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Parece que faz muito tempo, mas nem é tanto assim - Furacão 2008 (2008)

Por conta disso, não é raro vermos clubes de hoje igualando ou até mesmo superando feitos do passado. É só verem esse Santos de 2010, que atingiu a marca de 10 vitórias seguidas: se esse time não for campeão de tudo o que disputar esse ano, de que valerá a marca? Nada, rigorosamente nada!
E foi exatamente isso o que aconteceu com o Atlético-PR em 2008. O Campeonato Paranaense daquele ano começou e o Atlético derrotou, de maneira initerrupta, a Rio Branco, Real Brasil, Engenheiro Beltrão, Coritiba, Cascavel, Paraná, Portuguesa Londrinense, Adap e Londrina e, finalmente, em 16 de fevereiro, enfiou inapeláveis 8x1 no Iguaçu.
A goleada igualava uma marca histórica que o Atlético havia obtido em 1949 - e que foi o que rendeu o apelido de "Furacão" ao clube. Foi justamente essa sequência que fez com que o rubro-negro paranaense obtivesse o apelido que carrega até os dias atuais.
Veio então a rodada seguinte e a diretoria atleticana, conhecida pela sua tradição marketeira, criou uma baita festa. Convidou os jogadores de 1949 para o evento, e eles entraram em campo acompanhados dos de 2008. A bola rolou e o Atlético venceu mais uma vez: tá certo que foi um magro 1x0 sobre o Cianorte, mas foi o suficiente para que aquele time alcançasse a marca e entrasse pra história do rubro-negro.
Entrar pra história mesmo? Tem certeza? Não necessariamente! Justamente pelos fatores que elenquei no começo do post: depois do "feito", o Atlético-PR de 2008 acabou não fazendo nada de muito relevante ao longo de toda a temporada. Acabou a primeira fase do estadual na liderança, mas no fim das contas perdeu o título para o arqui-rival Coritiba; foi bizarramente eliminado da Copa do Brasil pelo Corinthians do Alagoas, em plena Arena da Baixada; ficou apenas em 13º lugar no Brasileiro, quatro posições abaixo do rival coxa-branca; e na Sul-Americana, não foi além da segunda-fase.
O técnico daquele time era Ney Franco, que hoje treina curiosamente o Coritiba. E os "craques" eram nomes como Pedro Oldoni, Irênio e Danilo, hoje zagueiro do Palmeiras. No elenco atual, apenas Claiton e Netinho fizeram parte daquele grupo que "fez história" - ainda que para derrubar mitos do passado, mas fez.