Destaques

Mostrando postagens com marcador Derbi. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Derbi. Mostrar todas as postagens

domingo, fevereiro 17, 2013

Visão Corintiana: Timão complica Derby que parecia fácil

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Little Romário: 3 jogos contra o Palmeiras, 4 gols

O único Derby garantido para os paulistas neste ano terminou num empate de 2 a 2. Corinthians e Palmeiras até podem se enfrentar novamente, mas tudo vai depender dos desempenhos e cruzamentos na Copa do Brasil, Libertadores e no próprio Paulistão. Certeza mesmo, só esse clássico, em que um Timão desatento deu brechas para que um aguerrido e surpreendentemente organizado Verdão complicasse e muito o jogo. Para o espectador sem ligações carnais de algum dos lados, uma benção, pois o jogo ficou muito mais emocionante e disputado. Para a corintianada, só preocupação.

O Corinthians começou muito bem o jogo, arrasador ao seu modo. A organização de uma equipe cuja base já tem quase dois anos deixava ainda mais claros os problemas do Palmeiras, equipe em formação e buscando reencontrar a auto-estima. O Timão impôs o toque de bola, apertou a marcação e as chances foram surgindo. Bola na trave de Jorge Henrique, cabeçada raspando de Paulinho, gol de Sheik após ajeitada de cabeça de Paulo André. Ainda teve uma outra bola na trave em imperdível gol perdido por Guerrero. Depois disso, o ritmo baixou.

Não sei se foi preguiça, se foi a má forma física do início da temporada (com o reforço da idade elevada de boa parte do time titular) ou, o pior motivo, se o pessoal subiu no salto. Mas o fato é que o time tirou o pé, não ganhou mais nenhuma dividida e o Palmeiras cresceu. Mais calmo, mostrou organização surpreendente para quem está estreando gente nova a cada jogo e levou perigo em ataques rápidos. Wesley fazia parte das tramas, mas exibia um egoísmo impressionante. Não fosse isso, talvez o empate tivesse vindo antes. Mas veio, em cruzamento do mesmo volante e cabeçada de Vilson, que vem sozinho de trás, em falha do sistema de marcação. Ralph olha a bola e o moço chega como quer para fuzilar Cássio. Não é trágico, mas cabe notar que erro muito semelhante aconteceu no gol de Rivaldo, contra o São Caetano. Tite tem algo a corrigir.

O segundo tempo começou quase igual, com um Palmeiras compacto, fechadinho, explorando bem os contra-ataques. Nessas veio a virada, em novo cruzamento. Falta tosca cometida por Ralph, cruzamento na área e Cássio erra grotescamente a saída do gol. Vinícius 2 a 1. O Verdão ainda teve umas três chances de ampliar até que Tite decidiu mexer, e dessa vez não foi tão lento como costuma. Trocou Alessandro por Romarinho (JH virou lateral), Danilo por Renato Augusto (dois dos mais velhos jogadores) e  Guerrero por Pato. A mexida deu novo gás e o Timão passou a pressionar e não dar chance para o Palmeiras, que se segurava.

Até que num bicão/lançamento da zaga, Pato deu uma matada que justifica minha fé no rapaz e esperou. Achou ele, Little Romário,  rapaz de comprovada estrela contra o arqui-rival. Chute da entrada da área no canto e caixa.

A pressão continuou até o fim, ainda que desorganizada, na base de toques longos e meio burros. Se tivesse colocada mais a bola no chão, mais chances teriam aparecido. Culpo um pouco Renato Augusto, que entrou para ser meia e tinha que botar a bola no chão, e Paulinho, em noite pouco inspirada – impressão que poderia ser toda outra se a bicicleta extremamente plástica tentada pelo volante no final tivesse desviado uns 40 cm para a direita.

No final, ficou a impressão de que o Corinthians complicou e muito um jogo que se anunciou como tranquilo – não antes, mas nos primeiros minutos da partida. Começou como se fosse aplicar uma goleada sem sustos e terminou correndo atrás do prejuízo. De bom, vemos que o time está organizado e tem entrosamento. Além disso, tem peças no banco de muita qualidade e capacidade para mudar um jogo complicado. E é razoável esperar que a equipe aprende com os erros e entrará com o pé mais firme nos próximos jogos decisivos.

O Palmeiras mostrou ter bons jogadores no meio-campo e um time que deve melhorar com o entrosamento. Souza e Wesley são inteligentes e sabem jogar bola, mas precisam conversar mais. Welder jogou bem e registro aqui minha surpresa por passar batido da maldição do ex-jogador.

Vamos ver como será o próximo duelo entre os dois times – se ele por ventura acontecer neste ano.

sexta-feira, julho 30, 2010

O Palestra levou na testa!

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Corinthians e Palmeiras se enfrentam neste domingo. Como nenhum dos torcedores das equipes se manifesta, a contribuição de um são-paulino é mais do que bem aceita.

Vítor Nuzzi

Dizem os sites que os parmerenses desdenharam dos demais rivais e apontaram o Curíntia como seu grande rival. Enquanto o cartola-economista Luiz Gonzaga Belluzzo endossou o clássico-mor, Andrés Sanches, quem diria, pôs panos quentes, destacando que a dupla San-São também é grande.

Como tricolor, nada contra. Afinal, Corinthians (1910) e Palmeiras (1914) são os times grandes mais antigos da capital paulista. Então, nada mais justo que o Dérbi seja visto como o clássico mais tradicional. Sem rancores. Como co-irmão caçula (1935), cito até um dos mais famosos contos de Antônio de Alcântara Machado, escritor e membro da aristocracia paulista. Como ele morreu em 1935, não teve tempo de testemunhar os feitos do esquadrão tricolor.

CORINTHIANS (2) vs. PALESTRA (1)

Prrrrii!
- Aí, Heitor!
A bola foi parar na extrema esquerda. Melle desembestou com ela.
A arquibancada pôs-se em pé. Conteve a respiração. Suspirou:
- Aaaah!
Miquelina cravava as unhas no braço gordo da Iolanda. Em torno do trapézio verde a ânsia de vinte mi1 pessoas. De olhos ávidos. De nervos elétricos. De preto. De branco. De azul. De vermelho.
Delírio futebolístico no Parque Antártica.
Camisas verdes e calções negros corriam, pulavam, chocavam-se, embaralhavam-se, caíam, contorcionavam-se, esfalfavam-se, brigavam. Por causa da bola de couro amarelo que não parava, que não parava um minuto, um segundo. Não parava.
- Neco! Neco!
Parecia um louco. Driblou. Escorregou. Driblou. Correu. Parou. Chutou.
- Gooool! Gooool!
Miquelina ficou abobada com o olhar parado. Arquejando. Achando aquilo um desaforo, um absurdo.
Aleguá-guá-guá! Aleguá-guá-guá! Hurra! Hurra! Corinthians!
Palhetas subiram no ar. Com os gritos. Entusiasmos rugiam. Pulavam. Dançavam. E as mãos batendo nas bocas:
- Go-o-o-o-o-o-ol!
Miquelina fechou os olhos de ódio.
- Corinthians! Corinthians!
Tapou os ouvidos.
- Já me estou deixando ficar com raiva!
A exaltação decresceu como um trovão.
- O Rocco é que está garantindo o Palestra. Aí, Rocco! Quebra eles sem dó!
A Iolanda achou graça. Deu risada.
- Você está ficando maluca, Miquelina. Puxa! Que bruta paixão!
Era mesmo. Gostava do Rocco, pronto. Deu o fora no Biagio (o jovem e esperançoso esportista Biagio Panaiocchi, diligente auxiliar da firma desta praça G. Gasparoni & Filhos e denodado meia-direita do S. C. Corinthians Paulista, campeão do Centenário) só por causa dele.
- Juiz ladrão, indecente! Larga o apito. gatuno!
Na Sociedade Beneficente e Recreativa do Bexiga toda a gente sabia de sua história com o Biagio. Só porque ele era freqüentador dos bailes dominicais da Sociedade não pôs mais os pés lá. E passou a torcer para O Palestra. E começou a namorar o Rocco.
- O Palestra não dá pro pulo!
- Fecha essa latrina, seu burro!
Miquelina ergueu-se na ponta dos pés. Ergueu os braços. Ergueu a voz:
- Centra, Matias! Centra, Matias!
Matias centrou. A assistência silenciou. Imparato emendou. A assistência berrou.
- Palestra! Palestra! Aleguá-guá! Palestra Aleguá! Aleguá!
O italianinho sem dentes com um soco furou a palheta Ramenzoni de contentamento. Miquelina nem podia falar. E o menino de ligas saiu de seu lugar. todo ofegante, todo vermelho, todo triunfante, e foi dizer para os primos corinthianos na última fileira da arquibancada:
- Conheceram, seus canjas?
O campo ficou vazio.
- Ó... lh'a gasosa!
Moças comiam amendoim torrado sentadas nas capotas dos automóveis. A sombra avançava
no gramado maltratado. Mulatas de vestidos azuis ganham beliscões. E riam. Torcedores discutiam com gestos.
- Ó... lh'a gasosa!
Um aeroplano passeou sobre o campo.
Miquelina mandou pelo irmão um recado ao Rocco.
- Diga pra ele quebrar o Biagio que é o perigo do Corinthians.
Filipino mergulhou na multidão.
Palmas saudaram os jogadores de cabelos molhados.
Prrrrii!
- O Rocco disse pra você ficar sossegada.
Amilcar deu uma cabeçada. A bola foi bater em Tedesco que saiu correndo com ela. E a linha
toda avançou.
- Costura, macacada
Mas o juiz marcou um impedimento.
- Vendido! Bandido! Assassino!
Turumbamba na arquibancada. O refle do sargento subiu a escada.
- Não pode! Põe pra fora! Não pode!
Turumbamba na geral. A cavalaria movimentou-se.
Miquelina teve medo. O sargento prendeu o palestrino. Miquelina protestou baixinho:
- Nem torcer a gente pode mais! Nunca vi!
- Quantos minutos ainda?
- Oito.
Biagio alcançou a bola. Aí, Biagio! Foi levando, foi levando. Assim, Biagio! Driblou um. Isso!
Fugiu de outro. Isso! Avançava para a vitória. Salame nele, Biagio! Arremeteu. Chute agora!
Parou. Disparou. Parou. Aí! Reparou. Hesitou. Biagio Biagio! Calculou. Agora! Preparou-se.
Olha o Rocco! É agora. Aí! Olha o Rocco! Caiu.
- CA-VA-LO!
Prrrrii!
- Pênalti!
Miquelina pôs a mão no coração. Depois fechou os olhos. Depois perguntou:
- Quem é que vai bater, Iolanda?
- O Biagio mesmo.
- Desgraçado.
O medo fez silêncio.
Prrrrii!
Pan!
- Go-o-o-o-ol! Corinthians!
- Quantos minutos ainda?
Pri-pri-pri!
- Acabou, Nossa Senhora!
Acabou.
As árvores da geral derrubaram gente.
- Abr'a porteira! Rá! Fech'a porteira! Prá!
O entusiasmo invadiu o campo e levantou o Biagio nos braços.
- Solt'o rojão! Fiu! Rebent'a bomba! Pum! CORINTHIANS!
O ruído dos automóveis festejava a vitória. O campo foi-se esvaziando como um tanque.
Miquelina murchou dentro de sua tristeza.
- Que é - que é? É jacaré? Não é!
Miquelina nem sentia os empurrões.
- Que é - que é? É tubarão? Não é!
Miquelina não sentia nada.
- Então que é? CORINTHIANS!
Miquelina não vivia.
Na Avenida Água Branca os bondes formando cordão esperavam campainhando o zé-pereira.
- Aqui, Miquelina.
Os três espremeram-se no banco onde já havia três. E gente no estribo. E gente na coberta. E gente nas plataformas. E gente do lado da entrevia.
A alegria dos vitoriosos demandou a cidade. Berrando, assobiando e cantando. O mulato com a mão no guindaste é quem puxava a ladainha:
- O Palestra levou na testa!
E o pessoal entoava:
- Ora pro nobis!
Ao lado de Miquelina o gordo de lenço no pescoço desabafou:
- Tudo culpa daquela besta do Rocco!
Ouviu, não é Miquelina? Você ouviu?
- Não liga pra esses trouxas, Miquelina.
Como não liga?
- O Palestra levou na testa!
Cretinos.
- Ora pro nobis!
Só a tiro.
- Diga uma cousa, Iolanda. Você vai hoje na Sociedade?
- Vou com o meu irmão.
- Então passa por casa que eu também vou.
- Não!
- Que bruta admiração! Por que não?
- E o Biagio?
- Não é de sua conta.
Os pingentes mexiam com as moças de braço dado nas calçadas.

* Vitor Nuzzi gosta de futebol em qualquer época. Pôs os pés num estádio pela primeira vez aos 10 anos (tem 45) e não pretende tirá-los tão cedo, façam o que fizerem com a pobre bola. A sua seleção do São Paulo que viu jogar é Rogério; Zé Teodoro, Oscar, Dario Pereyra e Serginho; Chicão, Cafu, Raí e Pedro Rocha; Careca e Serginho Chulapa.

segunda-feira, março 09, 2009

Corinthians: o Ronaldo voltou!

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O jogo em Presidente Prudente começou aos 4 minutos do segundo tempo, com aquela saída de bola ridícula do Felipe que permitiu a Diego Souza achar o gol palmeirense. Antes disso, os dois times fizeram de conta que não era com eles e deixaram o tempo correr.

O Corinthians foi pra cima e deu os espaços. Keirrison teve duas vezes a bola nos pés para matar o jogo e falhou. Mano Menezes começou a desfazer a retranca que havia armado (falo nele depois), mas a coisa não ia bem. Eu já começava a me preparar para uma goleada quando, aos 19 minutos, uma lenda entrou em campo.

Contra o Itumbiara, suas passadas pesavam duas vezes mais e seu ritmo era duas vezes mais lento que o do resto do time. Ontem, não foi assim. Com inteligência, habilidade, colocação e (até) movimentação, Ronaldo fez em 30 minutos mais que qualquer outro jogador em campo a partida toda. O K9 que me desculpe, mas ontem o Ronaldo separou o mito dos candidatos.

A pressão do Corinthians passou a frutificar, sempre com a bola passando por seus pés. Recebe no meio, passa pelo marcador e dispara um petardo no travessão. Pouco depois, se mexe na área e recebe no lado esquerdo. Com um giro rápido (ele não estava lerdo?), deixa a marcação na saudade e dá um toquinho na medida que André Santos cabeceou para grnade defesa de Bruno.

E, aos 47 minutos, a catarse. Em conversas com amigos, eu disse na semana passada que o Ronaldo podia voltar e fazer uns 2 ou 3 gols no Palmeiras que não teria mais problema com a torcida enquanto jogasse no Corinthians. Foi um só, de cabeça, depois de escanteio no segundo pau batido por Douglas. Correu para a Fiel e comemorou com ela, com raiva, desabafando uma recuperação dura, mais uma volta por cima. Se tivesse mais cinco minutos de jogo, o Timão virava.

Covardia

O empate foi conquistado com suor e coroado com a bela apresentação de Ronaldo. Mas eu, de minha parte, estou cansado de comemorar “empates com sabor de vitória” em clássicos. Odeio dizer, mas tenho que concordar com o Anselmo: entrar para empatar em jogo contra arqui-rivais é se apequenar e os dois técnicos cometeram essa heresia com o maior clássico do Brasil na tarde de ontem. Mas como Luxemburgo e seus esquemas são problema do Anselmo e de seus compatriotas, falo do Mano Menezes.

Após o jogo contra o São Paulo, primeiro jogo de peso disputado pelo Corinthians desde a final da Copa do Brasil, o gaúcho assumiu que havia errado na escalação do time. Naquela ocasião, entrou com Escudero de terceiro zagueiro e Túlio como um pseudo ala direito. Na prática, três zagueiros e três volantes, com Douglas sozinho na armação. Time feito para segurar o empate e, se der, arranjar um golzinho no contra-ataque.

Achei, então, que o gaúcho tinha aprendido a lição. Pois ontem, outro clássico, e nova retranca. Reprisou a mesmíssima escalação, trocando Túlio por Fabinho. Como contra o São Paulo, não funcionou. A bola acaba ficando muito perto do gol de Felipe, facilitando que o adversário ache uns gols como o de ontem.

Depois do gol, Mano “botou o time pra frente”, quer dizer, voltou ao 4-4-2 que vem usando em todas as partidas do Paulista e já usava na Série B, tirando o terceiro zagueiro e colocando Dentinho (a troca de Souza por Ronaldo são outros quinhentos). O time passou a agredir o Palmeiras, mas na afobação para buscar o resultado cedeu contra-ataques perigosíssimos. Teria sido a mesma coisa se jogasse assim desde o começo? Não saberemos nunca enquanto Mano Menezes não botar o time pra jogar e ganhar um jogo importante.

O gol de empate de Ronaldo e a cagada de Felipe desviaram o foco das opções do técnico. Mas foram elas também que determinaram o resultado. Os empates heróicos só foram necessários porque o time ficou lá atrás esperando. A postura medrosa do técnico já nos custou o título da Copa da Brasil no ano passado. No quadrangular final não vai adiantar empatar. Antes disso, Mano tem o Santos como oportunidade de ganhar um clássico.

PS.: Vão dizer que essa segunda parte do post foi escrita só em resposta à provocação do Anselmo, mas não é verdade. Pretendia bater no Mano Menezes já desde o título ainda durante o jogo. Mudei o título aos 47 minutos do segundo tempo, mas mantive a crítica - que ainda se pretende construtiva, não quero a demissão do treinador.

sexta-feira, março 06, 2009

Ato falho?

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

“Vai ser novidade para aqueles que não o enfrentaram. Aqui, precisam entender que marketing e idolatria ficam fora. O prato de comida é dentro de campo. Tem que comer o Ronaldo”

A frase é Vanderlei Luxemburgo, sobre a atitude que espera de seus jogadores caso Ronaldo jogue o clássico de domingo. Os comentários deixo por conta dos leitores.

segunda-feira, março 03, 2008

Sobre os caras que decidem

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Lembro que, antes da Copa de 2002, eu estava amplamente decepcionado com a seleção brasileira, culpa da vitória xôxa na Copa de 94 e daquele time sem pé nem cabeça do Zagallo em 98. Não estava botando muita fé no Felipão e achava que o Ronaldo (à época ainda magro, mas já com o joelho detonado), já devia ter se aposentado.

Naquele momento, o Tostão, mesmo criticando o time e discordando de um monte de opções do Felipão, defendia que, se Ronaldo e Rivaldo estivessem jogando bem, o Brasil seria favorito. Eu, fã do comentarista, achava um absurdo ele esperar que dois jogadores resolvessem em nome do poderoso Brasil. Pois é, alguém estava certo nessa, e não era eu.

Todo esse preâmbulo para falar da importância dos “caras que decidem” no futebol. Aquele jogador que num lance pode decidir uma partida. Ou em vários decidir uma Copa.

É o que o Palmeiras teve a mais que o Corinthians ontem. Diego Souza e Valdívia têm mais condições de decidir do que qualquer jogador do time alvinegro. O jogo foi até equilibrado, os dois times tiveram suas (poucas) chances de gol. Quem tinha que decidir, decidiu.

Outro detalhe é a limitação do elenco corintiano. O time sentiu muito a ausência de Dentinho (que poderia ser decisivo) e de Fabinho, que dá muita segurança à defesa e alguma qualidade na saída de bola. Não são dois jogadores que possam ser tão essenciais assim...

Enfim, coroando minha fase de Poliana no futebol, acho que pode não ter sido tão ruim assim perder esse clássico. Ganhar poderia criar uma falsa impressão sobre o time do Corinthians. Tem uma boa defesa, é um time arrumadinho, e só. Faltam opções ofensivas. E falta, mas falta muito, gente lá na frente que decida.