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Trecho de texto da Gazeta Esportiva sobre a derrota do Corinthians por 1 a 0 para o São Caetano: "Wellington deu um chute horrível em gol e perdeu outra bola vergonhosa na lateral".
Trecho de texto da Gazeta Esportiva sobre a derrota do Corinthians por 1 a 0 para o São Caetano: "Wellington deu um chute horrível em gol e perdeu outra bola vergonhosa na lateral".
1-O sabe-tudo
Na partida Rio Claro x Barueri, hoje à tarde, uma situação curiosa chamou a atenção dos torcedores: o árbitro Paulo Roberto Ferreira esqueceu a bola e só foi dar por falta dela quando os dois times já estavam dispostos no campo. Para piorar, apitou o inicio do jogo ainda sem a bola! (do site Gazeta Esportiva)
Mais uma no Youtube. Desta vez, o alvo é Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo. Mas, na verdade, quem flagrou a piada de péssimo gosto sobre a cratera do Metrô na capital paulista foi o programa do César Giobbi. Que dispensa comentários adicionais.
Já o Kassab, fica pros companheiros manguaças comentarem.
Trecho de materinha do site Estadão sobre a série A-2 do Paulista: "O vice-líder União São João, três pontos atrás da Lusa, joga fora de casa contra o perigoso Taquaritinga, 14.º colocado, com 2 pontos." (o grifo é nosso) Acho que o perigo é de o Taquaritinga não comparecer...
Do G1, mas poderia ser de qualquer outro site. Os comentários ficam por conta do coletivo manguaça.
O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) foi obrigado a emitir hoje um pedido público de desculpas aos moradores de Brasília depois de ter declarado que na noite da capital federal só há prostitutas, lobistas e deputados. Ícone da esquerda brasileira e da luta contra o preconceito, Gabeira divulgou uma carta de desculpas formais ao governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. No encontro, prometeu ajudar numa campanha para mudar a imagem que Brasília tem no resto do Brasil, associada à corrupção política, escândalos sexuais, corporativismo e desvios bilionários de dinheiro público. (...)
A declaração de Gabeira foi publicada na página de frases da revista Veja desta semana. Ela foi pinçada de uma entrevista de mais de oito horas que o deputado concedeu à Playboy e que sairá nas bancas em fevereiro. "A todos que se sentiram ofendidos com estas afirmações, peço desculpas esclareço que não queria transmitir a idéia de uma cidade devassa, mas apenas uma característica de capitais, em que muitas vezes, lugares noturnos apenas prolongam o trabalho", diz Gabeira na carta aos brasilienses. (...)
Na carta, Gabeira lembra inclusive que recebe e discute transparentemente com lobistas e que viveu ao lado de uma zona de Prostituição. "As prostitutas tiveram um papel fundamental na minha educação, protegendo-me e orientando-me em situações perigosas".
(...) O governador do DF brincou que como "penitência" daria ao deputado o cargo de "embaixador" responsável em mudar a imagem de Brasília no resto do País. Arruda chegou a lembrar que Gabeira, depois de ter voltado do exílio, teve coragem de usar uma sunga de crochê.
Ronaldo, o fenomenal gordo, assinou contrato com o Milan até 30 de junho de 2008. Saiu dando tiros logo na porta do Real Madri. Agradeceu a todos os companheiros, torcedores e técnicos que teve no clube, menos um, em referência direta a Fabio Capello, atual treinador da esquadra milionária da realeza da capital espanhola. O novo companheiro de Kaká já tem até camisas rubro-negras com seu nome estampado sendo vendidas no lojinha do clube de Milão, na Itália.
Agora, ex-dentes tortos, ex-Suzana Werner, ex-amarelo, ex-Milene, ex-fenômeno, ex-sem-joelho, ex-clone do Cascão, ex-Cicarelli, ex-gordo e ex-Real Madri, pergunto: o que sobrou do Ronaldo?
O Fenônemo era promessa desde os 18 anos. No Cruzeiro, marcou seis gols em uma partida contra o Bahia de Rodolfo Rodrigues no Brasileiro de 1994. Até ser campeão do mundo, em 2002, com uma das maiores apostas de um treinador em relação a um atleta, era bastante comum ouvir gente desdenhando o talento do cara. Era só correria, sem joelho seria nada, era amarelão (alusão à final de 1998 e ao conturbado episódio da convulsão no quarto)...
Vai ao Milan por 6 a 8 milhões de euros (dependendo da fonte), uma bagatela diante dos 45 desembolsados em 2002 pelo clube Merengue.
E vai novamente desacreditado. Ele já esteve lá antes. Vai voltar?
Tendo a achar que Ronaldo padece do mal da desprofissionalização por excesso de conta bancária. Ao se dar tão bem no esporte, ganha milhões de euros e dólares com propaganda e direitos de imagem. Não vive mais da bola, mas de si próprio (ou da própria imagem).
Criar rusgas ou morrer de amores com treinadores são comportamentos em cuja decisão pesam fatores como retorno de mídia, impacto na imagem, novos contratos de anúcios com alusões bem-humoradas etc. (momento Youtube sobre a cabeçada Zidane-Materazzi). Não que ele realmente se paute por essas questões. Com certeza tem um (ou mais) empresários e assessores para se preocupar com isso por ele e, eventualmente, aconselhá-lo.
Ele pode até voltar a ter atuações decisivas. Precisa, é claro, achar um novo posicionamento tático que lhe permita marcar sem tanta explosão, com mais posicionamento dentro e fora da área, voltar a buscar chutes da entrada da área etc.
Fácil para quem é boleiro. Mais ainda para quem joga com craques. Só torço para que fazer isso valha a pena do ponto de vista do marketing, do preço do cachê para atuação em comerciais, para ele ser de novo personagem da crônica esportiva e do noticiário de celebridades etc.
P.S.: O GloboEsporte.com trouxe uma pauta interessante com empresários avaliando o negócio do ponto de vista do marketing.
Sabemos que essa história de "o time X é Brasil na Libertadores" é bobagem. É interessante ver o futebol do estado/país/cidade se fortalecendo, mas, se quem estiver na disputa for um rival próximo, deixamos o patriotismo de lado e queremos mais é que o rival se dane.
O curioso é que eu sempre achei que isso se dava somente - ou principalmente - nos grandes centros, em que o futebol já está consolidado. Pensava que em regiões menores havia uma preocupação maior de ver o esporte ganhando força, independentemente das rivalidades locais.
Que nada! O ótimo site Futebol do Norte traz uma reportagem sobre a torcida do Roraima, que inicia campanha no estado para fazer torcida a favor do América-RN, no confronto entre o clube potiguar e o Baré de Boa Vista. Acontece que o Baré é o principal rival do Roraima - e o que a torcida tricolor (do Roraima) menos quer é ver seu adversário se consagrando na competição nacional, despachando uma equipe da primeira divisão.
A justificativa de Hélio Zanona Neto, coordenador da torcida Terror Tricolor, é sensacional: “rivalidade no futebol roraimense também existe, a Terror Tricolor está há mais de dez anos freqüentando o Canarinho e não aceitamos críticas de qualquer comedor de pipoca”, finalizou.
Quer saber? Concordo com ele.
Eduardo Metroviche Matéria do site Máquina do Esporte informou, na segunda-feira, que “um ano e meio depois” de comemorar a injeção de cerca de US$ 30 milhões em seus cofres (venda de Robinho), a situação financeira do Santos “mudou” e os funcionários da área administrativa do clube foram chamados a negociar a diminuição dos salários.
Entre esses “prestadores de serviço” estão Mário Mello, gerente jurídico; Modesto Roma Júnior, gerente da área social; José Ely de Miranda, o Zito, gerente de futebol, de acordo com a matéria, segundo a qual o clube deve economizar R$ 30 mil. Detalhe: a comissão técnica santista consome cerca de R$ 900 mil mensais. Considerando a velha equação custo-benefício, pode até ser que esse investimento compense, se o time ganhar a Libertadores. Mas qual a suposta (pelo menos para mim) causa do corte de meros R$ 30 mil num clube que gasta quase um milhão com a comissão técnica?
A longo (mas também a curto) prazo, o investimento no departamento de fisioterapia e médico do Santos, que tem não apenas estrutura mas também nomes de ponta da medicina esportiva (o fisioterapeuta Nilton Petroni, o Filé, e o Médico Joaquim Grava) são motivo de orgulho para o clube: falei de curto prazo porque a recuperação de jogadores como Fabiano, Jonas, Dênis (este ainda em tratamento), que fizeram cirurgias complicadas no joelho, e mesmo Maldonado, que operou o tornozelo no fim do ano, são prova imediata do retorno dos investimentos. “Queria agradecer ao (médico), ao Filé (fisioterapeuta) e à diretoria do Santos por terem me ajudado", disse o próprio Fabiano, depois da goleada de 4 a 1 sobre o Sertãozinho na semana passada. O meia Pedrinho não buscou ajuda na Baixada à toa.
Quanto ao time propriamente, apesar de muitos santistas (a torcida santista é terrivelmente impaciente) estarem reclamando, o time é, no momento, o que apresenta o melhor futebol em São Paulo. Mesmo com a chiadeira de parte desses torcedores que exigem reforços à altura, um time que tem Cléber Santana, Kléber, Fábio Costa, Zé Roberto e Maldonado não é qualquer um, como disse Vanderlei Luxemburgo recentemente. É time para ser campeão. Pelo menos até junho, quando o calendário europeu, como sempre, deve destruir os times brasileiros e “reorganizar” o campeonato nacional.
De qualquer maneira, bem ou mal, acho que está faltando transparência à atual administração do Santos. Ressalvo que eu sou um dos que, como amigos santistas sabem, tem defendido a gestão Marcelo Teixeira até aqui. Quando sua administração começou, em 2000, o Santos estava na fila havia 16 anos e era motivo de chacota das torcidas adversárias. Era o segundo time de muita gente. O atual presidente fez investimentos errados, é verdade (Edmundo, Marcelinho, Rincón etc), mas, com sorte ou não, elevou o clube ao patamar de onde nunca deveria ter saído e o Alvinegro, desde 2002, está sempre disputando títulos, tendo conquistado dois brasileiros e um Paulista desde então.
O time tem tudo para fazer uma ótima temporada. Mas como estará no final do ano, terminada a atual gestão de Teixeira, é uma incógnita. O questionamento é válido principalmente se pensarmos que, quando o maior time do mundo acabou, o clube era uma verdadeira terra arrasada.
Eduardo Maretti/Reprodução ESPN BrO atacante Nilmar deu agora há pouco uma coletiva (foto), na qual disse que entrou em acordo com o clube e não vê a hora de jogar. Garantiu que sempre quis permanecer no Corinthians etc. Aquela demagogia de sempre.
Segundo o programa Bate-Bola, da ESPN Brasil, e o site Uol, o jogador teria decidido abrir mão do U$ 1,5 milhão que o clube lhe devia a título de luvas. Mas, morrendo de amores pelo Timão ou não, Nilmar fica no Parque São Jorge até junho, quando se encerra seu contrato. Pelo acordo, ele deve receber R$ 800 mil no período. Provavelmente, passará os próximos meses para entrar em forma e, quando estiver na ponta dos cascos, deve ir para a Europa, embora tenha pronunciado na entrevista um "quem sabe" evasivo à questão de ficar ou não até dezembro. Perguntado se joga quarta-feira contra o São Caetano, Nilmar brincou: "Isso é com o hôme", em referência ao técnico Leão.
Depois de anunciar mais um atacante (Jean, vindo por empréstimo do Saturn, da Rússia), o Timão pode rescindir o contrato de Amoroso, sob a justificativa de diminuir o déficit. Pergunta: mas não se sabia antes que a bagatela de R$ 250 mil que Amoroso recebe por mês sem jogar iria onerar o já combalido caixa do clube?
Reproduzo aqui um post que está no blog Dia de Jogo. Como o texto se refere a temas abordados aqui de forma interdisciplinar e transversal, cabe não apenas a republicação como um desafio aos futepoquenses - em especial o companheiro Marcão - para que continuem com nesta seara em posts subseqüentes que justificam dois terços desse minifúndio internético.
Garrincha não era craque, era gênio. Infelizmente pouco aproveitou da grande genialidade e morreu pobre no Rio de Janeiro. Deixou-se levar pela boemia e acabou de forma até trágica pelo futebol exuberante que tinha. Seus últimos dias no futebol foram tão medíocres que até no Coritiba jogou.
Aqui em Curitiba , ninguém nunca esqueceu da genialidade do atacante Zé Roberto. Seus porres e suas noitadas eram famosas em toda Curitiba. Todos torcedores sabiam das festas no antigo Moon Light. Quantos diretores do Atlético e depois do Coritiba tinham que o buscar na boate para colocar o Zé Roberto em ordem para o jogo? Uma ducha de água fria e algumas horas de um bom sono e o Zé Roberto estava pronto para nos brindar com as suas jogadas extraordinárias.
Pouco tempo depois também nos tempos das vacas magras, magérrimas, todo cuidado era pouco com as contas nos hotéis para um dos diretores do Atlético. Os jogadores eram obrigados a assinar todos os seus pedidos à cozinha ou ao bar do hotel para que o diretor tivesse certeza do que foi consumido e aí efetuasse o pagamento. Mas, um detalhe chamava-lhe a atenção: a quantidade crescente de ovos cozidos que os jogadores consumiam na concentração. E o atacante Liminha era o que mais consumia. Quando a conta de ovos cozidos chegou a um número totalmente absurdo o diretor não teve outra alternativa senão de chamar o Liminha em particular pedindo explicações para 36 ovos em uma única noite. E o garoto com seu jeito simplório não teve como negar que eram "cubas" que o garçom do hotel anotava como se fossem ovos cozidos.
E isto não é só coisa de país do terceiro mundo pois o maior jogador da história do futebol da Irlanda do Norte e grande ídolo do Manchester United nos anos 60 e 70, o ex-atacante George Best foi internado em estado grave num hospital de Londres nestes dias. Alcoólatra desde os tempos de jogador, Best, hoje aos 59 anos, passou por um transplante de fígado em 2000. Na época, o atacante, considerado o melhor da Grã-Bretanha na história, chegou a ganhar comparações com Pelé.
Quem não ouviu historias do que aprontava quase todo o time atleticano de 1997 que tinha como líder o Paulo Miranda? O Lidô e o Metrô que contem as histórias. E foi um time vitorioso...
Daqueles tempos pra cá quase nada mudou. Sempre vai ter um "pudim de cachaça" no meio de outros atletas. Em 2001 o atacante Alex Mineiro e o Nem eram os que mais fama tinham. Alex Mineiro quando emprestado ao Atlético Mineiro ouviu o Mineirão lotado gritar : Alex Mineiro - 100% cachaceiro. Mas, não podemos esquecer que foi com Nem e Alex Mineiro que o Atlético dos paranaenses conquistou o título de campeão brasileiro em 2001. Até Rogério Correa sofreu perseguição implacável da Tribuna do Paraná (Rodrigo Sell) o indispondo com a torcida pela sua vida noturna.
Quantas histórias de jogadores que pulam muros das concentrações para descarregar o estresse no bar mais próximo? Tem historias até de garotos que recém iniciaram como profissionais. E o Jadson garoto prodígio, dono de um futebol espetacular? Será que tudo o que contam é verdade? Eu acredito que sim.
Interessante é que quando um Romário pula do primeiro andar de um hotel pra fugir no dia anterior de uma decisão de título mundial pela Seleção brasileira isso é motivo de muitas risadas. Ele pode! Se o torcedor encontra o baixinho sábado antes do jogo em uma das boates cariocas ainda vai pedir autografo e quer foto com ele abraçado. Mas, se o torcedor enxergar um Jancarlos (só pra exemplificar) tomando uma cerveja numa noite de segunda feira isto seria motivo para denuncias em rádios, ofensas no estádio...
Mas, o que mudou é que hoje os jogadores tem muito mais consciência de quando eles podem aprontar, tomar um porrete, ou fazer uma "festa". Eles são conscientes que sua vida profissional é extremamente pequena comparada a outras profissões. O Atlético controla seu rendimento e desempenho físico.
Se coloque no lugar deles após uma concentração de 3 dias e um jogo desgastante; Você iria ou não se refazer , tirar todo o estresse , tentar esquecer torcedores que te vaiaram e sair pra relaxar enfim se descontrair ? Um porrete no domingo após um jogo seja com uma vitória ou mesmo numa derrota queiram ou não é um direito do jogador que assim o quiser. Mesmo em dia da semana sair com a amada e tomar umas cervejas não tem nada demais.
A média de idade dos jogadores do Atlético é de 22 anos. Vocês já imaginaram que esses garotos também gostam de dançar? Que eles também precisam conhecer garotas pra não ficar no "5 por 1"?
O jogador de futebol normalmente de idade igual ou menor que a sua, não tem a sexta ou o sábado para ir à baladas. Você leitor tem essa possibilidade. O jogador de futebol não pode numa festa dar um tapa na macaca porque aparece no exame anti-doping. O jogador de futebol não pode dar uma cafungada no baygon porque aparece no exame anti-doping. Eles, jogadores, só tem a possibilidade de descontrair com uma cerveja gelada ou um bom uísque. E quem não gosta? Agora é justo chamar eles de bêbados? E se eles chamassem torcedores de chapados? Por tudo isso acho que qualquer comentário os censurando é hipocrisia. (Grifo meu)
A torcida tem que ficar atenta aos excessos, mas não pode perseguir jogadores como foi feito com Nem, Rogério Correa, Flavio, Ilan, Kleber, e vários outros. Não pode ter excessos nem dos jogadores com seguidas bebedeiras e muito menos dos torcedores desestabilizando e prejudicando o grupo.
Seria passível de punição pela legislação anti-trocadalhos dizer que a Alforria é doce. Também seria um pouco exagerado, porque a Alforria Ouro, que degustei ontem pela milésima oitava vez (segundo o garçom do São Cristovão), não é tão mais doce do que várias outras apaga-tristezas comentadas por aqui.
Fuçando o site Futebol Interior, fiquei sabendo que o esforçado volante Ramalho (foto), que estava no São Paulo e voltou mês passado para o Santo André, foi emprestado agora para o Beitar Jerusalém, de Israel. Além dele, o time conta com Tuto, artilheiro da Ponte Preta no último Brasileiro, com 11 gols, e Schwenck, artilheiro do Figueirense na mesma competição, com 14 gols. A equipe israelense, que ocupa a liderança do campeonato local, é sustentada pelo milionário russo Aikadi Gardamach. Se sair do MSI, Kia Joorabchian já tem para onde mandar currículo...
Confesso que fico impressionado com a queda fulminante de alguns clubes. O Guarani de Campinas, por exemplo: pela série A-2 do Paulista, empatou no fim de semana com o fraco Bandeirante de Birigüi, em casa, e permanece na zona de rebaixamento, rumo à terceira divisão. No Brinco de Ouro, diante de sua torcida, já perdeu para o raquítico Oeste de Itápolis e depois empatou com o também fraco Taquaritinga. Completando a horripilante campanha de 2 pontos em 4 jogos, foi derrotado pela decadente Portuguesa na capital.
Como o nível do futebol não anda lá essas coisas mesmo na primeira divisão, assistir a jogos da segunda do Paulista vale mais para rever alguns jogadores que tiveram sorte melhor no passado do que exatamente para tentar garimpar algum novo talento. Obviamente, de acordo com a partida, são também jogos emocionantes, com chances desperdiçadas de cada um dos lados e até um lampejo ou outro de boa jogada.
Nesse domingo, Portuguesa de Deportos e Portuguesa Santista disputaram um jogo em horário de Desafio ao Galo, às dez da manhã, no Canindé. Terminou em 1 a 1, e foi interessante por poder lembrar de alguns quase ex-jogadores e de outros que ainda almejam algo no futebol. Creio que, nesse último caso, está o volante Marcos Paulo, de 29 anos, que está na Lusa da capital. Com passagens por Guarani, Cruzeiro e até seleção brasileira, após uma temporada na Ucrânia e ainda atuando bem, usa a equipe para alcançar sorte melhor em breve.
Por outro lado, a mais Briosa de Ulrico Mursa, vulgo Portuguesa Santista, tinha Axel. Aquele mesmo, revelado pela própria equipe lusa e com passagens por Santos e São Paulo. Nesses times grandes, era um bom volante, sabia chegar bem no ataque e chegou a jogar na zaga. Mas, adquiriu um duvidoso gosto pela violência e passou a sofrer com a arbitragem. Vagou e voltou ao seu time de origem. Não aguentou o ritmo de jogo e foi substituído no intervalo.
No entanto, o que mais me trouxe lembranças foi o capitão da Lusa Praiana. O meia Marcelo Passos, agora com 36 anos, estreou no Santos como uma grande promessa, fez três gols em sua estréia na equipe profissional, ams nunca engrenou de fato. Jogou ótimas partidas, mas sua irregularidade fez com que fosse emprestado. Depois, retornou à Vila e teve, na campanha da equipe no Brasileiro polêmico de 1995, um papel fundamental.
Naquele ano, no último jogo do segundo turno, o Santos precisava vencer o Guarani para garantir uma vaga nas semifinais do campeonato. O único que pdoeria tirar o lugar do time da Vila era o Atlético Mineiro, que enfrentava o Vitória da Bahia no Mineirão. Para "estimular" o Guarani, além da tradicional denúncia de mala preta, mal disfarçada pela esquadra campineira, até mesmo uma rede de eletro-eletrônicos ofereceu televisões 29 polegadas - à época muito caras - para o Guarani empatar com o Santos.
O Bugre jogou todo atrás. Com uma garra incomum pra campanha medíocre que tinha feito. Aguentou, aguentou, até que, aos 39 do segundo tempo, Marcelo Passos recebeu em um local do campo que ele conhecia bem: o lado direito antes da entrada da grande área. Tanto em bolas paradas como com ela em movimento, acertava tiros certeiros daquele lugar. E assim foi. Acertou um belo chute no ângulo do goleiro bugrino. Giovanni marcaria mais um nos acréscimos. Já na final, na segunda partida, também anotaria o gol de empate do Santos contra o Botafogo. E cobrou a falta para o gol legítimo de Camanducaia que Márcio Rezende de Freitas anulou. Ali, jogava com a cinco, já que entrara no lugar do volante Gallo, suspenso, e o Santos, além de jogar com dois pontas, não contava com um primeiro volante de ofício naquela partida. Sem dúvida, uma ousadia do treinador Cabralzinho.
Por conta do vice-campeonato, não entrou para a história do Santos como um ídolo. Mas sempre tive por ele simpatia pela sua trajetória no time. Aliás, em tempo. O gol de empate da Briosa saiu de uma cobrança de escanteio pela esquerda, no primeiro pau, perfeita para o cabeceio e o gol. Quem cobrou foi Marcelo Passos.