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terça-feira, setembro 15, 2009

"Eu aqui nessa meta..."

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Tenho empreendido uma busca infrutífera nos últimos tempos, e conto com os leitores do Futepoca e com a comunidade manguaça nacional para obter sucesso no projeto. À história:

Faz tempo, bastante tempo mesmo, chutaria algo em torno de 15, 16 anos. Eu estava assistindo a um programa esportivo da TV Cultura que falava sobre a preparação da seleção brasileira de handebol que ia disputar uma grande competição (Olimpíadas? Mundial?). A matéria era boa e explicava como estava sendo realizado o treinamento dos atletas.

Então se iniciou uma apresentação do trabalho específico dos goleiros. Mostraram os dois (ou mais) arqueiros (dá pra usar esse termo também no handebol?) dando seus saltos, pulando nas bolas, fazendo exercícios físicos, aquela coisa. A reportagem - em tom bem humorado - contava que a vida de goleiro do handebol não era nada fácil, e para ilustrar isso mostrou várias boladas que os jogadores levam em diferentes partes do corpo (inclusive "lá", caro leitor do sexo masculino).

Nesse momento, a reportagem se baseou nas cenas dos goleiros treinando enquanto uma musiquinha tocava de fundo. É aí que eu quero chegar. A música em questão era um sambinha bem divertido, divertido mesmo. Falava sobre um tema tão cotidiano quanto espinhoso para os praticantes de pelada Brasil afora - o inevitável revezamento no gol. Sim, porque a não ser que você seja um mau caráter, não importa o quanto você tenha de habilidade com os pés: chegará um momento, durante a partida, em que você terá que atuar como goleiro.

A música contava o quanto é doloroso permanecer embaixo dos paus (no bom sentido) enquanto uma bela partida de futebol desenha-se centímetros adiante. No refrão, a frase mais importante: "dribla o zagueiro, toca de calcanhar... e eu aqui nessa meta, olhando a bola passar... e eu aqui nessa meta, olhando a bola passar...". Trocadilho sensacional!


Acontece que nunca mais ouvi a música nem vi qualquer referência a ela.

"Procura no Google, seu tonto!". Claro que já fiz isso. Mas nada de obter resultado. O site insiste em me dar a seguinte resposta: Você quis dizer: eu aqui "nessa mesa"

E então não chego a lugar nenhum.

Se alguém conhecer a música (ou mesmo se lembrar da reportagem), eu ficarei muito feliz. E será dada uma grande conbtribuição ao repertório futebol-MPBístico - que, se não chega a ser um "Som na caixa, manguaça!", tem também muitas preciosidades.

Pra ilustrar (?) o post, um vídeo que não tem rigorosamente nada a ver com o assunto e eu nem sei direito do que se trata. Mas é que ele apareceu na busca por "futebol" e "samba" no Google. Aparentemente, fala sobre jogadores brasileiros na Turquia. Se alguém sacar direito o que acontece, agradecemos também.

sexta-feira, agosto 15, 2008

A vitória no último segundo

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Se muita gente ficou com raiva da partida contra a Hungria no handebol feminino, quando o Brasil sofreu o empate no último segundo da partida, ontem teve a oportunidade de viver o lado bom desse tipo de situação. Por 33 a 32, a seleção assegurou uma vitória histórica contra a Coréia do Sul, vice-campeã olímpica, o único páis não-europeu a conquistar medalhas na modalidade.

Depois da apresentação contra as húngaras, a derrota para a Rússia parecia fazer as meninas (e o torcedor) voltarem a um patamar inferior em relação às possibilidades da equipe. Ontem, contra uma seleção invicta e forte, não se esperava grande coisa. Mas desde o início as brasileiras jogaram de igual para igual, com uma forte marcação que evitava as jogadas de penetração das sulcoreanas. No final do primeiro tempo, o Brasil ainda conseguiu uma vantagem boa, indo para o intervalo com um 17 a 12, resultado espetacular.

Na segunda etapa, a Coréia do Sul voltou melhor, mas só foi de fato tirar a diferença e empatar na metade do tempo. Entre os 15 e os 20 minutos, não só empataram a partida como, depois disso, ficaram com duas jogadoras a mais em quadra por dois minutos. Você olha pra trás, vê o histórico das duas seleções e pensa: "já era".

Mas não foi. O Brasil marcou dois gols mesmo com a enorme desvantagem numérica e segurou a reação do adversário. A Coréia perdeu inclusive um tiro de sete metros, com Hong, que só entrava para fazer esse tipo de finalização. A partir daí, a seleção manteve uma vantagem de dois gols, que foi tirada justamente no fim. De novo, no último minuto, posse de bola das orientais. Depois de ter mantido a vantagem por quase todo o tempo, perder no fim seria castigo demais.

E a Coréia do Sul desperdiçou. O Brasil foi para o ataque e só foi parado com falta (algo absolutamente comum no handebol). Com uma atleta a mais, a seleção contou com a pontaria de Ana Paula que, no último segundo, desferiu o tiro certeiro contra o gol sulcoreano.

Uma partida pra lá de emocionante e uma vitória histórica. Mesmo tendo diferenças técnicas em relação à maioria das rivais, o time brasileiro compensa as deficiências com uma garra incomum, e que parece faltar à equipe masculina. Dá gosto de ver.

segunda-feira, agosto 11, 2008

Grandes emoções no handebol feminino

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Até agora, o jogo mais emocionante em esportes coletivos que contaram com a presença do Brasil foi a partida contra a Hungria, no handebol feminino, disputada na madrugada de hoje. Claro que o massacre da seleção feminina de vôlei contra a Rússia, uma das favoritas, foi o resultado mais comemorado, mas o jogo das meninas do hand foi épico.

Com uma atuação esplendorosa da central Anita Görbicz (à direita), a seleção húngara conseguiu terminar o primeiro tempo com 5 gols de vantagem, 17 a 12. Parecia tudo perdido e restaria às brasileiras apenas diminuir a diferença do placar desfavorável. Mas o treinador espanhol Juan Oliver acreditou e adotou o sistema 3-3, com uma marcação mais agressiva. Aí apareceu a estrela da brasileira Duda Amorim (abaixo, à esquerda), artilheira da equipe na partida e logo veio o empate em 17, algo impensável segundo as circunstâncias.

Daí pra frente, o Brasil permaneceu sempre atrás no placar, empatando de quando em quando. Mas, a três minutos do final, passou a frente e chegou a abrir vantagem de dois gols. Uma tensão anormal até o fim e, no último segundo, a Hungria conseguiu empatar em 28 a 28. Sabor de vitória para elas, mas o empate mostrou que a seleção tem potencial e pode até surpreender se conseguir manter o alto nível da partida de hoje.

As húngaras foram vice-campeãs olímpicas em 2000 em uma modalidade onde o domínio europeu é mais que evidente. Das 30 medalhas distribuídas até hoje no masculino apenas uma foi para um país de fora do continente: Coréia do Sul em 1988. Porém, é no feminino que as sul-coreanas mostram mais força. São dois ouros (1988 e 1992) e três pratas, incluindo a última edição dos Jogos, quando foram derrotadas na final pela Dinamarca (atual tricampeã mas que não conseguiu vaga para Pequim). E as orientais estão no grupo do Brasil junto com a Rússia, atual campeã mundial.

O grupo brasileiro é complicado, mas dá pra pensar em ficar entre as quatro classificados e pelo menos repetir a colocação de Atenas, sétimo lugar.