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quarta-feira, fevereiro 26, 2014

Muricy completa 400 jogos como técnico do São Paulo

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Cria das categorias de base do São Paulo, nos tempos de jogador de futebol, o técnico Muricy Ramalho completará hoje, diante do XV de Piracicaba, 400 jogos no comando do time. Ele é o quarto no ranking dos que mais treinaram o Tricolor, atrás apenas de Vicente Feola (532 partidas), José Poy (422) e de seu "mestre" Telê Santana (411). Por enquanto, nos 399 jogos em que comandou o São Paulo, Muricy obteve 213 vitórias, 109 empates e 77 derrotas. E conquistou quatro títulos: três Campeonatos Brasileiros, entre 2006 e 2008, e uma Copa Conmebol, em 1994. Abaixo, cinco de suas maiores vitórias e cinco derrotas marcantes à frente do Tricolor:


Corinthians 3 x 4 São Paulo (02/12/1994) - Pode-se dizer que Muricy virou "gente grande", como treinador, nesta partida. O chamado "Expressinho" do São Paulo era o "time B" do clube, formado por jogadores das categorias de base e atletas do elenco profissional que não estavam sendo aproveitados. Era usado quando o time não conseguia dar conta de disputar muitas competições ao mesmo tempo, como em 1993, quando o "Expressinho" o representou na Copa do Brasil. Geralmente, esse "time B", mais fraco, não chegava muito longe nos torneios. Mas na Conmebol de 1994, sob o comando de Muricy, eliminou Grêmio e Sporting Cristal e chegou à semifinal contra o time titular do Corinthians. Para surpresa geral, venceu o primeiro jogo por 4 x 3, com três gols de Juninho Paulista e um do falecido Catê. No segundo jogo, derrota por 3 x 2 e vitória por 5 x 4 nos pênaltis - com duas cobranças defendidas por Rogério Ceni. Na decisão, o "Expressinho" atropelou o Peñarol por 6 x 1, no jogo de ida, e garantiu o título ao perder em Montevidéu por 3 x 0. Porém, golear o Corinthians em pleno Pacaembu, jogando com garotos contra um time profissional completo, e eliminar o rival da competição, foi a primeira façanha de Muricy.


São Paulo 2 x 0 Internacional (17/09/2006) - Depois de perder a decisão da Libertadores para o Internacional de Porto Alegre, em agosto, Muricy ficou no fio da navalha para ser demitido logo na primeira temporada de seu retorno ao São Paulo, após nove anos longe do Morumbi. O curioso é que foi no mesmo Internacional que Muricy havia se projetado definitivamente para o futebol, ao vencer o Campeonato Gaúcho em 2003 e 2005 e só perder o Brasileirão, neste último ano, por conta da vergonhosa remarcação de jogos que beneficiou o Corinthians (sem contar que, no confronto direto com o alvinegro paulista, houve um pênalti - escandaloso - não marcado no colorado Tinga, que ainda acabou expulso). Por capricho do destino, seria ainda mais uma vez o Inter o adversário no jogo que marcaria a redenção de Muricy no São Paulo, rumo à conquista do Campeonato Brasileiro de 2006. Logo após a conquista da Libertadores sobre o próprio Tricolor do Morumbi, o forte Colorado treinado por Abel Braga (que seria campeão mundial naquele ano contra o Barcelona) era um dos favoritos a abocanhar também o nacional. Porém, a vitória do São Paulo contra os gaúchos no Morumbi pavimentou o caminho até o título. O Inter foi o vice.


São Paulo 6 x 0 Paraná (01/07/2007) - A campanha de 2007 foi a mais tranquila do São Paulo entre os três títulos nacionais seguidos levantados sob o comando de Muricy Ramalho até o ano seguinte. Com a jovem revelação Breno na zaga, acompanhado por Miranda e Alex Silva, ambos em grande fase, o Tricolor montou um sólido esquema defensivo, que chegou a ficar seis partidas sem tomar gol. A superioridade sobre os adversários foi tão flagrante que, ao final do campeonato, o Tricolor levantou a taça com três rodadas de antecedência, ao vencer o América-RN em casa, e terminou 15 pontos à frente do Santos, o segundo colocado. Numa campanha tão "sem graça", pela disparada do São Paulo na tabela, um jogo chamou a atenção. Descontando a fragilidade do adversário, o Paraná, que seria um dos quatro rebaixados à Série B ao final da competição (ao lado de Corinthians, Juventude e América-RN), o São Paulo adentrou o gramado do Morumbi em estado de graça, naquele 1º de setembro. Eu estava no estádio e deixei o queixo cair com a sequência de golaços de placa marcados por Aloísio, Dagoberto e Souza, logo no primeiro tempo. O time "jogou por música", como se diz no jargão. Palmas para Muricy.


Portuguesa 2 x 3 São Paulo (08/11/2008) - Se o Brasileirão de 2007 foi o mais sossegado para o São Paulo, o do ano seguinte marcou o título mais sofrido e improvável do tricampeonato conquistado por Muricy. O time já não impunha tanto respeito como nas três temporadas anteriores e contou com o mau momento dos principais adversários para arrancar "a forcéps" um título que, no início do segundo turno, parecia praticamente impossível - ao perder por 1 x 0 para o Grêmio e ficar a nada menos que 11 pontos da liderança da competição. A partir dali, porém, na base da raça e do desespero, o time engataria uma inacreditável sequência de 18 jogos sem derrota (12 vitórias e 6 empates) que consagrariam o inédito tri nacional em sequência. Esta arrancada "milagrosa" está no currículo de Muricy no mesmo patamar da classificação não menos "milagrosa" que conquistou com o Santos, na primeira fase da Libertadores de 2011, quando o alvinegro praiano esteve a um fio de ser eliminado do torneio continental - e arrancou dali para o título. Em 2008, um jogo quase arrancou o coração dos sãopaulinos pela boca: a vitória contra a Portuguesa, aos 42 do segundo tempo. Se perdesse dois pontos ali, dificilmente seria campeão.


São Paulo 1 x 0 Ponte Preta (12/09/2013) - A temporada de 2013 foi uma das mais desastrosas do São Paulo em toda a sua história, e poderia ter sido ainda mais catastrófica com a queda para a Série B do Campeonato Brasileiro, que passou muito perto de acontecer. Com uma crise sem precedentes iniciada em junho, ainda com Ney Franco como técnico, o time chegou a completar 14 jogos sem vitória, levou piaba do Corinthians na Recopa Sulamericana, passou vexame contra Bayern de Munique e Milan na Europa e contra o Kashima Antlers, no Japão, e despencou na tabela do Brasileirão. Depois de substituir Ney Franco e passar apenas 17 jogos no comando do São Paulo, o técnico Paulo Autuori foi demitido e as perspectivas para o Tricolor eram as piores possíveis no início do mês de setembro. Foi então que Muricy Ramalho foi trazido de volta às pressas, numa das muitas decisões intempestivas de Juvenal Juvêncio. Deu certo: logo na chegada, uma vitória suada, apertada e sofrida, no Morumbi, contra a Ponte Preta. Foi o suficiente para Muricy ganhar a torcida, o elenco e a moral necessária para iniciar a fantástica campanha de 35 pontos somados no segundo turno, que afastaram o rebaixamento definitivamente. Inesquecível.


Corinthians 5 x 0 São Paulo (10/03/1996) - Logo no início da temporada de 1996, o São Paulo ficou órfão do técnico que mais ganhou títulos em sua história, Telê Santana. Uma isquemia cerebral o tirou para sempre do futebol, abrindo caminho para o então auxiliar técnico e treinador-tampão Muricy Ramalho assumir pela primeira vez o posto oficial de comandante de um grande clube brasileiro. Mas não foi fácil. Depois de conquistar pelo menos oito títulos significativos sob a batuta de Telê, entre 1991 e 1993 (dois Mundiais, duas Libertadores, uma Supercopa, um Brasileirão e dois Paulistas), o time começou a decair após a derrota na decisão da Libertadores de 1994, em pleno Morumbi, para o Vélez Sarsfield. Em 1994, só conquistou a Conmebol, título menor, com o "Expressinho" comandado exatamente por Muricy. No ano seguinte, passou em branco. E 1996 começava com a perda de Telê. Mesmo assim, nem nos piores pesadelos os sãopaulinos poderiam prever o que aconteceria no estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto, onde o Tricolor exerceu seu mando de campo naquele Majestoso pelo Paulistão, no início de março. A goleada inclemente sinalizou que Muricy não duraria muito no cargo. O que, de fato, ocorreu.


São Paulo 1 x 2 Internacional (09/08/2006) - Quando Telê iniciou a disputa da Libertadores de 1992, desprezava tanto a competição que botou um time repleto de reservas para enfrentar o Criciúma. Levou um sonoro 3 x 0 dos catarinenses e um puxão de orelhas da diretoria do São Paulo, que há muitos anos buscava levar adiante o "Projeto Tóquio": conquistar a competição continental para disputar o Mundial de Clubes. Obediente, Telê centrou forças no torneio e chegou ao inédito título sulamericano, contra o Newell's Old Boys, selando definitivamente a identificação da torcida sãopaulina com a Libertadores - que seria reforçada ainda mais no ano seguinte, com o bicampeonato. Ao levantar essa taça pela terceira vez, em 2005, o São Paulo levava uma média de 70 mil torcedores ao Morumbi. Por isso, a pressão para engatar mais um bicampeonato consecutivo, em 2006, era insana (ainda mais porque o time tinha acabado de conquistar o terceiro Mundial). Foi essa "bucha" que Muricy pegou ao retornar ao clube. Para felicidade da torcida, levou o time a mais uma decisão. Mas, para sua infelicidade, perdeu o título em casa, no jogo de ida, ao ser derrotado pelo Internacional, que empataria no Sul e ficaria com o troféu.


Grêmio 2 x 0 São Paulo (09/05/2007) - A conquista do Brasileirão de 2006 amenizou a perda da Libertadores para o Inter e manteve Muricy Ramalho como técnico do São Paulo, mas a competição sulamericana continuava sendo prioridade para a torcida. Porém, depois de disputar duas decisões seguidas, a campanha de 2007 seria uma verdadeira ducha de água fria no time de Muricy, que começaria a sedimentar ali a má fama de sempre tropeçar contra times brasileiros na fase mata-mata do torneio. Logo na primeira fase, uma decepção: classificou-se apenas como segundo colocado em seu grupo, atrás do Necaxa, do México. Nas oitavas-de-final, o adversário seria o Grêmio, comandado por Mano Menezes, revelação do futebol gaúcho que havia conquistado para o clube o retorno à Série A do Brasileirão, ao vencer a Segundona em 2005 (na célebre "Batalha dos Aflitos"), mais o estadual de 2006. A desconfiança da torcida sãopaulina ficou clara logo no jogo de ida, quando apenas 33 mil foram ao Morumbi testemunhar a magra vitória por 1 x 0, gol do zagueiro Miranda. No jogo de volta, o Grêmio não tomou conhecimento da vantagem paulista e enfiou 2 x 0. Muricy balançou de novo, mas não caiu.


Fluminense 3 x 1 São Paulo (21/05/2008) - Derrotas inesperadas nos últimos minutos de jogo sempre deixam traumas para qualquer torcida do planeta. O São Paulo coleciona algumas bem doídas, como a virada que tomou do Cruzeiro, aos 46 do segundo tempo, na decisão da Copa do Brasil de 2000 (o empate garantia o título), ou a eliminação para o Once Caldas na semifinal da Libertadores de 2004, com gol tomado também aos 46 da etapa final. Mas, por ter acontecido em 2008, há menos tempo, a partida das quartas-de-final da competição sulamericana contra o Fluminense, no Maracanã, é uma ferida ainda mais aberta. A superioridade do São Paulo na conquista do Brasileirão de 2007, o segundo de Muricy pelo clube, levou a torcida a acreditar no tetracampeonato da Libertadores em 2008. A expectativa aumentou quando o Tricolor encerrou a primeira fase como primeiro colocado em seu grupo, com Adriano "Imperador" no time, e, nas oitavas, eliminou o uruguaio Nacional. Aí veio o Fluminense... Como no ano anterior, o São Paulo só conseguiu vencer por um raquítico 1 x 0 no Morumbi. No jogo de volta, levou 3 a 1, com o gol decisivo para o Flu, mais uma vez, nos fatídicos 46 do segundo tempo. Pesadelo.


São Paulo 0 x 2 Cruzeiro (18/06/2009) - O sacrifício que o São Paulo fez para vencer o Brasileirão de 2008, salvando mais uma vez o pescoço do técnico Muricy Ramalho, prenunciava dificuldades na temporada seguinte, quando disputaria a sexta Libertadores em sequência. Desde 2006, quando o treinador chegou, o clube vivia a sina de sucumbir em todas as competições disputadas em "mata-mata", como o estadual e o torneio sulamericano. E logo de cara, em 2009, foi eliminado pelo rival Corinthians na semifinal do Paulistão, com duas derrotas incontestáveis. O técnico poderia ter sido demitido ali, mas, como seguia vivo na Libertadores, ganhou uma (curta) sobrevida. Na primeira fase, terminou em primeiro no seu grupo mas, nas quartas-de-final, classificou-se sem precisar jogar contra o Guadalajara, numa decisão polêmica da Conmebol a partir da "gripe suína" que grassava no México. Pior para o Tricolor, que se acomodou, enquanto o forte Cruzeiro, do promissor técnico Adilson Batista, eliminava com duas vitórias a forte Universidad Católica, do Chile. Não deu outra: nas oitavas, os mineiros venceram no Mineirão e no Morumbi. E Muricy foi demitido, ficando quatro longos anos afastado do São Paulo.

Mas voltou. E hoje, ao completar 400 jogos no comando do time, segue fazendo história. Tomara que comece a acertar esse "catado", pois a coisa não está muito diferente do horror de 2013. Vai, São Paulo! Vai, Muricy!

domingo, janeiro 19, 2014

Paulistão 2014: Santos e Oswaldo estreiam com vitória magra

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Não foi uma estreia com pompa e circunstância. Aliás, os primeiros jogos dos grandes em início de temporada não costumam ser assim, que o digam Fluminense, Vasco e Botafogo. Sem ritmo e às vezes com atletas sem condições físicas, costumam enfrentar equipes que passaram por longas pré-temporadas, o que equilibra as forças entre adversários com poder de fogo desigual.

O adversário do Santos ontem era um desses times que se preparava há algum tempo. Desde novembro, o XV de Piracicaba (freguês premium) treinava para o Paulista, e mostrou bom preparo físico e um entrosamento interessante na partida de ontem. Na Vila Belmiro, a equipe do interior não deixou os donos da casa chegarem com facilidade à frente, congestionando o meio de campo e matando a criatividade peixeira. Criatividade, aliás, mais prejudicada após o intervalo, quando Montillo saiu lesionado para a entrada de Léo Cittadini. Mesmo assim, o XV era só defesa, e Oswaldo de Oliveira não teve seu esquema com três atacantes posto à prova na parte defensiva, graças à fragilidade do ataque piracicabano.

Se não contou com Leandro Damião, cuja situação ainda não foi regularizada; com Cícero, ainda sem uma definição sobre seu futuro, Alison e Edu Dracena (que só vai voltar no segundo semestre), o treinador alvinegro colocou seis garotos da base em campo, que se tornaram sete com a entrada de Cittadini. O desempenho, obviamente, foi desigual.

Gabriel Barbosa e Geuvânio se movimentaram bastante, embora tenham pecado na troca de passes, especialmente naquele último ou penúltimo lance antes de se chegar à meta. Leandrinho e Emerson Palmieri foram regulares, em especial na marcação, enquanto a dupla de zaga Gustavo Henrique e Jubal, que atuou junta durante muito tempo no time de baixo, mostrou entrosamento, inclusive na elaboração das famosas linhas burras que por vezes fazem o torcedor sofrer.

Comanda, professor... (Ricardo Saibun/Santos FC)
 A vitória veio com um belo passe de Geuvânio, que não ficou restrito a um lado só do campo como nos tempos de Claudinei, para Gabriel não hesitar. Ele hesitou no segundo tempo, quando teve oportunidade de ouro na qual poderia tentar driblar o goleiro, passar para Thiago Ribeiro, melhor colocado, ou finalizar com força. Mas preferiu dar uma cavadinha com o goleiro em pé... Perdoa-se pelos 17 anos, mas que deu raiva, deu. Foi seu quarto gol como profissional, em 16 pelejas nas quais participou (a maioria, entrando no decorrer do jogo).

Além da estreia com vitória, um gol a menos para a marca de 12 mil da equipe profissional que mais balançou as redes no mundo. Agora, faltam onze. E um pouco mais de rodagem para meninos promissores. 


E, na esdrúxula fórmula do campeonato paulista – vinte times divididos em quatro grupos, sendo que na primeira fase eles não enfrentam seus concorrentes diretos – São Paulo e Corinthians foram beneficiados mesmo sem jogar no sábado, já que nenhum clube de seus grupos venceu. Das seis partidas disputadas ontem (18), nenhum visitante ganhou, só o Audax conseguiu um empate em 0 a 0 com o Paulista, em Jundiaí.

domingo, abril 14, 2013

E a água do mar recua, antes do tsunami...

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Os times reservas do São Paulo e do Atlético-MG perdem no fim de semana - por 1 a 0 para o XV de Piracicaba (pelo Paulista) e por 2 a 1 para a Caldense (pelo Mineiro), respectivamente - e o suspense aumenta para a partida da próxima quarta-feira, com os times titulares, no Morumbi, pela Libertadores... Promessa de bom jogo.




quinta-feira, março 21, 2013

Corinthians: Empate sem graça com gol de Sheik

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Gol na conta e cheio de marra (Ari Ferreira/Lance!Press)

Um Corinthians quase titular empatou jogo amarrado contra o XV de Piracicaba, no interior, na noite dessa quarta. Não foi um OXO, mas merecia. Acabou sendo um IXI - e com dois belos gols em chutes de fora da área, um de Emerson Sheik e outro de Diguinho.

Sheik entrou no segundo tempo no lugar de Guerrero, que pediu dispensa de um amistoso da seleção peruana para participar dessa e da próxima partidas - decisão que ele agora pode estar questionando intimamente. Emerson novamente entrou bem e criou jogadas perigosas, o que faltou no primeiro tempo. O gol ajuda a consolidar a mudança de fase. Deve ter ganhado pontos à frente de Romarinho como primeira opção para o ataque, até pela fraca jornada do garoto.

Outro que manteve bom nível foi Renato Augusto, por quem passaram as tramas mais lúcidas do ataque paulistano. Do outro lado, Danilo foi muito, mas muito discreto. No ano passado, ele já era dos jogadores com mais problemas para alcançar bom rendimento físico, o que só tende a se agravar. É preciso pensar em alternativas.

Os reservas em campo foram três: Danilo Fernandes no gol, Chicão na zaga e Romarinho no ataque. Os três por lesões dos titulares Cássio, Paulo André e Pato, ou seja, a intenção do Tite era botar força máxima e ganhar a peleja. No entanto, considerando o que se viu em campo, fiquei em dúvida se foi a melhor opção. Será que o grupo qualificado de reservas que tem o Corinthians não teria mostrado mais fome de bola, como foi contra a Barbarense no fim de semana? A letargia de Danilo e os maus desempenhos de Alessandro e Fábio Santos ajudam a fortalecer a tese.

O fato é que o Timão está agora na sétima posição desta interminável primeira fase do Paulistão, com 22 pontos - curiosamente, a apenas do terceiro colocado, o Santos. Tem tudo para se classificar nas seis rodadas restantes, mas precisa ganhar uns joguinhos. Desperdiçar essa folga da Libertadores pode criar um pepino.

sábado, janeiro 21, 2012

Santos B só empata com XV na estreia do Paulista

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O gol de Kardec não bastou

Antes da partida que marcou a abertura oficial do Paulistão 2012 entre XV de Piracicaba e Santos, Corinthians e Mirassol jogavam no Pacaembu. A tônica de comentaristas e jogadores no intervalo da partida, quando a equipe da casa perdia por 1 a 0, era de que havia uma diferença de preparo físico entre os dois times: o do interior, como teve mais tempo para fazer a pré-temporada, estava à frente no quesito. Só quando o Mirassol teve um atleta expulso que o Timão conseguiu a virada.

Vendo a peleja entre XV e Peixe, tal diferença física ficou nítida na segunda etapa. O Santos foi com o time reserva enfrentar o campeão da A-2 em 2011, sendo que os titulares alvinegros do ano passado só se apresentaram ontem. A vantagem conquistada no primeiro tempo, com o gol de Alan Kardec, não bastou para o segundo, quando o Nhô Quim passou a dominar a partida, ainda que sofrendo riscos em contragolpes.

Com Rentería e Kardec, o Santos tinha pouca velocidade e várias vezes o ataque foi quebrado com passes errados. Thiago Alves, ora na direita, ora na esquerda, foi nulo; e os repentes de bom futebol ofensivo vinham de Felipe Anderson, que cansou no segundo tempo. O volante/meia Anderson Carvalho, de 21 anos, foi bem no segundo tempo, quando jogou mais à frente, com Ibson permanecendo na intermediária. É um dos jogadores que pode aproveitar o recesso dos titulares para ganhar confiança e, quem sabe, mais oportunidades no decorrer do ano. Vinicius Simon, que ganhou a vaga de reserva imediato na zaga com a ida de Bruno Aguiar para o Sport, também foi bem.

No entanto, as laterais foram problemáticas para o Santos. Maranhão, na direita, tomou baile do avante Paulinho, e também passou maus bocados com os avanços de Alex Kazumba. A maioria dos ataques do XV foram por ali. Emerson Palmieri, de 17 anos, pela esquerda, foi discreto. Saiu no segundo tempo dando lugar a Crystian, lateral direito improvisado na canhota, que fez o tosco pênalti em André Cunha aos 44, resultando no empate dos donos da casa.

No saldo geral, dá para o torcedor ficar preocupado com os lados do elenco. Danilo, único do time do segundo semestre a ir embora, foi substituído por Fucile, jogador da seleção uruguaia que estava no Porto. Pode dar certo, mas, ainda que o recém-contratado jogue nas duas alas, é preciso ter alguém para substituir o veterano Léo. Em temporada que promete ser puxada, buracos no elenco podem ser fatais...

Paulistão começa. Já era hora

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É lugar comum o papo de que o ano só começa depois do carnaval. Do ponto de vista do futebol, é na Copa São Paulo de Futebol Júnior, para os mais doentes. E nos estaduais para os que mantém controlada a febre futebolística.

O Campeonato Paulista de 2012 começa neste sábado, 21, com uma partida entre os campeões das séries A1 e A2 do ano passado, Santos e XV de Piracicaba, respectivamente. A partida, precedida de um "megaevento" da Federação Paulista de Futebol (FPF), será sediada na terra da pamonha, da multinacional Raizen (que controla operações da Shell e Esso no Brasil), da montadora sul-coreana Hyundai e da Caterpillar.

Foto: Divulgação XV de Piracicaba

Nem parece que já foram 16 os anos durante os
quais o XV ficou fora da primeira


O desenvolvimento a reboque dos automóveis e do etanol da cana-de-açúcar trouxe o time de volta à elite do futebol estadual depois de longos 16 anos. Em todo esse período sem pôr os pés nos gramados da primeira divisão, o time que homenageia o dia da proclamação da República havia ascendido da terceira para a segunda em 2010. No ano em que cedeu Doriva (ex-São Paulo) para três amistosos da seleção Brasileira, em 1995, o time começou o processo de quedas, só revertido recentemente.

Dois outros times tradicionais subiram para este ano, promovendo derbis importantes para o interior. O Guarani poderá repetir o embate campineiro com a Ponte Preta. O Comercial terá o Botafogo, no Comefogo de Ribeirão Preto. Completa a lista dos debutantes a Catanduvense, do oeste paulista.

Os grandes vem com perspectivas diferentes. Enquanto Corinthians e Santos mantém a maior parte de seus elencos, preparados para a Libertadores, torcedores de São Paulo e Palmeiras convivem entre a esperança e o ceticismo. Se o Tricolor tem em Émerson Leão e Luís Fabiano a possibilidade de um ano diferente do anterior, o alviverde vê pouca cara nova em quem apostar.

A Portuguesa merece menção especial porque subiu da segundona do Brasileirão em 2011. E venceu um segundo título, ainda que com uma boa dose de simbolismo, da Taça Sócrates Brasileiro, disputada entre os vencedores das séries A e B do Nacional, disputada contra os reservas do Corinthians. Seja como for, é a maior sequência de conquistas em tão curto intervalo da história do time da colônia lusitana. De repente a onda veio para ficar.