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POR Igor Carvalho*
No Brasileirão 2013, com autoridade, o Corinthians lidera o certame dos empates. Por doze vezes o alvinegro paulista saiu de campo sem perder ou vencer. O índice foi alcançado em apenas 27 rodadas, ou seja, quase metade dos jogos disputados pela equipe de Tite terminaram sem que houvesse um vencedor.
Desde que o campeonato passou a ser disputado no sistema de pontos corridos, os maiores empatadores em números reais são a Ponte Preta de 2003 e o Botafogo de 2004, ambos com 18 placares iguais, quando a série A era disputada por 24 clubes em 46 rodadas. Portanto, ambos empataram 39% de suas partidas.
Desde 2005, o Brasileirão é disputado por 20
equipe. Nesse período, os maiores empatadores são Botafogo, Ceará
e Flamengo, no campeonato de 2010, e o Palmeiras de 2011, todos com 17
empates. Com isso, as quatro equipes, em 44% dos jogos disputados,
saíram de campo levando apenas um ponto para casa.
Com 12 empates e 11 rodadas pela frente, o
Corinthians se coloca como candidato ao título de rei dos empates
desde 2003.
Na era dos pontos corridos, em dez anos, apenas
dois times terminaram o Brasileirão com mais empates e foram
rebaixados. Opa, então a chance de o Corinthians cair é remota, certo? Provavelmente. Mas como quem seca nunca perde a razão,
busquemos argumentos.
Quem eram esses dois clubes que caíram empatando mais?
Quem eram esses dois clubes que caíram empatando mais?
O Fortaleza em 2006, com 14 empates, conseguiu 38
pontos, quando o campeonato já era disputado por 20 clubes. A equipe
cearense terminou o certame em 18º lugar. O Vasco da Gama, que
encerrou sua participação na 6º colocação, também empatou 14
vezes naquele ano.
Em 2007, pela primeira e única vez na era dos
pontos corridos até o momento, clube do Parque São Jorge foi quem
mais empatou no Brasileirão, 14 vezes. Justamente neste ano, com 43
pontos e na 17º posição, caiu o Sport Club Corinthians Paulista.
Ou seja, toda vez que o Corinthians termina o campeonato com mais empates, ele é rebaixado. Tabus devem ser respeitados, embora “existam para serem quebrados.”
Ou seja, toda vez que o Corinthians termina o campeonato com mais empates, ele é rebaixado. Tabus devem ser respeitados, embora “existam para serem quebrados.”
“Mas o time é bom”. Verdade. No papel, o time
é bom, mas não tem conseguido jogar bem faz muito tempo. Como disse
Glauco Faria, em 2013 vivemos o “campeonato dos times medianos”. Não custa lembrar que, de um ponto em
um ponto, o Corinthians ocupa a 12º posição, apenas quatro prontos à frente do Vasco da Gama, que é o líder da zona do rebaixamento,
36 a 32.
E aí, vai cair?
Igor Carvalho é jornalista, canhoto político, sãopaulino e bebedor de cerveja. Gosta mais de Victor Jara e Compay Segundo do que Beatles e Rolling Stones
E aí, vai cair?
Igor Carvalho é jornalista, canhoto político, sãopaulino e bebedor de cerveja. Gosta mais de Victor Jara e Compay Segundo do que Beatles e Rolling Stones
2 comentários:
Olha, no começo do campeonato, quando o São Paulo do nobre embaixador Igor estava bem mais atolado do que agora, eu dizia aos secadores amis exaltados que a chance do Tricolor cair era pequena porque a zica começou cedo. Assim, o time teria tempo para colocar seus consideráveis recursos em ação e dar um jeito de se organizar pelo menos o bastante para ficar com a cabeça fora da... bom, deixemos por água, que o blog é de família.
Mas com o meu Corinthians deu-se o inverso: começou mais ou menos, ameaçou subir na tabela, mas começou a perder terreno no meio da parada. Isso gera aquele sentimento de "ah, mas não cai, né?" em todo mundo, um relaxamento preocupante nesse campeonato mediano, sinônimo de medíocre. Pela minha própria lógica, pode até cair. Mas ah, não vai cair, né?
Colega corintiano chega pra mim no trabalho e diz:
- Sabe por que o São Paulo não vai cair pra Série B?
- Não.
- Porque o Brasileirão é nos esquema 'OU DÁ OU DESCE'...
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