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quinta-feira, maio 10, 2012

Teve volta! Santos 8 X 0 Bolívar

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“Vai ter volta”. Era assim, com raiva, que Neymar falava aos repórteres depois da derrota do Santos para o Bolívar em que ele recebeu banana, mexerica, pedra e demais objetos, além de ter sido caçado em campo. O que os bolivianos não previam é que o regresso pudesse ser tão, mas tão amargo.

Começou aos 4 minutos, com uma finalização com efeito de Elano, que pegou o arqueiro Arguello, que tem pinta de cantor de tango, no contrapé. O Bolívar tinha vindo à Vila Belmiro com esperanças. Afinal, era o primeiro clube boliviano a chegar na fase de mata-mata da Libertadores, tendo vencido uma peleja na fase de classificação fora de La Paz. E chegava com a vantagem conquistada na partida de ida. Seu treinador, Ángel Guillermo Royos, comandou o Barcelona B e se diz “descobridor” de Messi. Mas o Bolívar sentiu o golpe. Aos 8 e aos 9, teve dois amarelos contra si e o descontrole já era evidente.

Como numa luta de boxe, em que um mina a confiança do rival com golpes, mas também psicologicamente, o Peixe já havia deixado o Bolívar mais qeu abatido. E os adversários ficaram ainda mais com o pênalti cometido pelo argentino Arguello, que empurrou Edu Dracena na área. Aos 22, Neymar não perdoou e se tornou o maior artilheiro da Era pós-Pelé, de forma isolada, com um gol a mais que Serginho Chulapa e João Paulo.

O golpe fatal viria aos 27. Neymar dá um passe de trivela, simplesmente genial, e Ganso se ajeita na área para marcar de letra. Antológico. Ali, se fosse de fato uma luta de boxe, o árbitro teria dado nocaute técnico e parado a luta. Mas no futebol isso não é possível. Virou um massacre.

Majestade
Elano, Ganso e Neymar marcariam mais uma vez cada um; Alan Kardec faria o seu e Borges, que entrou em seu lugar, também anotou. Um 8 a 0 que é a maior goleada da Libertadores de 2012. Sem lances duvidosos a favor do Alvinegro, com ambos os times com onze jogadores até o final. Inconteste. Ficou barato, diante das circunstâncias, para os visitantes.

E Ángel Arroyo, que disse, brincando, não conhecer Neymar, hoje o 16º maior artilheiro da história alvinegra, talvez tenha visto que a provocação (em todos os níveis) do jogo de ida não tenha sido uma ideia brilhante. Em um só jogo, tomou a mesma quantidade de gols que sofreu nas outras sete partidas da Libertadores.

E a história segue sendo escrita.

quinta-feira, abril 26, 2012

Na altitude, uma derrota santista não tão doída

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O histórico recente doSantos contra times bolivianos já avisava. A partida contra o Bolívar não ia ser fácil. Mas os bolivianos não se classificaram com dez pontos (dois a mais que o Internacional), vencendo só na altitude de La Paz. Perderam uma lá em cima e ganharam fora de casa. O time é melhor que o The Strongest, que também bateu o Alvinegro em seus domínios na primeira fase, mas na partida de ida das oitavas mostrou a mesma característica de toda equipe que atua no alto: imprimir um ritmo de jogo forte e finalizando muito de fora da área, aproveitando a velocidade da bola no ar rarefeito.

Contudo, os bolivianos só chegaram ao gol em dois lances de bola parada. Na primeira etapa, a um minuto, em cobrança de falta de Campos, que bateu na trave e nas costas de Rafael. E no segundo tempo, aos 28, de novo com Campos, em nova cobrança, bem feita, e que contou com uma relativa lentidão do arqueiro alvinegro. A primeira falta, aliás, pra lá de desnecessária, com um afoito Adriano que ainda não recuperou a forma de 2011, quando foi “moldado” pelo treinador santista e melhorou seu futebol bem precário.

Jogo de "pega Neymar"
O gol peixeiro, de empate, saiu aos 28 do tempo inicial. Elano cobrou falta sofrida por Neymar e o goleiro argentino Arguello defendeu, a bola tocou a trave e retornou para Maranhão concluir. O lateral, que foi inscrito na Libertadores no lugar de Pará e só jogou porque Fucile e o antes improvisado Henrique estão contundidos, marcou seu segundo tento na segunda peleja seguida.

Gol importante, ainda mais por ter sido feito fora de casa. Ao Peixe, basta a vitória por 1 a 0, mas foi possível perceber a diferença técnica entre os dois. O Bolívar pode até ser perigoso, mas um Santos comprometido não pode temer os bolivianos. O destaque negativo do jogo foi a atuação de Ganso. Irreconhecível, pareceu sentir mais a altitude. Chegou atrasado e com receio em divididas e errou inúmeros passes, dos mais simples àqueles que poderiam ter sido fundamentais para o triunfo da equipe. Neymar apareceu mais, sofreu oito das 17 faltas recebidas pela equipe, com a anuência do árbitro (ah, se fosse na Liga dos Campeões...). Atingido também por objetos arremessados por torcedores, saiu irritado, o que pode não ser bom para os rivais...



Aliás, pro torcedor alvinegro, que já viu seu estádio ser interditado por sandálias Havaianas arremessadas no gramado (alguns pela torcida adversária, diga-se), é duro ver algo que virou rotina em competições do continente e que não geram qualquer punição para os mandantes. Que o santista se inspire no seu ídolo para responder no grito e não com as mãos.