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Destaques
terça-feira, novembro 17, 2015
Secretaria de EDUCAÇÃO...
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sexta-feira, setembro 26, 2014
Governo Alckmin: 'gestão', 'eficiência', 'competência'
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Alckmin vê o Sistema Cantareira e canta: 'Tudo em volta está DESERTO, tudo certo/ Tudo certo como 2 e 2 são 5' |
Depois de acompanhar o violento despejo de sem-teto no Centro de São Paulo no início deste mês, vejo hoje uma notícia que comprova que a Polícia Militar do governo estadual não tem mais nada de útil pra fazer, além de espancar pobres, grevistas, estudantes ou manifestantes:
Alta foi de 11,7% na comparação entre oitavo mês de 2013 e deste ano. Homicídios caíram 12,6% no mesmo período de comparação. Na capital, roubos cresceram 13,6% e homicídios subiram 6,3%.
Realmente, é mais uma notícia "edificante" sobre o (des)governo do PSDB em São Paulo, que já beira 20 anos seguidos. E o povo quer mais: Geraldo Alckmin lidera as pesquisas e pode ser reeleito já no 1º turno. Esses eleitores parecem contentes com o ensino público estadual:
São Paulo tem o pior nível no Ensino Médio dos últimos 6 anos
Os resultados do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo, revelados mostram que os desempenhos dos estudantes dos alunos do Ensino Médio nas escolas estaduais pioraram em relação ao ano de 2013 e acabaram sendo os mais baixos desde o ano de 2008.
São Paulo registra 17.088 casos de dengue neste ano
O número de casos de dengue neste ano na cidade de São Paulo chegou a 17.088 nesta quarta-feira, dia 23. Na comparação com os 15.969 registrados até a última semana de julho, o aumento foi de 7%.
Metrô de São Paulo tem uma pane grave a cada 3 dias
Estatísticas do Metrô de São Paulo revelam que número de falhas graves no sistema dobrou nos últimos cinco anos. Em 2013, ocorreu uma pane grave a cada três dias, com grande transtorno aos passageiros. Foram 113 falhas de mais de 6 minutos de duração no ano. Os números indicam aumento de 105% das panes em relação a 2009.
O nível dos reservatórios do sistema tem registrado quedas consecutivas e chegou nesta sexta-feira a 7,2% da capacidade. Em nota, a secretaria estadual de Saneamento e Recursos Hídricos informou que o esgotamento da primeira cota da reserva técnica só aconteceria "no pior dos cenários". São Paulo enfrenta a maior crise hídrica da história.
Faz pelo menos quatro anos que o Estado de São Paulo está a par dos riscos de desabastecimento de água na Região Metropolitana. Em dezembro de 2009, um estudo não só alertou para a vulnerabilidade do sistema Cantareira como sugeriu medidas cabíveis a serem tomadas pela Sabesp a fim de garantir uma melhor gestão da água. O aviso veio do relatório final do Plano da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, feito pela Fundação de Apoio à USP.
segunda-feira, agosto 11, 2014
O mé que move o mundo
terça-feira, dezembro 10, 2013
Não é pelos 20 centavos. Não mesmo!
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quinta-feira, junho 13, 2013
Manifestações criaram momento único para debater tarifas
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Foto Movimento Passe Livre |
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Gianluca Ramalho Misiti/Flickr |
quarta-feira, junho 12, 2013
Sutilezas semânticas
sexta-feira, junho 07, 2013
Por que o movimento pela redução da passagem dará em nada
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por William Maia*
Vendo as imagens da batalha de ontem na Paulista, uma pergunta não me saía da cabeça: por que só pararam a Paulista agora, se o reajuste vem sendo anunciado há meses? A resposta, como sempre, está no passado: em 2006, ainda no começo da gestão Kassab, participei de algumas manifestações contra o aumento da tarifa de ônibus. Na época, o reajuste foi de R$ 2,00 para R$ 2,30.
Tinha acabado de entrar na faculdade, não sabia de muita coisa, mas a causa me parecia justa e o movimento, democrático –qualquer um podia participar e não havia liderança hierarquizada clara. Os protestos começaram bem, fechamos a Paulista algumas vezes e bloqueamos o terminal Parque Dom Pedro; tudo de forma pacífica, a despeito da agressividade da polícia.
Conforme os dias e semanas passavam sem que a Prefeitura desse o menor sinal de que poderia reverter o aumento, o público das passeatas foi minguando. Ainda assim, eram muitas pessoas, a maioria sem ligação com partidos ou sindicatos. Gente realmente interessada em um transporte público de qualidade a preço justo –ou a preço nenhum. Certo dia, fui a uma reunião da coordenação do movimento na sede do Partido Humanista, em Santa Cecília.
Cheio de entusiasmo juvenil, me inscrevi para falar na plenária, e defendi que encarássemos a realidade e mudássemos a bandeira do movimento. Já não adiantava imaginar que o valor da passagem regredisse depois de tanto tempo. Portanto, deveríamos aproveitar aquela reunião de pessoas bem-intencionadas e defender investimentos na melhoria dos ônibus, no aumento da frota para mitigar as superlotações, e nos prepararmos para enfrentar um novo reajuste no futuro, ANTES que este entrasse em vigor. A chance de barrá-lo seria muito maior, evidentemente.
A proposta foi bem aceita num primeiro momento, com discordâncias pontuais, até que tomou a palavra um militante da juventude do PCO (Partido da Causa Operária) – sim, eles existem –, que chamou o discurso pela melhoria das condições do transporte de “coisa de tucano”, e defendeu que continuássemos as passeatas pela redução da tarifa, que no mínimo manchariam a imagem do Kassab. Confusão instalada, todos falando ao mesmo tempo, troca de acusações etc.
Eis que em determinado momento, alguém propõe uma votação para definir os rumos do movimento: continuaríamos as passeatas com cada vez menos pessoas ou buscaríamos uma alternativa? E foi então que a realidade me deu um tapa na cara. Vendo que a militância presente pendia para a segunda opção, os camaradas do PCO e outros descontentes começaram a retardar a votação, enquanto telefonavam chamando mais gente para comparecer à plenária e assim ganhar o controle do movimento.
Fui embora e nunca mais voltei.
Ali percebi que, apesar da boa intenção da maioria, não se tratava apenas de um movimento contra o aumento da passagem, mas de disputa de poder entre correntes do movimento estudantil, algumas delas, marionetes de partidos. Em 2009 e 2011, a coisa se repetiu. Protestos contra o aumento foram às ruas DEPOIS de o reajuste entrar em vigor. Começaram fazendo barulho e depois desapareceram.
Dessa vez não será diferente.
Leia também:
quarta-feira, maio 11, 2011
O Metrô de São Paulo e a vitória do higienismo
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quinta-feira, fevereiro 17, 2011
Passei raiva: 2h40 para percorrer trecho que deveria levar 50 minutos
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Segundo o Google Maps, eu deveria ter levado 49 minutos para o trajeto. Foram consumidos 2h40. Choveu em São Paulo durante a tarde, houve pontos de alagamento e muito congestionamento. Do Largo do Paissandu até a Consolação, trecho percorrido em cinco minutos, foram gastos 35.
Passei raiva para sair do Centro de São Paulo para a Vila Sônia, na região sudoeste da capital. Sem livro, sem fone de ouvido, de pé.
Mas não está tudo bem.
Ao meu lado, também de pé, uma passageira completou a leitura das 50 ou 60 páginas que faltavam na fruição do primeiro livro da série O Crepúsculo, de Stephenie Meyer – com a edição de capa especial. Depois de encerrado o volume, ficou mais 30 minutos sem ter o que fazer. Contive-me para pedir o exemplar para experimentar, em um ato desesperado, algum passatempo.
Sentada duas fileiras à frente, uma moça tentou de tudo para fazer prosperar um flerte com um japonês, que seguia impassível. Apesar de nada acontecer a despeito de ajeitadas no cabelo e retoques na maquiagem, ela relatava os "avanços" (que fantasiava) a uma amiga, por mensagens de texto no celular. Sugeria à interlocutora à distância que o pretendente a estaria "secando", quando na verdade o oriental matinha o fone nos ouvidos e os olhos fixos no celular de outro passageiro, que transmitia a primeira etapa de São Paulo e Treze da Paraíba. É feio ler mensagem de texto alheia, eu sei.
Ao meu lado, um senhor de uns 60 anos tentava controlar, por telefone, a ansiedade de sua senhora, que o aguardava no Shopping, mesmo quando já era mais de 22h. A cada trinta minutos, perguntava para mim quantas paradas haveria entre distâncias variadas. Da Faria Lima até a Francisco Morato. Da Brasil ao Eldorado. E assim por diante.
Outros passageiros tentaram arrumar o que fazer. Muitas cabeças pendidas para frente, para o lado, para trás em uma soneca que não durava dois minutos de cada vez.
Dureza. Tudo isso por uma tarifa de R$ 3, reajustada pela gestão de Gilberto Kassab (DEM, futuramente, quem sabe, no PMDB). E nem tinha um bar no coletivo pra melhorar o clima.
segunda-feira, junho 21, 2010
"Governo de São Paulo: cada vez melhor"
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Por incrível que pareça (ou para o cúmulo da cara de pau), esse título do post reproduz o slogan da administração do PSDB em terras paulistas. Gostaria de saber o que os usuários do metrô, principalmente os que passam pela estação Sé (foto abaixo), comentam sobre essa "melhora progressiva"...
terça-feira, maio 11, 2010
Delivery de bêbado e sexo
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Na Inglaterra, o camarada Paulo Junkie (que se despediu daqui num buteco da praça Benedito Calixto, na presença de alguns dos futepoquenses), recebeu uma proposta de emprego muito interessante lá em terras londrinas. Conta ele que só precisa validar sua carteira de motorista para assumir a função de catador de bêbado e entregador de prostituta. Funciona assim: a agência fornece uma espécie de mobilete dobrável (foto), daí ele põe uma moça na garupa e entrega na casa de algum cliente; depois, no caminho de volta, passa em algum lugar onde um bêbado deu perda total, põe o cidadão no carro dele ou num táxi, dobra a mobilete e põe no porta-mala do veículo, leva o manguaça pra casa dele, pega a magrela e volta, resgata a moça e retorna à agência. E assim, transportando profissionais do sexo e resgatando bebuns, o Paulão vai juntando seus pounds (libras). O serviço de catador de bêbado bem que podia ser incluído no Manguaça Cidadão...
quinta-feira, fevereiro 25, 2010
Revolta no busão
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Agora há pouco, vindo de ônibus (Terminal Pirituba) da rua Teodoro Sampaio em direção à avenida Heitor Penteado, bairro Pinheiros, presenciei uma situação que nunca imaginei passar em todos os seis anos que já pago meus pecados nessa paulicéia alagada. Logo que subi no busão, abarrotado com umas 50 ou 60 pessoas, percebi um clima tenso de revolta. Todas as pessoas nervosas, resmungando, xingando. De orelhada, fui me informando de que, pelo que parece, diminuíram o número de veículos por linha.
- Agora tem cota de 21 ônibus por linha, não pode ter mais. E cortaram várias linhas diretas, tem que fazer baldeação nos terminais - comentava um rapaz que, pelo uniforme, parecia funcionário de alguma empresa de transporte.
- Onde já se viu? Esse homem é bizarro! E pensar que eu votei nele! Tive que acordar às 5 da manhã e ainda não cheguei. Não tem mais ônibus direto. Maldito Kassab! - reclamava uma senhora, muito transtornada.
- Mas ele vai pagar! - dizia outra. Meu dedinho tá coçando pra castigar ele na urna! Ele vai ver só!
- É vagabundo! Olha aí, tá tudo alagado, tudo sujo. Ele aumentou o IPTU, por que não limpa a rua? É vagabundo! Cachorro! Merece uma bela duma peia! - rosnava um homem de boné, os olhos saltados.
Nisso, a cobradora, que tentava dormir, despertou com o alarido das reclamações e não deixou barato, descascou um belo de um sermão:
- Vocês votaram tudo no Kassab, que eu sei! Vocês tem que se ferrar! A Marta fez corredor de ônibus, criou o bilhete único, trocou os ônibus velhos por novos, acabou com perueiro clandestino. E quando precisou de vocês, não teve nada! Vocês votaram no Kassab, tem mais é que se ferrar, mesmo!
Atônito, perplexo e sem palavras, eu ainda consegui ouvir duas coisas antes de me esgueirar para descer no ponto certo:
- Eu voto no PT. Eu sempre votei no PT, não votei no Kassab, não! - defendia-se um homem bem humilde, com o filho (ou neto) que levava para a escola.
- Mar-ta! Mar-ta! Mar-ta! - gritavam algumas meninas no fundo do busão.
Juro, isso aconteceu. Se o Kassab sair na rua hoje, apanha. Ou morre.
E se a Marta quiser fazer campanha para qualquer coisa, na rua, esse é o dia.
terça-feira, fevereiro 09, 2010
Solução para paulistanos virá da Escócia
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Olha aí, prefeito Kassab, uma grande solução para as enchentes na cidade de São Paulo: a capital escocesa, Glasgow, está testando um novo ônibus anfíbio (fotos abaixo, da AFP) para atender às comunidades de Renfrew e Yoker, que precisam atravessar o Rio Clyde de balsa. O ônibus, construído na Holanda, pode carregar até 50 passageiros em viagens sem interrupções no asfalto e na água. E se não quiser gastar com os ônibus anfíbios, Kassab, bem que você poderia trazer outra medida paliativa da Escócia: uma caixa de garrafas de uísque legítimo para cada manguaça descontente da Paulicéia Alagada!
terça-feira, setembro 29, 2009
Serra, tire o cercadinho da Sé e mande o povo pro bar!
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O governo do José Serra trouxe mais uma inovação para melhorar o transporte público e a qualidade de vida em São Paulo. A medida restringe a entrada de passageiros para o embarque na estação Sé no horário de pico. A medida foi chamada de “cercadinho para pobres” por Paulo Henrique Amorim, já que muda o local de espera da plataforma para uma área mais distante.
Ainda assim, para o jornal Folha de S.Paulo, trata-se de uma tentativa de "melhorar embarque do metrô". Na linha-fina, antes de qualquer ressalva, vem: "Passageiros dizem que embarque foi mais tranquilo". Imagino que a assessoria de imprensa do governo mudaria pouca coisa na matéria.
A própria Folha explica melhor a ação no segundo parágrafo da matéria. Trata-se de uma restrição de uma hora e meia ao acesso da população aos trens, com intenção e organizar o embarque e evitar o empurra-empurra (opa!).
No primeiro dia, a genial ação, prevista para durar das 17h30 às 19h, teve de ser interrompida às 18h15, segundo o jornal dos Frias “porque uma multidão já se aglomerava perante a barreira montada no acesso à plataforma sem conseguir embarcar”. O secretário de Transportes Metropolitanos José Luiz Portella culpou a chuva pela interrupção prematura. (Veja imagens da estaçaõ Sé ontem aqui e aqui, não reproduzidas para não violar leis de copyright).
Mais não falo sobre a medida serrista, pois não faria melhor do que fez o PHA no post (aqui). Mas ouso, humildemente contribuir para o debate. Se a idéia para melhorar o conforto dos passageiros não é botar mais trens na linha, diminuir os intervalos entre eles ou construir mais estações, se a idéia é fazer o povo esperar mais um pouco, a solução já foi dada neste blog desde priscas eras: Manguaça Cidadão!
O governo deveria firmar convênios com os bares dos arredores das estações de metro mais movimentadas, permitindo aos trabalhadores passar o período de espera não no tal cercadinho, mas confortavelmente desfrutando de uma boa breja, subsidiada pelo Estado, dentro do programa Boteco Popular. Se não é pra resolver, pelo menos paga uma cerveja, pô!
quarta-feira, setembro 16, 2009
Será que alguem bebeu além da conta?
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Estava indo para a biblioteca pública aqui em Dublin, perto das 3 da tarde (11 da manhã no Brasil), quando aconteceu um acidente inacreditável. O Luas, espécie de metrô de superfície, bateu em cheio na lateral de um ônibus em um dos pontos mais centrais da cidade (veja abaixo). Passei um tempo observando os bombeiros cortando as ferragens para retirar as vítimas.
O local fica a uma quadra da escola onde estudo, na O'Connell Street, e a uns 50 metros do extinto cinema onde os Beatles se apresentaram há 45 anos, na Abbey Street (veja foto à direita, de um dia normal). Pelo menos 21 pessoas se feriram, três gravemente - o condutor do trem e duas mulheres que estavam no ônibus. O estranho é que o Luas (trem) passa por esse cruzamento "devagar quase parando", como dizemos no Brasil, e ainda toca um sino avisando sua aproximação. Os veículos e pedestres sempre atravessam por ali com o máximo de cuidado possivel. Para colidir dessa forma, o trem devia estar numa velocidade incomum. Sei lá. Será que algum dos motoristas bebeu além da conta? Ou foi excesso de sobriedade?
sábado, abril 18, 2009
O Celeste que "dirigia melhor" bêbado
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Omniii at en.wikipediaCeleste era um mecânico desses que não existem mais. Mas era um motorista peculiar, daqueles que nunca existiram. Vindo do interior, gostava de música caipira, até cantava. E não fazia feio.
Todo dia, depois de fechar a oficina, comparecia ao bar, jogava sinuca com os vizinhos. O pessoal bebia bem, só cachaça. A diferença é que os colegas de copo moravam a poucos metros do estabelecimento etílico, enquanto Celeste vivia longe dali, sozinho, e tinha de voltar dirigindo.
Quando era hora de ir embora, porque o dono do boteco também precisava voltar para casa, acontecia o previsível. Muito pior do que não acertar a chave na fechadura da porta do carro, era o que o Celeste fazia, que não conseguia passar pela porta aberta. Os outros bêbados é que precisavam ajudar o cidadão a se acomodar no carro.
Mas bastava ele se instalar para uma transformação acontecer. A dificuldade para abrir a porta até para passar por ela ia embora e Celeste despertava, dava partida e logo saía, como se estivesse sóbrio.
Ao ir para casa ou na manhã seguinte no cafezinho da padoca, os outros agora ressaqueados se preocupavam, o que seria do Celeste naquele estado? De tão bêbado, teria chegado inteiro? Rumo ao serviço, passavam em frente a mecânica e lá estava o Celeste debruçado sobre algum carro, nenhum sinal da cachaçada do dia anterior. Ou quase nenhum.
Os poucos que se aventuraram em todos os anos de sinuca a pegar uma carona no Fusca do mecânico saíram enojados. Celeste mal limpava o console do carro com os resultados do excesso de álcool. Nunca ninguém conseguiu explicar como o cara conseguia sobreviver àquela roleta russa, a não ser com a explicação de que ele dirigia melhor bêbado. Até porque, pelo que contavam, não pegava a direção sem estar calibrado. Parece que morreu de enfarte, há uns vinte anos, depois de outros 25 anos de álcool e direção todo dia.
segunda-feira, janeiro 12, 2009
Buraco do metrô: dois anos da tragédia impune
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Hoje faz dois anos da maior tragédia em obras de transporte público na cidade de São Paulo: o desabamento em um dos canteiros da futura Via Amarela do metrô, na Marginal Pinheiros, que matou sete pessoas e resultou na interdição de 55 imóveis nas imediações da cratera e na demolição de cinco deles. Um fato absurdo, creditado unicamente ao Consórcio Via Amarela, responsável pela construção e liderado pela Odebrecht, a maior construtora do país, e ainda por OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez. Mas o consórcio foi contratado pelo governo do Estado (gestões tucanas de Geraldo Alckmin e José Serra), que se isentou completamente de responsabilidade e foi docilmente poupado pela imprensa.
Na semana passada, segundo o site Uol, o promotor Arnaldo Hossepian Junior protocolou na 1ª Vara Criminal do bairro Pinheiros um documento em que denuncia 13 pessoas ligadas ao consórcio e ao Metrô como responsáveis pelo acidente nas obras da linha 4, acusando os engenheiros envolvidos de negligência e imprudência. De posse dos laudos feitos pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e pelo Instituto de Criminalística, o promotor afirmou corajosamente que a tragédia poderia ter sido evitada. Os laudos haviam demonstrado também ter havido explosões momentos antes do acidente e que o plano de evasão no entorno da obra não funcionou.
Porém, tudo acaba em pizza. Em entrevista coletiva, o próprio Hossepian disse que não acredita que os responsáveis sejam presos. Enquanto isso, nas ruas vizinhas ao local da tragédia os moradores ainda lamentam os prejuízos. "Meu prejuízo foi muito grande e só aceitei a mixaria que eles me ofereceram porque minha família pediu para tirar o processo. Eles me f... de verde e amarelo", reclama o espanhol Fidel Montes, dono de uma marcenaria que ficou fechada por três meses, em entrevista para o Uol. José Carlos de Oliveira, por sua vez, tinha sociedade em um estacionamento que ficava na esquina das ruas Capri e Gilberto Sabino e foi engolido pelo deslocamento de terra para dentro do buraco à beira da marginal do rio Pinheiros.
Hoje, ele cuida dos carros na rua e aluga vagas em garagens das cercanias. "Eu era microempresário, agora sou um flanelinha." Já a taxista Rosa Maria Pescuma foi desalojada por decisão judicial e teve de abandonar sua casa na rua Gilberto Sabino na última semana de 2008. Diante de sua porta há cavaletes e placas de "proibido passar". Ela e seus dois cachorros tiveram de ir morar com a filha no município de Osasco. "Meus clientes e amigos estão aqui. Saio com dor no coração." E aí, governador José Serra, só silêncio? E aí, Veja? E aí, Arnaldo Jabor? Nada a comentar? Além das mortes e perdas, quanto o governo do Estado está tendo de prejuízo com o reparo e o atraso na entrega das estações? Isso não é um boa pauta, não?!??
terça-feira, setembro 23, 2008
Celular é mais perigoso que dirigir bêbado
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Um estudo publicado recentemente em Londres, na Inglaterra, comprova a tendência de criminalização exagerada da manguaça: segundo a pesquisa da RAC Foundation, em parceria com o Laboratório de Pesquisas do Trânsito (TRL, na sigla em inglês), a troca de torpedos pelo celular atrapalha muito mais os motoristas do que se estivessem sob o efeito de álcool ou drogas. Na análise de comportamento entre 17 motoristas com idade entre 18 e 24 anos, as reações dos motoristas foram 35% mais lentas quando dirigiam enquanto escreviam ou liam mensagens de texto pelo celular. Além disso, a capacidade de controle no volante foi prejudicada em 91% e a habilidade em manter a distância com relação aos outros carros também caiu.
Resultados de pesquisas anteriores haviam demonstrado que as reações ficavam cerca de 21% mais lentas entre motoristas que dirigiam sob o efeito da maconha e 12% mais lentas entre os motoristas que haviam bebido além do limite considerado legal na Grã-Bretanha. Nick Reed, pesquisador do TRL, afirma que a distração com o celular "resulta em uma diminuição na capacidade de reação e de controle do veículo que colocam o motorista em um risco maior do que se estivesse consumido álcool no limite legal para direção". Já o diretor da RAC Foundation, Stephen Glaister, observa que, na opinião da maioria dos participantes do estudo, dirigir bêbado era a prática mais perigosa no trânsito. "No entanto, os resultados mostram que o motorista que envia torpedos enquanto dirige é muito mais incapacitado do que aquele que bebeu além do limite legal de álcool", desmistifica.
E aí? Por que não aprovam uma "Lei Surda"? Os manguaças do mundo denunciam: isso é preconceito! E discriminação!
quarta-feira, março 05, 2008
Projeto social tucano: Pedala, molecada!
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Em vez de garantir transporte escolar seguro e eficiente onde ele ainda não existe, o (des)governador José Serra (PSDB) resolveu transferir a responsabilidade: está distribuindo bicicletas para que a molecada, literalmente, pedale! E pior, não está gastando nada, pois as bicicletas foram doadas por empresários que partilham da mesma mentalidade. Se não acreditam, podem ler abaixo trecho do email distribuído hoje para a imprensa. Pelo o que entendi, somando ida e volta, algumas crianças terão que pedalar mais de dez quilômetros por dia (fora o perigo da fragilidade de bicicletas contra veículos no caminho).
Amanhã, dia 6, a presidente do Fundo de Solidariedade e Desenvolvimento Social e Cultural do Estado de São Paulo, Monica Serra, participa da cerimônia de doação de 150 bicicletas em Redenção da Serra, no Vale do Paraíba. Os alunos do ensino fundamental que moram a uma distância superior a cinco quilômetros da Escola Estadual Coronel Queiroz vão ganhar bicicletas novas para facilitar o acesso à escola, diminuindo, assim, a evasão escolar. As doações fazem parte do projeto Pedalando e Aprendendo que, inicialmente, prevê a doação de bicicletas e capacetes aos 20 municípios mais pobres e de até cinco mil habitantes. Outro critério é a distribuição de bicicletas para alunos de 11 a 14 anos, cuja família tenha renda de um salário mínimo. As doações são feitas por empresários e parceiros do FUSSESP.
Pois é: pedalando e aprendendo...