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segunda-feira, fevereiro 01, 2010

Veteranos que resolvem

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Muito se fala do Paulistão deste ano como "campeonato de veteranos", com Roberto Carlos (Corinthians), Giovanni (Santos), Marcos (Palmeiras), Rogério Ceni e Marcelinho Paraíba (São Paulo), Roque Júnior e Juninho Paulista (Ituano), Lopes e Christian (Monte Azul) e Marcos Assunção (Barueri), entre outros. Mas hoje, ao ver a lista de artilheiros do Campeonato Carioca, me deparo com outros dois velhos conhecidos dividindo a ponta, com 6 gols cada um: Dodô, do Vasco, 35 anos (à esquerda) , e o interminável Marcelo Ramos, do Madureira, 36 anos (à direita). Ao ver a inoperância dos ataques do São Paulo, com Roger e Marlos, e do Palmeiras, com Robert e Joãozinho, me pergunto se esses dois "vovôs" não teriam um lugarzinho nesses times, nem que fosse no banco de reservas. Ambos, aliás, já jogaram pelo tricolor e pelo alviverde, sem brilho. Mas, diante da atual (e triste) situação, talvez fossem melhor aproveitados.

sexta-feira, abril 24, 2009

PQFMTMNETA 8 - Botafogo, campeão estadual (2006)

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Breve introdução aos que não conhecem a série: PQFMTMNETA é abreviação para "Parece que faz muito tempo, mas nem é tanto assim". Nesse espaço, mostraremos eventos do futebol acontecidos há, no máximo, cinco anos, que causaram polêmica na sua época, e que depois caíram no esquecimento.

PQFMTMNETA 8 - Botafogo, campeão estadual (2006)

A partir de domingo, Botafogo e Flamengo começam a decidir o Estadual do Rio. Será a terceira final seguida protagonizada pelos dois clubes. E a quarta em série que terá a participação do clube da estrela solitária.

Participando de finais desde 2006, em apenas uma ocasião o Botafogo foi o campeão estadual. Alguém saberia dizer quando, contra qual adversário, e quem era o técnico na conquista? As respostas são: no próprio ano de 2006, contra o surpreendente Madureira, e comandado por Carlos Roberto (foto).

O Cariocão de 2006 foi pródigo em zebras. O sistema de disputa daquele ano era similar ao de 2009 (e temporadas anteriores), com dois turnos, que eram decidos em semifinais e posteriores finais. Ou seja: a cada turno, quatro eram as equipes semifinalistas. E o inusitado é verificar que, de todos os times grandes, apenas o Botafogo disputou uma semifinal. E apenas a do primeiro turno (a famosa Taça Guanabara), quando venceu o América na decisão e se classificou para a finalíssima do estadual. Os outros times que jogaram aquela semifinal foram Americano e Cabofriense.

Na Taça Rio, os mesmos América, Americano e Cabofriense lutaram pelo título, acompanhados pelo Madureira, que foi quem se sagrou o campeão da etapa. O Botafogo, neste segundo turno, talvez tranquilizado por já estar garantido na decisão, fez campanha pífia, ficando na lanterna de sua chave, com apenas uma vitória em seis partidas.

Apesar de ter um retrospecto pior que o Madureira na somatória dos dois turnos, o Botafogo não teve dificuldades para vencer o Tricolor Suburbano na decisão. Ganhou os dois jogos (2x0 e 3x1) e assim conquistou o seu 18º título estadual, o último até a decisão que começará a ser jogada depois de amanhã. Azar de Odvan (ele mesmo) e Djair (ele mesmo), que jogaram aquela final do lado do Madureira.

O craque do Botafogo naquele título foi Dodô, que justificou na decisão sua fama de "artilheiro dos gols bonitos" (confira no vídeo abaixo). Além dele, fizeram parte da campanha outros célebres como Ruy (o popular "Cabeção"), Scheidt (de bom começo de carreira no Grêmio e passagem caótica pelo Corinthians), Lúcio Flávio, hoje no Santos, e Zé Roberto, que está no Flamengo que encarará o próprio Botafogo na final de 2009.




Quanto ao técnico Carlos Roberto, ele permaneceria no comando do Botafogo até a sétima rodada do Brasileiro daquele ano, sendo demitido por Cuca - que permaneceu no time por muito mais tempo, mas, diferentemente do antecessor, não ganhou nenhum título. E alguém sabe por onde anda Carlos Roberto hoje em dia? Admito que nunca mais ouvi falar...

quarta-feira, dezembro 03, 2008

O encontro do time do Madureira com Che Guevara

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Aproveitando uma dica do leitor Rafael Fortes, em comentário no magistral post do companheiro Glauco sobre o encontro de Che Guevara e Chico Mendes, fui dar uma olhada na tal Recorde: Revista de História do Esporte. E lá está, como vocês podem ver acima, a foto de Che Guevara, na época Ministro da Indústria de Cuba, com o time carioca Madureira, em 18 de maio de 1963, data em que os brasileiros derrotaram uma seleção de Havana, na capital, pela segunda vez durante excursão pela terra de Fidel Castro. Os editores da revista comentam que a escolha dessa imagem para capa da nova edição ocorreu depois que "o colega Álvaro do Cabo nos trouxe essa foto, um postal que comprara em Cuba, e imediatamente passamos a buscar informações sobre esse belo instantâneo".

A resposta veio em uma matéria do jornal O Globo de 25 de setembro de 2005, assinada por Fábio Juppa e João Máximo. Diz o texto: "A passagem do Madureira de Farah, Peixe-Galo e Batata pela ilha fez parte de uma excursão pelas Américas, dois anos depois de o clube ter-se tornado o primeiro do Brasil a dar uma volta ao mundo, e Che Guevara ter sido condecorado em Brasília pelo então presidente Jânio Quadros com a Ordem do Cruzeiro do Sul.(...) Os amistosos, negociados por José da Gama Correia da Silva, o Zé da Gama, português que presidiu o Madureira no biênio 1959/60 e atuava como empresário de futebol, começaram na Colômbia, seguiram-se na Costa Rica, passando por El Salvador e México".

Em maio de 1963, o Madureira fez cinco jogos em Cuba, goleando em quase todos: 5 a 2 contra o Industriales (campeão local), 6 a 1 no Municipalidad de Morrón (da Província de Camagüey), 11 a 1 num combinado universitário e 1 a 0 e 3 a 2 em duas partidas contra uma seleção de Havana. Ao segundo desses últimos dois jogos, Che compareceu. "-Ele vestia aquele uniforme verde-oliva do Exército. Depois da partida, entrou em campo e saudou um por um", recordou Farah, apoiador do Madureira em 1963, ao jornal O Globo. "-O contato com Che Guevara foi extremamente amigável. Ele foi carinhoso. Visitou-nos no hotel e, no jogo a que assistiu, distribuiu flâmulas. Parecia um homem íntegro", observou o ex-jogador. Che gostava de futebol e o Brasil havia acabado de conquistar o bicampeonato mundial no Chile, em 1962. "-Eles queriam tudo o que tínhamos. Teve jogador vendendo roupa e deixando o país com mais dinheiro do que levou", recordou Farah.