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sexta-feira, agosto 15, 2008

A vitória no último segundo

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Se muita gente ficou com raiva da partida contra a Hungria no handebol feminino, quando o Brasil sofreu o empate no último segundo da partida, ontem teve a oportunidade de viver o lado bom desse tipo de situação. Por 33 a 32, a seleção assegurou uma vitória histórica contra a Coréia do Sul, vice-campeã olímpica, o único páis não-europeu a conquistar medalhas na modalidade.

Depois da apresentação contra as húngaras, a derrota para a Rússia parecia fazer as meninas (e o torcedor) voltarem a um patamar inferior em relação às possibilidades da equipe. Ontem, contra uma seleção invicta e forte, não se esperava grande coisa. Mas desde o início as brasileiras jogaram de igual para igual, com uma forte marcação que evitava as jogadas de penetração das sulcoreanas. No final do primeiro tempo, o Brasil ainda conseguiu uma vantagem boa, indo para o intervalo com um 17 a 12, resultado espetacular.

Na segunda etapa, a Coréia do Sul voltou melhor, mas só foi de fato tirar a diferença e empatar na metade do tempo. Entre os 15 e os 20 minutos, não só empataram a partida como, depois disso, ficaram com duas jogadoras a mais em quadra por dois minutos. Você olha pra trás, vê o histórico das duas seleções e pensa: "já era".

Mas não foi. O Brasil marcou dois gols mesmo com a enorme desvantagem numérica e segurou a reação do adversário. A Coréia perdeu inclusive um tiro de sete metros, com Hong, que só entrava para fazer esse tipo de finalização. A partir daí, a seleção manteve uma vantagem de dois gols, que foi tirada justamente no fim. De novo, no último minuto, posse de bola das orientais. Depois de ter mantido a vantagem por quase todo o tempo, perder no fim seria castigo demais.

E a Coréia do Sul desperdiçou. O Brasil foi para o ataque e só foi parado com falta (algo absolutamente comum no handebol). Com uma atleta a mais, a seleção contou com a pontaria de Ana Paula que, no último segundo, desferiu o tiro certeiro contra o gol sulcoreano.

Uma partida pra lá de emocionante e uma vitória histórica. Mesmo tendo diferenças técnicas em relação à maioria das rivais, o time brasileiro compensa as deficiências com uma garra incomum, e que parece faltar à equipe masculina. Dá gosto de ver.

1 comentários:

Thalita disse...

É, dessa vez foi bem diferente da Hungria. Agora o Brasil precisa subir de patamar e manter por todo o jogo a vantagem conseguida no início. Mas tá bão! Vamo que vamo pra cima da Suécia, pra classificar!