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segunda-feira, agosto 11, 2008

Grandes emoções no handebol feminino

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Até agora, o jogo mais emocionante em esportes coletivos que contaram com a presença do Brasil foi a partida contra a Hungria, no handebol feminino, disputada na madrugada de hoje. Claro que o massacre da seleção feminina de vôlei contra a Rússia, uma das favoritas, foi o resultado mais comemorado, mas o jogo das meninas do hand foi épico.

Com uma atuação esplendorosa da central Anita Görbicz (à direita), a seleção húngara conseguiu terminar o primeiro tempo com 5 gols de vantagem, 17 a 12. Parecia tudo perdido e restaria às brasileiras apenas diminuir a diferença do placar desfavorável. Mas o treinador espanhol Juan Oliver acreditou e adotou o sistema 3-3, com uma marcação mais agressiva. Aí apareceu a estrela da brasileira Duda Amorim (abaixo, à esquerda), artilheira da equipe na partida e logo veio o empate em 17, algo impensável segundo as circunstâncias.

Daí pra frente, o Brasil permaneceu sempre atrás no placar, empatando de quando em quando. Mas, a três minutos do final, passou a frente e chegou a abrir vantagem de dois gols. Uma tensão anormal até o fim e, no último segundo, a Hungria conseguiu empatar em 28 a 28. Sabor de vitória para elas, mas o empate mostrou que a seleção tem potencial e pode até surpreender se conseguir manter o alto nível da partida de hoje.

As húngaras foram vice-campeãs olímpicas em 2000 em uma modalidade onde o domínio europeu é mais que evidente. Das 30 medalhas distribuídas até hoje no masculino apenas uma foi para um país de fora do continente: Coréia do Sul em 1988. Porém, é no feminino que as sul-coreanas mostram mais força. São dois ouros (1988 e 1992) e três pratas, incluindo a última edição dos Jogos, quando foram derrotadas na final pela Dinamarca (atual tricampeã mas que não conseguiu vaga para Pequim). E as orientais estão no grupo do Brasil junto com a Rússia, atual campeã mundial.

O grupo brasileiro é complicado, mas dá pra pensar em ficar entre as quatro classificados e pelo menos repetir a colocação de Atenas, sétimo lugar.

3 comentários:

Thalita disse...

eu até queria ter escrito sobre esse jogo, que assisti inteiro, mas fiquei com muita raiva do Brasil. A Chana fez cinco defesas espetaculares em seguida, praticamente deu a vitória ao Brasil. E o time desperdiçando bola no ataque.
Aí, no último segundo, a barreira simplesmente ABRE pra Hungria fazer o gol de empate. Não foi por cima, não foi pelo lado. Foi pelo MEIO da barreira. Não dá pra aceitar esse tipo de lance... ainda mais numa Olimpíada. Onde elas estavam com a cabeça? Tive até insônia depois...

Marcão disse...

Eu vi o final do jogo. Se eu estivesse no ginásio, teria aplaudido de pé o último gol da Hungria. Um segundo para o time fazer o que devia. E fez. Fantástico.

Nicolau disse...

Porra, não vi o jogo e não sou de ufanismos, mas vocês não estão sendo muito malas com as brasileiras? O Brasil não é exatamente uma potência no handebol e os países europeus têm muito mais tradição. O empate foi uma boa, oras.