Destaques

segunda-feira, julho 03, 2006

Los hermanos riem de "baile histórico"

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Maior jornal de esportes da Argentina, o Diário Olé não perdeu a chance de tirar uma casquinha com a eliminação do Brasil na Copa do Mundo. Na sua edição impressa de domingo, o jornal fez questão de dizer que os argentinos vibraram pelo resultado da partida. Na manchete, o Olé utilizou, de forma grosseira, até um palavrão em francês: “Merde Amarela”. Os argentinos fizeram questão de ressaltar que o Brasil “pensou que iria ganhar o hexa sem jogar futebol”.

Além disso, o diário argentino destacou o belo desempenho do “carrasco” Zidane. Como em 1998, o meia proporcionou um “baile histórico” sobre os pentacampeões, salientaram os “hermanos”. Para completar, o Olé mandou sorte aos franceses depois do feito de eliminar o Brasil. “Hoje cantamos a Marsellesa”, diz a capa do jornal argentino.

Mineiro: "Zidane teve liberdade para criar"

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Último jogador a integrar a seleção brasileira que caiu nas quartas-de-final da Copa da Alemanha, o volante Mineiro voltou a São Paulo apontado por alguns jornalistas e torcedores como homem ideal para anular Zinedine Zidane. Ele não aderiu ao choro, mas reconheceu que permitiram ao francês fazer o que bem entendesse com a equipe de Carlos Alberto Parreira. “A gente sabe que ele teve um pouco de liberdade para criar jogadas ofensivas”, admitiu Mineiro.

Cafu: "Zidane não merecia marcação especial"

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Apesar da bela exibição do meia Zinedine Zidane, Cafu disse acreditar que o craque francês - algoz brasileiro na final do Mundial de 98 - não merecia uma marcação especial. "Acho que não havia necessidade. O Zidane passou a Copa inteira jogando e não jogando, no banco...E agora por conta do jogo contra a seleção brasileira todos falam isso, que ele merecia uma cuidado especial", disse o lateral do Milan.

"Talvez se ele tivesse uma marcação individual e não fizesse nada, ninguém estaria aqui falando isso hoje", continuou. Zidane fez o cruzamento para o gol de Henry, além de fazer belas jogadas individuais durante o jogo. Perguntado antes da partida se faria uma marcação especial em Zidane, o técnico Carlos Alberto Parreira disse que "a seleção brasileira nunca fez marcação individual, e não será esse o momento".

Parreira: "Roberto Carlos falhou"

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Sobre o gol francês marcado por Thierry Henry na derrota por 1 a 0 para a França, o técnico da seleção brasileira deixou escapar que Roberto Carlos acabou mesmo falhando no lance. O jogador ficou parado na linha da grande área, enquanto que o atacante adversário, sem marcação alguma, invadiu a área e completou com tranqüilidade para o gol. "Sem dúvida foi uma falha, que resultou no gol da França", sintetizou.

Ainda assim, Parreira defendeu o camisa seis. "Eu não cheguei a conversar com o Roberto Carlos sobre isso. Tivemos um contato muito curto depois do jogo. O Roberto Carlos é um atleta experiente, que adora jogar na seleção, que briga para defender o país. Essas são coisas que acontecem durante a partida, e por isso que o futebol é maravilhoso", argumentou o técnico.

Jogada (mal) ensaiada

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Em entrevista à imprensa espanhola, Roberto Carlos afirmou que não joga mais pela seleção (é o segundo a tomar essa atitude, o primeiro foi Juninho Pernambucano). O lateral-esquerdo do Real Madri aproveitou para confirmar que o lance polêmico que deu o gol à França era uma jogada ensaiada. “Era uma coisa treinada e o combinado era todo mundo ficar em cima da linha, deixando os franceses impedidos, mas paciência”, lamentou.

Censura nos blogs

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Até dez minutos atrás, o blog do Roberto Carlos continha inúmeros comentários "elogiando" seu desempenho e o dos companheiros da seleção. Mas, há pouco, retiraram todos aqueles feitos após dia 29 de junho e, magicamente, os comentários abonadores sumirarm...

Já no blog do Cafu, aquele mesmo que disse que "achava que ia ganhar a qualquer momento o jogo", os comentários ainda estão lá e merecem uma olhadela. São 10 mil pessoas ovacionando nosso campeão!

O site oficial do Ronaldinho Gaúcho é poético. Diz o mesmo: "E depois da derrota, os choros. O vestiário dos brasileiros se converteu em um rio de lágrimas, que de pouco serviram depois de uma derrota para a França em plena forma". Lindo, né?

"Vamos juntos para a semifinal", conclama o blog do Kaká.O ex-sãopaulino, mesmo derrotado e jogando mal ainda recebe o consolo de muitas vozes femininas ávidas por afagar o jogador.

Memória da Copa (10ª e última edição)

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Sensação de déjá vu

Soberba não é novidade na comissão técnica da seleção brasileira. Ao afirmar displiscentemente que Zidane não precisava de marcação individual no jogo do último sábado, Carlos Alberto Parreira mostrou o caminho das pedras para os franceses destruírem o sonho do hexa. Mas subestimar o adversário não é primazia dele. Seu fiel escudeiro Zagallo fez o mesmo, há 32 anos. Curiosamente, no mesmo país. E o resultado foi igual.

O Brasil que chegou à Copa da Alemanha, em 1974, era um time bem diferente do que havia conquistado o tricampeonato no México. Basta dizer que Pelé havia se despedido da seleção. Depois de um início claudicante, com dois empates sem gols contra Iugoslávia e Escócia, o Brasil passou para a fase seguinte com uma vitória de 3 x 0 sobre a fraca equipe do Zaire.

Na época, as quartas-de-final tradicionais foram substituídas por dois grupos de quatro equipes cada, denominados A e B. Nos dois primeiros jogos do grupo A, o Brasil deu os primeiros sinais de vida ao vencer a Alemanha Oriental por 1 x 0, em 26 de junho, e a Argentina por 2 x 1, quatro dias depois. Mas o terceiro jogo seria contra a surpreendente seleção da Holanda.

Comandado por Rinus Michels, o chamado "carrossel holandês" primava por contar com jogadores que não guardavam posição fixa em campo. Todos atacavam, armavam e defendiam, num revezamento constante que confundia os adversários. O maestro era Johan Cruijff, todas as bolas passavam por seu pé (mais ou menos a postura adotada por Zidane no último sábado).

Às vésperas do confronto, Zagallo tripudiou: "Não estamos preocupados com a Holanda, já estamos pensando na final contra a Alemanha. Carrossel laranja? Nós vamos fazer uma laranjada!". Mas não foi o que aconteceu naquele 3 de julho, há exatamente 32 anos.

Assim como na derrota do último sábado, o Brasil começou o jogo em cima do adversário. Poderia ter chegado ao gol antes dos 15 minutos do primeiro tempo, após dois ou três lances de contra-ataque. Daí, veio o apagão. A Holanda, pelo contrário, sempre inspirada no futebol de Cruijff, chegou com méritos aos 2 x 0 que despacharam o Brasil da Copa. E nós, infelizmente, ainda tivemos que engolir o Zagallo em outros três mundiais e uma Olimpíada...

Brasil 0 x 2 Holanda
3 de julho de 1974

Brasil: Leão; Zé Maria, Luís Pereira, Marinho Perez, Marinho Chagas; Paulo César Carpeggiani, Rivelino, Paulo César (Mirandinha); Valdomiro, Jairzinho, Dirceu. Técnico: Zagallo.
Holanda: Jongbloed; Suurbier, Krol, Rijsbergen, Haan; Jansen, Van Hanegen, Neeskens (Israel); Rep, Cruyff, Rensenbrink (De Jong). Técnico: Rinus Michels.

Árbitro: Kurt Tschenscher (Alemanha Ocidental)
Local: Westfalenstadion (Dortmund)
Expulsão: Luís Pereira
Gols: Neeskens (50) e Cruyff (65)

Desperdício histórico

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O Brasil foi eliminado da Copa do Mundo. Três Copas depois, não chegaremos nem à final. Poucos eram os que pensavam que isso poderia acontecer, porque nos últimos tempos, mesmo aos trancos e barrancos, o futebol brasileiro sempre mostrou sua força, ainda que o time estivesse capengando e maltratando a bola.

O curioso - e extremamente triste - é que esta era, no papel, a melhor seleção das últimas quatro Copas, pelo menos. Jogadores no auge da forma, brilhando em seus clubes, ganhando títulos. Mostrando, na Copa América e na Copa das Confederações, que nunca - NUNCA - um adversário poderia duvidar do poder do Brasil.

Ronaldinho Gaúcho foi o melhor jogador do mundo por dois anos consecutivos. E não era golpe de marketing. A qualidade do futebol dele no Barcelona e na própria seleção nos permitia sonhar com uma Copa espetacular. Kaká jogava o fino no Milan. Eu acreditava que ele pudesse ser a surpresa do time, já que ele não recebia tanta atenção. Ronaldo, com o perdão do clichê, é Ronaldo. Não precisa que ninguém acredite nele para brilhar. A exceção era Adriano, que vinha de má fase. Mas havia Robinho para substitui-lo, e todos acreditamos em Robinho. Zé Roberto e Émerson não empolgavam ninguém, mas poucos diriam que eram escolhas ruins, pelo contrário. Não traziam brilho, mas sim competência e consistência à equipe.

Claro, havia os problemas. Roberto Carlos e Cafu já deveriam ter' sido aposentados' da seleção pelo Parreira. Tanto que, para mim, Cicinho ganharia a vaga a partir das oitavas. O Dida não era unanimidade, e o temor que repetisse as recentes lambanças que fez no Milan pairava. A zaga... bom, a zaga foi o de sempre. Quem confiava numa zaga brasileira antes de Copa do Mundo?

Pois bem. Mesmo com este timaço, o Brasil não engrenou. Foi o maior coito interrompido futebolístico que presenciei. As partidas foram todas medíocres, menos o jogo contra o Japão, no qual 'coincidentemente' atuaram muitos reservas. "Tudo bem, isso é normal, o time engrenará na fase final". Por mais incrível que possa parecer, a equipe piorou. A ótima atuação de Kaká na estréia foi apenas um lampejo. Ronaldinho Gaúcho não fez em cinco partidas o que faz em um tempo no Barça. Ronaldo deu mostras de que podia se recuperar depois de um início vergonhoso, mas como marcar gols quando a bola não passa da intermediária? Adriano repetiu o futebol mostrado na temporada - péssimo. Robinho, pouco entrou e não teve tempo de mostrar se poderia ter mudado a história deste time. E quando a zaga é destaque na Seleção Brasileira, alguma coisa está errada.

Já os laterais mostraram a que vieram. Para resumir, basta lembrar o lance do gol francês. Falta de Cafu, depois de falha defensiva do próprio. E Roberto Carlos encerrando melancolicamente a carreira na seleção, deixando Henry livre enquanto, ajoelhado no gramado, ajeitava os meiões.

Eu não sei explicar o que aconteceu. E nem quero, pois cada explicação parece uma desculpa esfarrapada. Mas a decepção com aquele time que poderia ser comparado ao de 70 será eterna. Foi o maior desperdício de craques que eu já vi.

É um time para se esquecer.

Por que não pode ser na bola?

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É impressionante a capacidade do brasileiro de negar os fatos. Não, o Brasil não pode perder na bola; sempre tem que ter uma teoria conspiratória por trás. Dois dias após a derrota brasileira, já ouvi um monte de coisas.

Que os jogadores entregaram a partida pra ganhar dinheiro. (Claro, perder o jogo dá mais dinheiro do que ser campeão do mundo e ver seu valor de imagem triplicado.)

Que a seleção foi vítma de uma manipulação que quer dar o título para a Alemanha. (Manipulação boa colocaria o Brasil na final, que é o que qualquer alemão quer. Ganhar o título em cima de Portugal será a coisa mais emocionante do mundo, hein?)

Que a Nike, mais uma vez, determinou a derrota do Brasil. (E determinou pra um triunfo da Adidas! É como se a Coca-Cola destruísse uma fábrica sua e desse dinheiro para a Pepsi a reformar.)

Que jogadores do exterior não têm vontade e não deveriam mais vestir a camisa da seleção. (Já tô vendo o timaço que vai ser montado! Geílson e Rafael Moura no ataque, e Jônatas, do Flamengo, no meio-campo. Um esquadrão!)

Que a culpa não é dos jogadores nem do técnico, e sim da má administração do futebol brasileiro, das cartolagens, da CBF, do Ricardo Teixeira! (E todos esses defeitos estavam "de férias" na Copa de 2002, quando o Brasil ganhou com sobras?)

E por aí vai. Mais teorias aparecerão. O impressionante é uma coisa: na tentativa de dar uma de esperto, o brasileiro faz cada vez mais papel de bobo.

Sobre técnicos e imprensa

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Após uma derrota apática como a sofrida pela seleção brasileira contra a França, o mundo desaba, pra variar, em cima da cabeça do técnico. Nunca fui fã de Parreira, mas ele está longe de ser um néscio e, muito do que fez, ia ao encontro da opinião da maior parte da imprensa esportiva, assim como encontrava eco em qualquer boteco do país. Vejamos alguns fatos.

Quando Parreira acabou com o tal do "quarteto mágico", como muitos pediam, o Brasil fez sua pior partida disparado. Contra a França, jogando recuado, dava todo espaço pro rival trabalhar a bola no campo brasileiro e não conseguia ter saída de bola, já que Juninho não é e nunca foi o homem ideal para fazer essa saída. Sem isso, a seleção sequer conseguia fazer lançamentos para os atacantes, já que Gaúcho estava isolado na frente, distante de Ronaldo, e Kaká sobrecarregado pra cumprir a função, o que facilita a marcaçãod e qualquer time. Assim, a tendendo aos reclamos da crônica esportiva, Parreira no segundo tempo deve que voltar à formação original, o que demonstra claramente o erro do início. Ao reforçar a defesa, o Brasil perdeu totalemente seu poder ofensivo. Erro dele, porque manda e decide, mas partilhado por milhões de torcedores.

Erros o Parreira cometeu quando tardou a mudar o time, que já deveria ter sido modificado no intervalo. Para um jogador, entrar quando se está em desvantagem no placar faz muita diferença. Fica a lição de uma Copa em que todos os técnicos covardes, como Pekerman e Parreira, estãos endo castigados pelo seu defensivismo. Só sobrou o Felipão, que não atacou a Inglaterra de fomra mais incisiva mesmo jogando com um a mais durante 60 minutos, arriscando uma classificação certa em uma decisão por pênaltis. Se Zidane repetir o que jogou contra o Brasil, pode ser o algoz de mais um retranqueiro.

domingo, julho 02, 2006

Ressaca... de derrota

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No dia seguinte à consolidação de que a Seleção Brasileira é freguesa da Francesa, a ressaca pós-derrota toma conta de todos os colunistas esportivos dos jornais e sites. Como não ganho pra isso, em vez de apontar motivos do fracasso, só queria entender porque a entrada de Cicinho no lugar de Cafu era mais importante do que a de Robinho (um entrou aos 25 outro as 34). É que perder sem sequer tentar jogar – uma finalização certa ao gol nos 90 minutos – deixa um porre bem pior do que o de Dreher.

sábado, julho 01, 2006

Desperdício da nossa alegria

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O Brasil perdeu. E foi merecido. Se, como já comentado aqui, a Argentina foi eliminada pela sua covardia, Portugal não foi, mas para o Brasil não houve perdão. Até porque a França tinha Zidane, desmarcado, sozinho, leve, solto e motivado para enfrentar seu freguês.

Mas é hora de cobrar posições. Muitos atacavam o malfadado "quarteto mágico", exigindo a presença de Juninho Pernambucano. E ele começou a partida, a explicação era ocupar o meio de campo, já que a França tinha cinco homens no meio. Mas, o que Parreira não pensou, é que esses cinco poderiam estar atrás, não adiantando colocar um meia de contenção no lugar de um atacante, até porque se libera mais um meia do adversário para atacar.

Pois é. Mas os sábios comemoraram Juninho Pernambucano. Kaká não jogou anda, Cafu foi nulo, mas... e o tal Juninho, o "emplastro Brás Cubas" que tudo resolve? Não, ele não tem culpa. O Brasil, que já não tinha ligação do meio com o ataque, com Ronaldinho Gaúcho na frente e Kaká sobrecarregado, perdeu o pouco que tinha. Os dois isolados nada faziam. Quando o atacante catalão pegava na bola... perdia. Talvez pela fase ou porque não tinha com quem jogar.

Gaúcho jogou na posição que joga no Barcelona. E daí? Se o resto do time não chega, de nada serve. Mas o Brasil não jogou contra o nada. Zidane deu as cartas na França e às vezes parecia querer dizer: "meninos, vocês pensam que jogam isso?". Falta mais caldo para nossos "garotos". Falta um maestro, um Zidane.

Mas sobra o Parreira. E Pelé acertou mais uma.

sexta-feira, junho 30, 2006

O castigo que veio a cavalo

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A Alemanha se classificou para a semifinal da Copa, em casa, com méritos e mostrando uma força física admirável. Mas a Argentina poderia ter se classificado se o técnico Jose Pekerman não tivesse sido tão covarde e tirado Riquelme e colocado Cambiasso que, por sinal, ainda perdeu a penalidade final decretando a eliminação portenha.

Os argentinos dominaram a maior parte do jogo, mas aceitaram a pressão alemã e não souberam aproveitar os contra-ataques. Com as substituições na segunda etapa, nem os contra-ataques mais tinham. Oportunidades só surgiram na prorrogação, quando a defesa alemã já estava aberta e os europeus iam pra frente.

Nos pênaltis, a vantagem germânica ficou evidente. Dizem até que eles fizeram um levantamento pra saber como os jogadores das outras equipes batiam as penalidades. Pode até ser, mas o que decidiu foi a performance de Lehmann, que esperva antes dos batedores e sempre acertou o canto. Quem usa desse artifício, pega todos os chutes mal batidos, no que os argentinos se esmeravam. Uma pena para a América do Sul, mas não mereceram mesmo.

Roberto Carlos: "Pelé não é vidente"

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Na véspera da partida contra a França, pelas quartas-de-final da Copa-2006, o lateral-esquerdo Roberto Carlos pediu mais respeito de Pelé à seleção brasileira. O ex-jogador disse estar com um "mau pressentimento" para a partida.

"Ele é vidente?", questionou o lateral. "Vou falar o que para o Pelé? Ele representa muito para o nosso país, foi um dos jogadores mais importantes para o nosso país. Deixa ele falar, eu respeito. Mas se ele ficar tranqüilinho e respeitar nós que estamos aqui é melhor", continuou.

O técnico Carlos Alberto Parreira se esquivou da polêmica. "Não analiso comentários de outras pessoas, ainda mais sem ter ouvido. Não é porque é do Pelé."

Boca nervosa

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Pelé diz que está com "mau pressentimento" sobre jogo do Brasil

O ex-jogador Pelé disse ontem que está com um "mau pressentimento" e que acredita na vitória da França contra o Brasil, pelas quartas-de-final da Copa do Mundo, no sábado.

"A França ganhou as últimas duas partidas de Copa contra o Brasil. Além disso, só uma vez uma seleção sul-americana conseguiu ganhar uma Copa na Europa", afirmou Pelé à agência alemã DPA.

Antes do começo do torneio, o tricampeão mundial havia comentado que "o favorito nunca vence", em clara alusão à superioridade da seleção brasileira com relação aos rivais.

As previsões de Pelé não costumam se levadas a sério, mas neste ano ele tem mais acertado do que errado. Primeiro, disse que Ronaldinho "ainda não é fato", dizendo não acreditar que o brasileiro "arrebentaria na Copa".

Pelé chamou ainda a atenção para o time do Equador, que foi às oitavas-de-final do torneio.

quinta-feira, junho 29, 2006

Negócios da China

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Infelizmente a China não conseguiu ir à Copa do Mundo, mas nem por isso os fanáticos por futebol de lá deixam de fazer loucuras para não perder um lance. Um torcedor chinês não se abalou com o fato de sua casa estar pegando fogo. "Quando os vizinhos gritaram 'fogo', eu peguei meu bebê e saí correndo ainda de pijamas", afirmou a mulher do maluco ao jornal chinês Pequim Daily Messenger. "Meu marido pouco se importou com o perigo, apenas pegou a televisão e a colocou embaixo dos braços. Após sair da casa, ele começou a procurar uma tomada para ligar e continuar a ver o jogo", relatou.

Outro fato curioso ocorreu com Li Jie que, após tentar vender lotes na lua, vende agora"ar da Copa" para os compatriotas que quiserem "sentir" o Mundial. Com somente 50 yuan (R$ 14), os chineses podem comprar um saquinho cheio de ar, que Jie alega ter sido obtido diretamente dos estádios da Alemanha. E olha que ele disponibiliza o ar de todos os estádios da Copa. Impressionante...

Homenagem ao nosso comentarista favorito

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É pra você, Noronha!!!

(O Youtube é a maior revolução da internet desde o Google!)

http://www.youtube.com/watch?v=2QjbCdYkL8w

Futebol, obesidade e cachaça

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Maradona diz que quer Ronaldo "gordo ou bêbado"

"Podem me dar o Ronaldo gordo, bêbado, ou como for, mas me dêem, quero sempre ele na minha equipe". A afirmação é do ídolo argentino Diego Armando Maradona, citado pela agência de notícias Ansa. O ex-jogador disse também que a Seleção Brasileira não está jogando bem na Copa.

Na foto, Maradona aparece com outro ídolo seu, o brasileiro Zico, durante uma partida no Maracanã, em 1979. Para muitos críticos, Zico só não é considerado melhor que Maradona porque não conseguiu ganhar uma Copa do Mundo.

Memória da Copa (9ª edição)

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A primeira estrela

Em 29 de junho de 1958, Amaro dos Santos ligou seu rádio valvulado e apoiou o cotovelo em cima da mesa para ouvir a final da Copa do Mundo entre Brasil e Suécia. A certa altura, o ponta-direita brasileiro levou uma entrada mais dura de um adversário e Amaro, já turbinado por meio litro de cachaça, tirou o canivete da cintura e extirpou o rádio sem dó. Por conta disso, não conseguiu ouvir o fim do jogo e só teve certeza de que o Brasil era campeão quando ouviu o foguetório espocar por toda a cidadezinha de Pau Grande. Paciência: a seu modo, vingara as pancadas recebidas por seu filho Mané Garrincha na distante cidade de Estocolmo.

Naquele dia, há exatos 48 anos, o Brasil deixava de ser vira-latas no esporte coletivo mais popular do planeta. E o filho de Amaro foi decisivo no momento mais crítico da partida. Depois de levar um gol de Liedholm logo aos 4 minutos de jogo, o Brasil parecia atordoado num estádio obviamente lotado pela torcida da casa. Didi pegou a bola no fundo das redes e voltou caminhando lentamente para o meio do campo, comentando entre dentes com os companheiros: "-Vamos encher esses gringos". Garrincha ouviu e, em menos de 30 minutos, driblou duas vezes meio time da Suécia até a linha de fundo e, em ambas as oportunidades, cruzou com perfeição para dois gols de Vavá.

No segundo tempo, Pelé (duas vezes) e Zagallo ampliaram e a goleada fechou em 5 a 2. Festa brasileira em Estocolmo, explosão em todos os cantos do Brasil. Muitos já disseram que a popularidade da gestão Juscelino Kubitschek na presidência da República e a sensação de extremo orgulho que o país experimentou naquele final de anos 50 começaram naquele dia de junho de 58, com aquela vitória na Suécia. É claro que Amaro dos Santos, com nove ou dez caninhas acima da humanidade, nem suspeitava disso. Nem seu filho, que naquele momento era cumprimentado no gramado do estádio Raasunda pelo rei sueco, Gustav Adolf, em pessoa. E respondia como se estivesse num boteco de Pau Grande: "-Olá, meu chapa! Tudo bem?".

E o brasileiro, dessa vez no drible, mostrou o futebol como é que é.

Brasil 5 x 2 Suécia
29 de junho de 1958

Brasil: Gilmar; Djalma Santos, Bellini, Orlando e Nílton Santos; Zito e Didi; Garrincha, Vavá, Pelé e Zagallo.Técnico: Vicente Feola.
Suécia: Svensson; Bergmark, Axbom, Börjesson e Gustavsson; Parling e Gren; Hamrin, Liedholm, Simonsson e Skoglund. Técnico: George Raynor.

Árbitro: Maurice Frederic Guigue (França)
Local: Estádio Raasunda (Estocolmo-Suécia)
Público: 49.737
Gols: Liedholm (4), Vavá (8), Vavá (32), Pelé (56), Zagallo (68), Simonsson (80) e Pelé (89)

Em defesa do Imperador

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Relendo meu post anterior, senti uma ponta de injustiça com Adriano. Do jeito que falam do rapaz, parece que ele é o mais perna de pau que os participantes desse blog, o que, acreditem, é grande ofensa (com a honrosa exceção da Thalita, grande jogadora de futsal).
Não é bem assim. Adriano está entre os melhores centroavantes do mundo, tem um chute de esquerda de força e precisão impressionantes. O problema não é com ele, é com o esquema tático. Não dá para jogar com dois atacates pesados (sem alusão à obesidade do Fenômeno) na frente. O time sente falta da movimentção de um Robinho.
No começo da Copa, quando Ronaldo parecia estar jogando em constante ressaca, defendi a permanência de Adriano no time. Mas com Ronaldo jogando bem, ele é melhor que Adriano. O que não é demérito algum. Afinal de contas, o Gordo é "só" o maior artilheiro de todas as Copas.
Ao deixar o Imperador da Inter em campo, Parreira o sacrifica. Ele tem que correr e abrir espaços para Ronaldo, volta ao meio-campo, tenta desarmar. Ou seja, é forçado a fazer tudo que não sabe e que Robinho faz tão bem. A comparação entre os dois não é correta, as posições são diferentes. Adriano está na seleção para ser reserva do Fenômeno. O que, insisto não é pra qualqeur um.