino". Na hora de anunciar a notícia, Bonner e Fátima sorriram para a câmera e falaram sobre a "fatalidade" que vitimou a seleção. A reportagem em si seguia uma linha parecida, com Tadeu Schmidt destacando a "garra e fibra das meninas, que por pouco não conquistaram o título", e blablabla.

Guardadas as proporções, também apareceram, à época, muitos elogios à "campanha honrosa" da seleção feminina de basquete, que "conquistou" o quarto lugar no Campeonato Mundial jogado aqui no Brasil há alguns meses.

Eu não consigo entender essas coisas. Fosse o futebol, conquistando o vice da maneira que viesse (por exemplo, fomos vice em 1998, com o melhor jogador do time tendo uma convulsão), o time seria certamente malhado. Pipoqueiro seria o mínimo que os jogadores ouviriam.

"Ah, mas o futebol é o esporte mais rico, que envolve mais dinheiro, em que os jogadores mais ganham...". Sim, eu sei. E isso é tão óbvio que nem precisa ser dito. Acontece que a seleção feminina de vôlei não é a seleção brasileira de pólo aquático, hóquei na grama ou curling. É de um esporte já consagrado, com uma boa estrutura administrativa, atletas bem remuneradas (não tanto quando do futebol, mas também não se pode dizer que são amadoras que passam fome),l patrocínios polpudos e etc..

Sem contar que era a atual campeã do Grand Prix, equivalente feminino à Liga Mundial dos homens. Ou seja, um time de excelência no cenário mundial e que deve ser cobrado como tal.

Por tudo isso é estranho - pra não dizer condenável - essa "absolvição" da mídia esportiva a casos como esse, que ocorrem repetidamente: quem não se lembra da festa feita à seleção feminina de basquete, então campeã mundial, que foi medalha de prata na Olimpíada de 1996, tomando um belo cacete dos EUA na final e mesmo assim ovacionada?

Minha explicação para esse fenômeno é até que simples. Já vi gente dizendo que isso se deve à presença de dinheiro público nesses esportes - na forma de patrocínio - mas eu aponto outra causa. É desconhecimento mesmo. A grande maioria dos jornalistas (na qual eu me incluo) não entende porcaria nenhuma de vôlei, basquete ou afins. É só no futebol mesmo e olhe lá. Então sentem um certo medo de tecerem comentários agressivos e parecerem carrascos com os pobres esportistas. A saída, no caso, é despejar o chavão de elogios reconfortantes.

Em tempo: tô esperando alguém ler esse texto ou ver outras críticas semelhantes à minha e vomitar o irritante "só no Brasil ninguém reconhece o vice". Daqui a pouco aparece.

Folha, Dualib e (claro) Lula

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O repórter Eduardo Arruda, da Folha de S. Paulo, cometeu hoje uma matéria que deve ser lida como exemplo de forçada de barra política. No caderno de esporte, em matéria sobre as eleições no Corinthians, o homem conseguiu falar mal de Lula.
A matéria é “Por votos, Dualib copia Lula e PT” (só para assinantes) e começa: “Assim como no governo Lula, a gestão de Alberto Dualib no Corinthians é cercada de suspeitas de corrupção e favorecimentos a pessoas próximas.” O fato da matéria é que Dualib está copiando o slogan que Lula usou no segundo turno das eleições presidenciais, “Deixa o homem trabalhar”.
Em jornalismo, isso é chamado de nariz-de-cera, que é quando o começo da matéria (onde deveriam estar as informações mais importantes segundo regras que o próprio maunal de redação da Folha sem dúvida prega), está lá para encher lingüiça. Falhas de redação à parte, que é que Lula tem de ver com os problemas do Corinthians? A matéria faz questão de nos lembrar que o presidente é conselheiro vitalício do clube. Mas se o publicitário de Dualib (Edgar Soares) não tem imaginação é problema dele, oras.
Eduardo finaliza o texto com uma estatística interessantíssima: “Se Dualib agora copia Lula, o presidente da República tem utilizado o Corinthians em discursos e entrevistas. O nome do time apareceu em pelo menos 31 falas do presidente desde janeiro de 2003, quando chegou ao Palácio do Planalto.” Tá. E o que isso quer dizer, além de que o presidente é corintiano?

PS.: Do distinto profissional do marketing, vem frase interessante: "Acho até que o slogan se encaixa melhor ao Dualib do que ao Lula. O Dualib chega cedo ao clube, só vai embora à noite e fez muito pelo clube, como o Memorial, o teatro e outras obras". Corintianos, por favor, manifestem-se sobre a gestão do octogenário presidente.

Cannavaro é eleito o melhor do mundo

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O zagueiro italiano campeão do mundo Fabio Cannavaro será o dono da bola de ouro 2006, prêmio concedido pela revista francesa France Football. A revelação foi dada no Brasil pelo Terra Magazine, que leu na espanhola Marca. "Segundo o jornal espanhol, alguns jornalistas da publicação francesa estiveram estes dias em Madri, local em que jogador atua pelo Real Madrid, para entrevistar o zagueiro", revela o site.

O prêmio vale apenas para quem atua no futebol europeu, e é distribuído anualmente desde 1956. Não é a premiação oficial da FIFA.

Enquanto a notícia não se confirma, o Futepoca faz o perfil do atleta.

Napolitano de 33 anos, do signo de Virgem, foi o capitão e melhor jogador da seleção campeã do mundo na Alemanha. Isso poderia não ser um grande mérito, já que talentos individuais não eram o forte da equipe. Na Copa, cabeçadas à parte, o melhor do mundo foi o francês Zinedine Zidane. O vice, dono da bola de prata, foi Cannavaro.

Atualmente, o craque joga no Real Madrid. Começou a carreira no Napoli, atuando depois no Parma, Inter de Milão e Juventus.

Consta que na Copa da Itália, em 1990, no estádio de San Paolo, Cannavaro, então com 17 anos, foi gandula da partida semifinal entre a Azzurra e a Argentina, em que o time de Diego Maradona foi vitorioso na decisão por pênaltis. El pibe havia sido o ídolo da cidade de Nápoles no único título nacional conquistado pela equipe em sua história.

Declarou na quarta-feira, dia 15, que pretendia dividir o prêmio com o goleiro Buffon, colega de escrete.

Numa pesquisa rápida entre os donos do prêmio em anos passados, não foi localizado outro zagueiro entre os relacionados.

O dono da bola, agora, é ele. Bom para os zagueiros, ruim para o futebol.