Destaques

terça-feira, setembro 16, 2008

No butiquim da Política - Mas o senhor já combinou com o gringo?

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

CLÓVIS MESSIAS*

Enquanto se debate as dificuldades que as eleições municipais trouxeram ao ninho tucano, corre na Assembléia Legislativa que a discussão sobre a sucessão do governador Jose Serra está a todo vapor. Ninguém segura a informação da candidatura de Aloysio Nunes Ferreira (à direita), atual chefe da Casa Civil paulista, ao governo do estado. Segundo se fala, ele não saiu candidato nas últimas eleições porque foi incumbido de coordenar a futura candidatura de Serra à Presidência da República. E, ao mesmo tempo, articular a base eleitoral paulista. Assim como fez na Prefeitura de São Paulo, onde era secretário de Governo, está colocando pessoas de sua confiança nas regiões administrativas do Estado de São Paulo.

Pelo acordo do grupo, Serra se afasta para se candidatar à Presidência e o vice Alberto Goldman assume o governo para completar o mandato. Aloysio, tendo na administração do Estado homens de sua confiança, fica livre para disputar a indicação de seu nome ao governo de São Paulo pelo PSDB. De repente, chega no butiquim um deputado governista indignado com esta especulação. Ele lembra o folclórico diálogo entre o técnico Vicente Feola e o jogador Garrincha (acima, à esquerda), na Copa de 1958, minutos antes da partida contra a União Soviética. O técnico chamou o Mané e pediu pra ele, logo de cara, driblar seu marcador pela direita até a linha de fundo e cruzar. Mané ouviu tudo e questionou: "-O senhor já combinou com o gringo?".

Há uma corrente tucana que acredita na possibilidade do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaff, ser o candidato do partido ao governo estadual. A eleição municipal nem acabou e a do governo do estado já está dividida...


*Clóvis Messias é jornalista, são-paulino e dirigente do Comitê de Imprensa da Assembléia Legislativa de São Paulo. Escreve regularmente a coluna "No butiquim da Política" para o Futepoca.

7 comentários:

Anselmo disse...

Paulo Skaf é a esperança de quem quer ver o fim da dinastia tucana?

Será que o Goldman abre mão tão facilmente assim? será que o alckmin se aposenta tão precocemente?

Marcão disse...

Essas dúvidas é que justificam a pergunta no título do post.

Nicolau disse...

Se Paulo Skaf é esperança, quero ver quem é o medo.
Mas os nomes citados, fora o Alckmin, mostram uma coisa interesasnte que pode acontecer nessas eleições para o govenro do estado: os tcanos-demos não terá uma candidato forte de verdade, o que naõ acontece desde 94. Covas era um dos maiores nomes do PSDB na época, Alckmin veio com a herança do proprio Covas, recem-falecido, e por fim Serra, que veio com o cacife de sua votação para presidente (que ganhou em SP). Dessa vez, se o Serra conseguir sair pra presidente e Alckmin não quiser voltar, terão que inventar um candidato.

Olavo Soares disse...

O FM da Rádio Bandeirantes passa a propaganda eleitoral de Itanhaém. É comum que políticos de nome passem por lá com depoimentos favoráveis aos candidatos à prefeitura local.

Aí ontem eu estava ouvindo a programação quando entrou um depoimento do Aloysio, que pedia à população votos para o candidato tucano, cujo nome esqueci. Pensei na hora: mas desde quando o Aloysio é uma referência, um cabo eleitoral, um mobilizador das massas para ter toda essa relevância numa campanha?

Agora tá explicado.

Anônimo disse...

Caro Anselmo, pelo que ouço falar, desde a convenção tucana para a escolha do candidato a prefeito SP,que para este grupo(Serra, Aloysio e cia), Geraldo Alckmin já não existe mais. Veja o que está acontecendo na campanha.

Anônimo disse...

Tô impressionado. então o cálculo do alckmin foi completamente torto ao sair candidato.

Marcão disse...

Chuchu queimado.