Destaques

segunda-feira, junho 30, 2008

Filho de Garrincha visita o Brasil a convite de bar temático e não perde a chance de criticar Dunga

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Ulf (centro) com Magrão, um quadro com imagens do pai e garrafas no bar O Torto, em Curitiba (a foto é de Rodolfo Bührer, da Gazeta do Povo)

Aos 47 anos, o sueco Ulf Lindiberg Henrik já viveu quase o mesmo tanto que seu pai, o brasileiro (mais brasileiro, impossível) Manoel dos Santos (foto abaixo), o gênio do futebol Garrincha (1933-1983), morto precocemente por problemas de saúde causados pelo alcoolismo crônico. Ironicamente, o "herdeiro" europeu veio ao Brasil, desta vez, a convite de Arlindo Ventura, o Magrão, dono do bar temático O Torto, em Curitiba (PR). Ulf aproveitou para assistir o clássico Atlético-PR x Coritiba, na Arena da Baixada. Na oportunidade, espetou o técnico da seleção canarinho: "-Um time com Ronaldinho, Ronaldo, Kaká... tem de atuar sempre para a frente. Não dá para pôr apenas jogadores para destruir. Definitivamente, não gosto de Dunga".

A corneta de Ulf não significa nada, mas não custa lembrar o quanto seu pai trabalhou (e bem) pela seleção brasileira: foram 60 jogos, 17 gols, inúmeras assistências, três Copas disputadas e duas conquistadas, com participação crucial na Suécia e atuação de protagonista no Chile (abaixo, sete mexicanos tentando marcá-lo em 1962). Com ele em campo, o Brasil perdeu uma única vez, na Copa de 1966, em Liverpool, para a Hungria (3 a 1). De resto, foram fantásticas 52 vitórias e apenas 7 empates. Jogando ao lado de Pelé, nunca perdeu. "Entendo o interesse das pessoas pelo meu pai. Garrincha não foi tão mostrado na TV como Pelé. Pelé foi grande, mas tinha muita mídia. Muita gente que viu os dois diz que Garrincha foi melhor", exagera Ulf. Mas que a memória de Garrincha merecia um pouco mais de atenção nesse país, não resta dúvida. Quando Ulf visitou o Brasil pela primeira vez, em 2005, encontrou apenas um vaso velho com flores secas no modestíssimo túmulo do pai no Cemitério de Raiz da Serra, distrito de Magé (RJ), vizinho a Pau Grande. A precária pedra de mármore que cobre a terra foi comprada pelo ex-jogador Nilton Santos.

Em tempo: muita gente crê que Mané Garrincha gerou um filho na Suécia durante a Copa de 1958, mas não é verdade. A mãe de Ulf engravidou em maio de 1959, durante uma excursão do Botafogo àquele país. O menino nasceu no ano seguinte, foi abandonado pela mãe e adotado aos nove meses. A família adotiva revelou o nome de seu pai quando ele tinha oito anos. O teste que comprovou a paternidade foi realizado apenas em 1998. O sueco sempre quis conhecer o pai e teve uma oportunidade em 1978, mas não conseguiu fazer a viagem. Cinco anos depois, Garrincha perdeu a última batalha contra o álcool e acabou com as chances de um encontro. O ex-jogador teve 15 filhos reconhecidos, sendo 12 mulheres e três homens (acima, com Nenem, filho que jogou pelo Fluminense e faleceu em acidente automobilístico em 1992, aos 33 anos, quando estava no Belenenses, em Portugal). O outro filho, Garrinchinha, que teve com a cantora Elza Soares, morreu igualmente em acidente de carro, aos 10 anos, em 1986. Tereza e Edenir, as mais velhas do casamento com Nair, também já faleceram. Estão vivos, além de Ulf: Marinete, Juraciara, Denízia, Maria Cecília (à esquerda), Terezinha e Cintia (também filhas de Nair), Rosângela (filha de Alcina), Márcia (irmã de Nenem, filha de Iraci) e Lívia (filha de Vanderléa, ex-mulher do falecido jogador Jorginho Carvoeiro).

9 comentários:

Glauco disse...

"Um time com Ronaldinho, Ronaldo, Kaká... tem de atuar sempre para a frente." Vê-se que o filho sueco do Garrincha não só não acompanha a seleção brasileira como também está desligado do futebol ao citar jogador quase aposentado, outro com num-sei-que-lá que não joga e um terceiro que há pouco fez artroscopia....

Anônimo disse...

"Kyocera, Baixada ou o raio-que-o-parta" é a puta que lhe pariu.

Nos créditos deste blog diz que você é jornalista. Mas não parece. Informe-se melhor se quiser escrever sobre qualquer coisa.

Tinha que ser bambi mesmo...

Marcão disse...

Atleticano: em respeito a você, a outros torcedores do teu time (e também à minha mãe!), retirei o trecho que considerou ofensivo. De resto, grande coisa ser jornalista! Até o Arnaldo Jabor se considera um! E bambi, pra mim, é gente que não põe o nome quando comenta alguma coisa. Saudações!

Anônimo disse...

Para quem se preocupa em praticar esportes com os melhores equipamentos, confiram os produtos do meu site. Abç

Anônimo disse...

O estádio do Atlético chama-se Joaquim Américo Guimarães, numa homenagem ao idealizador da primeira praça esportiva do Paraná e fundador do Internacional Foot-Ball Club, que, anos depois, daria origem ao Clube Atlético Paranaense. A torcida rubro-negra sempre chamou, carinhosamente, de Baixada. O nome de fantasia do estádio foi, por alguns anos, "Kyocera Arena", devido a um contrato de naming-rights com a indústria japonesa. Com o término do contrato, porém, o estádio não tem mais relação alguma com a Kyocera. É simplesmente Baixada ou, como preferem alguns, Arena da Baixada.

Nicolau disse...

Acredito que um dos motivos da piada do Marcão com o nome do estádio do Atlético PR foi criticar o lance de se vender naming-rights para emrpesas, como foi bem esclarecido pelo Guerrilheiro da Baixada. Eu, particularmente, sou a favor da venda. Primeiro porque entra dinheiro gordo no clube, segundo porque os torcedores vão continuar chamando pelo nome original mesmo.

Anselmo disse...

quanto ódio no coração minha gente!

Glauco disse...

Essa coisa de nomes de estádios é antiga. É bom lembrar que o atual Palestra Itália foi contruído em um terreno da cervejaria Antarctica (que saudade) e o acordo inclusive proíbia que fossem vendidos produtos que não pertencessem à Antarctica. Ou seja, o nome pelo qual muitos até hoje chamam o estádio palmeirense era fruto de um acordo comercial.

Em se tratando de nome de estádio, no Brasil, é natural a confusão. Mas o Guerrilheiro da Baixada já esclareceu a questão. Valeu!

Gerson Sicca disse...

não tinha óculos escuros e boné na época? Naquela foto do Garrincha com a torcida atrás tá todo mundo com a mão na cabeça pra enxergar o jogo.