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quinta-feira, novembro 19, 2015

O brio que pode determinar o título da Copa do Brasil

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Segundo o Dicionário Michaelis (versão online), brio significa, entre outras coisas, "sentimento da própria dignidade; ânimo esforçado; coragem, valentia". A história do futebol registra muitos casos em que isso determinou viradas, vitórias e conquistas inimagináveis. Pois esse brio foi despertado, ontem, na equipe do Palmeiras, ao conquistar um empate heroico e improvável com o Atlético-PR, em Curitiba, aos 49 minutos do segundo tempo. Num jogo emocionante, marcado por arbitragem polêmica e muitas confusões, o alviverde paulistano teve dois jogadores expulsos mas, ainda assim, partiu com tudo pra cima do adversário, na base da raça, e arrancou uma improvável igualdade no placar (em 3 x 3). Deu pra notar, na indignação e na determinação de cada palmeirense em campo, o chamado "sangue nos olhos", a fagulha que faltava pra incendiar um time que, até aqui, fez uma temporada vacilante, instável e apática, apesar das contratações feitas.


Enquanto assistia esse jogo, lembrei de outro, de 13 anos atrás. No Campeonato Brasileiro de 2002, o São Paulo, treinado por Oswaldo de Oliveira, engatou uma série espetacular de dez vitórias na primeira fase e tornou-se favorito ao título. A quarta dessas vitórias consecutivas ocorreu na 13ª rodada, contra o Santos, no Morumbi. Assim como o de ontem, foi um jogo marcado por arbitragem polêmica e confusões: três jogadores expulsos (dois do São Paulo), repetição de cobrança de pênalti após Rogério Ceni ter se adiantado para fazer a defesa, provocação do meia santista Diego, que foi comemorar seu gol sobre o símbolo do São Paulo e despertou a revolta de Fábio Simplício, e, no fim, um pênalti duvidoso que fez o Tricolor vencer por 3 x 2. Pois arrisco a dizer que essa derrota foi o que acendeu o brio do Santos - e que foi preponderante para que o time eliminasse o favorito São Paulo um mês depois, nas oitavas-de-final, ganhando corpo para seguir vencendo até o título.


Por isso, mudei minha opinião sobre a decisão da Copa do Brasil, que será disputada entre Palmeiras e Santos. Até ontem, o alvinegro praiano me parecia favorito absoluto, não só pelo excelente futebol apresentado neste segundo semestre, muito por responsabilidade do técnico Dorival Júnior, mas também pela apatia e instabilidade do time palmeirense. Só que, para mim, a partida heroica contra o Atlético-PR mudou esse panorama. Se o Palmeiras ficou mesmo "mordido" com os acontecimentos de ontem, em Curitiba, e permanecer "mordido" ao entrar em campo contra o Santos, na Vila Belmiro, poderá conquistar um resultado confortável - um empate ou mesmo uma derrota por diferença mínima e com gols fora de casa - para partir com tudo na última partida decisiva, jogando em seu estádio lotado. Porque o Santos, ao contrário, segue tranquilo, relaxado e confiante no (consistente) futebol que vem jogando. E isso pode ser muito perigoso... Veremos.

terça-feira, novembro 25, 2014

Como diria a filósofa Simone, 'ENTÃO É NATAL...'

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Decoração de fim de ano em CUritiba (PR).

Quem teve essa ideia (de bêbado) merece uma garrafa de cachaça do Velho Noel!

Chama o Velho, que vem coisa boa! Ho-ho-ho! HA-HA-HA!


quinta-feira, dezembro 03, 2009

Vereador tucano quer proibir filme de Lula em Curitiba

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O vereador professor Galdino (PSDB) é categórico: "Se fosse contra o candidato do Lula, nem Barack Obama, com a atuação que ele fez nos Estados Unidos, ganharia". O cenário hipotético inclui um ano de 2010 que começaria com a exibição do filme Lula, o filho do Brasil em 500 salas de cinema de todo país.

Para garantir que a disputa presidencial não seja "desleal" e que haja igualdade de oportunidades para os candidatos – quer dizer, para dar chances à oposição – seria necessário barrar a exibição do longa-metragem de Fábio Barreto.

Mas calma, gente! Não é censura, porque seria só até outubro, depois da eleição. "É desleal passar no decorrer deste ano, porque encrustra na cabeça das pessoas desinformadas porque vão pegar através da emoção esse filme", explica.

Foto: Divulgação


Segundo os assessores do mandato, os advogados que analisam o caso acreditam que a ação judicial é possível, desde que sejam apontados os trechos e cenas em que o caráter eleitoreiro fique explícito. A reunião com os juristas deve ocorrer nesta sexta-feira (4).

Ele acredita que Curitiba se tornaria um exemplo para o país, que seguiria a ideia de barrar o filme até depois das eleições.

O vereador parece acreditar firmemente na visão da Veja sobre a maior produção – em termos de recursos captados – do cinema nacional.

Falando em Veja

Deu no blogue do Nassif. O músico Toninho Cruz relata que foi gravar um especial acústico com Zeze di Camargo e Luciano para a Veja Online. Para a surpresa geral, a trilha sonora do filme, "Meu primeiro amor", foi vetada. O diretor do programa disse – sabe-se lá se com ironia, vontade de agradar o patrão ou medo mesmo – disse que poderia perder o emprego.

Será que estão dando importância demais ao filme?

segunda-feira, junho 30, 2008

Filho de Garrincha visita o Brasil a convite de bar temático e não perde a chance de criticar Dunga

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Ulf (centro) com Magrão, um quadro com imagens do pai e garrafas no bar O Torto, em Curitiba (a foto é de Rodolfo Bührer, da Gazeta do Povo)

Aos 47 anos, o sueco Ulf Lindiberg Henrik já viveu quase o mesmo tanto que seu pai, o brasileiro (mais brasileiro, impossível) Manoel dos Santos (foto abaixo), o gênio do futebol Garrincha (1933-1983), morto precocemente por problemas de saúde causados pelo alcoolismo crônico. Ironicamente, o "herdeiro" europeu veio ao Brasil, desta vez, a convite de Arlindo Ventura, o Magrão, dono do bar temático O Torto, em Curitiba (PR). Ulf aproveitou para assistir o clássico Atlético-PR x Coritiba, na Arena da Baixada. Na oportunidade, espetou o técnico da seleção canarinho: "-Um time com Ronaldinho, Ronaldo, Kaká... tem de atuar sempre para a frente. Não dá para pôr apenas jogadores para destruir. Definitivamente, não gosto de Dunga".

A corneta de Ulf não significa nada, mas não custa lembrar o quanto seu pai trabalhou (e bem) pela seleção brasileira: foram 60 jogos, 17 gols, inúmeras assistências, três Copas disputadas e duas conquistadas, com participação crucial na Suécia e atuação de protagonista no Chile (abaixo, sete mexicanos tentando marcá-lo em 1962). Com ele em campo, o Brasil perdeu uma única vez, na Copa de 1966, em Liverpool, para a Hungria (3 a 1). De resto, foram fantásticas 52 vitórias e apenas 7 empates. Jogando ao lado de Pelé, nunca perdeu. "Entendo o interesse das pessoas pelo meu pai. Garrincha não foi tão mostrado na TV como Pelé. Pelé foi grande, mas tinha muita mídia. Muita gente que viu os dois diz que Garrincha foi melhor", exagera Ulf. Mas que a memória de Garrincha merecia um pouco mais de atenção nesse país, não resta dúvida. Quando Ulf visitou o Brasil pela primeira vez, em 2005, encontrou apenas um vaso velho com flores secas no modestíssimo túmulo do pai no Cemitério de Raiz da Serra, distrito de Magé (RJ), vizinho a Pau Grande. A precária pedra de mármore que cobre a terra foi comprada pelo ex-jogador Nilton Santos.

Em tempo: muita gente crê que Mané Garrincha gerou um filho na Suécia durante a Copa de 1958, mas não é verdade. A mãe de Ulf engravidou em maio de 1959, durante uma excursão do Botafogo àquele país. O menino nasceu no ano seguinte, foi abandonado pela mãe e adotado aos nove meses. A família adotiva revelou o nome de seu pai quando ele tinha oito anos. O teste que comprovou a paternidade foi realizado apenas em 1998. O sueco sempre quis conhecer o pai e teve uma oportunidade em 1978, mas não conseguiu fazer a viagem. Cinco anos depois, Garrincha perdeu a última batalha contra o álcool e acabou com as chances de um encontro. O ex-jogador teve 15 filhos reconhecidos, sendo 12 mulheres e três homens (acima, com Nenem, filho que jogou pelo Fluminense e faleceu em acidente automobilístico em 1992, aos 33 anos, quando estava no Belenenses, em Portugal). O outro filho, Garrinchinha, que teve com a cantora Elza Soares, morreu igualmente em acidente de carro, aos 10 anos, em 1986. Tereza e Edenir, as mais velhas do casamento com Nair, também já faleceram. Estão vivos, além de Ulf: Marinete, Juraciara, Denízia, Maria Cecília (à esquerda), Terezinha e Cintia (também filhas de Nair), Rosângela (filha de Alcina), Márcia (irmã de Nenem, filha de Iraci) e Lívia (filha de Vanderléa, ex-mulher do falecido jogador Jorginho Carvoeiro).