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No dia 27, terça-feira, no programa Alô, presidente!, o entrevistado foi Fidel Castro. Trocaram duas ou três palavras, o que, em se tratando de Hugo Chávez e Fidel, quer dizer meia hora no mínimo.
Quem traz a transcrição é a BBC Brasil.
Além de criticarem o etanol e o biocombustível ("a idéia de usar alimentos para produzir combustíveis é trágica, é dramática"), ataque direto ao presidente norte-americano George W. Bush e, de quebra, a Lula, jogaram confete de um a outro e vice-versa, incluindo perguntas íntimas como "Que horas você dorme?"
Chávez que inicia a conversa perguntando, em inglês: "How are you, Fidel?" (como está você), se referiu aos Estados Unidos como "our friends", diante da provocação do cubano. Fidel respondeu:
— Você disse que eu sei falar inglês. Eu soube, mas já faz um tempo. (...) O trauma que me deixaram depois me fez esquecer. E por isso não tenho a memória privilegiada que você tem. Sua capacidade de síntese, seu ouvido musical, sua capacidade de lembrar qualquer canção. Porque não acredito que você possa ter feito tantas festas para que se lembre de todas as músicas que canta em Alô, Presidente. Aqui, invejo isso.
Imperdível é o momento em que Chávez, ao evocar o "eixo Caracas-Buenos Aires" na instalação do Banco Sul, parece o dono da bola a escolher seu time no continente:
– Bom, Daniel Ortega veio aqui há três dias e conversamos por horas. Temos uma reunião na semana que vem em Manágua da Comissão Mista. Kirchner, como você sabe, veio à faixa do Orinoco e Kirchner me convidou. Aproveito para tornar isso público, dado a sua chamada. Não havíamos tornado isso público. Vamos fazer uma reunião em Buenos Aires na próxima semana, vamos continuar avançando na relação bilateral Argentina-Caracas e logo outra reunião na Bolívia – vamos visitar Evo nesta próxima semana – da aliança estratégica, esse eixo Caracas-Buenos Aires, passando por Brasília, o eixo com La Paz, agora com Correa.