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domingo, janeiro 28, 2007

Que sofrimento!

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Sábado, nada pra fazer, bóra beber. Essa é a lógica, mas resolvi contrariar. Fui com meu amigo (e conterrâneo) Márcio Sala ao Palestra Itália assistir nosso Clube Atlético Taquaritinga contra o Palmeiras B, pela série A-2 do Paulista. Que arrependimento! E que sofrimento: zero a zero, poucos lances de gol, lambanças mil e público presente de 110 testemunhas - menos do que os mortos no Carandiru em 92. A renda foi de R$ 1.010,00, acho que não pagou nem a energia dos refletores. O engraçado é que os jogadores ouviam tudo o que se gritava nas arquibancadas. Teve uma hora em que um corneteiro berrou, com sotaque caipira: "-Aperta que ele espana!" e pude ver dois ou três jogadores dando risada. Mas este supremo desinteresse do público pela segunda divisão me deu segurança para levar minha filha Liz, de 4 anos, pela primeira vez a um estádio. Depois de muita argumentação, expliquei a ela que não ficava muito bem gritar "São Paulo! São Paulo!" ali no meio dos palmeirenses, como fez em alguns momentos de distração minha. Daí, passou a gritar "Cuataritinga! Cuataritinga!" (o que também era meio perigoso), mas calou-se com um picolé de limão. De minha parte, pude, finalmente, conhecer o glorioso Parque Antártica (foto). Não tinha noção de como as dimensões do gramado são pequenas e do quão próxima a torcida fica dos jogadores. Sobre o jogo, ah, o jogo! Vi uma briga interessante do esforçado nº 3 do Palmeiras B, provavelmente Róbson, contra o rápido 9 do CAT, acho que Rodrigo Goiano. O goleiro Fernando, do Taquaritinga, é muito bom, tem futuro. Tem também, no time da minha terra, um meia de ligação chamado Rafael Fusca, inteligente, que até não faz feio. De resto, o time da capital acertou uma meia-dúzia de finalizações e o CAT, nenhuma. No estádio vazio, até os quero-queros pareciam entediados. No prédio que aparece no canto inferior direito, na foto acima, tinha um cara assistindo ao "espetáculo" em uma das janelas, no primeiro tempo. Já na segunda etapa, apagou a luz e foi dormir! Isso nos convenceu a sair o mais rápido possível dali, direto pro Bar do Vavá. Com todo o merecimento - e alívio...

4 comentários:

Sr. Vizzatti disse...

O que mais gosto no futebol são as pérolas, as frases de efeito que a torcida solta.
"APERTA QUE ELE ESPANA"...
Se alguém poder me dar uma análise mais precisa desta frase, seu significado, sua morfologia, enfim, me faria um grande favor.
Com relação aos Quero-Quero, venho notado em alguns jogos futebolisticos certo desinteresse por parte dessas aves, elas não tem a mesma empolgação que tinham antes, o futebol brasileiro está perdendo a graça, não faz mais tirintilar corações, é preciso mudar a cabeça de alguns jogadores, uma mentalidade retrograda que está transformando nosso esporte de bretões em algo puramente comercial, como se notou nem os Quero-queros tem aquela paixão pelo esporte.
Tá banalizado.
Quanto ao resultado desta partida, a culpa é da torcida que não apoiou o time, faltou a "ola", faltou o lerê-lerê que da um gaz no jogador.

Anônimo disse...

Marcão, foi com a camisa do CAT?

Marcão disse...

Infelizmente não, Olavo. No meu aniversário, lá no Bar do Vavá, um outro conterrâneo, o Lê, apareceu no bar trajando o original uniforme cateano (único no mundo, combinando listras verdes, pretas e vermelhas). Ele disse que vai me arranjar uma de presente, mas ainda estou esperando.

Marcão disse...

Ah, e só pra registrar: encontramos outro conterrâneo nas vazias arquibancadas do Palestra e ele estava, sim, com a camisa do CAT (era o único). Mas adotou uma estratégia diplomática: levou a esposa com a camisa do Palmeiras, aquela listrada dos tempos da Parmalat.