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quarta-feira, janeiro 16, 2013

Corinthians fora da Copinha: mau augúrio para 2013?

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Leandro, bom centroavante (Rodrigo Coca/Ag.Corinthians)
Comecemos afirmando um fato importante mas muitas vezes negligenciado sobre as competições de categorias de base: o mais importante não é ganhar, mas revelar jogadores. Lendo agora, parece claro que tal fato é ignorado por soar muito como discurso de perdedor. Enfim, o fato é que, mesmo sendo eliminado pelo Bahia no jogo desta quarta, temos alguns bons jogadores no time, especialmente no ataque.

O destaque é Léo, que era Leonardo no ano passado. Sem ter completado ainda 18 anos, o jogador é habilidoso, rápido e inteligente. Pecou algumas vezes por ser muito fominha, o que vale para as outras duas boas revelações do time: o centroavante Leandro, artilheiro com seis gols, e o também atacante Paulinho, habilidoso e ainda mais esfomeado.

Isto posto, entremos em searas mais míticas. Corintianos da minha faixa etária criaram um certo misticismo em relação ao desempenho do time na Copinha. Essa visão, reforçada pelo ano quase perfeito de 2012, deve ter começado com o ano de 1995, quando o Timão levou o Paulista em final sobre o Palmeiras e a Copa do Brasil em cima do Grêmio – sem contar o primeiro título da Gaviões da Fiel no Carnaval. O ano começou com a vitória na Copa SP, terceiro dos oito conquistados pelo Timão, maior ganhador do torneio. Olhando os outros seis títulos, vemos que a mística é bastante questionável.

Começa que os dois primeiros foram em 1969 e 1970, no meio da enorme fila alvinegra. Nada de bons augúrios aí – o que fica ainda mais grave em 69, com a morte do lateral-direito Lidu.

Tudo bem, a coisa pode ter começado com o excelente ano de 1995. Pulando esse, vamos para 1999, excelente ano, do bicampeonato do Brasileirão e de mais um título do Paulistão em cima do Palmeiras, com o tempero especial das embaixadinhas de Edílson.

Até aqui, vamos bem. Mas depois vem 2004, quando o Timão foi salvo pelo então sãopaulino Grafite de um vexaminoso rebaixamento no Paulistão. A mística foi severamente abalada, mas o ano seguinte a revitalizou: novo título dos meninos e novo Brasileirão, com Tevez e Nilmar – e o saldo da parceria malfadada com a MSI. O último título comemorado no aniversário da capital paulista foi em 2009, quando levamos o Paulistão invicto e a Copa do Brasil, com show de Ronaldo.

O saldo é positivo para os supersticiosos: 3 anos ruins e 5 muito bons. Se avaliarmos que o feitiço, seja lá qual for, foi feito em 1995, fica 5 a 1. Não é pouco. Na dúvida,bato na madeira. E vou mudar um pouco o axioma do início do texto e torcer mais por vitórias da garotada.

segunda-feira, janeiro 23, 2012

Corinthians vence Mirassol na estreia do Paulistão

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No último sábado, o Corinthians venceu de virada o Mirassol pela primeira partida do Campeonato Paulista 2012. Sobre o bom resultado tenho pouco a falar, pois não vi o jogo. O que li e ouvi por aí é que o Mirassol começou melhor e dominou o jogo no primeiro tempo, abrindo 1 a 0.

Na segunda etapa, Tite trocou William por Jorge Henrique – o que só é relevante por demonstrar alguma recuperação de espaço pelo baixinho com o treinador – e a coisa melhorou um pouco. Mas só se resolveu quando lá pelos 20 e poucos minutos o jogador Alex Silva foi expulso. Aí, Adenor ousou, trocou Paulo André por Elton e Alessandro por Danilo. No abafa, o centroavante empatou e Alex fez a jogada para a zaga interiorana marcar contra.

Resgato os fatos para discuti-los por meio dos dois amistosos disputados nas duas últimas semanas. Segundo consta, a grande dúvida de Tite era entre usar Danilo e Alex no meio campo – formação que ganhou o primeiro tempo com dois presentes da zaga do Flamengo – ou trocar o primeiro por William, que joga mais aberto – opção utilizada no OxO do primeiro tempo contra a Lusa.

Além dos resultados, a dinâmica apresentada pelo time indicava que a melhor opção era a primeira. Danilo prende mais a bola e completa bem o futebol de Alex, que é melhor no passe e no chute de longa distância. Além disso, circula mais e divide as atenções dos marcadores adversários no meio campo. Já William, seja por característica ou ordens superiores, fica muito aberto na ponta, isolando Liedson e Alex.

Tite, no entanto, optou pelo atacante. Não se pode atribuir apenas a isso o domínio mirassolense. O time do interior começou sua preparação já há dois meses, visando exatamente o estadual, enquanto o Timão só voltou das férias há uns 20 dias. Mas é importante que Tite fique atento para o fato.


Copinha


Enquanto isso, os garotos sub-18 do Corinthians cumprem excelente campanha na Copa São Paulo de Futebol Júnior. No mesmo sábado, sacolaram o Atlético Paranaense por 6 a 0 e garantiram um lugar na final do evento, contra o Fluminense – segundo maior vencedor do torneio na história, com 5 títulos contra 7 do Timão.

Mas mais que o resultado, impressiona a consistência do time e o número de bons jogadores - apesar de nenhum craque saltar aos olhos. Até aqui, são 28 gols marcados e apenas 1 sofrido, sempre tomando a iniciativa, marcando no campo do adversário e controlando o jogo. A zaga de Marquinhos e Antônio Carlos é boa, encara os marcadores e sabe sair jogando com tranquilidade. No meio campo, os dois volantes sabem tratar a bola, sendo Gomes mais marcador e Anderson quase um meia, com belos passes verticais – característicos da equipe.

Matheus (que deixou de lado um diminutivo no meio da competição) é um meia canhoto habilidoso e Giovanni um destro aguerrido e de muita personalidade. No ataque, que talvez seja o setor mais fraco, está o técnico Leonardo na movimentação e o grandalhão Douglas na centroavância.

Esse último, é uma incógnita. Com 18 anos, tem 1,87 m e mais de 90 quilos, o que lhe dá uma vantagem física impressionante. Em alguns jogos, demonstrou inequívoca falta de intimidade com a bola, matando várias de canela e errando passes absurdos. Em outros, como na semifinal, fez bem o papel de pivô e marcou gols de todo jeito – no caso, 3, um em chute colocado, outro forte e de direta (o pé ruim) e o terceiro em oportunismo típico da posição. Na reserva dele, está Leandro centroavante mais técnico e inteligente, mas obviamente menor. Acho que cabe a aposta no grandão – que se conseguir se entender com a pelota, tem vantagens naturais importantes. Isso tudo vale ganhe ou perca do Fluminense, que não vi jogar.

Em outras equipes, interessante o meia palmeirense Bruno Dybal, bem como o também meio campista Pedro Castro e o atacante Neilton, ambos do Santos.

Na equipe peixeira, o mais curioso no entanto é o modo de jogar, com muita movimentação e jogadores habilidosos. Segundo esse texto do Olheiros, foi uma opção consciente da diretoria santista tomada antes mas muito acelerada após a lavada tomada frente ao Barcelona. Decidiram priorizar jogadores leves e habilidosos e montar um time ofensivo – características que vêem como parte do DNA santista. Bonita ideia. Quero ver convencer o Muricy.

sexta-feira, fevereiro 26, 2010

Cara feia no quem é quem

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Por Moriti Neto

Se eu queria saber quem é quem no elenco do São Paulo antes dos jogos contra Palmeiras e Once Caldas, agora tenho as respostas. A partida desta quinta, pela Libertadores, foi óbvia para os tricolores (considerado o nível médio de atuação no ano). Ou seja, terminou com derrota e o time jogando mal.

Apesar de no início os colombianos não terem pressionado os brasileiros, o Tricolor não teve competência para resolver a contenda na primeira etapa. O São Paulo até tocava bem a bola e dominava o meio-campo, mas não traduzia a coisa em chances de gols. Então, num dos poucos lances ofensivos com objetividade, aos 33 minutos, o volante Jean fez jogada individual e sofreu falta. Rogério Ceni cobrou, a bola desviou na barreira, e inaugurou o placar na cidade de Manizales. O goleiro chegou a 11 gols pelo Time da Fé no torneio continental e se tornou o maior artilheiro do clube na competição.

Logo depois do tento de abertura, Marcelinho Paraíba teve chance pela esquerda, batendo forte, próximo da trave direita do goleiro Martinez. Aí, o Once Caldas resolveu dar as caras. Nos minutos finais, Núñez chutou uma falta para boa defesa de Ceni, e o atacante Dayro Moreno concluiu com violência, em jogada pela direita, exigindo outra intervenção do Capitão. Era o prenúncio do que ocorreria no segundo tempo.



Intervalo passado, e o Once Caldas, aos 4 minutos, aproveitou um vacilo de Jorge Wagner em cobrança de lateral e um presentão de Marcelinho Paraíba, que deixou a bola para Vélez. Uribe cabeceou e estufou as redes. Era o empate.

Com o gol, os colombianos foram para cima e Cárdenas mandou uma bomba no travessão são-paulino. E, aos 26 minutos, Moreno passou por Jean, tocou a bola entre as pernas de Miranda, e bateu no canto: golaço e merecida virada colombiana.

É certo que o técnico interino Milton Cruz demorou para alterar a equipe, mas Jorge Wagner, Marcelinho Paraíba e Cicinho estiveram péssimos na partida. Xandão, que eu começava a ver com bons olhos, disse até que estava queimando minha língua, já que critiquei sua contratação, e Miranda foram horríveis nos 45 finais, mostrando que a fase da defesa – esteio do time nos últimos anos – é de doer. Fora Rogério, Cléber Santana foi o único que se salvou. Rodrigo Souto, que estreou, jogou pouco para ser avaliado. Ao fim das contas, no quem é quem, o Tricolor dá mostras de que não tem cara ou de que as de que dispõe são um tanto feias.                

domingo, fevereiro 07, 2010

Sobre enchentes nos dois lados do Atlântico

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Pouco tenho aparecido aqui no Futepoca, pois o mestrado aqui exige muito e futebol, só sei de ler as notícias depois de jogo, mesmo dos meus times São Paulo e Arsenal - piorado pelo fato de que a Premier Ligue não passa na TV aberta. (Se vocês quiserem encarar isso como desculpinha para eu não escrever sobre a derrota do São Paulo para o Santos tudo bem, estou preparada).

Em compensação, não paro de caçar notícias sobre São Paulo - a cidade. Tentar relacionar o conteúdo do curso, as experiências in loco e o que acontece aí desse lado do Atlântico é muito interessante, mas infelizmente tem sido desalentador. Não, pior. Desesperador.

A temporada de enchentes é, por óbvio, o que mais tem chamado a atenção. E uma série de informações que me chegaram nessa última semana fez com que eu ficasse com vontade de bater a cabeça na parede de raiva. Como não ia adiantar nada, resolvi escrever esse post.

Em primeiro lugar, vieram as declarações de gente do governo do estado de São Paulo dizendo mais besterias do que eu supunha ser possível. Elas foram sintetizadas nessa matéria da Isto É. Primeiro, em resposta a um relatório do Inpe alertando sobre o alto nível das represas de São Paulo, a Sabesp responde que, como não era possível prever o dia e a hora da chuva, não havia nada que pudesse ser feito. O companheiro Frédi já destacou essa bobagem.

Depois, imagino que em resposta à autora da matéria, o responsável direto pelo gerenciamento das barragens na região metropolitana da cidade de São Paulo, Hélio Castro, afirmou que “as chuvas foram excepcionais, mas não há garantias de que isso volte a ocorrer. Eu duvido que alguém sustente a afirmação de que essas chuvas excepcionais continuarão existindo”. Eu não sou especialista em mudanças climáticas, mas posso assegurar que todas as cidades grandes aqui da Europa estão se preparando para eventos climáticos mais extremos. Eu tenho a impressão de que elas não gastariam os milhões que vão gastar sem que o risco de fato exista. A resposta de Castro parece argumento de negacionista das mudanças ambientais. Feio!

A essas imbecilidades junta-se um seminário muito apropriado, organizado pelo meu curso, chamado "A Cidade Vulnerável". Três especialistas foram convidados para falar sobre a vulnerabilidade das cidades diante das... mudanças climáticas! E uma série de informações só confirmaram o que eu já intuía: com boa governança, as cidades sofrem consideravelmente menos com eventos extremos.

O caso de Londres é exemplar para nós, paulistanos. A cidade é bastante populosa - 7 milhões de pessoas - e também é inteirinha permeada por rios e córregos. Alex Nickson, gerente para adaptação às mudanças climáticas da prefeitura de Londres (na tradução da promoção), informou que por aqui nada menos do que 600 mil propriedades estão nas áreas alagáveis do Tâmisa e de seus afluentes. Tem enchente aqui? Tem, em média uma vez a cada dois anos. É grave? Bom, para os londrinos é o fim do mundo, mas para qualquer paulistano isso seria o paraíso para São Paulo. Morre gente? Acho que eu não preciso responder essa pergunta.

Mas o participante que mais chamou a minha atenção foi David Satterthwaite, pesquisador do International Institute for Environment and Development. Sua apresentação teve como título "Como se adaptar às mudanças climáticas com governos ineficazes". Ele faz parte de um time que estuda 16 cidades em países pobres, no que tange à adaptação - ou não - às mudanças climáticas. O Brasil não entra na lista, e inclusive Porto Alegre foi citada como um ótimo exemplo de cidade que consegue garantir acesso a àgua para todos.

Satterthwaite enfatizou que um sinal para saber se a cidade tem boa governança (conceito mais amplo que o de governo, é bom dizer) é ver quem são mais afetados por eventos extremos como secas inundações. Se todas as classes sociais são afetadas igualmente, a governança tende a ser boa. Afinal, porque diabos uma seca deixaria apenas os pobres sem água? E porque enchentes afetariam apenas as casas pobres localizadas em áreas de várzea?

O pesquisador disse, ainda, por que é tão difícil fazer com que os governos ajam em relação às catastrofes. Algumas das razões: falta de capacidade técnica; recusa de agir em bairros irregulares; dificuldade em convencer os governantes de que o quadro é sério; o fato de que a prevenção de uma tragédia não traz votos, já a recuperação depois de uma, sim.

Eu poderia discorrer por mais alguns parágrafos por questões interessantíssimas colocados nessa palestra, mas acho que eu já consegui ilustrar meu ponto. São Paulo sofre do todos os problemas citados acima. Mas esses problemas foram encontrados e listados em cidades pobres. E se tem uma coisa que São Paulo não é, é pobre. Tanto a cidade como o estado. Por que então a cada assunto abordado na palestra eu me contorcia na cadeira querendo gritar para o mundo que não, o problema não é falta de dinheiro?

Depois da palestra, tive a oportunidade de conversar com Satterthwaite durante um jantar. E quando eu lhe disse que São Paulo estava passando pelos mesmos problemas que ele havia apontado na palestra, sua primeira reação foi de desdém. Algo do tipo "é que você nunca viu ao vivo o que é uma enchente dessas numa cidade pobre". Quando eu disse que mais de 70 pessoas morreram por conta das chuvas, ele até se assustou. Nunca esperava que isso pudesse ocorrer no Brasil. Não por chute, mas porque ele trabalhou no Brasil já, conhece São Paulo, tinha contato direto com Paulo Teixeira durante a prefeitura da Marta. Cito uma frase. "Isso não deveria acontecer em São Paulo. A cidade tem especialistas, tem estrutura para evitar isso". E tem dinheiro.

Então por que isso não acontece? Por que as pessoas morrem? Evidente que a resposta mais geral é que nossos governantes paulistas não focam no que deveriam. Mas na prática isso se dá, por exemplo, em colocar em cargos importantes gente que não está preparada (para ser bem tucana em relação ao pessoal de gerenciamento das represas). Em privilegiar obras nas Marginais e tirar espaço das margens. Em concretar o rio. Em dizer que a culpa é de São Pedro. Em dizer que já combinou com Papai Noel que não vai chover mais. Em não ter um mapa atualizado de áreas de risco. Em negligenciar os casos de leptospirose depois das enchentes, provavelmente para mascarar as estatísticas.

Mais uma vez, eu poderia continuar por muitas linhas, mas não tenho nem vontade. O que acontece aí é tão triste que eu gostaria de poder simplesmente esquecer, para não entrar em crise. Por que eu estou aqui estudando para melhor entender São Paulo, mas cada pedacinho a mais que eu entendo, eu ganho mais um motivo para achar que temos cada vez menos saídas. Que as urnas nos ajudem, no final desse ano e depois em 2012.

(esse post ficou uma coisa meio terapia. Perdão pelo excesso de letrinhas)

ps: leio hoje, segunda 08/02, que os moradores do Jd. Romano foram reprimidos com gas pimenta durante manifestacao em frente a Prefeitura. Parece que as coisas ficam cada vez piores. A cada dia uma fronteira e ultrapassada, ate que todo mundo ache que todas as violencias que essas pessoas estao passando sao normais.

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

Bomba!

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O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), resolveu decretar hoje - tardiamente - o estado de calamidade pública no Distrito do Jardim Helena, região de São Miguel que engloba, entre outros, o Jardim Romano (foto) e o Jardim Pantanal. Para quem não sabe, o Jardim Romano foi um dos bairros pobres inundados há mais de um mês e meio para evitar o alagamento das marginais e do Cebolão, conjunto de obras que o governador José Serra (PSDB) pretende inaugurar o mais rápido possível, antes de deixar o cargo para disputar as eleições (se não acreditam que essa ação foi proposital, leiam essa reportagem aqui). E o Jardim Pantanal - com extensão ao Romano - é o local onde, há dois meses, 450 litros de esgoto por segundo passaram a alagar todo o bairro, quando uma estação de tratamento da Sabesp deixou de funcionar. Os moradores culpam o governo do Estado, que até agora não fez nada. Pois bem: visitando a vizinha cidade de Itaquaquecetuba, ouvi boatos de que, no Jardim Romano, pessoas estariam comprando dinamite para explodir a Barragem da Penha, em protesto contra o alagamento proposital que poupou as obras na marginal e com o descaso de José Serra. Espero que seja só boato. Mas eu não condeno totalmente quem, numa situação trágica e de abandono como essa, chega a pensar em reagir com uma ação tão desesperada.

segunda-feira, janeiro 25, 2010

No Pacaembu

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Hoje tomei vergonha e fui, pela primeira vez, ao estádio do Pacaembu. A decisão da Copinha entre Santos e São Paulo prometia e, de fato, foi um bom jogo. Acordei às 9 da matina e, ainda com sono, peguei a primeira camiseta que achei na mala e saí de casa. Foi só no caminho que percebi que tinha uma enorme estampa de um tubarão. Como entrar na torcida do São Paulo com um "peixe" no peito? Solução improvisada: comprar uma camisa do meu time no camelô - o que confirmou ser um bom augúrio, pois, nas três vezes que fiz isso, contando com essa, o Tricolor venceu. Mas o vendedor avisou: "-Esconde isso, que tá saindo briga lá nas entradas do estádio". Fui descendo a ladeira e tive que passar na porta do Tobogã, território peixeiro. Pensei que ia apanhar, o clima era tenso. E só achei ingresso para as numeradas descobertas, onde a torcida é mista, sãopaulinos e santistas lado a lado.

Fazia um sol ardido, um calor inacreditável. Peguei um bronze. Nas numeradas, muitas famílias e crianças se provocando, mas com civilidade. Rola a bola. O Santos abafa o adversário com dribles e mais dribles, em contraposição aos "brucutus" do São Paulo. Wesley, o lateral esquerdo, é magrinho e de pernas finas, mas assusta o time do Morumbi toda vez que parte driblando para o ataque. O camisa 10 do alvinegro, Alan, também entorta zagueiros, e dá o passe para Renan abrir o placar. Os santistas se fecham e saem em contra-golpes mortais. Num deles, o goleiro Richard, do São Paulo, sai da área e faz falta feia. Ficam duas dúvidas: se o santista estava impedido e se o goleiro era, mesmo, o último homem. Como o juiz marca falta, fica a expectativa de expulsão. Mas Richard só toma amarelo. Um lance capital, pois o goleiro definiria o resultado da Copinha na disputa de pênaltis.

No segundo tempo, o Santos tem a oportunidade de liquidar a fatura duas ou três vezes, mas falha. Nos 15 minutos finais, com preparo físico visivelmente melhor, os sãopaulinos partem para o "abafa". Perdem chances incríveis, mas o gol salvador acaba saindo aos 41 minutos, num chute espetacular, de virada, de Ronielli. Grito até ficar rouco. Nos segundos finais, em dois escanteios, o São Paulo quase faz o gol do título. Mas vem o fatídico apito final. Nisso, o goleiro santista, Rafael, despenca no chão. Não vi o que aconteceu, se foi lance de jogo ou outra coisa, mas ele fica lá deitado um tempão. Eu presto atenção no presidente tricolor, Juvenal Juvêncio, que está uns oito degraus pra baixo de mim, e no dirigente do Santos, Luís Alvaro, que conheci no dia 20, na Vila Belmiro, e que naquele momento sobe ao gramado.

É aí que o técnico do Santos, o ex-jogador Narciso, parte pra cima do juiz reclamando sobre a não expulsão do goleiro do São Paulo no primeiro tempo. Briga com policiais e é expulso de campo. Isso mexe com o time santista. Batem três pênaltis e o arqueiro Richard defende todos eles, o segundo de forma inacreditável, levantando o braço em pleno vôo rasante. Festa sãopaulina, grito até sumir a voz. Depois faço o - perigoso - trajeto de volta até onde estou hospedado, sem camisa, a conselho dos policiais. Meia dúzia de cervejas Estrella Galicia (foto) me esperavam pra brindar o título. A tempo de escapar da chuva que continua assolando a capital, e que me desencoraja de ir até o Ipiranga ver Milton Nascimento e Lô Borges. Não é a toa que a popularidade do prefeito Gilberto Kassab (DEM) virou água...

segunda-feira, abril 13, 2009

De olho na redonda - Árbitros que apanham e os que deixam bater

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Pedro Santilli foi auxiliar de Leão na seleção brasileira e em outros times pelos quais o treinador passou, como o Santos. Agora, era o técnico do Comercial e ontem, na derrota por 1 a 0 para a Catanduvense, que decretou a queda do clube para a Série A-3, perdeu a cabeça. Deu um chega-pra-lá em um atleta adversário e depois acertou um belo gancho no rosto do árbitro Flávio Rodrigues de Souza. Confira no vídeo abaixo o destempero.



Na terceira

Por falar em rebaixamento, na penúltima rodada da Série A-2 do Paulistão foram definidos os times que vão disputar a terceira divisão do estadual.Além do Comercial, outras três equipes tradicionais caíram: Juventus, Ferroviária e, a que me doi, Portuguesa Santista, a mais Briosa de Ulrico Mursa. Já em relação aos oito classificados que disputarão o acesso pra primeira divisão, três vagas estão em aberto, sendo disputadas por Flamengo de Guarulhos, São Bernardo, América, Sertãozinho e Taquaritinga.

Ronaldo pode?

Dois momento dos jogo ontem foram significativos em relação aos pesos e medidas da arbitragem tupiniqui. O primeiro lance foi a falta de Ronaldo em André Dias, que lhe rendeu o cartão amarelo. Para Gérson Sicca, do Limpo no Lance, Sálvio Spínola Filho não teve peito pra fazer o que tinha de fazer: expulsar o atacante. Ronaldo sola a canela do zagueiro sãopaulino, em um lance onde a maldade fica bem caracterizada, já que a bola havia passado.

Embora possa haver divergências a respeito da punição mais adequada, o rídiculo é ver gente como um tal Paulo Lima, comentarista na Globo News, citar o lance como exemplo de “disposição” do atleta. Aí a cara de pau e o puxa-saquismo já ultrapassaram o limite do aceitável... Mas e aí? Era pra expulsão mesmo? Se você não viu, confira o lance aqui.

Precisava mesmo comemorar assim?

Djalma Vassão/Gazeta Press

Ao fazer o gol nos últimos segundos da partida, o volante Cristian comemorou mostrando os dedos médios em direção à torcida do São Paulo. O corintiano Marcelo Lima, do Vertebrais, critica a atitude do jogador, que inflama ainda mais o jogo de volta. E faltou um cartão amarelo para Cristian, já que a orientação da Fifa é advertir atletas quando fazem comemorações provocativas (e essa foi além da simples provocação)... O volante pediu desculpas na coletiva após o clássico, mas mesmo assim pode ser punido e ficar de fora de uma eventual final.

Pelas altas temperaturas das semifinais, corremos o risco de termos finais com muitos desfalques sejam quais forem os vencedores.

segunda-feira, janeiro 26, 2009

Corinthians vence com mudança tática em tarde "inspirada" do comentarista Neto

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Desfalcado de seu principal armador, Mano Menezes mudou o jeito do Corinthians jogar na vitória de ontem contra o Bragantino, por 1 a 0, gol de Lulinha. Douglas e Jorge Henrique ficaram de fora, machucados. Sem substituo que cumpra a mesma função de Douglas, o treinador sacou Túlio, colocou Lulinha na direita, Wellington Saci na meia esquerda, Otacílio Neto no ataque e recuou Elias para segundo volante.

O comentarista e ex-craque corintiano Neto - meu primeiro ídolo no Corinthians, ao lado do goleiro Ronaldo - achou a escalação totalmente errada: para ele, Saci é lateral, Otacílio Neto jogava bem no Noroeste como “quarto homem de meio campo” e, se Mano não tinha nem colocado Lulinha no banco no jogo anterior, como poderia escalá-lo de titular? Disse também que era um risco, pois o Bragantino era uma boa equipe, que vinha de uma goleada de 4 a 2 na primeira rodada.

Pois o time começou, pressionando o Bragantino, marcando no campo do adversário e criando boas oportunidades. O destaque foi exatamente Saci, que fez boa partida jogando como meia à européia, começando as jogadas pelo meio e caindo nas pontas - fez algumas boas tabelas com André Santos. Lulinha fazia o mesmo do lado direito, mas sem tanto sucesso, talvez pela escassa participação de Alessandro. Otacílio Neto, que já deu dois passes para gol em dois jogos do Paulista, se movimentou pelos dois lados e levou perigo. Mais uma vez, o Corinthians dominava a posso de bola, criava boas chances, mas faltava contundência na definição da jogada. Neto passou a dizer que Saci estava jogando muito bem. “Ao contrário do que eu disse”, reconheceu.

No segundo tempo, Alessandro passou a descer mais e a jogar com Lulinha, que cresceu de produção. De uma tabela bem construída dos dois – com participação de Otacílio Neto – nasceu o gol corintiano, de Lulinha. O garoto se soltou e passou a arriscar uns dribles e passes mais interessantes. Num deles, deixou Souza na cara do gol, mas o centroavante chutou a bola bisonhamente pra longe. Apesar disso, de ser lento e muito pouco habilidoso, Souza fez várias vezes o papel de pivô e criou algumas oportunidades durante a partida. Nada grandioso, pelo contrário, mas dá para imaginá-lo sendo útil ao time. Aqui, Neto passou a elogiar Lulinha: “Está jogando demais”.

O Timão relaxou um pouco depois do gol e o Braga conseguiu algumas finalizações, mas nada que assustasse – evolução, considerando que foi apenas um chute a gol do time da casa no primeiro tempo, contra 12 do Corinthians (apenas um acertou o alvo, é verdade). Mas a folga durou pouco e o Corinthians retomou o controle da partida, que ficou nessa até o final, contando ainda com um chute para fora de André Santos na cara do gol, depois de passe de Souza. A essa altura, Neto já estava dizendo que o Bragantino era “muito inferior” ao Corinthians. Fique impressionado, tanto com a abrangência da previsão equivocada do comentarista, quanto com sua capacidade de mudar de opinião durante a partida.

E Mano Menezes mostrou que, de fato, o time tem opções táticas. O futebol foi bastante econômico e nada brilhante, mas seguro e com total domínio sobre o adversário – que me pareceu bem fraco, diga-se. Faltou melhorar a conclusão das jogadas, seja em termos de assistências ou finalizações. Vamos ver o que acontece daqui pra frente.

É Campeão!

O Corinthians venceu o Atlético-PR no domingo de manhã e sagrou-se heptacampeão da Copa São Paulo de Juniores. O time começou o torneiro desacreditado, mas na base do esforço coletivo conseguiu surpreender. Agora, imagine o que sente um garoto de 17 anos jogando uma final pelo Corinthians no Pacaembu com mais de 30 mil pessoas? Coisa linda mesmo, parabéns ao pessoal!

Sobre as revelações do time, vi muito pouca coisa pra falar. Mas como isso não é coisa de me segurar, digo que, do que eu vi, o lateral Bruno Bertucci e o meia Marcelinho têm potencial. Ouvi comentários positivos a respeito do goleiro André Dias, do meia Boquita e do volante Sacha, cujo nome/apelido deve lhe causar vários problemas...

Bons Presságios? - Para os supersticiosos, o título traz bons presságios: basta lembrar das temporadas de 1995, 1999 e 2005. E ignorar a de 2004, que foi uma lástima apesar do título da Copinha...

segunda-feira, janeiro 12, 2009

Sem zebras, Copinha chega à segunda fase

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Ontem se encerrou a fase de grupos da Copa São Paulo de Juniores. Talvez a mais divertida, por registrar épicas goleadas e por possibilitar a nós vermos equipes alternativas como Rio Bananal-ES, Baré-RR, Paraibano-PB e tantos outros.

Agora a competição inicia seus mata-matas, e daí vai até a decisão do título, no dia 25. São 32 equipes ainda na disputa. Quase todos os principais times do futebol nacional avançaram - alguns com 100% de retrospecto, como Santos, São Paulo, Palmeiras e Internacional, entre outros.

E a Copinha segue sendo uma verdadeira festa do futebol, como falei em post do ano passado. Estive ontem no Baetão para assistir São Bernardo x Coritiba e, apesar do péssimo futebol apresentado, saí do estádio satisfeito, pelo clima legal que lá estava. Fui com a camisa do Santos e dividi a arquibancada com gente trajada com o uniforme de São Paulo, Corinthians, Palmeiras e tantas outras equipes. O estádio estava bem cheio - seguramente, com bem mais público do que o São Bernardo FC atrairá em sua disputa na série A2, que começa no dia 24. Claro que a entrada franca tem peso decisivo nisso; mas é sempre positivo ver que o entusiasmo pelo futebol prevalece.

Os confrontos da primeira fase de mata-matas da Copinha serão os seguintes:

Santos-SP x Guarani-SP
Cruzeiro-MG x Juventude-RS
Flamengo-RJ x Fortaleza-CE
Grêmio-RS x Atlético-PR
Vila Nova-GO x Figueirense-SC
Internacional-RS x Rio Branco-SP
São Paulo-SP x Juventus-SP
Barueri-SP x São José-RS
Palmeiras-SP x Paraná-PR
Atlético Sorocaba-SP x São Caetano-SP
Vasco-RJ x Avaí-SC
Goiás-GO x D. Brasil ou Sertãozinho (a ser definido por sorteio)
Corinthians-SP x D. Brasil ou Sertãozinho (a ser definido por sorteio)
Ponte Preta-SP x Portuguesa-SP
Fluminense-RJ x Rio Claro-SP
América-MG x América-SP

Vejam também os gols da última rodada, em vídeo da Globo.com:

sexta-feira, maio 09, 2008

Santos garante vaga nas quartas-de-final

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O Santos, que para muitos cronistas boleiros não era favorito para superar o Cúcuta, repetiu o resultado que havia conseguido na Vila Belmiro. Com gols de Kléber Pereira e Lima, a equipe não encontrou dificuldades para superar o clube colombiano em sua casa.

Já havia sido escrito aqui que o Cúcuta teria que sair de suas características defensivas, de quem joga com duas linhas de quatro atrás, para tentar vencer o jogo por dois gols de diferença. Tentou e deu espaços para o Santos, que foi novamente aplicado na marcação, com Adriano anulando o camisa dez Macnelly Torres e Betão pegando o atacante Urbano.

Além de marcar firme no meio, o Peixe chegava com rapidez ao ataque, com Molina armando o jogo, mais solto. Aos 12 minutos, já tinha criado três oportunidades de gol e dominou todo o primeiro tempo até abrir o placar com Kléber Pereira aos 40.

Com a vantagem de poder tomar três gols, o Peixe deu o tiro de misericórdia
aos 7 do segundo tempo, com o recém-contratado Lima (ex-Paraná em 2007 e destaque do Juventus no primeiro semestre), que já havia marcado em sua estréia na partida de ida. A partir dali, o jogo ficou nos pés peixeiros que, mesmo assim, manteve a concentração e a pegada. Após os 30 minutos da segunda etapa, a partida praticamente acabou, com um Cúcuta entregue e o Alvinegro perdendo inúmeras chances de gols seguidas.

Uma classificação inesperadamente tranqüila. A opinião de Kléber Pereira ao fim do jogo explica: "Foi fácil porque fizemos ficar fácil. O Cúcuta tentou jogar, mas nossa equipe correu muito mais e mereceu o resultado". É assim esse Santos nada brilhante mas que, junto do São Paulo, parece ser o time brasileiro com mais cara de Libertadores em 2008.

As quartas

E assim ficaram as quartas-de-final do torneio continental, após a outra partida de ontem em que o San Lorenzo, com dois jogadores a menos, empatou em 2 a 2 com o River Plate em pleno Monumental de Nuñez e assegurou um lugar nas quartas. Como em 2007, cinco segundos colocados avançaram contra três primeiros na fase de grupos. A tabela dos confrontos:

Boca Juniors (ARG) X Atlas (MEX)
São Paulo X Fluminense
San Lorenzo (ARG) X LDU (EQU)
América (MEX) X Santos

O cruzamento normal das semis seria entre o vitorioso do clássico triolocor contra o vencedor de Boca e Atlas. Mas, caso o Santos se classifique, os brasileiros terão que jogar contra si já na semifinal, como no ano passado, para evitar uma final com equipes do mesmo país.

Depois de Flamengo e River Plate, alguém tem coragem de arriscar palpites para as quartas?

quarta-feira, janeiro 23, 2008

Fim da linha para os "grandes" na Copinha

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Com a derrota do São Paulo nesta tarde, em Guarulhos (SP), o título da Copa São Paulo de Futebol Júnior ficará novamente com um time considerado "pequeno", pois a decisão será entre Rio Branco-SP e Figueirense - não quero desmerecer o Figueira, mas, por "time grande", entendo que sejam os quatro tradicionais de São Paulo mais a Portuguesa, os quatro do Rio, os dois de Minas mais o América-MG e os dois do Rio Grande do Sul, mais Atlético-PR e Coritiba. Sendo assim, a Copinha de 2008 reeditará outras façanhas, como os títulos de 1972 e 1988 (Nacional-SP), 81 e 82 (Ponte Preta), 79 (Marília), 85 (Juventus), 94 (Gurani), 97 (Lousano Paulista), 2001 (Roma Barueri) e 2003 (Santo André). Observação: dos "grandes" listados pelo meu critério, só não levantaram o caneco da Copinha, até hoje, Palmeiras, Botafogo-RJ, Grêmio-RS, Atlético-PR e Coritiba.

quarta-feira, janeiro 16, 2008

São Paulo consegue milagre e se classifica na Copinha

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A equipe do São Paulo sofreu, sofreu e sofreu, mas conseguiu a classificação para as oitavas de final da Copa São Paulo - o momento em que esse campeonato começa a despertar algum interesse.

Até os 45 minutos do 2º tempo, o placar marcava 1 a 0 para o time do São Bernardo. Três gols na seqüência, uma a cada minuto de acréscimo, deixaram o placar com uma cara diferente do que foi o jogo. Roniele, Bernardo e Erick salvaram o Tricolor, que tem tradição no torneio, do vexame de cair apenas na segunda fase. O próximo jogo é contra o Fluminense, em data ainda não definida.

Outros times que passaram foram Corinthians, Santos, Flamengo e o glorioso Taboão da Serra, que despachou o Marília por sonoros 5 a 1. Estaria pintando a zebra do campeonato? O Pão de Açúcar, patrocinado pela rede de Abílio Diniz, venceu a Portuguesinha e também está nas oitavas. Vasco e Palmeiras também tropeçaram e ficaram fora das fases finais.

Confira os próximos confrontos

Corinthians-SP x Fortaleza-CE
Taboão da Serra-SP x Rio Branco-SP
Pão de Açúcar-SP x Santos-SP
Internacional-RS x Flamengo-RJ
Fluminense-RJ x São Paulo-SP
Grêmio-RS x Ponte Preta-SP
União S. João-SP x Figueirense-SC
São Carlos-SP x Cruzeiro-MG

sexta-feira, janeiro 11, 2008

Em defesa da Copinha

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Virou mania descer a lenha na Copa São Paulo de Futebol Júnior. Eu mesmo já fiz isso, em texto de 2005. Mas, mesmo que não seja o tal do "vestibular da bola", a Copinha tem méritos que não podem ser desprezados.


Parte destes eu vi ontem, em São Bernardo. A rodada teve São Bernardo x Ypiranga-PE e Grêmio x Botafogo-PB. Só tive tempo de chegar para o segundo jogo e gostei muito do que vi.

Não me refiro à partida em si - que foi até meia boca, com o Grêmio vencendo por 3x0 mas passando longe de apresentar um futebol encantador. O que destaco é a festa que estava o estádio. O Baetão (foto), que não é o principal estádio da cidade (a honra cabe ao Primeiro de Maio, aquele das greves de Lula), recebeu um público surpreendente. Arrisco dizer que lá estavam mais de 5 mil pessoas - mais gente que em muitos jogos do Santos em 2007.

Um clima tranquilo, familiar, de pessoas que estavam lá para assistir ao futebol sem compromissos. Ah, também se fez presente a "geral do Grêmio" com suas bandeiras estranhas.

Imagino a relevância que a Copinha deve ter em cidades mais distantes da capital e de jogos da elite do nosso futebol.

Acho que só por isso, a Copa São Paulo já se justifica. Por proporcionar um ambiente de festa relacionado ao futebol.

segunda-feira, janeiro 07, 2008

O time "biônico" de São Paulo

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Uma brincadeira de mau gosto criada pelo site Futebol Interior pegou gente boa da imprensa, como a Rádio Bandeirantes e o canal Sportv, para ficar só nos exemplos dos quais eu tive conhecimento. O chiste em questão é chamar de "Biônico" o time Social Esportiva Vitória, mais conhecido como SEV/Hortolândia.

Às explicações necessárias. Em 2001, foi fundado na cidade de Votuporanga um time chamado Social Esportiva Votuporanga. Mantinha suas atividades típicas de um clube pequeno do interior paulista, disputando competições das divisões inferiores, quando, em 2005, decidiu mudar de cidade. A alegação dos dirigentes do clube era que a grande distância entre Votuporanga e a capital paulista - mais de 500 quilômetros - dificultava a aparição do clube na mídia e a consequente recepção de investimentos.

A cidade escolhida para abrigar o clube foi Hortolândia, na região de Campinas, distante somente 25 quilômetros da terra de Guarani e Ponte Preta e 115 de São Paulo.

Mesmo jogando em outra cidade, o clube não alterou seu nome, ao menos em um primeiro momento. Continuou se chamando SEV - ainda que no noticiário seu nome passaria a ser SEV/Hortolândia, uma adequação mais que necessária.

O site Futebol Interior, por motivos que desconheço, não "aceitou" a mudança da cidade do clube e adotou como padrão chamá-lo de "SEV/Biônico", ironizando justamente essa mudança de cidade e permanência do nome antigo. Mesmo com a SEV modificando posteriormente seu nome - hoje, SEV é sigla para Social Esportiva Vitória - a brincadeirinha continua e quem acessar o Futebol Interior verá o noticiário se referindo ao "SEV/Biônico".

Eis que o Biôn..., digo, SEV/Hortolândia está disputando a Copa São Paulo atual. Sabemos que a Copinha é uma das únicas oportunidades para que clubes pequenos apareçam na mídia durante o ano. Os veículos pouco afeitos às coisas do interior reproduzem informações de sites mais especializados - como o já citado Futebol Interior. E foi aí que Sportv e Rádio Bandeirantes entraram no jogo e chamaram o simpático time de Hortolândia de "Biônico".

Uma tropeçada que poderia ser evitada com uma simples pesquisa. Afinal, era só estranhar um time com esse nome...

Na imagem, o lobo-guará, mascote do SEV.