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Meio-dia. Calor. Ressaca. Dor de cabeça. Cansaço. Vontade de beber de novo. Trezentas coisas pra resolver no trabalho. Desespero. Toca o celular.
- Alô, senhor Marcos?
- Sim.
- O senhor adquiriu, recentemente, uma linha fixa pré-paga da Encrencofônica?
- Sim.
- Senhor Marcos, o senhor estaria interessado em adquirir o serviço Speeki?
- Não.
- Não? Por que, senhor?
- Não tenho computador.
- Ah! E para a TV? O senhor não gostaria de adquirir o serviço Encrencofônica TV Digital?
- Não.
- Também não?!? Por que?
- Não tenho televisão.
- ... (ouve-se um suspiro prolongado)
- Hãã... Muito bem, senhor Marcos, a Encrencofônica agradece, tenha uma boa tarde...
Fim da ligação. Com o amargo do vinho de ontem na boca, fico imaginando o rapaz do telemarketing reclamando pro colega da baia ao lado: "-Não tem computador! Não tem televisão! Nem sei como tem celular! A gente pega cada pé-rapado pra tentar vender essas porcarias que vou te contar, viu!".
4 comentários:
foi um dos melhores desempenhos com telemarketing ativo de que se tem notícia.
Acredito que essa pode ser uma receita para afastar os telemarqueteiros.
Mas é tudo verdade! Parece que, nessa sociedade de consumo, não ter computador e televisão é crime hediondo, passível de pena de morte. O mesmo acontece quando digo pra alguém que não sei dirigir. Qualquer hora vão mandar me prender. Mas acho que, com o desfalque, a assessoria jurídica da indústria de cerveja manda soltar...
Também naõ sei dirigir e o povo estranha mesmo. E se (ainda) não se vai preso por isso, é capaz de perder vaga de trabalho...
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