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quarta-feira, novembro 26, 2008

Manguaça pé-rapado

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Meio-dia. Calor. Ressaca. Dor de cabeça. Cansaço. Vontade de beber de novo. Trezentas coisas pra resolver no trabalho. Desespero. Toca o celular.

- Alô, senhor Marcos?

- Sim.

- O senhor adquiriu, recentemente, uma linha fixa pré-paga da Encrencofônica?

- Sim.

- Senhor Marcos, o senhor estaria interessado em adquirir o serviço Speeki?

- Não.

- Não? Por que, senhor?

- Não tenho computador.

- Ah! E para a TV? O senhor não gostaria de adquirir o serviço Encrencofônica TV Digital?

- Não.

- Também não?!? Por que?

- Não tenho televisão.

- ... (ouve-se um suspiro prolongado)

- Hãã... Muito bem, senhor Marcos, a Encrencofônica agradece, tenha uma boa tarde...

Fim da ligação. Com o amargo do vinho de ontem na boca, fico imaginando o rapaz do telemarketing reclamando pro colega da baia ao lado: "-Não tem computador! Não tem televisão! Nem sei como tem celular! A gente pega cada pé-rapado pra tentar vender essas porcarias que vou te contar, viu!".

terça-feira, setembro 23, 2008

Celular é mais perigoso que dirigir bêbado

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Um estudo publicado recentemente em Londres, na Inglaterra, comprova a tendência de criminalização exagerada da manguaça: segundo a pesquisa da RAC Foundation, em parceria com o Laboratório de Pesquisas do Trânsito (TRL, na sigla em inglês), a troca de torpedos pelo celular atrapalha muito mais os motoristas do que se estivessem sob o efeito de álcool ou drogas. Na análise de comportamento entre 17 motoristas com idade entre 18 e 24 anos, as reações dos motoristas foram 35% mais lentas quando dirigiam enquanto escreviam ou liam mensagens de texto pelo celular. Além disso, a capacidade de controle no volante foi prejudicada em 91% e a habilidade em manter a distância com relação aos outros carros também caiu.

Resultados de pesquisas anteriores haviam demonstrado que as reações ficavam cerca de 21% mais lentas entre motoristas que dirigiam sob o efeito da maconha e 12% mais lentas entre os motoristas que haviam bebido além do limite considerado legal na Grã-Bretanha. Nick Reed, pesquisador do TRL, afirma que a distração com o celular "resulta em uma diminuição na capacidade de reação e de controle do veículo que colocam o motorista em um risco maior do que se estivesse consumido álcool no limite legal para direção". Já o diretor da RAC Foundation, Stephen Glaister, observa que, na opinião da maioria dos participantes do estudo, dirigir bêbado era a prática mais perigosa no trânsito. "No entanto, os resultados mostram que o motorista que envia torpedos enquanto dirige é muito mais incapacitado do que aquele que bebeu além do limite legal de álcool", desmistifica.

E aí? Por que não aprovam uma "Lei Surda"? Os manguaças do mundo denunciam: isso é preconceito! E discriminação!

quarta-feira, julho 02, 2008

Cabine para quem quer dizer que não está no bar

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Atenção manguaças que sofrem com a "rádio-patroa": um bar da região dos Jardins, na capital paulista, instalou uma cabine telefônica (foto) que simula sons para despistar o real paradeiro dos clientes. Ela emite barulho de carros, buzina, avião, tiroteio e até gemidos. Nessa cabine batizada de "cornofônica", o bêbado mentiroso pode inventar tranqüilamente a mentira que quiser, com suporte da "sonoplastia". Leopoldo Buosanti Neto, dono do bar, teve a mirabolante idéia a partir da observação: "Eu via o pessoal saindo desesperado até a rua para atender o celular porque não queria que a mulher descobrisse que estava em um bar". Mas atenção, bêbados barbados: o empresário revela que a invenção tem feito muito sucesso entre as mulheres. "A opção que elas mais usam é do barulho de trânsito", avisa.