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sexta-feira, janeiro 11, 2008

Em defesa da Copinha

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Virou mania descer a lenha na Copa São Paulo de Futebol Júnior. Eu mesmo já fiz isso, em texto de 2005. Mas, mesmo que não seja o tal do "vestibular da bola", a Copinha tem méritos que não podem ser desprezados.


Parte destes eu vi ontem, em São Bernardo. A rodada teve São Bernardo x Ypiranga-PE e Grêmio x Botafogo-PB. Só tive tempo de chegar para o segundo jogo e gostei muito do que vi.

Não me refiro à partida em si - que foi até meia boca, com o Grêmio vencendo por 3x0 mas passando longe de apresentar um futebol encantador. O que destaco é a festa que estava o estádio. O Baetão (foto), que não é o principal estádio da cidade (a honra cabe ao Primeiro de Maio, aquele das greves de Lula), recebeu um público surpreendente. Arrisco dizer que lá estavam mais de 5 mil pessoas - mais gente que em muitos jogos do Santos em 2007.

Um clima tranquilo, familiar, de pessoas que estavam lá para assistir ao futebol sem compromissos. Ah, também se fez presente a "geral do Grêmio" com suas bandeiras estranhas.

Imagino a relevância que a Copinha deve ter em cidades mais distantes da capital e de jogos da elite do nosso futebol.

Acho que só por isso, a Copa São Paulo já se justifica. Por proporcionar um ambiente de festa relacionado ao futebol.

3 comentários:

Nicolau disse...

Taí, parece um bom programa para um domingo vadio. Mas é triste ver o esquema de organização bizarro, com prefeituras "comprando" vagas, e os empresários voejando em cima...

Glauco disse...

Vi uns pedaços desse jogo na Sportv, mas acho que você superestimou o público, Olavo. O estádio oficialmente tem capacidade pra 8 mil torcedores (embora fontes digam que não cabe mais de 6 mil). Não tinha tudo isso de gente não, pelo menos pela imagem da TV.

Marcão disse...

Sempre gostei da Copa S.Paulo. Lembro de uma vez que estava de férias em Santos, em 1984 ou 85, por aí, e vi partidas legais na Vila Belmiro (até hoje, infelizmente, a única vez que estive lá).

Apesar do baixo nível técnico, os caras dão o sangue, sabem que pode ser, talvez, a única - ou última - oportunidade. Depois, em 1997, cobri a Copa São Paulo nos jogos sediados em Santa Bárbara d'Oeste. Curiosamente, o Santos estava nessa chave.

Lembro da partida que decidiu o grupo, o santista Eduardo Marques acabou com os donos da casa, o União Barbarense. No mais, já assisti várias decisões disputadas e emocionantes da Copinha, como as de 1993 (quando Jamelli fez três gols e deu o título ao São Paulo contra o Corinthians) e de 1994, quando o favorito São Paulo perdeu nos pênaltis para um raçudo Guarani, numa espécie de revanche do teste cardíaco que foi a decisão do Brasileiro de 86.

Por tudo isso, gosto muito da Copinha. Nesse exato momento, por exemplo, estou de plantão para o site ABCD Maior acompanhando a sorte do São Bernardo. Ontem acompanhei pela internet a vitória (e classificação) do Santo André, em Indaiatuba, e a eliminação do São Caetano.

O que impressiona, nessa edição, é quantidade de gols. Só dá goleada. E, convenhamos, chuva de gol compensa qualquer partida de futebol, por pior que seja.