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O assunto também gera divergências no próprio clube. Segundo o Lance!, durante a última reunião do Conselho Deliberativo do Santos, o presidente Marcelo Teixeira afirmou que prefere ganhar a terceira estrela de campeão mundial dentro de campo. Mas o conselheiro Celso Leite defende a mudança na camisa: "O Santos ganhou em campo, falta a diretoria reconhecer". A Supercopa de Campeões Intercontinentais foi concebida em finais de 1967 pelas diretorias do Peñarol (Uruguai), Racing (Argentina) e Santos, os três únicos clubes sul-americanos campeões mundiais até o momento. Os europeus concordaram e ficou combinado que Real Madrid e Internazionale de Milão se enfrentariam para classificar um deles para a final da primeira edição da competição, de 1968, contra um sul-americano.
Entre novembro daquele ano e abril de 1969, o Santos eliminou o Racing e o Peñarol e, em 24 de junho de 1969, foi à Milão decidir o torneio em partida única (a Inter se classificou para a decisão sem precisar jogar, depois da desistência do Real Madrid). A equipe italiana passava por uma má fase, tinha perdido seu técnico dois dias antes e não pôde contar, na final, com craques como Fachetti, Suárez, Landini e Bertini. Mesmo assim, esse jogo foi uma espécie de prévia da final entre Itália e Brasil que seria disputada um ano depois, na Copa do México. Em campo estavam Carlos Alberto, Clodoaldo, Rildo, Pelé e Edu, pelo Santos, e Burgnichi e Domenghini, pela Inter. A equipe brasileira tinha garantido o tricampeonato paulista três dias antes, num empate sem gols contra o São Paulo, e jogou completa no estádio San Siro. O gol do título saiu aos 12 do segundo tempo: Pelé cobrou falta com violência, o goleiro Bordon rebateu e Toninho Guerreiro completou (como mostra a foto acima). "Obviamente, as pessoas foram para ver o Santos jogar, mais do que a Supercopa", disse, recentemente, o ex-zagueiro santista Ramos Delgado.
A última edição da Supercopa foi disputada ainda em 1969, tendo o Peñarol como campeão. Só que os europeus nem participaram e, assim, a competição perdeu força e a terceira edição nem chegaria a ser disputada.
Ficha técnica
Ficha técnica
INTERNAZIONALE 0 X 1 SANTOS
Local: Estádio San Siro, Milão (Itália)
Data: 24 de junho de 1969
Público: 44.774
Juiz: José Mario Ortiz de Mendibil (Espanha)
Inter: Bordon; Burgnichi e Poli; Bedin, Guarnieri e Cella; Jair da Costa, Mazzola, Domenghini, Corso e Vastola; Técnico: Maino Neri.
Santos: Cláudio (Laércio); Carlos Alberto, Ramos Delgado, Djalma Dias e Rildo; Clodoaldo e Negreiros; Pelé, Edu, Toninho Guerreiro e Abel; Técnico: Antoninho.
Gol: Toninho Guerreiro (57)
2 comentários:
Desde já, declaro: sou contra.
É um título intercontinental, mas, daí pra valer um Mundial é brincadeira...
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