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segunda-feira, fevereiro 06, 2012

Dez breves considerações sobre Santos 1 X 2 Palmeiras

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- Jogo de meio-campo na maior parte dos 90 minutos. O Palmeiras, melhor postado atrás, conseguia ligar mais rapidamente o ataque. O Santos esbarrou a maio parte do tempo no sistema defensivo alviverde

- Os laterais geográficos santistas não fizeram jus às alcunhas, que poderiam remeter à beleza dos estados que representam. Pará é esforçado, mas improvisado na esquerda costuma ser lastimável. Maranhão fez uma peleja medonha, coroada com o gol contra da virada palestrina. O torcedor ora por Fucile...

- Sim, a preparação física faz diferença. O calor também. Os paulistanos estavam mais em forma e a questão física e o sol arrasador de Presidente Prudente podem até ser justificativa para a desatenção no lance do escanteio que resultou no empate da partida.



- Não, mesmo tentando ser razoável, não consegui ver falta de Ibson em Ricardo Bueno. Do lance não só saiu a expulsão do alvinegro como, na sequência da falta, o escanteio que resultou na igualdade do placar. Mas só vi o lance por um ângulo porque a Globo assim decretou que fosse. Posso mudar de ideia, mas por enquanto, não.

- Turma que ainda não se encontrou em dois jogos: Arouca, Elano, Borges e Henrique (Será que este vai se encontrar?)

- Alan Kardec se sente melhor jogando no time reserva do que no titular. Rafael, em dois jogos, mostrou problemas sérios pra sair do gol.

-  Neymar, mesmo quando não vai tão bem, ainda assim é muito bom. Mas não é Pelé.

- Marcos Assunção parece também atuar melhor não tendo que sair pro jogo. Errou faltas frontais, não foi efetivo em cobranças de falta e escanteio  durante quase todo jogo. Mas bateu o último, que assegurou o início da virada palmeirense. Se o clichê de que "craque decide" está correto, pode-se dizer que o volante é, no mínimo, um "craque da bola parada".

- Luiz Flávio Oliveira é tão bom (?) na parte discplinar quanto o irmão.

- Para os santistas, lembrança e consolo: não vencer o Palmeiras nos últimos dois anos não tem sido exatamente um mau agouro... Como nos anos 60.

quarta-feira, outubro 19, 2011

Santos 2 X 0 Botafogo - porque entregar jogo é coisa do trio de ferro...

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Em 2009, o Corinthians teria entregado um jogo para o Flamengo para prejudicar o rival São Paulo, que disputava o título. No ano seguinte, o São Paulo teria dado o troco ao ser goleado por 4 a 1 pelo Fluminense, que estava na ponta do Brasileiro junto com o Corinthians. O Palmeiras teria feito o mesmo ao ser derrotado pelo Tricolor carioca.

Os verbos acima estão na condicional porque não vi nenhuma das partidas em questão. É o pessoal do trio de ferro que se acusa. Na Vila, não se fala de “entregar” jogo. Em 2008, quando o Santos já não tinha mais nada pra fazer na última rodada do Paulistão e o Corinthians dependia do Peixe para superar a Ponte Preta e ficar entre os quatro classificados, o Alvinegro também não fez corpo mole e empatou com o clube campineiro. Mas o Corinthians perdeu do Noroeste e não se classificou. Hoje, jornais insinuaram que o Peixe poderia fazer o que seus rivais paulistas já teriam feito recentemente. De novo, o Santos fez valer sua história.

Não que tenha sido fácil. Além dos desfalques que se tornaram a tônica da equipe na competição (Léo, Ganso, Elano, Felipe Anderson, Pará...), desta vez nem Muricy, que quase não levantou do banco por conta de dores lombares no jogo contra o Atlético-MG, pôde orientar a equipe na Vila. Mas o Santos tinha a volta de Neymar, quase um mês e meio sem atuar na sua casa.


O garoto jogou pela 59ª vez no ano, mais do que a maioria dos clubes da Série A. Curiosamente, esteve em 12 dos 13 jogos da seleção no ano; em 7 dos 8 da sub-20 no Sul-americano e em 38 das 67 pelejas do time da Vila no ano. Ou seja, proporcionalmente esteve em campo mais pela CBF do que pelo clube que o paga e faz das tripas coração para mantê-lo no país.

Contra o Botafogo, Neymar não teve uma atuação de gala. Mas, mesmo assim, fez um belíssimo gol e provocou cartões para o adversário. É gastar palavra dizer que é craque, em campo dá outra dimensão para qualquer time, tanto para o Santos quanto para a claudicante seleção (se não fosse ele, certamente Mano já estaria na seção de classificados dos periódicos). E, de novo, fez a diferença.

Não foi só a estrela de Neymar que brilhou. Borges igualou a marca de Serginho Chulapa no Brasileiro de 1983 e fez seu 22º gol pelo Santos no certame. Também um bonito gol. Com a vantagem consolidada no primeiro tempo, restou ao Botafogo buscar o empate no segundo tempo não com a volúpia devida, pois se preocupava com o contra-ataque peixeiro que quase encaixou em algumas oportunidades. Quando chegou na meta dos donos da casa, Rafael mostrou que não era a noite da estrela solitária. A estrela era santista e atendia pelo nome de Neymar.

E Camanducaia, se viu, sorriu. 

Camanducaia, que fez o gol do título de 1995 que não veio pra Vila, e Márcio Rezende de Freitas, maior ídolo do Botafogo depois de Garrincha.

domingo, setembro 18, 2011

Corinthians 1 X 3 Santos - Peixe tira Timão da liderança

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Após 17 (guarde esse número) rodadas seguidas e várias pelejas mal jogadas há pelo menos dois meses, o Corinthians saiu da liderança do campeonato brasileiro. A vitória do Santos no Pacaembu – a primeira derrota do Alvinegro paulistano após 17 (opa, olha ele aí de novo) clássicos no estádio, sendo que a última tinha sido para o próprio Peixe – fez o ex-líder cair para o 3º lugar, a dois pontos do Vasco e um do São Paulo.


Não cai, Neymar... Ricardo Saibun/Divulgação Santos FC
O Santos entrou modificado taticamente por Muricy Ramalho, que não pôde contar com os titulares do meio de campo Arouca, Elano e Ganso. Ibson voltou a jogar depois de pouco mais de um mês fora por contusão e a atuação dele no setor, assim como de seus companheiros pouco entrosados, quase comprometeu o Peixe no primeiro tempo. Eram três atacantes de ofício, mas Neymar voltou bastante para buscar jogo e Alan Kardec também se movimentava para ocupar espaços, embora nenhum dos dois tenha atuado como meias. O Corinthians tentou se impor no início da partida e pelo lado direito da defesa praiana, em jogada de linha de fundo de Alessandro, chegou ao seu gol aos 12 minutos do primeiro tempo. Liédson “matou” com o rosto e marcou.

Na sequência, Julio César fez duas boas defesas em um escanteio e em outra bola cruzada na área corintiana por Danilo. Os lances de escanteio na área da equipe da casa, aliás, foram das principais armas santistas no primeiro tempo. E em uma delas saiu o gol de empate, com Henrique, aos 38. Antes disso, o Peixe havia chegado uma outra vez com Borges, que se deparou com uma saída arrojada do goleiro do Corinthians. O Timão, por sua vez, meteu uma bola no travessão com Liédson e contou com uma finalização ótima de William, defendida por Rafael. Em chances, equilíbrio, mas os corintianos mantiveram o controle da partida por um tempo maior.

Abraço não durou 17 segundos. Ricardo Saibun/Divulgação Santos
Na segunda etapa, o Santos voltou melhor tática e tecnicamente. Muricy posicionou melhor seus meias, bloqueando as passagens pelas laterais e evitando o maior perigo do primeiro tempo, os lances de linha de fundo. O time foi mais incisivo e o Joia, que já tinha aparecido bem em alguns momentos nos 45 minutos anteriores, começou a aparecer mais: ora como arco, ora como flecha. 

Aos 6 minutos, Alan Kardec perdeu um gol incrível, cara a cara com Júlio César depois de lance espetacular de Neymar. Mas, dois minutos após, não desperdiçou a jogada feita por Neymar no lado esquerdo, foi ao fundo e cruzou para Borges fazer seu 17º (olha aí de novo...) gol no campeonato. A partida, eletrizante, seguiu e o Corinthians se aproximou com perigo aos 10, em chute de fora da área de Emerson. Esta foi a segunda defesa de Rafael no jogo e, mesmo o Peixe jogando com um a menos por quase meia hora no segundo tempo, o arqueiro santista não foi mais exigido, ainda que tenha passado um susto com uma cabeçada de Liédson aos 24, quando o Peixe já atuava sem o expulso meia Henrique.

Alan Kardec perdeu ainda outro gol feito aos 12, e Felipe Anderson também deixou de fazer ao encobrir o goleiro rival, finalizando pra fora... Com um a mais, o Corinthians ficou mais com a bola, mas não ameaçou realmente a meta peixeira. Usou e abusou da jogada aérea, principalmente por meio de chuveirinhos, mas a defesa santista foi soberana nesse quesito. Foram 31 bolas alçadas na área sem sucesso e só cinco chegaram em cabeças e pés paulistanos. Tite tentou mexer, mas a equipe sentiu o gol de empate e partiu pra cima sem organização, deixando espaços para o contra-ataque santista. Em uma dessas jogadas de contra-ataque, Alan Kardec cruzou para Neymar, mas Chicão não deixou o joia fazer e empurrou pro gol, anotado para Kardec.



Ao fim, o Santos completou sete partidas sem derrota, uma sequência de cinco vitórias e dois empates, somando... 17 pontos. Para esse santista, nascido num dia 17, foi um dia numerologicamente feliz.

*****

Se algum repórter quisesse fazer a Rogério Ceni alguma pergunta que não fosse laudatória como de hábito, deveria perguntar quantas das faltas que Neymar recebeu não existiram no clássico contra o Corinthians, e se houve alguma que aconteceu e que o árbitro deixou de marcar. Será que chegaremos na mágica estatística de 50% de simulação?