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quarta-feira, julho 22, 2015

É o que tem pra hoje

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Notícias "alvissareiras" do São Paulo Futebol Clube:





Como diria o camarada De Faria...



segunda-feira, fevereiro 24, 2014

Descobriu a pólvora

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"A gente vem jogando mal, cara."

Muricy Ramalho, após o clássico sem gols contra o Santos, no Morumbi, ao justificar a decisão de colocar Paulo Henrique Ganso no banco de reservas (com toda razão, aliás).

E assim o São Paulo completou 12 clássicos - contra Corinthians, Palmeiras e Santos - sem vitória, desde o longínquo dezembro de 2012 (desde lá, foram sete derrotas e cinco empates).

Pois é, Muricy, que bom que você 'descobriu a pólvora' e, enfim, percebeu que o time (time?) vem jogando mal, muito, muito mal. Desde 2009 - eu acrescentaria...

quinta-feira, fevereiro 06, 2014

De Pato pra Ganso...

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Pato no Inter: não é mais o mesmo
...e só falta o São Paulo contratar o português Tozé Marreco para completar a granja. Falar o que? Alexandre Pato foi a grande decepção, senão a maior da história, do Corinthians. Agora ele é problema do São Paulo, que se livrou do Jadson (a informação de que o meia foi o maior destaque no treino de ontem, data do anúncio da transação, comprova que seu afastamento por "falta de preparo físico" era só conversa mole para não desvalorizar - ainda mais - o jogador, como ocorreu com Lúcio). Talvez o ex-sãopaulino se dê bem no Parque São Jorge. Depois que o Arouca, que fez um bom Brasileirão de 2009, foi "dado" para o Santos, onde virou craque, tudo é possível. Se até o referido (e escorraçado) Lúcio tá mandando bem no tal "Palmeiras 100%"...

Enfim, palpites e futurologias são dispensáveis por ora. Mas vou fazer, aqui, um paralelo polêmico. Para mim, Pato é uma decepção para os corintianos tanto quanto Ganso é para os sãopaulinos. Acontece que a pressão no clube alvinegro foi muito maior, pois logo antes da chegada da jovem estrela paranaense, entre 2011 e 2012, o time ganhou "tudo" (brasileiro, Libertadores e Mundial) e esperava-se que repetisse a dose em 2013 (só que não). Além do mais, Pato é atacante, e a expectativa era a de que chegasse para ser artilheiro absoluto (só que não). Já Ganso caiu num time que não ganhava nada desde 2008, beliscou uma Copa Sul-Americana logo na chegada e, por ser meia, não há cobrança por ter feito míseros cinco gols até hoje.

Ganso no Santos: não é mais o mesmo
Eu afirmo com toda convicção: a produção em campo do ex-santista, pelo status que tem, pelo o que custou e pelo que se espera dele, foi tão pífia quanto a de Pato. Ganso também não jogou NADA na Libertadores de 2013, nem no Brasileirão (quando o time quase caiu para a Série B e quem "salvou", na hora do aperto, foram os "esforçados" ou "anti-craques" Rodrigo Caio, Antonio Carlos e Aloísio). Idem no Paulistão do ano passado, quando o badalado meia assistiu, apático e sumido, o São Paulo ser eliminado justamente pelo Corinthians, nos pênaltis - com a cobrança decisiva sendo feita exatamente por Pato. Quantas boas partidas fez Ganso pelo Tricolor? Meia dúzia? Uma dúzia, se tanto? Jogo "nota 10", contra time forte, nenhum.

Em resumo, o São Paulo juntará duas decepções para tentar extrair leite de pedra. Interessante é que, há três ou quatro anos, TODO MUNDO escalaria os dois como titulares absolutos da seleção brasileira. Contusões em série, em ambos os casos, minaram o futebol deles de forma impressionante e praticamente sepultaram a chance de que sequer consigam uma vaga entre os reservas na Copa deste ano. Outra coincidência: Pato nasceu em 2 de setembro de 1989 e Ganso, em 12 de outubro daquele ano, ou seja, apenas 40 dias de diferença. Ambos têm, portanto, 24 anos, juventude que permite supor que ainda podem se recuperar no futebol. Vamos ver se a bola, tocada de Pato pra Ganso e vice-versa, vai dar canja. Mas não se pode contar com o ovo...


terça-feira, novembro 26, 2013

Seedorf opina com bom senso

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Ganso brilhando no Santos: acima da média
Paulo Henrique Ganso é um excelente jogador, acima da média, um dos melhores meias surgidos no país nos últimos dez anos. Isso é indiscutível. Desde que despontou para o futebol profissional no Santos, em 2009, e principalmente na temporada do ano seguinte, chamou a atenção da imprensa e de todos os que gostam de futebol técnico, talentoso e de qualidade. Mas, infelizmente, sofreu contusões e cirurgias sérias precocemente, que impediram a evolução natural de sua carreira, a exemplo do colega e compadre Neymar. Depois de muito esforço para tentar atuar em alto nível pelo Santos, forçou a saída para o São Paulo e, somente após um ano completo no novo clube, começou a mostrar um pouco do que sabe, muito pelo incentivo do treinador Muricy Ramalho. Tomara que continue a evoluir e volte a brilhar. Todos os que gostam de futebol torcem por isso.

Porém, desde que chegou ao Morumbi, há uma campanha aparentemente "orquestrada", na imprensa esportiva nacional (ah, a imprensa esportiva!), para entronizá-lo como um semideus intocável, "craque dos craques" e acima de qualquer julgamento ou crítica. Nos tempos do técnico Ney Franco, que, a meu ver, teve que escalá-lo sob pressão da diretoria, antes que Ganso estivesse 100%, cansei de ver jogos em que ele foi um dos piores em campo, mas a mídia descia o sarrafo em outros jogadores e no treinador e o poupava explicitamente de cobranças. Quando o técnico caiu, começou uma ladainha hegemônica na imprensa (principalmente na TV e inclusive nas emissoras de rádio, que ouvi muito este ano) dizendo que todos os problemas do São Paulo seriam resolvidos se Ganso fosse titular absoluto. Paulo Autuori chegou e fez isso. Nada mudou; o time seguiu passando vexame. E Ganso, incólume - mesmo quando não fazia absolutamente nada em 90 minutos.

Ganso no São Paulo: ainda está devendo
Daí veio Muricy Ramalho, que teve a grande postura de mandar Jadson para a reserva e deixar Ganso à vontade para comandar o meio de campo, com a cobertura do "ressuscitado" Maicon. Deu certo: o ex-santista passou a encaixar assistências dignas de aplausos e até a fazer alguns golzinhos. Mas, convenhamos, ainda não é nem 30% do que era há três ou quatro anos (o que pode até ser motivo de comemoração, pelo potencial futuro de rendimento). Só que a mídia aproveitou sua recuperação para engrossar a opinião unânime de "craque absoluto, maior gênio atuando no país etc etc". Chega a ser constrangedor, pois, quando Ganso erra (e ele erra bastante, assim como todos os outros esforçados jogadores sãopaulinos), ninguém comenta ou dá destaque. E aí a coisa fica ainda mais delicada quando começa o côro ensurdecedor pedindo o meia na seleção brasileira. Até Muricy embarcou e "cobrou" Felipão.

Sim, volto a repetir, Ganso é acima da média e tem um potencial raro. Mas ainda não voltou a ser aquele de 2010, longe disso. E ontem outro craque indiscutível, o veterano Seedorf, teve a coragem de dizer isso em alto e bom som no programa "Bem, amigos", comandado por Galvão Bueno na SporTV, canal fechado da Rede Globo. Depois de muito confete sobre o lance genial de Ganso contra o Botafogo, que driblou três defensores e acertou a trave, Seedorf foi questionado pelo ex-árbitro Arnaldo Cezar Coelho se Ganso faria sucesso na Europa. "Na Itália, ele não passaria assim, não", cortou, seco. E, diante da insistência dos "Gansetes" Galvão e Arnaldo, atalhou: "A marcação é diferente. O Ganso pára a bola, joga, pára a bola. De vez em quando, ele faz jogadas de primeira e aí que vem todo o seu talento. Acho que ele tem muito talento, mas esses momentos não podem ser a descrição desse jogador. Ele pra mim anda um pouco devagar dentro do campo e com esse ritmo não vai dar na Europa". Silêncio constrangedor no programa, que é transmitido ao vivo...

Que fique claro: eu torço muito para que Ganso volte, o mais breve possível, a jogar no nível que já demonstrou. Mas essa ducha de água fria do Seedorf no oba-oba da imprensa sobre o meia sãopaulino foi espetacular. E talvez ajude o próprio Ganso a se conscientizar de que a distância entre o que está jogando e que dizem que está jogando ainda é quilométrica - e o incentive a reagir ainda mais. Grande Seedorf!

segunda-feira, novembro 11, 2013

Ponte e S.Paulo levam 3x0 a dez dias de se enfrentarem

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Ganso jogou descansado contra
o Atlético-PR e nada produziu
 (Foto: Felipe Gabriel/Lance!Press)
Ponte Preta e São Paulo farão a primeira partida das semifinais da Copa Sul-Americana no dia 20 de novembro, com mando do time da capital (uma semana depois acontecerá o jogo da volta, em Campinas). Coincidentemente, as duas equipes foram derrotadas ontem, na 33ª rodada do Campeonato Brasileiro, por placar idêntico: a Ponte levou 3 x 0 do Vitória em casa, mesma contagem aplicada pelo Atlético-PR sobre o Tricolor lá no Paraná. A diferença é que, faltando apenas 5 jogos e 15 pontos em disputa no torneio nacional, o time pontepretano ocupa a penúltima colocação na tabela, com apenas 34 pontos e sério risco de rebaixamento. Já os sãopaulinos, com 46 pontos, estão "mais ou menos" livres da ameaça de cair para a Série B - pois tem matemático que crava 48 pontos como patamar mais seguro.

Comentando sobre meu time, o São Paulo, até entendo a desculpa de Muricy Ramalho ao dizer que devia ter poupado os que jogaram quarta-feira passada na Colômbia. É o velho artifício de jogar a responsabilidade no preparo físico, no cansaço e nunseiquelá. Mas é questionável: Ademilson não jogou nem 45 minutos contra o Atlético Nacional, assim como os quase homônimos Wellington e Welliton. Outros dois que jogaram ontem nem entraram na partida da Sul-Americana e estavam plenamente descansados: Ganso e Osvaldo. Ou seja, quase metade dos jogadores de linha. Reconheço que Muricy conseguiu vitórias milagrosas fora de casa nos últimos 40 dias, a principal e mais surpreendente contra o líder Cruzeiro, a mais heróica contra o Bahia e a não menos importante contra o Internacional.

Só que tudo isso, mais as vitórias decisivas dentro de casa contra Vitória e Portuguesa (o Náutico não conta, pois é surrado por todo mundo) e a progressão paralela na Copa Sul-Americana fizeram muitos sãopaulinos saírem um pouco da realidade e imaginarem briga pelo G-4 no Brasileirão e Ganso na seleção brasileira. Menos, menos. O Muricy achou um jeito - eficiente - de o São Paulo jogar, mas é um jeito pensado e estruturado sob medida para um time sofrível e irregular. Repito isso pela enésima vez (que o time é fraco) porque tenho certeza que, se permanecer no cargo, o treinador vai tentar fazer uma mudança radical no plantel. A defesa conseguiu um importante reforço (Antônio Carlos) e uma grata adaptação (Rodrigo Caio), mas comete falhas infantis em TODOS os jogos, mesmo nas vitórias. E, quando entram, Rafael Toloi e Edson Silva desafiam a resistência de sãopaulinos cardíacos.

Os volantes (Maicon, Denílson e Wellington) não são nenhuma Brastemp. Os laterais (Paulo Miranda improvisado, Douglas e Reinaldo) também estão muito longe de integrarem o planejamento ideal de qualquer treinador brasileiro. No meio, a exceção: Ganso titular e Jadson reserva são, sim, boas opções. Já no ataque, Luís Fabiano está abaixo do mínimo aceitável e Aloísio e Ademilson podem até estar atravessando uma boa fase juntos, mas são apenas medianos; isso me parece consenso. Portanto, levar uma invertida de 3 x 0 do Atlético-PR, mesmo placar sofrido contra o Santos, ou perder dos bons Grêmio e Goiás (todas essas derrotas já com Muricy no comando), para mim é normal. Nenhuma tragédia nisso, nem precisa ficar arrumando desculpas. Esse time do São Paulo, com tanta gente no máximo "esforçada", já fez muito mais do que podia. Merece os parabéns.

Aliás, depois de atingir 46 pontos e respirar um pouco mais aliviado, é natural que o time dê uma relaxada no torneio nacional. Na Sul-Americana, creio que o time vai encarar uma pedreira contra a Ponte, ainda mais com o segundo jogo fora. Mas Muricy me parece seguro e com elenco nas mãos, além de prestígio com a diretoria. Fora isso, ganhou a torcida. O fim de ano para os sãopaulinos está sendo muito melhor que a encomenda. E pode surpreender mais. Vamo, São Paulo!


segunda-feira, setembro 09, 2013

Quando se diferencia o homem do menino

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Craque incontestável: aos 35 anos, Alex enfia Ganso, 12 anos mais novo, no bolso
O São Paulo perder para o Coritiba no estádio do adversário é resultado óbvio, nem merece outras considerações. Estranho seria se tivesse conquistado um (miraculoso) empate, como ocorreu contra o Corinthians, no Pacaembu, e contra o Botafogo, no Maracanã. Como disse outro dia, o único time mais fraco que o São Paulo, neste campeonato, é o Náutico. Todos os outros são mais fortes.

Agora, diante de mais uma bela exibição do mestre Alex, gostaria de recuperar o que escrevi em 26 de janeiro deste ano, quando o repatriado meia reestreou pelo Coritiba:
Em setembro de 2012, depois de longa "novela", o São Paulo acertou a contratação de Paulo Henrique Ganso. Fiquei feliz, claro. Mas, logo em seguida, no início de outubro, o meia Alex anunciou sua saída do Fenerbahçe, da Turquia, e avisou que voltaria ao Brasil. Fiquei chateado. Porque, com a contratação de Ganso, dificilmente o meu time se meteria no "leilão" por mais um grande jogador da posição. E porque, apesar do ex-santista ser muito jovem e ainda poder jogar muito mais tempo (e possivelmente dar grande retorno financeiro quando sair do clube), eu prefiro Alex. Sim: na minha seleção brasileira, o veterano meia, que encantou palmeirenses, cruzeirenses e turcos, seria titular absoluto. Mesmo ao 35 anos.
 Pois então: sete meses depois, Alex enfia o São Paulo no bolso e confirma palavra por palavra tudo o que escrevi. Fica a pergunta: CADÊ PAULO HENRIQUE GANSO?!? Alguém o viu? Ele entrou em campo ontem? Pois é. Alexsandro de Souza, prestes a completar 36 anos no dia 14 de setembro, é o terceiro maior artilheiro do Brasileirão, com 9 gols, e um dos principais responsáveis pelo Coritiba ocupar a 7ª posição na tabela, a apenas 6 pontos do G-4. Paulo Henrique Ganso, prestes a completar 24 anos no dia 12 de outubro, não tem UM gol sequer na competição e, com sua apatia e sumiço dentro de campo, é um dos responsáveis pelo São Paulo ocupar a 18ª posição, apresentando um futebol digno de rebaixamento para a Série B. Como costuma dizer o camarada Glauco, "é nessas horas que se diferenciam os homens dos meninos". Feliz de quem preferiu investir no Alex...

quinta-feira, agosto 08, 2013

Na Ásia, parceiros deixam sua marca (no mesmo dia)

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Torcida pediu essa dupla na Copa de 2010
Em 2009, dois garotos lançados no time profissional do Santos começaram a fazer história: Paulo Henrique Ganso e Neymar. Nos três anos seguintes, seriam tricampeões paulistas, campeões da Copa do Brasil, da Libertadores da América e da Recopa Sul-Americana. O meia e o atacante brilharam juntos principalmente no primeiro semestre de 2010, levando milhões de brasileiros a pedirem suas convocações para a Copa da África do Sul (mas não foram atendidos pelo técnico Dunga). Parceiros dentro e fora de campo, Ganso foi o padrinho do filho de Neymar e este retribuiu sendo padrinho de casamento do amigo. Porém, a vida profissional dos dois bifurcou: depois de uma série de lesões, Ganso não apresenta mais o futebol brilhante de três anos atrás e amarga o banco de reservas no São Paulo; enquanto isso, Neymar acertou transferência para o Barcelona e já dá os primeiros passos no time de Messi. Curiosamente, nesta quarta-feira, 7 de agosto, os dois estavam excursionando pela Ásia com seus clubes - e fizeram gols. Ganso marcou o primeiro do São Paulo na derrota por 3 a 2 para o Kashima Antlers, no Japão, e Neymar abriu o placar para o Barça na goleada por 7 a 1 sobre a Tailândia, em Bangcoc.

Agora, atentem para a coincidência: o primeiro gol de Ganso com a camisa do Santos, em 15 de fevereiro de 2009, saiu de um chute de fora da área, no estádio da Vila Belmiro; ontem, no Kashima Soccer Stadium, apesar de ser no lado oposto do campo, o golaço do meia também foi de longa distância.

1º GOL DE GANSO COM A CAMISA DO SANTOS (15/02/2009):



GOL DE GANSO CONTRA O KASHIMA ANTLERS (07/08/2013):



E lances coincidentes também aconteceram com Neymar: seu primeiro gol pelo Santos, no Pacaembu, em 15 de março de 2009, ocorreu após um toque de primeira na risca da pequena área; ontem, no Estádio Rajamangala, no lado oposto do campo, ele também tocou de primeira - no mesmo local.

1º GOL DE NEYMAR COM A CAMISA DO SANTOS (15/03/2009):



1º GOL DE NEYMAR COM A CAMISA DO BARCELONA (07/08/2013):



Como se vê, assim como Muller e Silas (vejam esse post aqui), os caminhos de Ganso e Neymar parecem destinados a se cruzarem. Que o meia recupere seu futebol e ainda tente uma vaguinha na Copa de 2014. Porque Neymar, tudo indica, estará lá.

quarta-feira, agosto 07, 2013

13 derrotas em 20 jogos. Mas o time e Ganso reagem.

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Ganso chutou de fora da área e fez belo gol
A derrota para o Kashima Antlers por 3 x 2 significa para o São Paulo tanto quanto a vitória no jogo anterior, contra o Benfica: praticamente nada. Como já observei, torneio amistoso em jogo único não significa muita coisa, ganhando ou perdendo. Mas sempre tem algo que vale registro. Para mim, o principal foi que o São Paulo finalmente conseguiu reagir depois de sair perdendo um jogo, coisa que não acontecia desde o longínquo 10 de abril, quando começou atrás no placar contra o União Barbarense, pelo Campeonato Paulista, mas batalhou pela virada e venceu por 2 a 1. Lá no Japão, o time de Paulo Autuori começou perdendo por 2 a 0, placar do primeiro tempo, mas foi pra cima na etapa final e, surpreendentemente, conseguiu empatar.

E, nessa reação, outro espanto: o tradicionalmente apagado, improdutivo e (por isso mesmo) reserva Paulo Henrique Ganso fez o primeiro gol, em um belo chute de fora da área, e depois deu o passe para Aloísio fazer o segundo. Será que "o gigante acordou"? Porém, o desequilíbrio tricolor ainda é nítido. No finzinho, já nos acréscimos, a equipe se lançou de forma kamikase à frente, levou um contra-ataque e perdeu o amistoso. Normal. Assim como o novato zagueiro Lucas Silva falhou no primeiro gol do Kashima (pipocou a bola no joelho e matou a defesa de Rogério Ceni), o também novato meia-atacante Lucas Evangelista foi quem perdeu a bola no lance que originou o lance da vitória japonesa. Na "draga" que está o São Paulo, valeu a vontade de reagir com o placar adverso, coisa muito rara.

Finda a excursão ao exterior (três derrotas e uma vitória), vale fazer uma análise dos últimos três meses, que desencadearam uma das piores crises da história do clube. Minha data de corte começa no dia 5 de maio, quando o São Paulo empatou sem gols contra o Corinthians, pela semifinal do Paulistão, no Morumbi, e foi eliminado na disputa de pênaltis. Ali teve início uma sequência redonda de 20 partidas, completas hoje contra o Kashima, com 13 derrotas, 4 empates e 3 vitórias. Em 9 desses jogos, o treinador foi Ney Franco (4 derrotas, 3 empates, 2 vitórias), em 2 foi Milton Cruz (2 derrotas) e nos 9 restantes, Paulo Autuori (7 derrotas, 1 empate, 1 vitória). Lembrando que 5 dessas partidas foram amistosas: 4 derrotas (para Flamengo, Bayern, Milan e Kashima) e 1 vitória (Benfica).

Agora o time volta ao Brasileirão, domingo, contra a Portuguesa. Competição em que está na zona de rebaixamento, em 18º lugar, com os mesmos 11 jogos da Lusa (a 19ª colocada) e com 2 jogos a mais que o Náutico, o lanterna. Na competição, o São Paulo tem apenas 2 vitórias, 3 empates e sonoras 6 derrotas - incluindo 5 delas em pleno Morumbi. Sim, a coisa tá feia. Mas vamos à luta!


P.S.: Como vemos no vídeo acima, o São Paulo tomou três gols de um mesmo atacante, Osako - assim como tinha levado três de Luan, na derrota contra o Cruzeiro. Outros detalhes curiosos: o Kashima é treinado pelo brasileiro Toninho Cerezo, bicampeão mundial como jogador pelo São Paulo lá mesmo no Japão, em 1992 e 1993; e, no lance do segundo gol sãopaulino, Ganso, ao correr para alcançar a bola e dar assistência para Aloísio, bate a cabeça no poste de metal que sustenta a rede, precisando de atendimento médico (não sei se o lance é inédito, mas é bizarro).

segunda-feira, julho 29, 2013

12º jogo sem vitória, mas Paulo Autuori surpreende positivamente - dentro e fora de campo

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Miranda: limitado, mas joga sério (Foto: F.Borges/Terra)
Sim, foi um clássico sem gols e sem muitos atrativos contra o Corinthians, no Pacaembu, mas o São Paulo mira, enfim, uma luz no fim do túnel. Não falo sobre a situação no Campeonato Brasileiro, que é péssima: o empate selou a permanência na zona da degola e, com dois jogos a mais do que a maioria dos 19 concorrentes, a possibilidade de voltar da excursão à Europa e à Ásia na última colocação é bem plausível. Fora isso, já são 12 jogos sem vitória. Porém, mais do que o alívio por não ter sido derrotado mais uma vez, há dois aspectos muito positivos sobre o trabalho de Paulo Autuori neste jogo contra o Corinthians. Dentro e fora de campo.

Dentro das quatro linhas, o técnico conseguiu, enfim, esboçar uma estratégia de emergência: três volantes e dois zagueiros muito bem postados - afinal, o time não tem laterais decentes (o que, em todas as derrotas, representou verdadeiras "avenidas" para os gols dos adversários). A decisão de efetivar Paulo Miranda na zaga é claramente acertada. Sim, ele é limitado, mas muito esforçado. Joga de forma mediana, mas joga sério. E mostra vontade, o que é mais importante. Dessa forma, representa para o sistema defensivo, neste momento, o que Aloísio representa para o ataque: determinação, garra, vontade de mostrar serviço.

Fabrício, como volante, também foi elogiado. Está sem ritmo de jogo, é visível, mas parece ter obediência tática - mais do que Denílson ou Wellington. Não é o ideal, mas o São Paulo não vive um momento para trabalhar com o ideal, e sim com o possível. A estratégia, repito, é de emergência. Nesta proposta, assim como Paulo Miranda, o ex-cruzeirense pode, sim, fixar-se como titular. Porque, daqui até o final do campeonato, o que o time precisa fazer, diante de suas (imensas) limitações e lacunas, é mesmo se fechar na retranca e dar o bote no contra-ataque. É estratégia de zona de rebaixamento, é realidade de time que só está apanhando.

Autuori matou a 'cobra criada' Lúcio (Foto: reprodução)
Por isso, essa opção tática e técnica de Paulo Autuori já me parecia meio óbvia, mas me surpreendeu porque ele conseguiu, em meio ao caos generalizado e aos seguidos nocautes, implantá-la no jogo contra o Corinthians. E isso só foi possível pelo o que o treinador fez de mais surpreendente, fora de campo: mandou a diretoria se livrar de Lúcio e barrou Paulo Henrique Ganso. PERFEITO! Várias e várias vezes repeti aqui um comentário muito procedente do camarada Glauco, de que um dos maiores problemas do São Paulo era ter "cobras criadas" como Rogério Ceni, Luís Fabiano e Lúcio. Ninguém vai conseguir se livrar dos três. Mas um, pelo menos, tinha que sair.

Luís Fabiano pipocou visivelmente nesta temporada e só não saiu do clube porque, na verdade, não apareceu ninguém interessado. Agora, inventou uma contusão (novamente!) e está quietinho, na dele. Não é obstáculo para o treinador. Rogério Ceni, em sua última temporada, não irá para o banco. Mas também não tem falhado grotescamente nem arrumado confusão. Lúcio, sim. Era indisciplinado, afrontava os técnicos, e, mais do que Tolói (que é lento, pesado e sem tempo de bola), foi o maior responsável por vários gols sofridos. Bingo: Autuori só precisou da falha de Lúcio no gol que selou a derrota para o Internacional para convencer a diretoria a se livrar dele. Excelente! A luz foi acesa no fim do túnel.

E, pelo o que parece, Ganso também saiu do time titular. Mais do que justo. Outro dia eu conversava com o Glauco e concordamos que o que mais assusta em relação ao jovem talento revelado na Vila Belmiro é o aparente "medo" que ele vem demonstrando de jogar bola, desde que começou a se contundir. Ele só toca de lado ou para trás, de primeira, como quem quer se livrar logo do lance. E seu posicionamento atrapalha todo mundo, os volantes, o meia, os laterais, a zaga. Com ele, o São Paulo joga com dez. Sim, é triste, pois o cabra, sem dúvidas, FOI um grande talento. Hoje, no time titular, sua presença é dispensável.

O resumo da ópera, portanto, é que Autuori cansou de apanhar e decidiu reagir, à sua maneira. São decisões radicais: não é qualquer um que manda embora um zagueiro que venceu vários títulos com a seleção brasileira, incluindo uma Copa do Mundo, e encosta um jovem meia talentoso que encantou o país e custou R$ 24 milhões aos cofres sãopaulinos. Precisa coragem pra fazer isso. Autuori sabe que, neste momento, o São Paulo não está na posição de "grande clube" que, além de vencer, precisa convencer (jogando bonito). Não, longe disso. O São Paulo, hoje, é um time limitado que precisa sair da zona da degola. Na retranca, no jogo feio, na bola parada. Agora, finalmente, temos um foco, uma postura e uma estratégia. Sem "cobras criadas", sem os inúteis que só jogam com o nome. Autuori sabe o que faz.


EM TEMPO

1 - O banimento de Lúcio também tem relação direta com a saída de Adalberto Baptista do cargo de diretor de futebol. A péssima fase do time, as contratações equivocadas de atletas e técnicos e, por fim, como "cereja" do bolo, as críticas públicas que fez ao goleiro Rogério Ceni, expondo os jogadores em plena crise, tornaram sua posição insustentável. Baptista entregou o cargo na quinta-feira (25/07). Como foi ele quem bancou a contratação de Lúcio, como uma espécie de resposta por não ter se interessado em repatriar Lugano, a situação do ex-capitão da seleção brasileira também se complicou sem volta. Seu contrato, que iria até 2015, deve ser rescindido e o atleta será oferecido a um clube árabe.

2 - Para o lugar de Adalberto Baptista, o São Paulo, enfim, admitiu que pretende contratar um profissional remunerado para a direção de futebol. Os ex-jogadores Pintado, que fez um bom trabalho no Penapolense, e Ronaldão, que há anos trabalha na diretoria da Ponte Preta, são os mais cotados para assumir a função.

3 - Juan, o pior lateral-esquerdo da história do São Paulo, vive um inédito segundo "exílio" no clube. Pelo o que consta, a diretoria tentou mandá-lo para a Portuguesa (para onde foi Cañete), em troca do lateral-direito Luis Ricardo, que também interessa ao Palmeiras. Juan não quis. Agora, o Tricolor vai oferecer o também lateral-direito Caramelo, que, assim como Juan, não foi relacionado para a excursão ao exterior. Wellington e Paulo Miranda, que quase foram negociados, jogaram contra o Corinthians, estão na excursão e devem permanecer no clube.

quarta-feira, julho 24, 2013

Um post que torce em dobro pelo São Paulo

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Por Moriti Neto

Antes do jogo desta quarta-feira contra o Internacional de Porto Alegre, no Morumbi, com grande chance de novo insucesso no Campeonato Brasileiro, cravo neste Futepoca: o São Paulo não cai. Cambaleia no primeiro turno, frequenta a zona de descenso, mas se recupera no returno e termina o certame distante do rebaixamento.  
O elenco tricolor, às vezes supervalorizado, não é ruim. Aliás, é muito melhor que os de Bahia, Goiás e Vitória, e igual (ao menos nas individualidades técnicas) aos de Cruzeiro e Santos.  
Sim, todos esses times derrotaram o São Paulo recentemente. No entanto, perguntemos ao torcedor dos três primeiros se não trocariam as duplas de atacantes titulares por Osvaldo e Luis Fabiano (o Vitória, por exemplo, quinto colocado na competição, joga com Maxi Biancucchi e Dinei). Ou a santistas e cruzeirenses se não gostariam de ver Jadson – muito melhor que o cruzeirense Everton Ribeiro, por exemplo – nos elencos.  
Além do mais, imagine que você estivesse por fora do noticiário futebolístico há um ano e descobrisse, hoje, que o quarteto ofensivo do São Paulo é formado por Paulo Henrique Ganso, Jadson, Osvaldo e Luis Fabiano. Sem ver a tabela do campeonato, suporia o time na situação em que está?
Mesmo a fase tão ruim da defesa, parece ter mais a ver com fatores "extra bola" do que estar ligada à capacidade de atuação dos jogadores. Rafael Tolói e Rodolpho estavam bem na temporada passada. Wellington e Denílson idem. Cortez foi o melhor lateral-esquerdo, pelo Botafogo, do Brasileiro de 2011. Além disso, fez um ótimo 2012, inclusive na marcação (no segundo semestre) que nem é o forte dele. Está emprestado ao Benfica de Portugal.
O discurso de que todo o grupo é uma porcaria soa precipitado. O elenco é praticamente idêntico ao que ganhou a Sul-Americana e foi o melhor do segundo turno no Brasileiro anterior. Prefiro considerar que há desequilíbrios técnicos, casos da lateral-direita, da ausência de um bom goleiro para substituir Rogério Ceni e da falta de uma opção à altura que rivalize com Osvaldo– ou até jogue junto – pelos lados do campo. Além disso, cabe refletir sobre três personagens.
Ganso
O problema parece ser mais na cabeça do que nos pés. Ganso arruma confusão demais. Foi assim no Santos, ora com comissão técnica ora com direção. No São Paulo, confrontou Ney Franco que, aliás, tardou, sim, a aproveitar o meia de verdade. Sem falar nas controvérsias envolvendo quem o agencia.  
De qualquer forma, aguarda-se de Paulo Henrique uma reação. Algo que ele não mostra atualmente nem na expressão facial. O rapaz dá a impressão de estar frio, quase gélido, numa posição arrogante até, como se a qualquer momento pudesse, num passe de mágica, voltar a ser o fora de série dos bons tempos de Santos. Precisa trabalhar. Corpo e mente.  
Quem acompanha a história do futebol, sabe serem possíveis aos grandes jogadores grandes recuperações. No próprio São Paulo, Pedro Rocha, Dario Pereyra, Careca e Raí passaram por maus bocados. Ainda bem que alguém teve a paciência de mantê-los. O resto é história.  
Lúcio  
É um zagueiro que, ao longo da carreira, demonstrou muita determinação e liderança. A mim, sinceramente, jamais despertou admiração pela técnica. No momento, joga desembestado. Quer ser volante, armador e atacante, o que desestabiliza o time. Resumindo, perdeu o que tinha de positivo.  
Ney Franco  
Gosto do trabalho do ex-técnico. Entende do riscado. Contudo, neste ano, errou feio no Tricolor em oportunidades fulcrais. Isso tem muito a ver com os dois personagens anteriores.
Obcecado pelo esquema 4-2-3-1, bem sucedido em 2012, primeiro ficou à espera de um substituto para Lucas. Depois, sabedor de que o atleta com tais características não viria, insistiu na proposta de jogo, usando os fracos Douglas e Aloísio na linha de três.
Deveria ter colocado Ganso ao lado de Jadson antes. E, óbvio, definido rapidamente a mudança de sistema. Tinha toda a chatíssima primeira fase do Paulista para dar ritmo e entrosamento à dupla, e padrão à equipe.
Sobre a zaga, o treinador engoliu Lúcio como titular, ainda que o jogador, no início da temporada, estivesse evidentemente fora de forma, inclusive sem tempo de bola. Para isso, desmontou a dupla Tolói e Rodolpho, pilares da defesa que levou somente dois gols na Sul-Americana e foi a terceira menos vazada no Brasileiro, pouco atrás apenas de Fluminense e Grêmio.  
PS: nem vou comentar sobre Juvenal Juvêncio e os enormes erros políticos e administrativos dele, pois o Marcão já fez isso muito bem aqui
PS 2: espero que o Tricolor não caia mesmo. Senão, vão ser duas as gozações. O rebaixamento e este post.  

terça-feira, maio 07, 2013

Quem ri por último...

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segunda-feira, maio 06, 2013

Nada de bom?

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Por Moriti Neto

Depois de dois insucessos como mandante em momentos decisivos, é natural o pessimismo se instalar na cabeça do torcedor. Contudo, só é possível concluir aspectos negativos do time do São Paulo? Não creio.

Há bons agouros. E quem traduziu isso em palavras foi o técnico do adversário que eliminou o Tricolor ontem, o corintiano Tite. Após o jogo pela semifinal do Campeonato Paulista, ele enalteceu a qualidade do adversário. “Falei isso para ele (o técnico Ney Franco) pessoalmente. Trouxe à equipe do São Paulo um equilíbrio, ela marca e joga, com Ganso retomando seu futebol e Jadson jogando muito”, na entrevista coletiva no Morumbi.

Tite está certo. Ney Franco sabe o que faz. O São Paulo evoluiu nos últimos dois meses. Jogou de igual para igual todas as vezes que enfrentou Corinthians e Atlético Mineiro (que, em minha opinião, são os dois melhores times do Brasil hoje) este ano. Não fez feio, ao contrário.

É sabida a maior quantidade de resultados negativos do que positivos contra esses adversários. Falta o “algo mais” para estar no mesmo nível deles. O coletivo necessita de ajuste fino para decidir em retas finais. Isso virá com o tempo. Exatamente o que ocorreu com Corinthians e Atlético.

Também é fato que isso se realizará somente se a espinha dorsal da equipe e a comissão técnica forem mantidas, e reforços pontuais forem contratados, principalmente para as laterais, além de mais um atacante de bom nível. Sendo assim, a coisa engrena ainda este ano.

Sobre alguns pontos que contribuíram para os insucessos da semana, justamente contra Galo e Corinthians, vou por tópicos: 

O falso ídolo

De novo, Luis Fabiano. Esse é um mal para o São Paulo. Por um motivo ou outro, não se pode contar com ele em momentos importantes, o que, obviamente, azeda o clima no elenco. É complicado e desanimador – em qualquer setor profissional – ver um sujeito que é tratado a pão de ló quase sempre deixar o coletivo a ver navios.

Sinceramente, não entendo a idolatria ao jogador. Veterano que é, colaborou em quais conquistas? Um Rio-São Paulo, lá no longínquo 2001. No título da Sul-Americana, no ano passado, o papel dele foi risível, tanto pela expulsão contra o Tigre quanto pela falta de gols na competição.

O fraco William José (atualmente no Grêmio de Porto Alegre) anotou três gols no campeonato e foi bem mais importante que LF, que marcou só um tento. Creio que isso serve de boa medida para constatar o quanto é improdutivo na prática. Parece que joga contra. Repudio a falta de seriedade e a má influência ao elenco que ele representa.

Na Libertadores deste ano, aprontou feio na fase de grupos, contra o Arsenal, numa inexplicável expulsão depois do apito final. Pegou quatro jogos. Quinta-feira foi o último. Com ele em campo, o São Paulo poderia ter matado o Atlético no primeiro tempo.

Definitivamente, o clube não pode mais ficar refém de um atleta (???) que só contribui para desestabilizar o elenco e nem tem mais as condições técnica e física de outrora. Passou da hora de dar adeus ao falso ídolo.
Jadson e Ganso valem a pena

A parceria Ganso e Jadson tem potencial. Ambos são talentosos e o entrosamento cresce. Não vejo que se atrapalham no meio de campo, como avalia post da dupla Marcão/Nicolau. O posicionamento melhorou. A movimentação idem. Ganso joga mais atrás, orquestrando o time. Jadson está mais próximo dos atacantes. A ideia é lógica e respeita as características dos dois, pois o camisa 8 é um armador clássico e o 10 são-paulino tem chegada à área mais rápida e eficaz. Assim como todo o time, falta, na parceria, o tal “algo mais”, a sintonia fina com a proposta de jogo. No entanto, dá para tomar como base a ótima atuação da dupla nos 35 minutos em que o São Paulo encurralou o Galo na noite de quinta, quando, inclusive, o gol são-paulino saiu dos pés dela.

O quase

Douglas é o mais “quase jogador” que já vi. Faz “quase passes”, “quase chutes”, “quase dribles”, “quase cruzamentos”. Se o Herrera é o “quase gol”, o Douglas é o “quase jogador” ou “quase nada”.

Dos piores

Thiago Carleto é das piores coisas que já passaram pela lateral-esquerda do São Paulo. Corre, mas não acerta passes e cruzamentos. Bate forte na bola? Sim. Porém, chuta mal. Não tem pontaria. De que adianta?

Cortez é bom. Fez um ótimo 2011 pelo Botafogo. Em 2012, no primeiro semestre, foi dos poucos que se salvou no bagunçado time de Leão. Na outra metade do ano, jogou muito, inclusive na marcação, que não é o ponto forte dele. Urge recuperá-lo.

Bora, São Paulo.

quinta-feira, abril 18, 2013

Cinco motivos e quatro “escritos depois”; um pouco mais de Tricolor e Galo

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POR MORITI NETO 
1 - O São Paulo jogou bem contra o Atlético Mineiro e se classificou à segunda fase da Libertadores porque os dois volantes, Denílson e Wellington, esse principalmente, voltaram a marcar como no segundo semestre de 2012, quando a defesa do time foi a melhor do returno do Brasileiro e tomou só dois gols na Sul-Americana.
2- O São Paulo jogou bem, principalmente no segundo tempo, porque Ganso botou a bola no chão e ditou o ritmo. Além disso, Osvaldo se movimentou bem demais e foi vital no ataque.
3- O São Paulo jogou bem porque teve dedicação e concentração incríveis, ganhou quase todas as divididas contra o ótimo Galo e anulou as principais peças atleticanas.
4 - O São Paulo jogou bem porque Ney Franco é bom técnico. Armou o time corretamente mesmo sem peças de alto nível, como Jadson e Luis Fabiano, e apesar de ter que usar jogadores abaixo da crítica, casos de Aloisio e Douglas.
5 - O São Paulo jogou bem porque a torcida deu espetáculo e incentivou o time, de maneira impecável, do começo ao fim.
PS 1: a confiança, essencial em qualquer área da vida, pode contagiar positivamente o elenco, que é bom tecnicamente.
PS 2: hoje, o Atlético é melhor, mas a soberba de Ronaldinho pode contaminar negativamente o elenco do Galo e, por outro lado, estimular o do São Paulo.
PS 3: deve dar Atlético nas oitavas, mas agora a coisa zera. Provavelmente, vai ser disputa dura, com possibilidades de dois grandes jogos.
PS 4: Luis Fabiano não joga a primeira partida. Isso é até bom. A chance de expulsão dele num jogo que terá altos índices de tensão seria grande. Dessa forma, salvo uma contusão, o São Paulo contará com o centroavante na contenda decisiva, pelo menos nos primeiros instantes da partida, tomara nela toda. 
Bora, São Paulo.

O clube da fé! OU Ney Franco 2013 versão Tite 2012

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Passa da meia-noite e abro uma Cerpinha Export estupidamente gelada. Não, não vou negar que dei a participação do São Paulo por acabada na Libertadores após a derrota para o The Strongest, nem renegar a opinião de que o Atlético-MG é muito mais time. Por isso mesmo, por mais que o Galo possa ter se poupado no Morumbi, a vitória do Tricolor e a classificação que parecia impossível devem ser (muito) exaltadas. Nunca vi o time jogar desse jeito, com tanta raça, vontade e aplicação tática na marcação. Ney Franco colocou o time para jogar de forma bem semelhante à daquele Corinthians armado por Tite na Libertadores de 2012. Todos - e repito: todos - os jogadores de linha do São Paulo marcaram sob pressão e, em vários momentos do jogo, desarmaram algum atleticano. Impressionante.

Sei que muitos vão louvar Rogério Ceni, que jogou mais uma vez no sacrifício, ainda convalescendo da contusão no pé direito, criticado pelas falhas que teve na Bolívia - e que mais uma vez encarou a pressão absurda de cobrar um pênalti num momento de tanto nervosismo. Outros tantos vão enaltecer Paulo Henrique Ganso, que nem jogou muita coisa no primeiro tempo, mas que botou a bola no chão na etapa final e deu um passe de jogador de sinuca para Osvaldo no lance do segundo gol sãopaulino, marcado por Ademilson. Mas eu vou fazer justiça com o melhor jogador em campo: Wellington. Anulou Ronaldinho Gaúcho e teve uma atuação impecável e uniforme, os 90 minutos, marcando em cima, desarmando e recompondo a defesa com maestria. Paulo Miranda também jogou muito bem.

Aliás, se considerarmos que Carleto foi outro que fez ótima partida, podemos entender por que não vimos as habituais falhas e jogadas atabalhoadas da zaga de Ney Franco: quando os laterais marcam bem e saem para o jogo o tempo todo, segurando a bola no ataque, a defesa não fica exposta (como ficou nos dois gols do Strongest, em chutes de fora da área sem alguém pra dar combate). Com Wellington em grande noite, o bom e veloz Atlético-MG se viu "amarrado" em campo. Essa atuação comprova que o problema do São Paulo não é o técnico. Ney Franco está, sim, fazendo um grande trabalho. Só que o time é irregular - e ninguém se surpreenda se voltar a perder pro Galo, pois, como alertou Ronaldinho Gaúcho, "agora vai ser diferente, e eles sabem disso". Apesar de tudo, a partida de hoje valeu. E muito!

Ter alcançado o mata-mata no fio da navalha já é um título para esse time. E um justo prêmio para Ney Franco, que, por mais que a diretoria insista em dizer que não, teria o cargo seriamente ameaçado em caso de uma derrota hoje - e ainda mais se o Atlético-MG tivesse repetido o show de bola que deu na maioria das partidas dessa fase de grupos. Mas, vida que segue. Vou abrir outra Cerpinha.

VAAAAAAAAAIIIII, SÃÃÃÃÃÃÃOOOOOO PAAAAAAAAUUUUULOOOOOO!!!


domingo, março 31, 2013

E o São Paulo perdeu jogando bem!

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Dois chavões, daqueles bem batidos, servem para descrever com precisão o que foi a derrota do São Paulo por 2 a 1 para o Corinthians, no Morumbi: "quem não faz toma" e "clássico é decidido num erro". Sem vencer um clássico no ano (perdeu por 3 a 1 para o Santos e empatou sem gols com o Palmeiras), o time de Ney Franco desta vez jogou bem, com marcação consistente no sistema defensivo, boas subidas dos laterais e troca de passes envolvente no ataque. Melhor: foi assim o jogo todo, coisa muito rara de se ver no São Paulo. Infelizmente, como diz o primeiro chavão futebolístico, o Tricolor não conseguiu fazer o segundo gol ainda no primeiro tempo, após abrir o placar com Jadson e criar várias chances no ataque, e viu Danilo acertar um chute belíssimo, no ângulo, para empatar o clássico.

Nessa toada, de aguardar o São Paulo em seu campo e sair no contra-ataque, o Corinthians venceu o jogo. Pato sofreu pênalti (justo) e cobrou para definir o marcador. Esse foi o segundo chavão do jogo: um erro que deu a vitória ao adversário, numa partida equilibrada. Rafael Tolói, que atrasou na fogueira para Rogério Ceni, até poderia ser apontado como "vilão". Mas ele jogou muito bem e não merece a pecha. Acontece - simples assim. O tal "vilão", aliás, poderia ter sido o próprio Ceni, que deu uma furada bisonha num chute de perna direita, na pequena área, mas conseguiu consertar. Paciência. Se considerarmos que o resultado não altera a situação do São Paulo no campeonato, temos um terceiro chavão: "perdeu quando podia". Mas é claro que perder para o Corinthians sempre é ruim...

Buenas, entre mortos e feridos, além da boa atuação do time nas duas etapas e da segurança de Paulo Miranda e Carleto pelas laterais (setores mais fracos do time), salvou-se a bela exibição de Paulo Henrique Ganso. É claro que está a anos-luz daquele meia cerebral que encantou a torcida santista em 2010, mas essa foi, de fato, sua primeira ótima partida com a camisa sãopaulina. Correu muito, chamou a marcação, tocou de primeira, rápido, armando o jogo, procurando os atacantes. Parece que acordou pra vida - o que é uma ótima notícia, às vésperas de um jogo tão decisivo quanto o que fará contra o The Strongest, na Bolívia, pela Libertadores. Falta ao São Paulo, neste momento, maior poder de finalização. Se Luís Fabiano não jogará, Osvaldo e Aloísio precisam, com urgência, passar giz no taco.


Maratona majestosa - O primeiro Majestoso do ano - apelido do confronto entre Corinthians e São Paulo desde os anos 1940 - foi apenas aperitivo para uma série que pode atingir 9 partidas em 2013: três pelo Paulistão (se os dois times se cruzarem novamente na fase mata-mata), duas pela Libertadores (idem anterior, considerando, porém, que a situação do Tricolor está bem complicada nesta competição), duas pelo Brasileirão e mais duas pela decisão da Recopa Sulamericana (título decidido entre os campões da Libertadores e da Sulamericana). No histórico do Majestoso, segundo a Wikepedia, os dois rivais paulistanos se enfrentaram 313 vezes a partir de 1930, com 116 vitórias alvinegras, 100 tricolores e 97 empates. O Corinthians marcou 456 gols e o São Paulo, 439.

sexta-feira, março 15, 2013

Ney Franco comerá ovo de Páscoa no Morumbi?

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Retranca improvisada queimou o técnico
O São Paulo passou mais um vexame na Libertadores ontem, perdendo na Argentina por 2 a 1 para o mesmo Arsenal (pior time do grupo) com quem havia empatado sofrivelmente na semana passada, em pleno Pacaembu. Dessa vez, a derrota nem foi o maior prejuízo - até porque, mesmo que pareça praticamente impossível, o Tricolor ainda tem chance de passar às oitavas-de-final pelas próprias pernas. O pior, para o time, foi constatar como o técnico Ney Franco está perdido, isolado e sem moral. Ao escalar três zagueiros pela primeira vez nos oitos meses em que dirige a equipe, desfigurou totalmente qualquer esquema ou tática. Libertadores é torneio de tiro curto, com partidas decisivas, onde não há lugar para testes. Os três zagueiros, que nunca tinham jogado juntos, bateram cabeça e falharam mais do que o habitual de quando atuam em dupla. O meio-campo praticamente não existiu, só observou. Os laterais reviveram os piores pesadelos da torcida. O ataque não rendeu. O time não jogou nada. E, com justiça, perdeu.

Rifado pelos atletas - O fracasso ao improvisar uma retranca contra um time fraco - e de segundo (ou terceiro) nível - queima os créditos que Ney Franco ainda tem com a torcida, que, em sua maioria, aprova o trabalho mostrado principalmente no fim do ano passado. Só que muito mais grave do que isso foram os sinais de que o técnico está perdendo o respeito do elenco. Ainda no Brasil, pouco antes de entrar no avião, Paulo Henrique Ganso rifou a cautela excessiva do treinador, que fez vários treinos secretos, ao entregar para um jornalista que não seria titular na Argentina. E isso porque no domingo, no clássico contra o Palmeiras, ele já havia saído xingando em altos brados, na cara do técnico, ao ser substituído. Situação semelhante aconteceu com Lúcio, ontem: saiu correndo para o vestiário e não olhou pra trás quando foi sacado, no segundo tempo, e nem esperou a equipe no vestiário, preferindo se isolar ostensivamente no ônibus.

Rifado pelo presidente - Para complicar ainda mais esse clima de isolamento, Ney Franco, que parece visivelmente nervoso, acuado e pressionado, se enrolou ao dizer que seu trabalho é "nota 10" em uma entrevista após o jogo contra os palmeirenses. Ao comentar a declaração, o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, canelou dizendo que dá nota 8... Até quis consertar, observando que aumentaria a nota do técnico para 9, se o time ganhasse do Arsenal em Avellaneda. Como perdeu, o conceito do técnico deve ter baixado pra 7 ou 6, num esforço de otimismo. E o horizonte de Ney Franco se mostra ainda mais sombrio. Como liderar o Paulistão não vale nada para a diretoria, a bóia de salvação será uma - improvável - classificação para a próxima fase da Libertadores. Um time que em dois jogos não conseguiu vencer o medíocre Arsenal dificilmente vencerá o The Strongest em La Paz e o azeitado e embalado Atlético-MG na capital paulista.

Com atletas afrontando o técnico publicamente e o presidente do clube afirmando que nem o Papa conseguiu garantia de ficar no cargo, há uma grande chance de o Coelho da Páscoa não encontrar Ney Franco no Morumbi para entregar sua encomenda...


Ps.1: Há que se considerar, em defesa de Ney Franco, que treinar o São Paulo, com Juvenal Juvêncio como presidente, não deve ser coisa das mais agradáveis. Aliás, para usar um termo do técnico Leão, deve ser bastante desagradável. Além desse episódio de nota 10 ou nota 8, o atual treinador já trocou farpas com o fiel escudeiro de Juvenal, João Paulo de Jesus Lopes, e dá mostras de que só escala (o inoperante) Ganso por pressão da diretoria, que pagou caro pelo jogador e o deseja na vitrine. Mais centelhas para esquentar o óleo sob a frigideira que embala Ney Franco.

Ps.2: Falando em Leão, ele se envolveu nessa semana em polêmica justamente contra o foclórico ex-patrão Juvenal Juvêncio. Primeiro, o cartola-mor do São Paulo afirmou que a segunda passagem de Leão pelo Morumbi foi "uma barbaridade" - no sentido pejorativo, mesmo. "A gente comete essas coisas assim. É um bom sujeito, mas não quero trazer mais ele, não", disse Juvenal à Fox Sports, em meio a gargalhadas. Aproveitando o Conclave que escolheu o Papa, Leão também resolveu brincar e disse que Juvenal deveria imitar Bento XVI e renunciar ao cargo.

Ps.3: Juro que esse post quilométrico acaba aqui! (se é que alguém teve paciência de ler alguma coisa...) Não posso falar em Emerson Leão sem citar um episódio nebuloso ainda não comentado pelo Futepoca, a revelação do presidente do Sport, Luciano Bivar, de que pagou para o volante Leomar ser convocado pela seleção brasileira em 2000. Lembro que, na época, a convocação pegou todo mundo de surpresa. Mas como Leão, técnico da seleção, tinha feito um belo trabalho no Sport pouco antes, e com Leomar como homem de confiança em campo, pareceu plausível. Agora, a batata assou. Leão disse que Bivar "devia ser preso". Mas não escapou de ser convocado pelo STJD, junto com Antônio Lopes, seu auxiliar técnico na época, para dar explicações. Outra pizza?

sexta-feira, março 01, 2013

Blitz falha e Ganso entra para dar gol a Luís Fabiano

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Ney Franco age bem quando promove o tradicional "abafa" nos 15 ou 20 primeiros minutos de uma partida. Já deu certo muitas vezes. Mas, quando a blitz falha e o São Paulo não consegue fazer ao menos um gol nesse período de pressão (e forçar o adversário a sair em busca do empate, abrindo espaços para contra-ataques), o caldo entorna. Porque o time cansa muito e, naturalmente, o adversário aproveita para fazer a sua própria blitz. Foi o que aconteceu ontem no Morumbi, no segundo jogo pela fase de grupo da Libertadores, contra o The Strongest. O Tricolor, que parecia um rolo compressor nos primeiros minutos, criando uma chance após a outra no ataque e não deixando os bolivianos pensarem, não conseguiu marcar, botou a língua de fora precocemente e levou um gol exatamente aos 20 minutos de jogo, em (mais uma) falha de marcação da defesa. O time se perdeu.

Só que, mais uma vez, como aconteceu contra o São Caetano, pelo Campeonato Paulista, o São Paulo conseguiu "achar" o empate mesmo jogando mal, no fim do segundo tempo, já no desespero. Isso o recolocou no jogo e deu chance ao técnico de pensar em alguma outra estratégia. E a solução foi melhorar o meio de campo, colocando Paulo Henrique Ganso no lugar de Denílson, deixando o setor defensivo com apenas um volante, Wellington, e mantendo o ataque com dois pontas abertos e um centroavante. Funcionou. Logo ao entrar, Ganso "pôs fogo" no jogo e, de cara, participou do lance em que Jadson mandou uma bola no travessão. Depois, Cañete entrou no lugar de Aloísio, pela ponta-direita, e iniciou a jogada que terminou com passe de Ganso para o gol da vitória marcado por Luís Fabiano, a dez minutos do fim. Moral da história: vai ser muito difícil vencer em La Paz...



domingo, fevereiro 24, 2013

Não, Ganso não pode ser titular

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Meia é escalado por pressão externa
Mais uma vez, o São Paulo jogou uma partida com dois times diferentes, sábado, no Morumbi, na vitória por 3 a 0 contra o Linense. No primeiro tempo, com o inoperante Paulo Henrique Ganso compondo o meio com Jadson, o time foi facilmente envolvido e só não levou gol por causa da limitação técnica do adversário. Sorte do Tricolor é que Jadson continua em excelente fase e, depois de acertar a trave, aproveitou outro lance para tocar de primeira para o fundo do gol. Na segunda etapa, o técnico Ney Franco fez a previsível substituição de Ganso por Aloísio, voltando ao esquema vencedor do final de 2012, com dois pontas abertos e um centroavante, e atropelou o Linense. Osvaldo fez um bonito gol, após jogada de Luís Fabiano, e Fábio Lima, na tentativa de impedir a bola de chegar no camisa 9 sãopaulino em outro lance, tocou de joelho contra o próprio patrimônio e deu números finais à partida pelo Campeonato Paulista.

Está mais do que na cara que Ganso só está sendo escalado por pressão externa à comissão técnica, provavelmente da diretoria do clube, que desembolsou R$ 16,5 milhões para contratá-lo, e da investidora DIS, que completou os R$ 7,4 milhões restantes para inteirar os R$ 23,9 milhões pagos ao Santos. Aliás, o próprio nome do parceiro já diz (ou DIS) tudo: investidora. O "produto" tem que jogar, tem que ganhar títulos, tem que voltar para a seleção brasileira e, com isso, arranjar uma transação multimilionária para um clube estrangeiro. Ney Franco, que nesse momento precisa mais de bons laterais (Cortez e Douglas deixam a desejar e Carleto e Paulo Miranda também), tem que se virar para encaixar o improdutivo Ganso no time. Concordo que ainda é cedo para julgar seu potencial como atleta. Mas, como observou o Glauco em um post de agosto passado, Ganso "pintou como grande estrela e, além de estagnar, retrocedeu." Vamos ver até quando Ney Franco vai se submeter, calado, à pressão da diretoria (e da investidora) para escalá-lo. Afinal, o torcedor não é bobo e a situação já está descaradamente constrangedora para o treinador.



sábado, fevereiro 16, 2013

Dessa vez, Ganso fez

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Depois de perder um gol (mais ou menos) feito nos últimos instantes da partida contra o Atlético-MG, na quarta-feira, o que garantiria um empate salvador fora de casa, Paulo Henrique Ganso não desperdiçou sua chance hoje, aos 43 do segundo tempo, e garantiu a vitória por 3 a 2 sobre o Ituano, no Morumbi, pelo Campeonato Paulista. Mais do que aliviar o já questionado técnico Ney Franco, o camisa 8 livrou mesmo foi a cara do goleiro Rogério Frango, digo, Ceni, que cometeu mais uma daquelas falhas inacreditáveis e vexaminosas no primeiro gol do adversário (volto a comentar sobre isso no último parágrafo).

O São Paulo até que não jogou mal, mas os velhos problemas ficam cada vez mais nítidos. Assim como observei no post sobre a derrota para o Atlético-MG, os dois gols sofridos surgiram pelo lado esquerdo da defesa. Não adiantou trocar Rhodolfo por Rafael Tolói, pois o volante Wellington, incumbido de dar cobertura pelo setor, continua falhando e dando motivos para perder o posto no time titular (Maicon entrou em seu lugar e mostrou mais serviço). Ainda pelo lado esquerdo, Cortez não consegue atacar nem marcar direito. E, no ataque, Luís Fabiano vive má fase e Aloísio não se acerta como ponta-direita.

De útil, Jadson fez outra excelente partida, dando uma assistência e fazendo um gol. O técnico está certo em tentar manter o esquema que deu certo no fim do ano passado, com um centroavante e dois pontas abertos. O problema é que o São Paulo não tem lateral-direito (Douglas não serve pra nada e Paulo Miranda é zagueiro de ofício) e, pela esquerda, há uma avenida para os adversários. A saída de jogo também está complicada. Uma solução paliativa seria efetivar Maicon como segundo volante, avançado, e recuar Denílson. Wellington poderia ser um lateral-direito mais marcador. Tolói também é melhor que Rhodolfo.

Este seria um possível caminho para que Ganso fosse melhor aproveitado. Se o São Paulo conseguisse uma dupla de laterais mais marcadora, a velocidade dos pontas poderia ser explorada por um meia clássico, mais fixo e com passes de longa distância, como o ex-santista. Porém, seria uma pena sacrificar Jadson, que é, hoje, o melhor do time. Enfim, Cortez e Luís Fabiano precisam acordar para a vida. E o problema emergencial é setor defensivo pela esquerda. Denílson, recuado, poderia ajudar. Mas esse abacaxi eu deixo para o Ney Franco descascar - até porque, convenhamos, ele ganha muito mais do que eu...


"CAGADA" - "No intervalo, após o primeiro tempo, eu disse para o time: 'Se a gente perder, a responsabilidade será minha, a cagada fui eu quem fiz'." Dessa forma, Rogério Ceni resumiu o frangaço que levou no primeiro gol do Ituano, em chute despretensioso de Kleiton Domingues. Ao cair para fazer a defesa, a bola quicou na grama, bateu em sua mão, resvalou na trave e, para surpresa do próprio atacante, entrou no gol. Prato cheio para quem odeia Ceni, que já tinha passado por bobo no último jogo, em lance com Ronaldinho Gaúcho. Mas o camisa 1 sabe que, no próximo gol que marcar, a torcida o perdoará.

sexta-feira, fevereiro 15, 2013

O espírito de Libertadores e o "pato" Luxemburgo

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Atlético-MG e São Paulo fizeram a melhor partida de futebol que vi neste início de 2013. Surpreendente porque o Galo, até então, havia feito partidas no mínimo medíocres contra Cruzeiro e Tombense, pelo Campeonato Mineiro. Sobre o São Paulo não posso falar muito por acompanhar pouco o paulistinha. O que pode explicar essa diferença é o tal "espirito de Libertadores", reflexo da valorização que a taça continental passou a ter entre os clubes brasileiros.  

Sobre o jogo, o impressionante foi o São Paulo não conseguir fazer nenhuma finalização no primeiro tempo e a jogada do gol do Galo. Ronaldinho deu um "migué" e ficou na área até a cobrança de lateral, que recebeu sozinho e fez o cruzamento para o gol contra de Lúcio (não foi do Jô). Estranho não ter nenhuma reclamação do tão esperto e autoconfiante Rogério Ceni.

No segundo tempo o Galo voltou sem a marcação eficaz da primeira etapa e levou sufoco, só amenizado com nova jogada de Ronaldinho, com a bola na cabeça e o gol de Réver. O que até agora não entendi é o que o Réver estava fazendo na área adversária num lance comum de jogo. Não era escanteio nem cobrança de falta, quando os zagueiros costumam ir dar uma de atacante. Mas ainda bem que estava lá.

O São Paulo poderia ter empatado no lance final do Ganso, mas este parece ainda ter sua nuvem negra particular, que não deixa o futebol esperado aparecer. Embora tenha feito mais em poucos minutos que o "craque" Jadson, que nem foi visto no Independência. E, para não dizerem que não chorei, achei que foi falta no Júnior César no lance do gol paulista. De bom, fica a pegada do Galo, que fez a melhor partida em termos de marcação de que me lembro nos últimos anos.

O pato foi outro - Desses jogos ganhos de véspera, a partida entre Grêmio e Huachipato mostrou mais que uma nova "zebra". Durante toda a partida faltou ao time gaúcho calma, entrosamento e futebol. Sobrava vontade, mas com uma correria desarticulada. E, pior, com uma defesa totalmente perdida, que tomou gols bobos. E não ajudou nada a escolha de Luxemburgo de estrear três jogadores, Cris, Adriano e Barcos, que mal treinaram e não tinham nenhum entrosamento com o time. A única justificativa, pelo menos para o Cris, é que há muito tempo Luxemburgo é mais empresário que técnico. Já havia passado raspando na pré-Libertadores e parece que vai fazer a torcida sofrer muito no torneio. E, pior, sem assumir sua culpa. 

Para o técnico, o vilão de ontem foi o gramado, mesmo com seu time abusando de "chuveirinhos" na área e tomando gols infantis. Para ter ideia, o ataque do Huachipato não fizera nenhum gol em três partidas pelo campeonato chileno e fez dois contra a defesa de Luxa.

A frase atribuída a Luxemburgo pelo UOL mostra bem o estado mental do "verdadeiro pato" da noite. “O bom senso manda que as pessoas entendam uma coisa: o gramado não está bom. Então vamos jogar no Olímpico por um mês. Aí a OAS tem tempo para recuperar o gramado. Se depois, o time não jogar merda nenhuma, manda o técnico embora e deu”, disparou (Luxemburgo). Que parece já estar arrumando desculpa para ir embora depois de uma possível desclassificação.