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segunda-feira, julho 27, 2015

Pato emPata com Paulo Lumumba

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Lumumba também fez 29 gols pelo São Paulo
Informação "relevante": com a confirmação de que o gol da vitória do São Paulo sobre o Cruzeiro ontem foi mesmo de Alexandre Pato (depois de o 4º árbitro ter apontado Carlinhos como autor e voltado atrás), o atacante chegou a 29 tentos marcados com a camisa do Tricolor e empatou, na 80ª posição do ranking histórico dos artilheiros do clube, com Paulo Lumumba. Para quem nunca ouviu falar nesse jogador (o que é mais do que provável), o gaúcho Paulo Otacílio de Souza (1936-2010) jogou pelo time do Morumbi nas temporadas de 1960 e 1961 e também atuou por Grêmio e Fluminense. Assim como Pato (até agora), Lumumba não ganhou título algum pelo Tricolor.

Bicampeão brasileiro, Hugo hoje está sem clube
Atleta pertencente ao Corinthians, Alexandre Pato está emprestado ao São Paulo até dezembro deste ano e, assim, pode alcançar outros jogadores que passaram pelo clube recentemente no ranking dos artilheiros do Tricolor: Hugo, bicampeão brasileiro em 2007 e 2009, e que está livre no mercado depois de passagem pelo Vitória, fez 31 pelo time do Morumbi, e está logo a frente, em 79º lugar. Lucas, atualmente no Paris Saint Germain, fez 33 e está empatado com o hoje comentarista Caio Ribeiro na 75ª colocação. Outra figurinha carimbada, Souza, campeão paulista, da Libertadores, Mundial e tri-brasileiro na década passada, e que também está sem clube após abandonar o Caxias-RS, marcou 35 gols pelo São Paulo é o 67º no ranking.

Reinaldo, que estava no Inter de Lages
Em atividade tem ainda o hoje corintiano Danilo, com 36 gols pelo São Paulo (63º colocado no ranking do clube), o Hernanes, da Internazionale de Milão, que, assim como Dario Pereyra, marcou 38 vezes pelo time do Morumbi (ambos estão na 58ª posição), o Diego Tardelli, que está na China, e o Grafite, que voltou agora ao Santa Cruz, ambos com 39 gols (empatados com Cafu no 55º lugar), e Reinaldo, ex-Santos e Internacional, que jogou pelo Inter de Lages-SC no 1º semestre, com 41 gols com a camisa sãopaulina (52º lugar). Um pouco mais a frente tem Kaká (que passou pelo São Paulo em 2014, a caminho do Orlando City) e Marcelinho Paraíba (Joinville), ambos com 51 gols pelo São Paulo, na 39º colocação; o Borges, da Ponte Preta, com 55 gols (32º); e o Dagoberto, do Vasco, com 61 (30º lugar).

Rogério Ceni: mais 7 gols para alcançar Maurinho
E dois jogadores que estão fechando o ciclo no São Paulo ainda podem avançar nesse ranking até o fim do ano. O primeiro é Rogério Ceni, que fez 129 gols e é o 10º maior goleador da história do clube - e, com muita sorte, poderia alcançar Maurinho (1933-1995), que fez 136, ou o lendário Leônidas da Silva (1913-2004), que marcou 144 vezes. O segundo é Luis Fabiano, atual 3º colocado no ranking, com 205 gols, e que - muito dificilmente - alcançará o 2º, Gino Orlando (1929-2003), que fez 233 gols, ou o artilheiro máximo do São Paulo, Serginho Chulapa, que fez 242. Como hoje é muito raro um jogador - que não seja goleiro - passar dez temporadas no mesmo clube, como Chulapa, é bem provável que sua marca se eternize. Afinal, Luis Fabiano "subiu no telhado"...

DA SÉRIE 'MAS... JÁ VAI?' - Depois de ir e não ir, o atacante Jonathan Cafu acabou "fondo" para o portentoso Ludogorets, da Bulgária, numa transação em que o São Paulo ficará com menos da metade do valor apurado. A debandada de atletas do Morumbi neste meio de ano reflete a crise financeira enfrentada pelo clube e sugere que todos no elenco, de titulares a reservas, estão acionando seus empresários para tentarem pular fora do "barco furado". No entanto, para além da falta de grana, a saída do Cafu (genérico) é mais um exemplo inegável das "cabecices" da diretoria quando tenta reforçar o ataque da equipe. Além de Jonathan Cafu, que fez apenas 12 jogos (e 1 gol), o clube acabou de emprestar o prata-da-casa Ewandro (que jogou só 22 vezes e fez 2 gols pelo profissional do São Paulo) e, no ano passado, teve passagem-relâmpago de Pabón (18 jogos e 2 gols). Agora a aposta é em Wilder Guisao, que estava encostado no mexicano Toluca. Ou seja: nada de novo no front...


quarta-feira, julho 30, 2014

Kaká já está entre os 40 maiores artilheiros do SPFC

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Com o gol marcado no domingo, em seu retorno ao futebol brasileiro, na derrota por 2 a 1 frente ao Goiás, o meia Kaká chegou a 49 gols marcados pelo São Paulo, igualando-se ao ex-centroavante Zé Roberto (1964-1966/ 1969-1976) e ao ex-ponta-esquerda Zé Sérgio (1976-1984) no 40º lugar entre os maiores artilheiros do clube. E pode galgar mais posições: imediatamente a sua frente estão os atacantes Marcelinho Paraíba (51 gols pelo São Paulo), Borges (55) e Dagoberto (61). Este último, que hoje joga no Cruzeiro, junto com Borges, é o 30º maior artilheiro do time do Morumbi. Acima deles, mas muito longe, estão o goleiro Rogério Ceni, em 13º no ranking, com 118 gols, e o centroavante Luís Fabiano, 3º maior artilheiro do clube, com 193. O maior de todos é Serginho Chulapa, com 242.


domingo, maio 20, 2012

Borges vacila, e Santos B não sai do zero com o Bahia

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O Santos entrou em campo (debaixo de muita chuva) com o time reserva, sendo que cinco jogadores fizeram sua estreia com a camisa alvinegra. No caso, com o terceiro uniforme, a camisa azul. Gerson Magrão e Bernardo já estão na Vila há tempos, mas só agora puderam jogar. Galhardo e David Braz, que vieram do Flamengo na negociação com Ibson, e Ewerton Páscoa, que no fim de semana passado enfrentava o Peixe jogando pelo Guarani, foram os outros debutantes.
Mesmo com a esperada falta de entrosamento, o Santos fez rodar a bola e trocou muitos passes, mantendo a redonda sob seu domínio a maior parte do tempo. Felipe Anderson exerceu uma nova função, revezando na ala direita com Galhardo, um expediente que Muricy Ramalho usou bastante no São Paulo em outros tempos. Tanto um quanto o outro levaram perigo no apoio na primeira etapa, mas também sofreram com as investidas de Lulinha por aquele setor.
Bernardo levou perigo nas cobranças de escanteio. Em duas delas, quase saiu o tento santista. Borges chamou a atenção pela disposição. Correu, marcou, desarmou, deu opção ao ataque saindo pelos lados... Mas quando a bola esteve na zona onde tem o atacante tem conforto, na área, ele não conseguiu conferir por duas vezes na etapa inicial.
Já na segunda etapa, o Bahia voltou com mais disposição, pegando mais no meio de campo e explorando também o lado esquerdo da intermediária peixeira. E começaram as baixas do visitante. David Braz já havia saído no primeiro tempo com lesão, e Galhardo também pediu para sair antes da metade do segundo tempo. Os donos da casa fizeram uma blitz durante quase dez minutos, logo depois dos 22, mas não furaram a defesa alvinegra. Na frente, Borges, e principalmente Renteria, não seguravam a bola na frente e eram presa fácil dos zagueiros da Boa Terra.
As oportunidades peixeiras, enfim, surgiram quando a partida também começou a pesar para os tricolores. E aí apareceu Borges. Por duas vezes ele teve a chance de dar a vitória ao time B, ambas na cara do goleiro, mas desperdiçou as duas. Em que pese todo seu esforço na peleja, mostrou o porquê de estar na reserva.

Léo, mesmo cansado, aguentou o ritmo da jogo até o fim (Santos FC)
É preciso destacar também a atuação de Gerson Magrão, que jogou na meia e foi bem na cobertura pelo lado esquerdo, além de mostrar lucidez e aparecendo bem dando apoio ao ataque. Levando-se em consideração que não jogava desde agosto, por problemas contratuais com seu ex-clube, o Dinamo de Kiev, mostrou que pode ser útil no restante da temporada. Bernardo se esforçou, mas não conseguiu ser efetivo, a não ser em uma outra bola parada.
Ao fim, o zero a zero marcou um rodada de estreia em que os paulistas não venceram. Dadas as circunstâncias, para os visitantes o resultado não foi tão ruim. Mas se Borges tivesse caprichado um pouco mais...


Pra não dizer que não falei de Vélez e Santos


Com algum atraso, um breve comentário sobre a peleja em que a equipe argentina bateu o Santos em Buenos Aires, por 1 a 0. O Alvinegro jogou mal, foi dominado pela marcação portenha e não teve criatividade para criar no ataque. Embora a imprensa hermana tenha exaltado a partida feita por Peruzzi, ele foi só um dos marcadores de Neymar. Como explicou Ricardo Gareca, o garoto recebeu marcação dupla, com rodízio de atletas, e, ainda que não tenha brilhado como de costume, conseguiu cavar algumas faltas, tentou resolver sozinho mas não teve companhia de ninguém ao seu lado, exceção feita a Juan que vez ou outra o apoiava, e de Ganso, em um lance isolado e desperdiçado.
Aliás, o camisa dez peixeiro fez uma das suas piores atuações com o manto. Vez ou outra um craque não estar inspirado faz parte, mas o meia falhou na disposição tática também, e isso compromete o resto do time. Se Neymar é bem marcado, algum espaço sobra para um meia que chega, mas ele não chegou. Para os alvinegros superaram a marcação feita em seu próprio campo, o dez também teria que buscar mais a bola para aliviar a defesa, mas não o fez. Quando Ganso participa da marcação, aliás, também possibilita o avanço com bola de Arouca, que pouco pôde fazer à frente.
O distanciamento da defesa e do meio de campo santista foram fatais, mas o prejuízo não foi maior pela ineficiência ofensiva do Vélez, que marca bem, mas não é um time dos mais imaginativos na frente. O Santos deve penar na Vila Belmiro para superar os argentinos, mas, descansados, os peixeiros devem fazer um papel bem melhor do que o desempenhado na Argentina. Vai ser preciso mais aproximação e marcação mais forte o meio de campo – evitando principalmente as chegadas do volante Cerro – com velocidade de saída para o ataque. Neymar, obviamente, pode decidir, mas Ganso vai ser fundamental.

quinta-feira, maio 10, 2012

Teve volta! Santos 8 X 0 Bolívar

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“Vai ter volta”. Era assim, com raiva, que Neymar falava aos repórteres depois da derrota do Santos para o Bolívar em que ele recebeu banana, mexerica, pedra e demais objetos, além de ter sido caçado em campo. O que os bolivianos não previam é que o regresso pudesse ser tão, mas tão amargo.

Começou aos 4 minutos, com uma finalização com efeito de Elano, que pegou o arqueiro Arguello, que tem pinta de cantor de tango, no contrapé. O Bolívar tinha vindo à Vila Belmiro com esperanças. Afinal, era o primeiro clube boliviano a chegar na fase de mata-mata da Libertadores, tendo vencido uma peleja na fase de classificação fora de La Paz. E chegava com a vantagem conquistada na partida de ida. Seu treinador, Ángel Guillermo Royos, comandou o Barcelona B e se diz “descobridor” de Messi. Mas o Bolívar sentiu o golpe. Aos 8 e aos 9, teve dois amarelos contra si e o descontrole já era evidente.

Como numa luta de boxe, em que um mina a confiança do rival com golpes, mas também psicologicamente, o Peixe já havia deixado o Bolívar mais qeu abatido. E os adversários ficaram ainda mais com o pênalti cometido pelo argentino Arguello, que empurrou Edu Dracena na área. Aos 22, Neymar não perdoou e se tornou o maior artilheiro da Era pós-Pelé, de forma isolada, com um gol a mais que Serginho Chulapa e João Paulo.

O golpe fatal viria aos 27. Neymar dá um passe de trivela, simplesmente genial, e Ganso se ajeita na área para marcar de letra. Antológico. Ali, se fosse de fato uma luta de boxe, o árbitro teria dado nocaute técnico e parado a luta. Mas no futebol isso não é possível. Virou um massacre.

Majestade
Elano, Ganso e Neymar marcariam mais uma vez cada um; Alan Kardec faria o seu e Borges, que entrou em seu lugar, também anotou. Um 8 a 0 que é a maior goleada da Libertadores de 2012. Sem lances duvidosos a favor do Alvinegro, com ambos os times com onze jogadores até o final. Inconteste. Ficou barato, diante das circunstâncias, para os visitantes.

E Ángel Arroyo, que disse, brincando, não conhecer Neymar, hoje o 16º maior artilheiro da história alvinegra, talvez tenha visto que a provocação (em todos os níveis) do jogo de ida não tenha sido uma ideia brilhante. Em um só jogo, tomou a mesma quantidade de gols que sofreu nas outras sete partidas da Libertadores.

E a história segue sendo escrita.

quinta-feira, abril 19, 2012

Alan Kardec acorda o Santos, que vence o The Strongest

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Vila lotada, um time fraco como adversário e uma excelente apresentação na última rodada do Paulista. Tudo indicava que o Peixe fosse ganhar bem do The Strongest, clube que só tinha conseguido ganhar pontos até então na altitude de La Paz. Mas nada foi como se esperava. A agonia peixeira durou até os 40 minutos do segundo tempo, quando Alan Kardec fez o primeiro dos dois gols da vitória sobre os bolivianos hoje.

Grande parte da dificuldade alvinegra se deveu ao meio de campo. Elano, no lugar de Ibson, é uma troca que vale pelas bolas paradas, mas que muda o jeito do Peixe atacar. Ibson, por mais que erre – e erra – já fez gols entrando na área e se apresentando quando o ataque do time é marcado, fazendo as vezes de elemento surpresa que vez ou outra resolve. Já Elano, por mais raça que tente apresentar até para fazer jus ao carinho da torcida, não se movimenta da mesma forma. Pelo esquema de Muricy, o herói de outrora ainda não mostrou porque mereceria a vaga de titular, conquistada há duas partidas.

Já Adriano, com exceção de uma bola incomum que meteu pra Neymar perder um gol incrível, não foi bem. O fato de ter permanecido até o fim da partida só pode ser entendido se a intenção do técnico for fazer com que o atleta recupere o ritmo de jogo após meses parado. Já o craque Ganso não buscou tanto a bola como em outros jogos, chamou também menos a responsabilidade, errou em demasia e mesmo quando ameaçou brilhar, pecou no final.

Restou ao torcedor ver lances isolados de Neymar, que só fez o dele aos 43 do segundo tempo. Ele driblou, deu assistência, perdeu uma grande oportunidade, mas foi redimido pelo belo passe de Borges, que o deixou na cara do goleiro Vaca. Ali, não jogou fora a chance. Continuou assim sua saga aritimética na trajetória do clube que mais fez gols na História. Empatou com Coutinho como terceiro maior artilheiro alvinegro na Libertadores, com 11 gols pela competição, e, com seu 98º gol pela camisa praiana, ultrapassou Gradim (1936-1944) e Rui Gomide (1937-1947) e é de forma isolada o 22º artilheiro da história do Santos, a três gols de Juary.

É bom ressaltar também o papel de Alan Kardec, aquele santinho que Muricy beija e pede o milagre quando a coisa está feia. Se o toque de bola, as jogadas de efeito e os lances sofisticados não dão certo, o técnico chama o atleta que resolve a questão de forma simples. Em geral, de cabeça, como fez hoje, depois de entrar no lugar do lateral direito improvisado Henrique. Mesmo na reserva, já se sabe que pode ser decisivo. Bom para o Santos que pode contar com ele.

sexta-feira, março 23, 2012

Em jornada épica (dos torcedores), Santos vence Juan Aurich

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Caiu água no Pacaembu... (Foto Futura Press)
Pelo jogo de ida, parecia que ia ser fácil. Claro que o Juan Aurich viria mais fechado do que jogou em casa, mas a superioridade do Santos ficara evidente na partida de ida. O que não estava no roteiro era o temporal que caiu em São Paulo durante as mais de duas horas da partida (sim, com um intervalo de 45 minutos entre os dois tempos...). O time até que não sofreu tanto para conseguir o resultado: um 2 a 0 em que Rafael não foi ameaçado em nenhum momento. Já o torcedor...

Ser sócio facilita a vida para comprar ingresso, mas o torcedor comum pena. No Pacaembu, geralmente são abertos poucos guichês (às vezes um só), o que vira uma verdadeira festa para os cambistas que conquistam os espectadores que não têm tempo para passar duas, três, quatro horas em uma fila. Mesmo com a limitação de três ingressos por pessoa, tendo que se registrar o CPF de cada um, segue sendo um mistério como os “vendedores de rua” conseguem a sua carga.

Já no estádio, o santista se depara com a chuva que se inicia antes dos dez do primeiro tempo. E chove, como chove. Capas plásticas disputadas quase a tapa, daquelas que custam um real, vendidas por dez em função da velha lei da oferta e da procura (ah, o capitalismo...). No gramado, o time peruano, com três zagueiros e quatro volantes, marca o tempo todo atrás da linha da bola. O Santos tenta encurralar, vai todo à frente, troca passes como tem sido sua característica (o que muitas vezes faz o torcedor gritar o tradicional “chuta” pra qualquer um que aparece perto da grande área). Aciona pouco o lado direito, joga mais pela esquerda com a apoio de Juan e Neymar, que se movimenta pelos lados e no meio. Mas centraliza muito o jogo e erra passes demais por conta disso. E o Juan Aurich bate.

O gol sai em um escanteio cobrado pela esquerda. Edu Dracena, após cabeçada de Ganso que Penny não conseguiu segurar. Na primeira etapa, ficaria nisso. As poças já começavam a aparecer no gramado do Pacaembu e o intervalo foi premiado com um aumento do temporal. Os 15 minutos mais longos que eu já tinha visto em um estádio. Enquanto isso, uma marca de cerveja era responsável por jogar brindes aos torcedores por meio de uma “bazuca” (mas nada de bebida no estádio, ah, os bons hábitos...) que circulava no estádio. E o locutor pedia pra torcida “agitar”, como se todos estivessem num programa de auditório. A chuva sem cessar, e o cara não parava de falar. Até que a torcida se impacientou e iniciou o tradicional e flexível grito: “hei, bazuca, vai tomar...”.

Os times voltam. E, o intervalo que já era longo pra quem tomava chuva, iria se alongar de verdade. Parte dos refletores apaga, os times vão para os bancos de reservas e, de lá, após alguns minutos, vão para o vestiário. O torcedor fica sem saber o que vai acontecer, nada de o sistema de som do estádio informar algo. Alguns já vão embora, já que o dia seguinte é uma sexta-feira de trabalho. A maioria fica sem saber se vai haver ou não partida. E tome chuva.

Quanto o sistema de som anuncia algo, vem a voz de um locutor que começa a contar a “história do Pacaembu”. A vaia, previsível, o faz se calar. Só depois de algum tempo vem o anúncio de que o jogo continuaria. Os times voltam e o jogo se inicia 45 minutos depois do encerramento do primeiro tempo. E a chuva, que piorou no “intervalão”, fez aparecer muito mais poças no gramado.

Se a grama pesada e a água empoçada atrapalham o time que troca passes e trancam mais o jogo, também é verdade que é fatal para times que têm pouca técnica. Os peruanos conseguiam se defender, muito na base da pancada, que não foi punida pelo árbitro argentino Patricio Losteau, cujos cartões devem ter ficado em algum café de Buenos Aires. Com licença do juiz, o Juan Aurich bateu e não foi punido, mas não conseguiu chegar à meta santista.


(Esse Neymar...)

Ibson, pela direita, e Arouca abriram pelos lados, facilitando o ataque santista. Borges, que perdeu um gol incrível, segue a sina de garçom. Foi dele a jogada que resultou no segundo gol do Santos, marcado por Neymar, aos 13 do segundo tempo. E Neymar... Esse, faça chuva ou faça sol, sempre brinda o amante da bola com lances geniais (confira no vídeo, no 0:43 e no 3:11), mesmo caçado (no vídeo, no 1:05. avaliem que punição merece essa falta). Depois do segundo tento, ninguém ali duvidava da vitória àquela altura, mas a goleada não veio, muito em função da chuva e da pancadaria dos peruanos. Agora, o time lidera o grupo 1 da Libertadores, com nove pontos, dois a mais que The Strongest e Internacional.

Ah, sim, no fim da partida, a chuva parou.

quinta-feira, março 15, 2012

Santos supera gramado sintético e Juan Aurich por 3 a 1

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Foi de virada e com uma grande apresentação de Ganso que o Peixe superou o time peruano do Juan Aurich hoje. O tal gramado sintético, que foi palco de final de Libertadores em 2010, atrapalhou o time alvinegro, que demorou a se encontrar na peleja e só o fez após tomar o gol. Fucile empatou depois de cruzamento de Juan e Ganso cobrou uma falta que assegurou o resultado positivo ainda no primeiro tempo. Uma cobrança ousada, mas que contou com a providencial ajuda do goleiro Diego Penny.

Já a segunda etapa foi toda do Santos. Neymar foi caçado mais que o normal. Os peruanos já estavam dominados quando ficaram com um a menos em função da expulsão de Guadalupe aos 13, depois de falta feia em Arouca. E aí o que andava faltando, aconteceu. Borges, que vinha se movimentando muito e dando opções para a chegada do meio de campo alvinegro, marcou o seu primeiro tento na competição. Mesmo em fase escassa de gols, os dados não mentem: o maior artilheiro do Brasileirão de 2011 jogou 42 vezes pelo Peixe e fez 26 gols, quase dois a cada três partidas.

E se os números nem sempre traduzem o que foi um jogo, não é o caso dessa partida. De acordo com o Ig, Santos teve quase 59% de posse de bola, mesmo com o "apagão de adaptação" do início da partida. Trocou mais que o dobro do número de passes do rival, 305 a 149, ficando quase cinco minutos com a bola nos pés no final do jogo, teve dez finalizações certas e nove erradas contra quatro erradas e duas certas. Mas o que deve motivar os jogadores peixeiros na partida de volta é outro dado: foram 32 faltas peruanas contra 11 brasileiras, uma diferença abissal. Neymar, o mais "atingido" não deve esquecer o adversário...

sexta-feira, fevereiro 03, 2012

Santos A estreia e empata com Oeste. PH Ganso vai bem, já Elano...

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Neymar tentou... (Ivan Storti/Santos FC-Divulgação)
No primeiro jogo com os titulares, o Santos não passou de um empate contra o Oeste. Na Arena Barueri, já que o gramado da Vila Belmiro ainda está sendo reformado, a equipe jogou bem em alguns momentos, com boas trocas de passe, toques rápidos e velocidade no ataque. Mas tomou um gol na primeira etapa graças a uma falha dupla de marcação: a (não) cobertura pelo lado direito que deslocou Bruno Rodrigo para fora da área e deixou Vanderson sozinho para marcar.

Como nas outras três pelejas do Paulista, o time saiu perdendo por 1 a 0, mesmo jogando melhor. No segundo tempo chegou ao empate com Ibson, que marcou seu tento inaugural pelo Santos. Uma novidade dupla, já que, pela primeira vez no ano, não foi Alan Kardec o autor do gol alvinegro.

A equipe sentiu fisicamente tanto no fim da primeira etapa quanto no final do jogo. De om para o torcedor do Santos ficou a atuação de Paulo Henrique Ganso, o atormentado e ciclotímico camisa dez peixeiro. Movimentou-se bem, deu passes preciosos, assistências, finalizou e apoiou o ataque como há muito não fazia. Neymar foi bem em dados momentos, foi caçado (pra variar), mas também sentiu a falta de ritmo. Destaque negativo para Borges, o 1 em 3, que teve três chances de marcar e desperdiçou todas. Espera-se que também a culpa seja da falta de ritmo. Rafael fez algumas reposições interessantes com as mãos, mas teve saídas de gol que que espantaram até as borboletas que não foram caçadas.

E Neymar vai tentar seu centésimo gol como jogador profissional no clássico contra o Palmeiras. Que os lampejos de bom futebol se tornem rotina e não só... lampejos.

E o Elano?

Elano pediu a substituição, ainda no primeiro tempo. Não foi atendido pelo treinador Muricy Ramalho, continuo no jogo, bateu uma falta no travessão e cobrou escanteios. Não demostrava nenhum “incômodo” aparente. Antes do intervalo, disse aos jornalistas que não ia falar sobre seu pedido de substituição.

Após o intervalo, entrou Ibson. Muricy, quando perguntado, disse que Elano estava com problemas para fechar a marcação pelo lado direito com Pará. Ou seja, a substituição foi técnica. O inusitado foi Elano ter “reconhecido” a sua dificuldade ao pedir a substituição. Parece que o oito alvinegro continua com refluxos de 2011. Voltou à Vila Belmiro com pompa e circunstância, terminou o Paulista como artilheiro do torneio e experimentou um persistente declínio técnico. Envolveu-se com uma atriz global, ocupou páginas e megabytes de publicações nada esportivas com seu turbulento relacionamento, viveu o episódio de sequestro de seu pai, perdeu pênalti decisivo na seleção brasileira pela Copa América e não mais foi convocado.

Em péssima fase técnica, era candidato ao banco com a chegada de Ibson, mas as suas sofríveis atuações do recém-chegado deram sobrevida ao oito. No embate contra o Flamengo, perdeu uma penalidade ao tentar uma cavadinha não treinada e foi vítima da pilhéria do guarda-metas rival. Foi vaiado pela torcida, ameaçou sair. Jogou mal, se contundiu, jogou mal de novo, virou reserva na final contra o Barcelona após atuação menos que mediana na semifinal. Disse que só cumpria o que o treinador havia lhe pedido.

Elano, má fase passa. Mas as posturas de um ídolo ficam na memória do torcedor. Já passou da hora de aprender isso.

quarta-feira, dezembro 14, 2011

Santos afasta Mazembe japonês e vai à final do Mundial

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O título acima não é só uma ideia fraca de edição. O espectro do time africano pairava – como acho que vai pairar por algum tempo para os times brasileiros – e os jogadores do Santos pareceram sentir isso durante os 90 minutos da peleja contra o Kashiwa Reysol. Não era só a ansiedade da estreia que atrapalhou o desempenho da equipe, que até pintou que iria golear após marcar 2 a 0, mas essa tensão que o Inter deixou como legado para seus conterrâneos vindouros.

Depois de um primeiro tempo bom da equipe santista, o segundo foi bem abaixo, e os japoneses chegaram a se animar. Mesmo assim, tomaram duas bolas na trave e Danilo perdeu um gol na cara de Sugeno, após assistência de Neymar. Não, não foi uma partida de encher os olhos, mas a vantagem de dois gols em uma semifinal é a maior de um time brasileiro desde que o campeonato passou a ser disputado com esse formato, em 2005. Naquele ano, o São Paulo passou pelo Al Itthad por 3 a 2 e, em 2006, o Inter superou por 2 a 1 o Al-Ahly. Mas há alguns fatos para se preocupar.

Joga nada esse moleque... (Leandro Amaral/Divulgação)
Primeiro, essa foi uma das piores partidas da zaga peixeira no ano. Dracena, Bruno Rodrigo e Durval abusaram do direito de ser lentos e o miolo, em especial, rifou a bola como pôde boa parte do tempo. Por conta disso, Muricy já cogita a volta de Léo, o que seria o mais acertado, mesmo que ele não tenha plenas condições físicas. O time ganharia uma opção de saída de bola e mais velocidade e toque na lateral esquerda.
  
Outro ponto é o meio de campo. Elano, pós-contusão, consegue ser um pouco pior do que o Elano pré-contusão, que já não vinha atuando bem. Só é titular porque Adriano está contundido. Aliás, o setor do meio de campo foi o mais castigado pelas lesões na temporada: vários atletas ficaram pelo menos um mês fora de jogo, entre titulares e reservas. Sem uma formação sólida no setor, a zaga sofre ainda mais. Na partida contra o Barcelona, certamente o meio jogará mais próximo da defesa, mas há de se temer a fragilidade na área onde os catalães dominam.

Pontos positivos? Bom, esse time tem Neymar. Como disse Mauro Beting no Twitter: “O gol que o destro Neymar fez de pé esquerdo poucos craques canhotos fariam”. Não, o garoto pode ainda não ser melhor que Messi, mas sua esquerda já é melhor que a direita do argentino. E o Alvinegro tem Borges, que aparece pouco, mas fez um tento que lhe dá confiança para aproveitar as minguadas oportunidades que vão aparecer contra os espanhóis (sim, estou dando de barato que o Braça está na final).

Tem mais no domingo (Ivan Sartori/Santos FC)
E há PH Ganso. O rapaz que acha que fez um grande negócio ao vender parte dos seus direitos econômicos ao grupo que só fez com que ele perdesse dinheiro em todo o ano de 2011. Segundo Caio Ribeiro, foi o melhor do time porque soube “controlar o jogo”. Não, não foi. De fato, ele marcou. Decerto, prendeu a bola. Mas... quantos chutes deu? E quantas assistências? De um camisa dez como Ganso espero lances de genialidade, que ele faça a bola correr com um toque só, como tantas vezes poderia ter feito quando Danilo se ofereceu na direita. Neymar, quando voltou para o meio, armou mais que ele.

Contra o Barcelona, a obrigação não estará mais sobre os ombros e a equipe pode jogar mais solta. Contudo, para ser campeão mundial, o time precisa de Ganso. Oxalá ele faça companhia a Neymar no domingo e seja também protagonista de uma partida histórica.

quarta-feira, outubro 19, 2011

Santos 2 X 0 Botafogo - porque entregar jogo é coisa do trio de ferro...

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Em 2009, o Corinthians teria entregado um jogo para o Flamengo para prejudicar o rival São Paulo, que disputava o título. No ano seguinte, o São Paulo teria dado o troco ao ser goleado por 4 a 1 pelo Fluminense, que estava na ponta do Brasileiro junto com o Corinthians. O Palmeiras teria feito o mesmo ao ser derrotado pelo Tricolor carioca.

Os verbos acima estão na condicional porque não vi nenhuma das partidas em questão. É o pessoal do trio de ferro que se acusa. Na Vila, não se fala de “entregar” jogo. Em 2008, quando o Santos já não tinha mais nada pra fazer na última rodada do Paulistão e o Corinthians dependia do Peixe para superar a Ponte Preta e ficar entre os quatro classificados, o Alvinegro também não fez corpo mole e empatou com o clube campineiro. Mas o Corinthians perdeu do Noroeste e não se classificou. Hoje, jornais insinuaram que o Peixe poderia fazer o que seus rivais paulistas já teriam feito recentemente. De novo, o Santos fez valer sua história.

Não que tenha sido fácil. Além dos desfalques que se tornaram a tônica da equipe na competição (Léo, Ganso, Elano, Felipe Anderson, Pará...), desta vez nem Muricy, que quase não levantou do banco por conta de dores lombares no jogo contra o Atlético-MG, pôde orientar a equipe na Vila. Mas o Santos tinha a volta de Neymar, quase um mês e meio sem atuar na sua casa.


O garoto jogou pela 59ª vez no ano, mais do que a maioria dos clubes da Série A. Curiosamente, esteve em 12 dos 13 jogos da seleção no ano; em 7 dos 8 da sub-20 no Sul-americano e em 38 das 67 pelejas do time da Vila no ano. Ou seja, proporcionalmente esteve em campo mais pela CBF do que pelo clube que o paga e faz das tripas coração para mantê-lo no país.

Contra o Botafogo, Neymar não teve uma atuação de gala. Mas, mesmo assim, fez um belíssimo gol e provocou cartões para o adversário. É gastar palavra dizer que é craque, em campo dá outra dimensão para qualquer time, tanto para o Santos quanto para a claudicante seleção (se não fosse ele, certamente Mano já estaria na seção de classificados dos periódicos). E, de novo, fez a diferença.

Não foi só a estrela de Neymar que brilhou. Borges igualou a marca de Serginho Chulapa no Brasileiro de 1983 e fez seu 22º gol pelo Santos no certame. Também um bonito gol. Com a vantagem consolidada no primeiro tempo, restou ao Botafogo buscar o empate no segundo tempo não com a volúpia devida, pois se preocupava com o contra-ataque peixeiro que quase encaixou em algumas oportunidades. Quando chegou na meta dos donos da casa, Rafael mostrou que não era a noite da estrela solitária. A estrela era santista e atendia pelo nome de Neymar.

E Camanducaia, se viu, sorriu. 

Camanducaia, que fez o gol do título de 1995 que não veio pra Vila, e Márcio Rezende de Freitas, maior ídolo do Botafogo depois de Garrincha.

segunda-feira, outubro 10, 2011

Em jogo fraco como tantos do Brasileiro, Santos bate Palmeiras

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Não era só o momento das duas equipes no Brasileirão que sugeria um clássico com pouca técnica. Entre os inúmeros desfalques das duas equipes estavam os mais habilidosos atletas de cada clube. O Santos não tinha Neymar, laçado por Mano Menezes para dar algum tempero aos tediosos jogos do seu aglomerado de atletas; nem Ganso, que deve voltar a treinar nesta semana. A lista dos que estavam fora de combate incluía Arouca, Elano (mais uma vez contundido), Edu Dracena, Felipe Anderson e Pará. O Palmeiras não podia contar com Kléber e Valdívia que, ainda que em uma fase ruim, são a esperança alviverde de algo que não seja uma jogada de bola parada do volante Marcos Assunção. Também não puderam jogar Luan, Cicinho e o arqueiro Marcos.

No marasmo técnico, brilhou a estrela de um veterano. O lateral-esquerdo Léo, o mais lúcido jogador peixeiro, insistiu em um lance que fez a defesa palmeirense adernar para o lado e se descuidar de Borges. A assistência de direita do atleta canhoto encontrou o homem gol alvinegro livre. Finalmente, Deola, que havia feito ao menos três grandes defesas, foi vazado aos 30 minutos do segundo tempo. O gol fez justiça não somente a quem teve as melhores (e parcas) chances do jogo, mas principalmente à equipe que procurou e quis ganhar. Ao contrário do que aconteceu na partida contra o Fluminense, desta vez o Peixe quis mais a vitória que o rival.

O Palmeiras de Felipão entrou para travar o jogo com um 3-5-2 que apostava no erro defensivo do Santos. E os três zagueiros estavam lá também para evitar a jogada aérea santista, que conta com dois bons cabeceadores, Borges e Alan Kardec. Curiosamente, a maior parte das oportunidades peixeiras – e o gol – vieram pelo alto. Os palmeirenses podem falar mais a respeito, mas o jogo e o resultado expuseram uma espécie de círculo vicioso nas partidas palestrinas recentes. Os desfalques e a limitação do elenco (que não acho tão ruim como dizem) faz com que o treinador adote um esquema cauteloso, que priorize anular as jogadas ofensivas do adversário. Mas basta um descuido para que o esquema vá por água abaixo e não haja possibilidade de mudar. A baixa autoestima dos atletas é alimentada por seguidas pelejas em que o filme se repete, e o ambiente político mais conturbado dos clubes da Série A ajuda pra que a reprise esteja marcada para a próxima rodada.


Para o Santos, a vitória acalmou os ânimos depois de três derrotas seguidas e manteve Borges no comando da artilharia do Brasileirão, com 20 gols em 25 partidas. Está a dois da marca de Serginho Chulapa, artilheiro pelo Santos em 1983, com 22 tentos, embora o time tenha jogado 26 vezes naquela competição. E também serviu para quebrar uma sequência de sete partidas sem derrotar o adversário, fato que já incomodava os santistas.

Ao que parece, o Brasileirão acabou para os dois times. Ao Santos, resta recuperar alguns jogadores, entrosar o time e se preparar para o Mundial. Já para o Palmeiras, é preciso mirar algo que parece impossível hoje: um pouco de tranquilidade.

domingo, setembro 18, 2011

Corinthians 1 X 3 Santos - Peixe tira Timão da liderança

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Após 17 (guarde esse número) rodadas seguidas e várias pelejas mal jogadas há pelo menos dois meses, o Corinthians saiu da liderança do campeonato brasileiro. A vitória do Santos no Pacaembu – a primeira derrota do Alvinegro paulistano após 17 (opa, olha ele aí de novo) clássicos no estádio, sendo que a última tinha sido para o próprio Peixe – fez o ex-líder cair para o 3º lugar, a dois pontos do Vasco e um do São Paulo.


Não cai, Neymar... Ricardo Saibun/Divulgação Santos FC
O Santos entrou modificado taticamente por Muricy Ramalho, que não pôde contar com os titulares do meio de campo Arouca, Elano e Ganso. Ibson voltou a jogar depois de pouco mais de um mês fora por contusão e a atuação dele no setor, assim como de seus companheiros pouco entrosados, quase comprometeu o Peixe no primeiro tempo. Eram três atacantes de ofício, mas Neymar voltou bastante para buscar jogo e Alan Kardec também se movimentava para ocupar espaços, embora nenhum dos dois tenha atuado como meias. O Corinthians tentou se impor no início da partida e pelo lado direito da defesa praiana, em jogada de linha de fundo de Alessandro, chegou ao seu gol aos 12 minutos do primeiro tempo. Liédson “matou” com o rosto e marcou.

Na sequência, Julio César fez duas boas defesas em um escanteio e em outra bola cruzada na área corintiana por Danilo. Os lances de escanteio na área da equipe da casa, aliás, foram das principais armas santistas no primeiro tempo. E em uma delas saiu o gol de empate, com Henrique, aos 38. Antes disso, o Peixe havia chegado uma outra vez com Borges, que se deparou com uma saída arrojada do goleiro do Corinthians. O Timão, por sua vez, meteu uma bola no travessão com Liédson e contou com uma finalização ótima de William, defendida por Rafael. Em chances, equilíbrio, mas os corintianos mantiveram o controle da partida por um tempo maior.

Abraço não durou 17 segundos. Ricardo Saibun/Divulgação Santos
Na segunda etapa, o Santos voltou melhor tática e tecnicamente. Muricy posicionou melhor seus meias, bloqueando as passagens pelas laterais e evitando o maior perigo do primeiro tempo, os lances de linha de fundo. O time foi mais incisivo e o Joia, que já tinha aparecido bem em alguns momentos nos 45 minutos anteriores, começou a aparecer mais: ora como arco, ora como flecha. 

Aos 6 minutos, Alan Kardec perdeu um gol incrível, cara a cara com Júlio César depois de lance espetacular de Neymar. Mas, dois minutos após, não desperdiçou a jogada feita por Neymar no lado esquerdo, foi ao fundo e cruzou para Borges fazer seu 17º (olha aí de novo...) gol no campeonato. A partida, eletrizante, seguiu e o Corinthians se aproximou com perigo aos 10, em chute de fora da área de Emerson. Esta foi a segunda defesa de Rafael no jogo e, mesmo o Peixe jogando com um a menos por quase meia hora no segundo tempo, o arqueiro santista não foi mais exigido, ainda que tenha passado um susto com uma cabeçada de Liédson aos 24, quando o Peixe já atuava sem o expulso meia Henrique.

Alan Kardec perdeu ainda outro gol feito aos 12, e Felipe Anderson também deixou de fazer ao encobrir o goleiro rival, finalizando pra fora... Com um a mais, o Corinthians ficou mais com a bola, mas não ameaçou realmente a meta peixeira. Usou e abusou da jogada aérea, principalmente por meio de chuveirinhos, mas a defesa santista foi soberana nesse quesito. Foram 31 bolas alçadas na área sem sucesso e só cinco chegaram em cabeças e pés paulistanos. Tite tentou mexer, mas a equipe sentiu o gol de empate e partiu pra cima sem organização, deixando espaços para o contra-ataque santista. Em uma dessas jogadas de contra-ataque, Alan Kardec cruzou para Neymar, mas Chicão não deixou o joia fazer e empurrou pro gol, anotado para Kardec.



Ao fim, o Santos completou sete partidas sem derrota, uma sequência de cinco vitórias e dois empates, somando... 17 pontos. Para esse santista, nascido num dia 17, foi um dia numerologicamente feliz.

*****

Se algum repórter quisesse fazer a Rogério Ceni alguma pergunta que não fosse laudatória como de hábito, deveria perguntar quantas das faltas que Neymar recebeu não existiram no clássico contra o Corinthians, e se houve alguma que aconteceu e que o árbitro deixou de marcar. Será que chegaremos na mágica estatística de 50% de simulação?

quinta-feira, setembro 01, 2011

Internacional 3 X 3 Santos - Borges fez a diferença no empate heróico

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No dia 30 de julho, o treinador santista Muricy Ramalho respondia assim a uma pergunta sobre quando Paulo Henrique Ganso atingiria seu auge novamente: “Nesses 40 dias em que vamos jogar quarta e domingo. Se não tiver problemas, vai melhorar muito a parte física e técnica”. Faltam menos de dez dias para esse período definido pelo técnico acabar mas, se o gol feito e perseguido há algum tempo pelo Dez peixeiro no clássico de domingo reacendeu as esperanças do torcedor alvinegro, sua atuação ontem contra o Internacional voltou a ser abaixo da crítica. E, para piorar, Neymar fez uma das suas mais modestas apresentações em 2011.


Sem poder contar com a dupla de craques na frente, o Peixe sofreu atrás, principalmente com aquele que tem sido o principal ponto fraco do time: a bola aérea. Os dois primeiros gols colorados foram marcados de cabeça ainda no primeiro tempo e advindos de lances de bola parada. O terceiro tento, vindo de um pênalti duvidoso (mas há de se ressaltar que o Inter foi prejudicado também com a marcação de um impedimento inexistente) parecia ser a pá de cal na equipe de Muricy, treinador que não está habituado a ver times que comanda tomarem três gols em uma partida. Mas, à frente do Santos nesse Brasileiro, já aconteceu mais do que qualquer alvinegro gostaria...

Se Neymar não brilha, ele resolve

Sem Elano e Arouca de novo, e com Pará e Adriano como titulares, o Santos perde em altura, e em técnica também. Para tentar reverter o resultado adverso, Muricy trocou no intervalo Pará por Alan Kardec. De acordo com ele, para "incomodar" a zaga do Internacional, que estava muito "confortável" no primeiro tempo. Pudera, Neymar voltava muito para o meio, Ganso e Danilo erravam muitos passes e não conseguiam chegar perto da área. Borges estava isolado. Mais tarde, o técnico colocou Felipe Anderson no lugar de Adriano. Danilo voltou a fazer a lateral e a equipe ganhou mais consistência no meio, tendo alternativas ofensivas.


E, aproveitando os espaços deixados pela marcação dura em cima de Neymar e a atenção especial sobre Ganso, foram os avantes que decidiram. Borges, que além de finalizações precisas tem demonstrado a garra que faz sorrir o santista, descontou aos 30. E, ele mesmo, que não desistiu de um lance no lado direito do ataque, cruzou para Alan Kardec fazer, aos 35, um belo tento. E em jogada individual, Borges, de novo, fez o seu segundo (e bonito) gol na peleja. Em 11 minutos, os atacantes peixeiros, em especial o camisa nove, artilheiro do campeonato, com 14 gols em 14 jogos disputados, fizeram o que parecia impossível, até pelo volume de jogo mostrado pelo Peixe na partida, principalmente no primeiro tempo.

O resultado traz confiança para a equipe, que vinha tendo dificuldades em reagir a placares adversos. E também deixa claro que o Santos, por mais dependente que seja da sua dupla (nada de mal nisso, até a seleção é...), não conta só com eles para definir.No duelo entre os dois últimos campeões da América, deu empate, mas no embate entre Borges e Leandro Damião...

domingo, junho 12, 2011

Quarta vitória contra adversário 'sem' atacantes

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O técnico do Grêmio, Renato Gaúcho, deve ter se arrependido por dispensar o atacante Borges no mês passado - ou, no mínimo, de não ter feito qualquer esforço para sua permanência. Ontem, no Morumbi, seu time entrou em campo com apenas um atacante de ofício, o inócuo Júnior Viçosa, substituído no segundo tempo pelo também ineficiente Roberson. Resultado: o único gol dos gremistas foi feito por um adversário, Casemiro. E o São Paulo, com outro gol de Casemiro, mais um de Marlos e outro de Jean (impedido), fechou o placar em 3 a 1. Assim, o time de Paulo César Carpegiani chegou à quarta vitória consecutiva e garantiu a liderança isolada, com 12 pontos. E o Grêmio, até ontem, estava em sexto, com duas vitórias e duas derrotas. Enquanto isso, em Minas Gerais, o já citado Borges arrancava um empate com sabor de vitória para o time reserva do Santos, contra os titulares do Cruzeiro, aos 44 minutos do segundo tempo.

Curiosa a trajetória de Borges. Depois de três temporadas no São Paulo (de 2007 a 2009), dois títulos brasileiros e 54 gols em 150 jogos, seu filme queimou justamente numa partida contra o Grêmio, quando foi um dos três expulsos da equipe paulista. Assim, desfalcou o time comandado por Ricardo Gomes nos últimos e decisivos jogos do Brasileirão de 2009. O atacante estava suspenso na derrota para o Goiás, que decretou a perda do título. E, um mês depois, assinava contrato com o mesmo Grêmio contra o qual havia sido expulso. No time gaúcho, fez 30 gols em 55 jogos. Depois de apenas uma temporada e meia, protagonizou dois lances capitais para sua saída. Primeiro, foi expulso em jogo decisivo da Libertadores em pleno Estádio Olímpico. O Grêmio foi eliminado da competição. Depois, Borges ainda perderia um pênalti no clássico que deu o título gaúcho para o rival Internacional.

Porém, ele faz falta no Grêmio e isso ficou claro ontem. Não havia quem finalizasse as poucas chances criadas. Do outro lado, a surpreendente escalação de Marlos no lugar de Carlinhos Paraíba deu mais velocidade à equipe sãopaulina e propiciou vários lances de perigo. Logo no início, Marlos rolou para Casemiro encher o pé; a bola desviou em Fábio Rochemback e entrou. Lucas e Dagoberto perderam outros gols feitos e, na segunda etapa, depois de Casemiro empatar o jogo com um gol contra, o São Paulo aproveitou um erro de passe bisonho de Douglas (muito semelhante à burrada que fez pela seleção brasileira, no lance em que Messi anotou o gol da vitória argentina) e Lucas deu passe preciso para o inspirado Marlos fazer 2 a 1. No final, em lance de impedimento claro, que o bandeira não marcou, o volante/lateral Jean fez o terceiro e fechou a fatura.

Sobre o Grêmio, uma constatação óbvia, a de que falta atacante. Sobre o São Paulo, outra obviedade que venho repetindo há tempos: faltam laterais. O lance de bola parada que originou o gol do Grêmio surgiu numa falta feita onde Jean, que não é lateral de ofício, deveria estar. Por isso, encerro com a advertência (também óbvia) do goleiro Rogério Ceni: "Que a torcida não se iluda com essas quatro vitórias". É fato. Muita coisa ainda vai mudar nesse campeonato - e principalmente no São Paulo, que perde Lucas para a Copa América, despede-se de Miranda (e provavelmente de Rodrigo Souto) e que também pode perder, na sequência, Casemiro, Wellington, Bruno Uvini, William José e Henrique para a seleção Sub-20.

sábado, junho 11, 2011

Cruzeiro 1 X 1 Santos - Borges, três gols em duas partidas, salva

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Com as atenções voltadas para a primeira partida da final da Libertadores, na quarta, contra o Peñarol em Montevidéu, o Santos mais uma vez entrou em campo com o time reserva. A exceção era Borges, autor de dois tentos contra o Avaí, mas que não pode atuar pela Libertadores. Com uma equipe com média de idade de 24 anos, jogando contra o Cruzeiro, tido como time sensação do país há pouco tempo, não era de se esperar muita coisa do Peixe.

E boa parte da primeira etapa contribuiu para essa sensação. O clube mineiro, jogando com uma camisa verde inspirada na mesma usada em 1926, ano do primeiro título do então Palestra Itália, dominou as ações. No papel, o Santos tinha três atacantes, Rychely e Thiago Alves pelas pontas e Borges pelo meio, mas os dois primeiros voltavam para compor o meio de campo. Roger Gaúcho era o principal responsável pela armação daquelas que deveriam ser as jogadas de contra-ataque, mas pouco fez enquanto esteve em campo para acionar os velozes ponteiros alvinegros.

O Cruzeiro se impunha. O bom atacante Wallyson teve chances, Anselmo Ramon e Montillo também chegaram bem, mas Aranha foi quase perfeito e os cruzeirenses não primaram pela pontaria.

No segundo tempo, o zagueiro Vinícius Simon tomou o segundo amarelo e foi expulso aos 4 minutos. O Santos, que quase chegou a equilibrar o jogo nos dez minutos finais da etapa inicial, com um a menos via suas chances se esvairem. O Cruzeiro fez um gol cinco minutos depois, com Montillo cobrando um pênalti cometido pelo defensor Wallace, jovem que entrou no lugar de Tiago Alves, em Anselmo Ramon. 


A partir daí, era de se esperar uma goleada cruzeirense sobre o Alvinegro desentrosado e inferior numericamente. O domínio azul (ou verde?) aumentou, mas não se traduziu em gols. O Santos marcou com Borges, mas o auxiliar Roberto Braatz anotou, de forma equivocada, impedimento. E, aos 44, novo lance de falta, cobrada por Felipe Anderson, aliás, bem mais útil que Roger Gaúcho na partida. Pela terceira vez em duas partidas, Borges marcou e salvou o Alvinegro da derrota.

Um empate redentor para o Peixe, que só volta a jogar pelo Brasileirão daqui a duas semanas. Já a batata do técnico Cuca, que não conseguiu vencer no campeonato ainda, começa a exalar um leve odor de queimado.

segunda-feira, maio 18, 2009

S.Paulo: ladeira abaixo em campanha espelhada

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A duras penas e com ajuda do juiz, o São Paulo conseguiu arrancar um empate em 2 a 2 com o Atlético-PR, em pleno Morumbi, depois de sair duas vezes atrás do placar. O zagueiro Rafael Santos fez os dois do Furacão, enquanto Borges e André Lima (foto), aos 43 do segundo tempo e impedido, liquidiram a fatura. Com apenas uma vitória nos últimos seis jogos (frente o América de Cali, contra três derrotas, uma para o Fluminense e duas para o Corinthians, mais o empate de ontem), o time de Muricy Ramalho segue ladeira abaixo, aliando a péssima fase de jogadores cruciais como Washington e Hernanes com uma série surpreendente de contusões e desfalques. No duelo com o Atlético-PR, mais dois para o Departamento Médico: Borges, que levou uma pancada na cabeça e foi parar no hospital, e o goleiro Bosco, que sofreu, provavelmente, um entorse no joelho esquerdo - em lance com o mesmo Rafael Santos que fez os gols paranaenses. Outros contundidos que seguem de fora são André Dias, Jean, Dagoberto, Rodrigo, Aislan e Rogério Ceni (este, até agosto). A bruxa, definitivamente, tá solta.

"Não vi o lance do Bosco, mas dizem que a bola estava saindo e o cara caiu em cima do joelho dele. Parece ser um negócio sério, mas tomara que não", comentou Muricy, diante da desesperadora situação de recorrer ao terceiro goleiro, Fabiano, que não atua desde outubro de 2007, quando pegou um pênalti no 1 a 1 com o Fluminense, no Maracanã. Pra completar o cenário sombrio, os próximos compromissos do São Paulo são o clássico com o Palmeiras, pelo Brasileirão, no domingo, e os jogos de vida ou morte contra o forte Cruzeiro, pelas quartas de final da Libertadores da América. Na competição nacional, um empate com o alviverde poderá confirmar a campanha espelhada com a de 2008, quando o Tricolor iniciou com derrota por 1 a 0 para Grêmio, no Morumbi, empatou com o Atlético-PR por 1 a 1, fora de casa, e repetiu o 1 a 1 contra o Coritiba, em São Paulo (ainda empataria sem gols contra o Santos, na quarta rodada, antes de conquistar a primeira vitória, diante do Atlético-MG, por 5 a 1). Este ano, perdeu a primeira por 1 a 0, contra o Fluminense, e empatou novamente com o Atlético-PR. Os próximos jogos, depois do Palmeiras, serão contra o Cruzeiro (em casa) e Avaí (fora). Já pela Libertadores, o São Paulo fará o segundo jogo no Morumbi. Mas, se continuar jogando como está, não será páreo para o embalado Cruzeiro. A não ser que a gripe suína assole Minas Gerais...

sexta-feira, março 20, 2009

Borges: entre os 40 maiores artilheiros do S.Paulo

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Com o golaço de perna esquerda que marcou contra o time uruguaio Defensor, na quarta-feira, o atacante Borges (à esquerda) chegou a 46 com a camisa do São Paulo, tornando-se o 37º maior artilheiro do clube, ao lado de Marcelinho Paraíba (à direita) e Pita. À sua frente, no ranking, estão apenas cinco jogadores em atividade: França, com 182 gols (4º colocado), Luís Fabiano, com 118 (11º), Dodô, com 94 (18º), Rogério Ceni, com 83 (22º) e Kaká, com 48 gols (36º). Borges já marcou sete vezes desde o início do ano. Se nessa temporada ele igualar os 26 marcados em 2008, chegará a 65 com a camisa tricolor (o mesmo tanto que Kléber Pereira já fez pelo Santos). Com isso, subiria para a 28ª posição na artilharia geral do clube, só um gol atrás de Zezinho (à esquerda), artilheiro do Campeonato Paulista de 1956. Desde Luís Fabiano, que deixou o São Paulo há cinco anos, ninguém mais alcançou ou ultrapassou a barreira dos 100 gols. E eu defendo que o França encerre a carreira no São Paulo e, quem sabe, chegue aos 200 gols. Aos 33 anos (mais novo que Washington e Kléber Pereira e pouco mais velho que Ronaldo Gordo), ele defende atualmente o clube japonês Kashiwa Reysol.

quinta-feira, março 19, 2009

Cumprindo o dever (fora) de casa

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Em pé: Miranda, Rogério Ceni, Washington, Renato Silva e Hernanes; Agachados: Rodrigo, Borges, Júnior César, Arouca, Jean e Jorge Wagner

O São Paulo conseguiu uma importante vitória ontem, no Uruguai, e só precisa de mais três pontos para se classificar para a próxima fase da Libertadores. Borges fez o golaço da vitória por 1 a 0 sobre o Defensor, no histórico estádio Centenário. De diferente, no time, apenas a improvisação de Arouca como ala direito, no lugar do contundido Zé Luís (que, por sua vez, é outro volante improvisado de lateral). Rodrigo também entrou na vaga de André Dias, também contundido, mas é uma mudança de praxe. Os titulares, para a Libertadores, serão mesmo: Rogério Ceni; Renato Silva, André Dias e Miranda; Zé Luís, Jean, Hernanes, Jorge Wagner e Júnior César; Borges e Washington. Não é uma Brastemp, mas me parece melhor que o time que disputou em 2008. A hora da verdade, mais uma vez, será o mata-mata.

Ps.: Um amigo me conta que, no intervalo da transmissão da Globo, houve uma homenagem ao fantástico Pedro Rocha (à esquerda), que foi, de longe, o melhor uruguaio e um dos maiores jogadores da história do São Paulo. Aos 66 anos, parece que está internado para resolver algum problema de saúde. Meu colega disse que ele apareceu comentando, descontraído: "Eu sempre saía para tomar umas cervejinhas com o Muricy e o Terto". Na foto abaixo, do São Paulo campeão paulista de 1975, os três aparecem juntos na linha de ataque.

Em pé: Valdir Peres, Gilberto Sorriso, Samuel, Paranhos, Chicão e Nelsinho; Agachados: Terto, Muricy Ramalho, Serginho, Pedro Rocha e Zé Carlos

segunda-feira, março 16, 2009

Vitória em jogo com três golaços

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Contrariando o que escrevi outro dia, de que o São Paulo tinha jogado a toalha no Paulistão, o time voltou a vencer ontem, 2 a 1 sobre o Marília. Agora, o clube tem 29 pontos, na terceira posição, encostado no vice-líder Corinthians. Rogério Ceni voltou a frisar que a prioridade é mesmo a Libertadores, mas Muricy Ramalho observou que não pode perder uma partida sequer no torneio estadual, pois a torcida e a imprensa caem matando. Assim, o time jogou apenas para o gasto, poupando-se para o jogo contra o Defensor, no Uruguai, pela disputa continental. Todo mundo está falando do golaço de Hernanes (foto), que abriu o placar, mas o de João Vítor, do Marília, que fechou a conta, foi uma resposta na mesma moeda. E Washington, para variar, deixou mais um (são 11 gols em 13 vestindo a camisa do São Paulo) - outro dos três golaços da partida. Com Jorge Wagner e Júnior César tabelando na esquerda, Jean e Hernanes comandando o meio campo e a dupla Borges e Washington se entendendo no ataque, o time ganha um certo padrão. Resta à defesa parar de bater cabeça – Renato Silva é uma grata surpresa, mas Rodrigo e Miranda não estão no mesmo nível do ano passado. O lado direito continua sendo o mais fraco e Zé Luís se machucou. Confiram os três gols da partida disputada ontem no Morumbi:

sexta-feira, março 13, 2009

"Mesmo estilo não impede de jogar junto"

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Finalmente, comprei um par de pilhas e consegui ouvir uma partida do meu time pela rádio Jovem Pan. O adversário era tão fraco que quase emprestei o título de um texto do Glauco e escrevi "São Paulo empurra bêbado ladeira abaixo". Porém, como considero uma maldade fazer uma coisa dessas com qualquer pessoa, não só com os embriagados, resolvi destacar uma frase do técnico Muricy Ramalho logo após a goleada por 5 a 0 sobre o Mirassol, ontem à noite, no Morumbi. "Todo jogador bom tem lugar no time, mesmo se os dois têm a mesma característica", disse o treinador, em coletiva, referindo-se ao sucesso da dupla de ataque Borges e Washington (foto), que, teoricamente, têm o mesmo estilo e atuam mais próximos à grande área - e, por isso, não poderiam atuar juntos. Essa é uma questão que causou muita polêmica na Copa de 1970, quando diziam que Pelé e Tostão não poderiam ser titulares ao mesmo tempo, por terem o mesmo estilo e posicionamento - o que provou ser uma grande besteira. Ontem, Borges e Washington foram responsáveis por quatro dos cinco gols (o segundo fez três). Uma das apostas de Muricy, antes de efetivar a dupla atual, foi a manutenção de Dagoberto como titular, no lugar de Borges, caindo pelas pontas e jogando mais fora da área. No entanto, essa dupla com Washington, que fez sucesso no Atlético-PR, foi um fiasco logo na primeira tentativa: derrota por 2 a 0 para o Santo André, em pleno Morumbi.

Teimoso, Muricy resolveu rever seus conceitos. "A diferença é que no ano passado nós tínhamos apenas um pra botar a bola pra dentro, o Borges. Agora temos dois", comentou o técnico, após a vitória contra o Mirassol. "Mas, com essa dupla de atacantes parecidos, somos obrigados a fazer reajustes. No meio de campo, Hernanes e Jorge Wagner têm de encostar mais na frente e entrar com frequência na grande área, pois Borges e Washington não recuam tanto quanto Dagoberto. Pedi para eles fazerem isso no intervalo e, no início da segunda etapa, Jorge Wagner marcou de cabeça", completou Muricy. Para um time que vinha de duas derrotas, para o Santos e o Mogi Mirim, a goleada foi providencial para injetar ânimo (afinal, vai até o Uruguai encarar o Defensor, no meio da semana, pela Libertadores). Mas é bom ressaltar que, além da fragilidade, o Mirassol ainda teve um jogador expulso. De positivo, ficou a boa atuação de Júnior César na lateral esquerda, liberando Jorge Wagner - o nome do jogo - para o meio. O time começa a ganhar uma "cara" mais interessante. Resta saber o que esperar dessa temporada.