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sexta-feira, dezembro 12, 2014

Nome 'Beatles' surgiu numa 'mesa cheia de cervejas'

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Harrison degustando 'só uma'
Lennon e uma 'loira gelada'
Antes da fama, da grana, das drogas e das bebidas mais caras e sofisticadas, John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr, como bons filhos da classe operária inglesa, gostavam mesmo era de encher a cara de cerveja. E quem conhece as "loiras geladas" britânicas sabe que muitas delas têm alto teor alcoólico. Em sua autobiografia (Editora Planeta, 2007), o guitarrista Eric Clapton conta que, no auge de seu alcoolismo, costumava justificar a vida manguaça dizendo que era algo cultural da Inglaterra. "Sou inglês. Todos nós bebemos lá, vocês sabem. Faz parte de nosso estilo de vida, e bebemos cerveja forte, não Budweiser", respondeu, num hospital, ao ser interrogado sobre a quantidade de álcool que estava ingerindo. No caso dos "quatro rapazes de Liverpool", o período de maior bebedeira ocorreu, sem dúvida, quando foram trabalhar em Hamburgo, na Alemanha. Foi lá, também, que descobriram as pílulas anfetamínicas (Preludin) que os mantinham sóbrios e excitados para prosseguir tocando, cantando, pulando e bebendo (muito) por 10 ou 12 horas seguidas, todas as noites.

Pub em Hamburgo: Stuart Sutcliffe, Lennon, um garçom, Harrison, McCartney e Pete Best

Mas foi pouco antes de ir pra Alemanha que eles inventaram o nome da futura banda mais famosa do planeta. Lendo o livro "John", escrito pela primeira esposa de Lennon, Cynthia Powell (Larousse, edição brasileira de 2009), descobri como foi o "processo de criação" do nome Beatles, um trocadilho entre beat (batida) e beetles (besouros). Criatividade impulsionada por muita cerveja, segundo Cynthia:

"(...) os rapazes decidiram que era hora de adotarem um novo nome. Nós tivemos uma sessão hilária de ideias sentados a uma mesa cheia de cervejas no bar Renshaw Hall, onde bebíamos com frequência. John amava Buddy Holly e os Crickets [Grilos], então eles ficaram brincando com nomes de insetos. Foi John quem teve a ideia de Beetles [Besouros]. Ele mudou o nome para Beatles porque disse que, se nós invertêssemos, teríamos 'les beats', que soava francês e legal. Eles se decidiram por Silver Beatles [Beatles Prateados]."

Pub 'Renshaw's', em Liverpool, provável local onde Lennon teve a ideia do nome da banda

Tal fato teria ocorrido no início de 1960 (e é interessante observar que, a exemplo de Clapton, Lennon amava Buddy Holly, e não Budweiser...). Só que, dois anos mais tarde, quando surgiu em Liverpool o jornal especializado em música "Mersey Beat", John publicaria nele uma versão surreal sobre a escolha do nome da banda: "Sonhei com um homem [que veio voando] numa torta flamejante, dizendo: Vocês são Beatles com A". Porém, a versão de Cynthia revela que, em vez de torta, a verdadeira inspiração foi a velha e boa cerveja. Que, curiosamente, nunca seria citada em uma letra dos Beatles - embora eles tenham gravado "Rock Andd Roll Music", de Chuck Berry, que contém o seguinte verso: "They're drinkin' homebrew from a wooden cup" ("Eles estão bebendo cerveja caseira de um copo de madeira"). Mas fica aqui registrada, portanto, a devida contribuição do "suco de cevadis" no batizado da mítica banda de Liverpool. Cheers! Ou melhor, saúde!

Pub City Barge, em Londres, numa das locações do filme 'Help!': uma oportuna 'happy hour'

P.S.: Quando perguntarem se você vai beber a saideira, responda "YEAH, YEAH, YEAH!".

quinta-feira, dezembro 05, 2013

Robledo, jogador chileno que inspirou garotinho inglês

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Cidade de Liverpool, em 1952
Antes dos Beatles surgirem, a cidade portuária de Liverpool era mais conhecida, na Inglaterra, pela sua profusão de comediantes e pelo fanatismo de sua classe operária (formada principalmente pela massa de descendentes de irlandeses) por futebol. Cada vitória dos clubes Liverpool e Everton representava um "cala boca" dos nortistas sobre os habitantes do resto do país, especialmente os arrogantes londrinos, que os desprezavam como "caipiras" e provincianos. Muitas vezes, a defesa desse orgulho do "povo do Norte" ultrapassava fronteiras e fazia com que os scouses (apelido dos operários liverpudianos) torcessem para qualquer clube da região - como o Blackpool e o Leeds United, entre outros - contra os times de Londres, como o Chelsea, o West Ham etc.

'George' Robledo, herói do título
Foi o que aconteceu na decisão da Taça da Inglaterra, em 1952. O poderoso Arsenal, da capital, enfrentaria o Newcastle, campeão da edição anterior. Como a cidade de Newcastle upon Tyne fica no extremo Norte do país, perto da fronteira com a Escócia, os torcedores de Liverpool ficaram naturalmente a favor do time local. A partida disputada no dia 3 de maio daquele ano, no lendário Estádio de Wembley, paralisou todos os ingleses fanáticos por futebol. Mas foi um chileno o protagonista do jogo: aos 39 minutos do segundo tempo, Jorge "George" Robledo Oliver marcou de cabeça o gol do título para o Newcastle, levando o "povo do Norte" à loucura (clique aqui e veja vídeo sobre a conquista histórica).

O garotinho John, aos 11 anos
Em Liverpool, um garotinho talentoso de 11 anos, que gostava muito de ler, escrever e desenhar, ouviu a partida épica pelo rádio e também se entusiasmou. Neto de um irlandês legítimo e muito orgulhoso por ser um scouse, John Winston Lennon morava com os tios Mimi e George, pois seus pais não puderam criá-lo. É possível que, menos por gostar de futebol do que por defender a honra do "povo do Norte" contra os odiados londrinos do Sul, ele tenha decidido exaltar o grande feito do Newcastle em um desenho. E talvez este enraizado sentimento bairrista possa ter ressurgido 22 anos depois, em 1974, quando, já como um famoso ex-beatle, John Lennon escolheu o mesmo desenho para ilustrar a capa de um de seus discos.

O ex-beatle Lennon, em 1974
"Walls and bridges" ("Muros e pontes") traz, como sucessos, as músicas "Whatever gets you thru the night" e "#9 Dream". Foi um dos três trabalhos que Lennon gravou no período de um ano e meio em que esteve separado de sua segunda esposa, Yoko Ono. A ilustração na capa do disco mostra dois jogadores de futebol com camisas listradas preto e branco, à direita, disputando a bola com um defensor de uniforme vermelho e branco e um goleiro com camisa azul. Está escrito: "John Lennon, junho de 1952, idade 11, futebol". Ou seja, um mês após a vitória do Newcastle sobre o Arsenal. E o desenho mostra o gol do chileno Robledo, que decidiu a Taça da Inglaterra. Vejam:

Desenho que ilustra o disco "Walls and Bridges", de 1974, feito 22 anos antes
Lance do gol de Robledo, que é observado pelo colega Jackie Milburn (camisa 9)
Estátua do 'herói' Milburn
Notem que, assim como na foto, Lennon fez questão de preservar destaque para o camisa 9 do Newcastle, o lendário Jackie Milburn, que observava o gol do colega Robledo. Isso tinha um conteúdo simbólico para John: ele nasceu no dia 9 de outubro e considerava este como seu número de sorte, o que o levou a batizar canções com títulos como "Revolution 9" e a já citada "#9 Dream". E vejam que coincidência: John Edward Thompson "Jackie" Milburn, o tal camisa 9, que era idolatrado no Norte da Inglaterra como "Wor Jackie" (algo como "Nosso Jackie", no dialeto local), faleceria justamente num dia 9 de outubro, em 1988, quase oito anos depois de Lennon ter sido assassinado. Assim como John na música, Milburn foi um "Herói da classe operária" ("Working class hero", título de outra canção do ex-beatle) no futebol.

Robledo, pelo Chile, na Copa de 50
Mas o jogador mais festejado, naquela conquista do Newcastle, foi mesmo "George" Robledo. Nascido em Iquique, no Chile, em abril de 1926, era filho de um chileno e uma inglesa. Por problemas políticos, a família emigrou para a Inglaterra quando ele tinha 5 anos. Foram morar em Brampton, cidade famosa pelas minas de carvão. Robledo trabalhava exatamente como mineiro quando começou a jogar futebol. Chegou ao time do Newcastle em 1949 e se destacou a ponto de ser convocado pela seleção chilena para a Copa de 1950, no Brasil, mesmo sem saber falar espanhol. Jogou apenas a terceira e última partida do Chile naquele Mundial, 5 a 2 contra os Estados Unidos, em Recife (clique aqui e veja o vídeo) - e foi Jorge Robledo quem abriu o placar. Mas os chilenos já haviam perdido para a Espanha e justamente para a Inglaterra e foram eliminados.

Robledo (à direita) escora a bola e abre o placar contra os Estados Unidos, em Recife

John em 1961, rumo à glória
Em 1953, um ano depois de marcar o gol que deu o título da Taça da Inglaterra ao Newcastle, Robledo voltou para o Chile, para jogar no Colo-Colo. Mais tarde, em 1959, passou para o Club Deportivo O'Higgins, onde encerrou a carreira dois anos depois. Naquele momento, lá no Norte da Inglaterra, uma banda de rock'n'roll formada por quatro scouses liverpudianos começava a trilhar sua trajetória rumo à glória mundial, os Beatles (trocadilho entre beat, batida, e beetles, besouros). E o líder e fundador do grupo era ninguém menos que John Lennon, o garotinho que havia orgulhosamente registrado em desenho o gol do título do Newcastle de 1952. Domingo agora, 8 de dezembro, completam-se 33 anos de sua morte. Já Robledo morreu em abril de 1989, no Chile, seis meses depois do ex-colega de equipe Jackie Milburn.


quarta-feira, abril 08, 2009

Atropelo

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Essa é a palavra que define o primeiro tempo do Barcelona pra cima do Bayern de Munique, pela Liga dos Campeões da Europa. 4 a 0 no placar (dois de Messi, um de Eto’o e um de Henry), mais algumas chances desperdiçadas e o controle total do jogo. Aos 13 minutos, já estava 2 a 0, um de Messi com passe de Eto’o e um de Eto’o com passe de Messi. Aos 15, Henry já tinha perdido duas outras chances de ampliar.

O Barça começa a marcação na saída de bola do adversário e não deixa os alemães organizarem seu jogo. Quando recupera a bola, toca com tranqüilidade e objetividade, sem abdicar de alguns dribles em ter vergonha de recomeçar a jogada lá na zaga. Os três do ataque são um show à parte, com movimentação, dribles e passes precisos. Sobre o Bayern, na boa, não deu pra ver jogar.

Não vi a segunda etapa, mas o placar continuou o mesmo, e segundo acompanhei na Internet, o domínio do time espanhol continuou. Agora, os espanhóis podem perder por até três gols de diferença na Alemanha.

Outros resultados

Na semi-final inglesa, o Chelsea ganhou do Liverpool por 3 a 1, de virada, em plena terra dos Beatles. Agora, a equipe azul pode perder de até 2 a 0 em casa, no jogo de volta, em Londres.

Na rodada de ontem, o Porto arrancou um empate em 2 a 2 com o Manchester na Inglaterra, dificultando a vida da equipe de Cristiano Ronaldo. Péssima hora na temporada para os ingleses, que vinham detonando até aqui, entrarem em baixa. No jogo menos badalado, o Arsenal (sim, outro inglês) conseguiu um bom empate com o Villareal na Espanha, por 1 a 1.

terça-feira, abril 08, 2008

Liverpool e Chelsea fazem primeira semifinal da Liga dos Campeões

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Pelo menos um time inglês já está garantido na final da Liga dos Campeões. Liverpool e Chelsea repetem a semifinal da última edição do torneio. Naquela ocasião, o clube da terra dos Beatles levou vantagem e foi vice do Milan, em uma revanche da memorável final de 2005.

O Fenerbahçe tentou, ensaiou uma pressão no segundo tempo contra o Chelsea, mas, em desvantagem, tomou o segundo gol que praticamente apagou o ímpeto turco. O time pelo qual muita gente estava torcendo por ter Zico no comando e mais uma plêiade de brasileiros no plantel (Roberto Carlos, Edu Dracena, Aurélio, Deivid, Alex e os "quase brasileiros" Lugano e Maldonado) conseguiu sua melhor campanha na história da Champions League, um feito. Mas surpresa seria o Chelsea não reverter a desvantagem da primeira partida.

No mais, deu para os torcedores de cá matarem saudades de seus ídolos, ou ex-ídolos, e ver que pouca coisa mudou. Alex, pro bem e pro mal, continua sendo referência na equipe, como era nos tempos de Palmeiras e Cruzeiro. O uruguaio Lugano continua reclamando de forma acintosa contra os árbitros, como quando jogava no Tricolor paulista. Desta feita, a vítima foi o árbitro Herbert Fandel, alemão, que provavelmente não entendeu lhufas. Sorte do delicado e gentil zagueiro, embora sua expressão usual de psicótico quando esbraveja não deixe dúvidas quanto a suas intenções...

Na outra peleja, o Liverpool, em casa, tomou um gol do Arsenal aos 12 do primeiro tempo. Parece que foi esta a chave da vitória que viria mais tarde. Sua torcida começou a entoar "You'll never walk alone", música que ficou célebre no empate contra o Milan, na final de 2005. Na ocasião, o Milan virou o primeiro tempo vencendo por três a zero, sofreu três gols e o Liverpool foi campeão na disputa de pênaltis.

Hoje, o empate veio aos 30 minutos e a virada aos 24 do segundo tempo. O Arsenal ainda igualou de novo, mas o Liverpool voltou à frente dois minutos depois. Fez o quarto pra brindar sua torcida, que voltou à cantoria no final do jogo. Agora, o clube inglês tenta sua oitava final de Liga dos Campeões (são cinco títulos e dois vice-campeonatos), a terceira nos quatro últimos anos. Um desempenho muito melhor do que tem alcançado na Liga Inglesa.

segunda-feira, março 31, 2008

Dois garotos e um certo fim de semana de 1957

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Música lembra Beatles, que lembra John Lennon. Futebol lembra seleção brasileira, que lembra Pelé. O que poucos sabem, porém, é que esses dois ícones do século passado, principalmente nos anos 1960, têm muitos pontos em comum. Para começar, ambos são librianos e quase da mesma idade: John Winston Lennon nasceu em 9 de outubro de 1940, em Liverpool, Inglaterra, e, exatamente duas semanas depois, no dia 23, veio ao mundo Edson Arantes do Nascimento, em Três Corações (MG), Brasil. Mas a maior coincidência aconteceria 16 anos e nove meses mais tarde.

No sábado, 6 de julho de 1957, a igreja de Woolton, em Liverpool, foi palco de um encontro crucial para história da música. Naquela tarde, Lennon se apresentou no local com sua banda The Quarrymen, formada por ele com amigos de escola. Tocavam rock and roll no ritmo do skiflle, um jazz-caipira-acelerado. Na platéia, um outro adolescente observava com interesse: James Paul McCartney, 15 anos recém-completos. Ele achava que tocava melhor que qualquer um no palco, mas estava impressionado por John já ter uma banda - e liderá-la. Após o show, Pete Shotton, um amigo comum, os apresentou. Os Beatles nasceram ali.

No dia seguinte, domingo, 7 de julho, o Brasil enfrentou a Argentina no Rio de Janeiro, então capital federal, pela Copa Roca de Futebol (extinto torneio disputado entre os dois países). No segundo tempo, perdendo por 1 a 0, o técnico brasileiro Sylvio Pirillo decidiu substituir o atacante Del Vecchio por um menino de 16 anos, Pelé. Poucos minutos depois, ele empatou a partida. Apesar de a Argentina ter marcado novamente e vencido por 2 a 1, aquele jogo marcou a estréia do futuro Rei do Futebol pela seleção brasileira. Ali, naquele domingo de julho, Pelé começou a pavimentar seu caminho rumo ao título mundial na Copa da Suécia, menos de um ano depois, quando teve início seu reinado.

No alto, John Lennon com os Quarrymen no sábado, em Liverpool. Acima, Pelé marcando seu primeiro gol pelo Brasil no domingo, no Rio de Janeiro.

sexta-feira, março 14, 2008

Definidas as quartas-de-final da Liga dos Campeões

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O clássico inglês Arsenal x Liverpool e Roma e Manchester United são, na minha opinião, os dois destaques das quartas-de-final da Liga dos Campeões. Os jogos foram definidos em sorteio realizado hoje na Suiça. Veja os jogos.


Quartas-de-final
Ida - 1/2 de abril
Arsenal x Liverpool
Roma x Manchester United
Schalke 04 x Barcelona
Fenerbahce x Chelsea

Volta - 8/9 de abril
Liverpool x Arsenal
Manchester x Roma
Barcelona x Schalke 04
Chelsea x Fenerbahce

Semifinais

Ida - 22/23 de abril
Volta - 29/30 de abril

Final

21 de maio, em Moscou

quarta-feira, março 12, 2008

Drops da Liga dos Campeões

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A definição do Liverpool como o oitavo classificado para as quartas-de-final da Liga dos Campeões me fez pensar em alguns tópicos. O Liverpool, diga-se, eliminou a Inter de Milão em pleno San Siro. (1 a 0, e eu não vi o jogo, infelizmente).

Num post abaixo, os comentários manifestavam a torcida majoritariamente pelo Fenerbahçe (incluindo eu – e todos por motivos afetivos: Zico, Alex, Lugano, Deivid). Entre os não-fenerbahcistas, o Glauco disse que, pelo futebol, torcia pro Manchester. Realmente, o Manchester tem um baita time, mas está decaindo, apesar de o Cristiano Ronaldo estar comendo a bola.

É engraçado como os europeus são conservadores. Tévez (talvez poupado?) fica na reserva no Manchester; Robinho não é titular absoluto no Real, que já caiu na Copa dos Campeões (bem feito!, repito). O Manchester que se cuide.

Mas, voltando: por algumas figuras (Zico, Alex e Deivid) eu torço pro Fenerbahçe; futebolisticamente, pelo Manchester; mas, de fato, já que ficou, vou continuar torcendo pelo Liverpool, apesar de não ter apostado nele num certo bolão. É impressionante a força da camisa do Liverpool na Europa.

Enfim, o campeão da Europa vai sair de um desses oito quarto-finalistas: Arsenal, Barcelona, Manchester United, Fenerbahçe, Roma, Chelsea, Schalke 04 e Liverpool.

quarta-feira, março 05, 2008

Gigantes eliminados da Liga dos Campeões

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Com a classificação nos pênaltis (4 a 1), o Schalke 04 eliminou o Porto no estádio do Dragão, encerrando os jogos desta semana pela Liga dos Campeões da Europa. Só falta uma partida para serem definidos os oito classificados para as quartas-de-finais, Intenazionale x Liverpool, no próximo dia 11. Os ingleses fizeram 2 a 0 no jogo de ida e têm grandes possibilidades de seguir adiante na competição.

O destaque fica para a eliminação dos gigantes Milan (atual campeão) e Real Madrid (sinceramente, bem feito para este último). Os italianos foram surpreendidos em plena Milão e levaram 2 a 0 na cabeça, do Arsenal, enquanto o time de Robinho levou um gol fatal aos 46 minutos do segundo tempo, de Vucinic, que entrara no lugar de Mancine. Os 2 a 1 que a Roma impôs aos merengues foi o mesmo placar do jogo de ida.

Os classificados até aqui são Arsenal, Barcelona, Manchester United, Fenerbahçe, Roma, Chelsea e Schalke 04.

Os jogos (de volta) das oitavas:

Milan 0 x 2 *Arsenal
Barcelona *1 x 0 Celtic
Manchester United *1 x 0 Lyon
Sevilla (2) 3 x 2 (3)*Fenerbahce

Real Madrid 1 x 2 *Roma
Chelsea *3 x 0 Olympiacos
Porto (1) 1 x 0 (4) *Schalke 04
* classificados

Dia 11, terça (16h45) - Internazionale x Liverpool - San Siro, Milão

quarta-feira, janeiro 30, 2008

Manutenção do elenco ou de padrão tático?

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Tricampeões mundiais - Em pé: Rogério Ceni, Danilo, Lugano, Fabão, Edcarlos e Amoroso; Agachados: Aloísio, Cicinho, Josué, Mineiro e Júnior

Muito se fala no mérito do São Paulo de manter a maioria dos jogadores de uma temporada para outra e que essa "base" seria responsável pela conquista de títulos. Concordo em termos. De um ano para outro, muita coisa tem mudado. Vejamos aqui, por exemplo, quantos sobraram do título mundial conquistado em Yokohama, em dezembro de 2005 (foto acima): do time titular que começou os jogos contra Al Ittihad e Liverpool, há pouco mais de dois anos, só restaram Rogério Ceni, Júnior e Aloísio (que, na época, tinha acabado de chegar).
Logo após o título, em janeiro de 2006, saíram Amoroso (para o Milan, mas hoje está no Aris Salônica, da Grécia), Cicinho (para o Real Madrid, hoje no Roma) e o reserva Grafite (Le Mans, da França), além do técnico Paulo Autuori, que se mandou para o japonês Kashiwa Reysol. Um ano depois, sairiam Fabão e Danilo (ambos para o Kashima Antlers, do Japão), Mineiro (para o alemão Hertha Berlim) e o reserva Denílson (para o inglês Arsenal). Ou seja: Muricy Ramalho teve de montar praticamente um outro time.
Porque, logo depois, Lugano iria para o turco Fenerbahçe. E, em 2007, Josué foi para o alemão Wolfsburg e Edcarlos, para o português Benfica. Tudo bem que os outros clubes - e entre eles os três grandes rivais paulistas - possam até ter trocado mais titulares no mesmo período. Mas acho que é possível afirmar que, mais que manter jogadores, o São Paulo tem mantido um padrão tático - a partir de Cuca, em 2004, passando por Leão, Autuori e Muricy.

quarta-feira, janeiro 23, 2008

Dunga divulga convocação da seleção

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O técnico Dunga divulgou a lista de jogadores que disputarão o amistoso da seleção brasileira contra Irlanda,no dia 6 de fevereiro. O técnico anão já havia divulgado que não poderia contar com Ronaldinho Gaúcho, Diego, Kléber, Mineiro, Gilberto e mais um ou outro, contundidos. Com isso, o time tem bastante jogadores em idade olímpica, o que deverá servir de preparação para a disputa mais importante do ano. Afonso e Vagner Love não foram chamados, ficando as vagas do comando do ataque com Luiz Fabiano e o recém-descoberto messias Alexandre Pato (o cara joga, mas calma lá, né?). Gostei dos volantes do time, quase todos com muita qualidade (citando o termo favorito do Falcão) no toque de bola. E ai, o time do técnico deficiente vertical traz a Olimpíada?

GOLEIROS
Júlio César (Internazionale)
Renan (Internacional)

ZAGUEIROS
Lúcio (Bayern de Munique)
Breno (Bayern de Munique)
Alex (Chelsea)
Luisão (Benfica)

LATERAIS
Maicon (Internazionale)
Rafinha (Schalke 04)
Marcelo (Real Madrid)

MEIO-DE-CAMPO
Gilberto Silva (Arsenal)
Hernanes (São Paulo)
Josué (Wolfsburg)
Lucas (Liverpool)
Richarlyson (São Paulo)
Thiago Neves (Fluminense)
Kaká (Milan)
Júlio Baptista (Real Madrid)
Anderson (Manchester United)

ATACANTES
Alexandre Pato (Milan)
Rafael Sóbis (Bétis)
Robinho (Real Madrid)
Luís Fabiano (Sevilla)

quarta-feira, novembro 28, 2007

Aquecimento da Liga dos Campeões vai chegando ao fim

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Eu já disse aqui que a Liga dos Campeões da Europa é o torneio que eu mais gosto de acompanhar. Os jogos são bons e eu não tenho que torcer (sofrer) pra ninguém. Mas isso vale para a fase final, porque os jogos da fase de grupos, francamente.

Ontem e hoje aconteceram os jogos da quinta rodada da primeira fase. Os participantes do mata-mata estão em fase avançada de definição. Vamos aos grupos:

Grupo A
Equilíbrio é a palavra. Todos os times ainda têm chances de classificar. E não é chance matemática, apenas. Porto tem 8 pontos, Marseille e Liverpool têm 7 e Besiktas tem 6. Na última rodada, Porto e Besiktas jogam em Portugal e Marseille e Liverpool decidem na França.

Grupo B
Chelsea já se garantiu, com 11 pontos. A segnda vaga é disputada por Rosenborg (7) e Schalke 04 (5), que decidem a parada na Alemanha. O Valencia, com 4 pontos, já era.

Grupo C
Outro grupo equilibrado. Real Madrid e Olympialos têm 8 pontos, Werder tem 6 e Lazio tem 5. O Real decide em casa contra a Lazio, e deve passar. Entre Olympiakos e Werder Bremen, que jogam na Grécia, acho que os gregos passam

Grupo D
O Milan, mesmo capengando, já está classificado, com 10 pontos. Celtic está na cola com 9. Pode ser alcançado pelo Shakhtar Doneskt, que tem 6 pontos. O Benfica já está fora. Os últimos jogos são Milan e Celtic, na Itália, e Shakhtar e Benfica, na Ucrânia.

Grupo E
Barcelona já está classificado, com 11 pontos. Stuttgart está fora, com 3. Rangers e Lyon (que começou mal das pernas) decidem a segunda vaga na Escócia.

Grupo F
Definido. Manchester United (100% de aproveitamento) e Roma (10), classificados, cumprem tabela na Itália. Sporting e Dinamo Kiev (nenhum ponto!), fora, fazem o mesmo em Portugal.

Grupo G
A Internazionale está classificada com 12 pontos. Já o CSKA tem apenas 1. Fenerbahce (8) e PSV (7) disputam a vaga restante. Como O primeiro joga com o CSKA e o segundo com a Inter, deve dar Fenerbahce.

Grupo H
Sevilla (12) e Arsenal (10) se classificaram no grupo que tem ainda Slavia Praga e Steaua Bucareste. Cumprem tabela na próxima rodada.

A última rodada acontece nos dias 11 e 12 de dezembro, com exceção do grupo D, do Milan, que tem rodada no dia 4 por conta do Mundial Interclubes da Fifa, no Japão.
Depois disso, o torneio volta só no ano que vem.

quinta-feira, outubro 25, 2007

Liga dos Campeões começa a se definir

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A primeira fase da Liga dos Campeões chegou à metade nessa semana. Já é possível tirar algumas conclusões sobre o torneio europeu. Por grupos:

Grupo A
Aqui está a maior decepção do campeonato. O Liverpool, considerado um dos candidatos ao título antes do início dos jogos, está em último lugar num grupo que tem ainda Olympique de Marseille, Porto e Besiktas. O time inglês somou apenas um ponto e tem chances remotas de classificação. Olympique lidera com 7 pontos. Porto tem 5 e Besiktas tem 3. Os dois primeiros devem se classificar.

Grupo B
Grupo equilibrado. Chelsea lidera, como era esperado, com 7 pontos. Rosenborg (4), Schalke 04 (3) e Valencia (3) estão embolados na luta pela segunda vaga na fase final. Valencia, que tem dois jogos em casa, leva alguma vantagem.

Grupo C
Real Madrid, graças a Robinho pós-balada, lidera com 7 pontos. Olympiacos tem 4 e Werder Bremen tem 3. Briga boa pela segunda vaga. A Lazio tem 2 pontos e poucas chances.

Grupo D
Milan e Shakthar Donetsk lideram com 6 pontos. Benfica e Celtic têm 3 pontos cada. Praticamente definido.

Grupo E
Aqui está a segunda maior decepção do torneio. O Lyon, que sempre ameaçou 'fazer história' na Champions, mas sempre parou no meio do caminho dessa vez não deu nem para o começo. Juninho Pernambucano já declarou que o time luta para ficar em terceiro do grupo, para disputar a Copa da UEFA. Barcelona e Rangers lideram com 7 pontos cada. Devem passar. Stuttgart, sem pontos, deve estar pedindo para o campeonato acabar logo.

Grupo F
Maior barbada até aqui. O Manchester ganhou todos os jogos e já está com a classificação na mão. A Roma tem 6. Sporting tem 3 e Dynamo Kiev não pontuou. Aliás, é o grupo dos sem empate. Como o Sporting ainda tem 2 jogos em casa, pode tentar tirar a Roma da segunda fase.

Grupo G
Embolado nos primeiros lugares. Internazionale tem 6, Fenerbahce tem 5 e PSV tem 4. Só arrisco que CSKA já está fora, com apenas 1 ponto.

Grupo H
Cópia do Grupo F. Arsenal tem 9, Sevilla, 6 e Slavia Praga tem 3. Steua Butareste não pontuou. Não acredito que o Slavia tire o Sevilla da fase final. Destaque para a goleada de 7 x 0 do Arsenal pra cima do Slavia. Isso faz do ataque do time inglês o mais positivo da competição. Real vem depois, com 8 gols.

A média de gols até aqui está em 2,6 por jogo.

A próxima rodada acontece nos dias 6 e 7 de novembro. Assista numa TV a cabo perto de você.

domingo, outubro 21, 2007

Ceni na lista da France Football (!)

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A única coisa que sei falar em francês é que eu não sei falar francês. Então tive dificuldades para entender o que está escrito na página da revista France Football, que anunciou os 50 indicados para melhor jogador do mundo em 2007, o Prêmio Bola de Ouro.

Pelo pouco que entendi, pela primeira vez aqtletas de equipes de fora da Europa puderam concorrer. Na lista há 4 deles: Rogério Ceni (ele merecia indicação no ano passado, pela atuação na final do Mundial de 2005, mas ok), inglês David Beckham, do Los Angeles Galaxy (mas ele jogou esse ano?); o iraquiano Yunis Mahmoud, do Al Gharafa (aguardo trocadalhos); e o mexicano Guillermo Ochoa, do América do México.

A Itália lidera o ranking de indicações, com 8 atletas (
Buffon, Cannavaro, Gattuso, Inzaghi, Maldini, Pirlo, Totti, Toni), seguida do Brasil, com 6 jogadores (Ceni, Daniel Alves, Diego, Káká, Robinho, Ronaldinho).

São 13 indicações de clubes da Espanha, 10 da Inglaterra e 7 da Itália.

O prêmio será entregue no dia 2 de dezembro.

A lista completa é:

Ronaldinho Gaúcho (BRA/Barcelona)
Kaká (BRA/Milan)
Robinho (BRA/Real Madrid)
Diego (BRA/Werder Bremen)
Daniel Alves (BRA/Sevilla)
Rogério Ceni (BRA/São Paulo)
Eric Abidal (FRA/Barcelona)
David Beckham (ING/Los Angeles Galaxy)
Dimitar Berbatov (BUL/Tottenham)
Gianluigi Buffon (ITA/Juventus)
Fabio Cannavaro (ITA/Real Madrid)
Iker Casillas (ESP/Real Madrid)
Petr Cech (RTC/Chelsea)
Cristiano Ronaldo (POR/Manchester United)
Deco (POR/Barcelona)
Mahamadou Diarra (MLI/Real Madrid)
Didier Drogba (CMA/Chelsea)
Michael Essien (GAN/Chelsea)
Samuel Eto'o (CAM/Barcelona)
Francesc Fábregas (ESP/Arsenal)
Gennaro Gattuso (ITA/Milan)
Steven Gerrard (ING/Liverpool)
Ryan Giggs (PGA/Manchester United)
Thierry Henry (FRA/Barcelona)
Zlatan Ibrahimovic (SUE/Inter Milão)
Filippo Inzaghi (ITA/Milan)
Frédéric Kanouté (MLI/Sevilla)
Miroslav Klose (ALE/Bayern de Munique)
Yunis Mahmoud (IRQ/Al Gharafa)
Paolo Maldini (ITA/Milan)
Florent Malouda (FRA/Chelsea)
Lionel Messi (ARG/Barcelona)
Shunsuke Nakamura (JAP/Celtic)
Guillermo Ochoa (MEX/América do México)
Andrea Pirlo (ITA/Milan)
Ricardo Quaresma (POR/Porto)
Raúl (ESP/Real Madrid)
Franck Ribéry (FRA/Bayern de Munique)
Juan Román Riquelme (ARG/Villarreal)
Wayne Rooney (ING/Manchester United)

quarta-feira, outubro 03, 2007

Corinthians perde 99 posições em ranking

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Não é só no Brasileirão que o Corinthians está despencando. No Ranking Mundial de Clubes da Federação Internacional de História e Estatística do Futebol (IFFHS) o clube perdeu 99 posições e passou de uma já destacada 95.º posição para o 194.º lugar, com 84 pontos.

O ranking internacional considera o desempenho dos clubes em competições nacionais e internacionais, entre 1.º de outubro de 2006 até 30 de setembro deste ano. Para consolo dos corintianos, o Palmeiras ocupa uma posição pior: é o 254.º colocado, mas subiu 13 posições.

Em terceiro lugar está o Santos, melhor brasileiro da lista com 272 pontos, reflexo da boa campanha na Libertadores deste ano, além da conquista do Paulista. A Libertadores é o motivo do São Paulo ocupar a 12.º colocação. Abaixo, a lista dos dez primeiros e os brasileiros:

1.º (1.º) Sevilla/ESP - 285 pontos
2.º (6.º) Colo Colo/CHI - 275
3.º (3.º) Santos/BRA - 272
4.º (4.º) Boca Juniors/ARG - 268
5.º (2.º) Chelsea/ING - 262
6.º (5.º) Manchester United/ING - 262
7.º (7.º) Milan/ITA - 248
8.º (9.º) Roma/ITA - 242
9.º (10.º) Inter de Milão/ITA - 239
10.º (7.º) Liverpool/ING - 237
12.º (17.º) São Paulo/BRA - 222
30 º (35.º) Grêmio/BRA - 183
34.º (43.º) Flamengo/BRA - 173
36.º (40.º) Internacional/BRA - 171
50.º (49.º) Paraná/BRA - 148
51.º (65.º) Botafogo FR Rio de Janeiro Brasil/4 146,0
67.º (65.º) Fluminense FC Rio de Janeiro Brasil/4 130,0
68.º (84.º) Figueirense FC Brasil/4 130,0
83.º (124.º) Vasco da Gama/BRA - 124
104.º (57.º) Atlético Paranaense/BRA - 114
122.º (109.º) Cruzeiro/BRA - 106
138.º (141.) Goiás/BRA - 100
194.º (95.) Corinthians/BRA - 84
254.º (267.) Palmeiras/BRA - 76

Explicação

O ranking da IFFHS mede o desempenho das equipes nas competições nacionais e continentais, dando um peso diferente para cada uma delas. Na verdade, o que é analisado é o resultado de cada partida, não havendo qualquer bônus para o time que for campeão. Liga dos Campeões e Libertadores, por exemplo, valem 14 pontos por vitória. Como o Santos foi o melhor time da fase de grupos e sofreu apenas uma derrota na competição, somou mais pontos que o campeão Boca. Questionável, mas é um critério claro.
O Colo-Colo figurar na segunda posição pode parecer estranho, mas também tem sua lógica. No período analisado, ele foi campeão do torneio Clausura e Apertura (os campeonatos nacionais do Chile) que, embora valham menos que outras competições similares, contam pro ranking. Além disso, foi vice-campeão da Copa Sul-americana e chegou às oitavas-de-final da Libertadores, ficando na fase de grupos à frente de São Paulo e Boca, por exemplo.

(Atualização às 10h03)

quinta-feira, setembro 27, 2007

Noite gloriosa

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Dane-se que a Copa Sul-americana vale só para encher os cofres dos clubes. O jogo entre São Paulo e Boca Juniors ontem à noite me fez vibrar como na época em que eu comecei a torcer pelo Tricolor. Terminei o jogo tremendo, com o coração acelerado e a alma lavada. Nem a vitória em cima do Atlético Paranaense na final da Libertadores de 2005 se compara com esse jogo. Talvez o jogo contra o Liverpool, na final do Mundial. Como me arrependi de não ter ido ao Morumbi!

O jogo começou quente. O Boca quase marcou aos 30 segundos. No contra-ataque, foi a vez do São Paulo desperdiçar uma boa chance. Mas nessa altura eu ainda estava no ônibus, tentando voltar para casa. Pelo que ouvi, o primeiro tempo foi praticamente dominado pelo São Paulo, que criou algumas chances, mas ficou no zero. Já o Boca catimbava e tornava o jogo lento.

No início do segundo tempo (já estava em casa), Aloísio - que acabara de substituir Borges - ganha da zaga na força e faz o gol tricolor. Ouvi mais tarde que ele levou a bola no braço, mas não vi isso não. A partir daí o Boca parou de demorar 20 segundos para cobrar um lateral e teve que sair para o jogo. Foi só emoção. 40 minutos - contando os acréscimos - de nervosismo e tensão. Teve bate-boca na área do são Paulo, pelo menos 5 escanteios seguidos para o Boca entre os 35 e 40 minutos, 3 jogadores do São Paulo contundidos ao mesmo tempo (Souza, Aloísio e Leandro contribuiram para que o jogo ficasse parado uns 5 minutos). Aloísio aguentou até o fim com um problema muscular, e mesmo assim deu arrancadas, marcou e foi fundamental para prender a bola quando o jogo apertou.

Aos 49 minutos e 20 segundos, o juiz apitou e o Morumbi - e eu também - soltou o grito que estava entalado contra o Boca fazia tempo. As imagens de torcedores do São Paulo chorando na arquibancada estão aí para provar que eu não estou exagerando.

Eliminar o Boca: eu recomendo!

Por conta da "batalha", Souza e Aloísio preocupam para o jogo contra o Inter no Brasileiro, o campeonato que importa. Mesmo assim, a confiança está em níveis estratosféricos hoje. A minha, pelo menos. Alguns membros desse blog conhecem a minha teoria, de que se o São Paulo eliminasse o Boca, ninguém mais segurava no Brasileiro. Eliminou. Agora é contar as rodadas para ser campeão.

Posso até queimar a língua, mas hoje tá difícil de segurar!

terça-feira, setembro 04, 2007

Vai começar a Champions League 07/08

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Com atraso, posto os grupos da Liga dos Campeões da Europa.
Vai começar a temporada de ódio mortal ao futebol italiano neste blogue!
Quem aposta no campeão?

Grupo A
Liverpool
Porto
Marseille
Besiktas

Grupo B
Chelsea
Valencia
Schalke 04
Rosenborg

Grupo C
Real Madrid
Werder Bremen
Lazio
Olympiacos

Grupo D
Milan
Banfica
Shakhtar Donetsk
Celtic

Grupo E
Barcelona
Lyon
Stuttgart
Rangers

Grupo F
Manchester United
Roma
Sporting
Dynamo Kiev

Grupo G
Internazionale
PSV
CSKA
Fenerbahce

Grupo H
Arsenal
Sevilla
Slavia Praga
Steaua Bucareste

A primeira rodada, nos dias 18 e 19 de setembro, será a seguinte:



Dia 18









Marseille

x

Beşiktaş


Porto

x

Liverpool


Chelsea

x

Rosenborg


Schalke

x

Valencia


Real Madrid

x

Bremen


Olympiacos

x

Lazio


Milan

x

Benfica


Shakhtar

x

Celtic


Dia 19








Rangers x


Stuttgart


Barcelona x


Lyon


Roma x


Dynamo Kyiv


Sporting x


Man. United


PSV x


CSKA Moskva


Fenerbahçe x


Internazionale


Arsenal x


Sevilla

segunda-feira, setembro 03, 2007

O exemplo do Liverpool

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Ontem, antes do clássico entre Santos e Corinthians, 500 torcedores rivais brigaram em frente ao Emilio Ribas, próximo ao Pacaembu. Após a partida, nova confusão. Sobrou até para o santista Mano Brown, que tentou apartar o conflito e acabou preso. Desfeito o "engano", foi liberado. Nada incomum, infelizmente no futebol brasileiro, e o público de onze mil pessoas deixa claro o efeito que isso tem em quem quer ir torcer mas não pretende arriscar acabar apanhando.
Introdução feita, na Inglaterra, país dos famosos hooligans que, depois de um trabalho sério do Poder Público local dão muito menos trabalho que qualquer organizada tupiniquim atualmente, vem um exemplo comovente de integração de equipes rivais. A parceira Bia está em Liverpool e foi assistir a partida entre o time dos Beatles e o Toulose, para decidir quem iria para a fase de grupos da Liga dos Campeões da Europa.

Mas a cidade ainda estava em choque. Na quarta-feira passada, dia 22, Rhys Jones, de 11 anos, foi assassinado com um tiro na cabeça enquanto jogava bola, no estacionamento de um pub em Liverpool. Provavelmente, mais um crime de gangues juvenis que estão ganhando corpo em alguns lugares da Europa.

Ao centro, a mãe de Jones ao lado do pai e do irmão do garoto






O garoto era torcedor do Everton, maior rival do Liverpool, e tinha ingressos para todas as partidas do time na temporada. Isso não impediu que o menino fosse homenageado pelo clube rival no jogo contra o Toulose. Bia descreve assim a homenagem:

No jogo contra o Toulouse, da França, que valia vaga para a fase de grupos da Liga dos Campeões, o Ainfield recebeu os pais e o irmão de Rhys. O azul da camisa do Everton contrastava com o vermelho das 43 mil pessoas que lotavam o estádio. A princípio, os dirigentes estavam com receio de que os torcedores do Liverpool não recebessem bem aqueles três “rivais”.

Mas a recepção foi melhor do que todos ali poderiam imaginar. A começar pelo profundo e respeitoso silêncio que tomou conta do estádio enquanto os auto-falantes tocavam Johnny Todd, hino da torcida do Everton. Traduzindo para o futebol brasileiro, é a mesma coisa que os palmeirenses respeitarem e aplaudirem a execução de “Corinthians minha vida”, em pleno Palestra Itália, onde os torcedores chiam até com o preto e branco no banner do patrocinador. Os torcedores do Liverpool, que também não admitem a cor azul em Ainfield, tiveram essa atitude e, em seguida, dedicaram o próprio hino, “You’ll never walk alone”, para o menino.

Foi a cena mais bonita que presenciei em um estádio de futebol. É fato que, se a cada rodada, fossemos homenagear as mortes estúpidas que acontecem no Brasil, seriam horas, não minutos de silêncio. E um silêncio que não seria respeitado. Afinal, respeito é uma palavra que passa longe do futebol brasileiro, onde o hino nacional é vaiado e jogador precisa ir a um programa de televisão dizer que é macho.

O comportamento dos torcedores do Liverpool foi tão sensacional que, ao final da partida, apesar da goleada por 4x0, a barulhenta torcida do Toulouse cantou e aplaudiu o nome do Liverpool. Na saída do gramado, a mãe de Rhys declarou que o menino deve ter aberto um sorriso ao saber que foi o motivo da execução de Johnny Todd na casa do maior rival.

Mas muito mais do que o feito histórico, Rhys fez os ingleses provarem que ainda há pessoas que cultivam valores mais importantes do que o inexplicável, louco e, muitas vezes, violento, amor por um clube de futebol. Nem tudo está perdido!

Sim, há coisas mais importantes que o futebol. E são muitas.

Leia o post completo da Bia.

quarta-feira, maio 23, 2007

Deu Kaká, quer dizer, Milan

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Pois é, o mais importante troféu da Europa ficou com o Milan de Kaká, que mais uma vez decidiu.
Quando ainda estava 1 a 0 para o Milan, jogo indefinido, o craque (quem vai dizer que não?) roubou a bola no meio de campo, conduziu, vislumbrou o espaço, deu um passe primoroso para Inzaghi, que driblou o goleiro e fez um golaço aos 37 do segundo tempo.

O Liverpool até fez o gol que deve ter feito passar o filminho de 2005 na mente rossonera, mas não deu. Desta vez, deu Milan.

MILAN 2 x 1 LIVERPOOL

23/05/2007

Milan
Dida; Massimo Oddo, Alessandro Nesta, Paolo Maldini, Marek Jankulovski (Kaladze); Gennaro Gattuso, Andrea Pirlo, Massimo Ambrosini, Clarence Seedorf (Favalli), Kaká; Filippo Inzaghi (Gilardino) - Técnico: Carlo Ancelotti

Liverpool
Pepe Reina; Steve Finnan (Arbeloa), Daniel Agger, Jamie Carragher, John-Arne Riise; Jermaine Pennant, Javier Mascherano (Crouch), Xabi Alonso, Steven Gerrard, Boudewijn Zenden (Kewell); Dirk Kuyt - Técnico: Rafa Benítez

Estádio Olímpico de Atenas (Grécia)
Árbitro: Herbert Fandel (ALE)
Gols: Inzaghi, aos 44min do primeiro tempo e 37min do segundo tempo; Kuyt, aos 43min do segundo tempo

Futebol inglês renasce com dinheiro estrangeiro

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Enquanto o Milan encara o Liverpool na final da da Copa dos Campeões, o Le Monde soltou uma reportagem em que apontam que a chave para a atual fase do futebol britânico foram tragédias. Liverpool, Manchester United e os londrinos Chelsea e Arsenal estão na elite européia. Em 2005 a final foi a mesma de hoje. No ano seguinte, o Arsenal perdeu para o Barcelona. Em 2007, três semifinalistas da Copa dos Campeões poderiam bradar "God save the queen".

O futebol britânico reinou em competições de clubes do futebol europeu nas décadas de 1970 e início da de 1980, mas foi ao fundo do poço a partir da tragédia de maio de 1985 (39 mortos em Bruxelas em partida do Liverpool) que acarretou em cinco anos de suspensão de competições continentais. Depois, em abril de 1989, no Hillsborough, em Sheffield, 96 pessoas foram mortas esmagadas.

A partir daí, a matéria do Le Monde aponta que os estádios foram reformados e a legislação alterada com controle de acesso e câmeras de vigilância nos estádios. Faixas e qualquer demonstração de organização de torcidas foi proibida, o que não acabou com os grupos de hooligans, que causam hoje mais problemas em outros países do que na terra natal, como lembra o Vermelho.

Mas ainda assim, a ocupação em 1990 caiu de 85% para 30% da capacidade das arquibancadas. O medo de ir ao estádio não havia acabado com a paixão pelo esporte inventado na ilha, e o australiano radicado nos Estados Unidos Rupert Murdoch pôs dinheiro para transmitir a Premier League.

Mas o dinheiro dos direitos de transmissão pagos pelo dono da rede de TV por assinatura Sky e DirecTV (que tentou comprar o Wall Street Journal), Murdoch foi salvador no início e deu tempo para outras transformações. O jornal francês afirma que 43% da receita dos times britânicos vêm da venda da transmissão para a TV, contra 60% dos franceses, que recebem do Canal +.

A grana para contratar jogadores do mundo todo veio de milionários que investem diretamente em ações dos clubes. O sinistro Roman Abramovich, esse ícone do bom-mocismo mafioso da Rússia, investiu no Chelsea por diversão e lavagem de dinheiro. O norte-americano Malcolm Glazer, dono do Manchester, o faz por especulação. Segundo as más línguas, o enganaram originalmente, confundindo futebol com a versão americana do esporte, já que o Glazer é dono do Tampa Bay Buccaneers. E ainda tem os também amigos de George W. Bush, George Gillett e Tom Hicks, da Hicks & Muse, que tanta saudade despertam nos corintianos.

Por um lado, a matéria mostra que a paisagem da cartolagem brasileira, onde só se vê gente de bem, não é privilégio tupiniquim. Por outro lado, todos fazem tudo para lucrar. Os ingleses parecem que andaram conseguindo. O Palmeiras, por exemplo, teve um déficit de R$ 37 milhões em 2006.

Liverpool campeãoooops!

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Por algum motivo ainda não descobrerto, o site do Liverpool soltou antes a hora a matéria preparada para o caso do time vencer o Milan daqui a pouco, na final da Copa dos Campeões. Leia aqui a matéria do Globo Esporte.
Ficou feio.