Destaques

terça-feira, maio 01, 2007

Trio de ferro lidera ranking de violência

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Deu no blog parceiro Onde a Coruja dorme . Ao comentar mais uma morte ocorrida em decorrência de briga de torcida, desta vez a de uma criança de 11 anos, Felipe Matheus Lima de Almeida, torcedor do Paysandu, atingido por um rojão na cabeça que deixou estilhaços de metal cravados no seu crânio, o blog publica um levantamento que retrata casos de morte por conta da violência no futebol.

Desde 1992, foram 35 mortes. Felipe, que foi vítima de um torcedor do Remo, é o mais jovem e foi o primeiro caso da região Norte. No Nordeste foram dois casos, no Sul, 3 e, no dito desenvolvido e rico Sudeste foram 29 mortes.

Em relação às torcidas envolvidas nesse quadro de violência, o trio de ferro paulistano tem a vergonhosa liderança. Do total, 12 casos envolvem a torcida do Corinthians, 11 a torcida do São Paulo e 8 os torcedores palmeirenses.

A morte do garoto paraense ocorreu em uma situação típica que representa a maioria dos casos de violência entre torcidas organizadas: o confronto fora do estádio. Nesse específico, o crime, cometido por um jovem de 19 anos, tem requintes de crueldade, já que o rojão continha pedaços de metal justamente para ser usado como arma. A estupidez parece não ter limites.

segunda-feira, abril 30, 2007

Santos x São Caetano

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Eu ia comentar o post do Glauco, mas ficou muito grande, então vai como novo post.

Para começar, está provado que os bicho-papões São Paulo e Santos estão muito longe de ser duas equipes tão fortes quanto se dizia. Os resultados contra Bragantino e São Caetano (e do São Paulo contra o Audax Italiano) estão aí para mostrar, embora, ressalve-se, não se possa esquecer que a final paulista ainda não acabou, apesar de alguns acharem que sim. O Azulão, sendo ou não campeão, merece todos os aplausos. Jogou com eficiência, marcou implacavelmente, e sem violência, e aproveitou as chances que teve.

Quanto ao jogo em si, começando pelo lance mais falado pela imprensa: o erro do Fábio Costa. Incontestável, diga-se. Mas o erro me parece muito relativizável, visto que:

- a bola sobrou livre, de presente, depois de uma pane generalizada (a segunda fatal) da defesa. Algo imperdoável numa final. No lance, Kléber bateu cabeça com Adailton no meio da área, onde deveriam estar dois zagueiros, e não o lateral. O goleiro saiu para cobrir um buraco aberto na esquerda, onde deveria estar o Kléber. Depois do rebote que o Kléber deu de bandeja, ele e Adailton ficaram assistindo à jogada, sequer esboçaram correr. Má vontade? O Fábio errou, mas errou porque estava lá, onde deveria estar pelo menos um zagueiro cobrindo, e não ele. Fábio tem saído de maneira precisa (três só contra o Bragantino). Desta vez, saiu e errou. Antes do pênalti, tinha feito uma grande defesa, salvando o segundo gol.

- Um time que tem o melhor ataque do campeonato, é o grande contra o pequeno, é propalado favorito e não fazer nenhum gol em 270 minutos é algo, isto sim, tosco. Mais do que nunca, ficou provado que a falta de atacante pode ser fatal ao Santos este ano. Não tem ninguém na área, a bola passa de cá, passa de lá, e nada. Se eu fosse o Vanderlei, poria Jonas e Moraes no segundo jogo. Mas acho que ele vai continuar insistindo com o anão Marcos Aurélio, outra figura inoperante, que só funcionaria se tivesse a companhia de um matador nato.

- Zé Roberto não vem jogando nada desde o primeiro jogo da semifinal. Cléber Santana não joga nada há tempos. Tabata, contra o São Caetano, voltou a ter o desempenho medíocre de sempre. Parece que a titularidade lhe faz mal. Adailton mostra que não deveria ser titular, já que o elenco tem dois zagueiros (Leonardo e Marcelo) tecnicamente superiores. O lateral direito do Santos, Dênis, mostra sempre que entra que é um jogador para jogar por outro time do litoral, a Santista. Se não der certo lá, quem sabe no Jabaquara. Se o Pedro é meia-boca, o Dênis é desastroso. Ontem, só antes do primeiro gol do Azulão, deu três contra-ataques de presente.

Em vista disso tudo, acho que não se pode atribuir a derrota de um time inteiro, cheio de problemas, a uma jogada. Até porque, quando saiu o pênalti, o Santos já tinha arrefecido o ímpeto inicial e estava aparentemente cansado da pressão infrutífera, o que foi prontamente observado pelo narrador Milton Leite, da Sportv.

Blatter diz ter alternativas para sede de Copa 2010

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A Agência EFE (republicada pelo Terra) informa que o presidente da Fifa, Joseph Blatter, tem uma lista de cinco países que na fila de espera para receber a Copa do Mundo de 2010. A carta na manga é uma precaução para o caso a África do Sul não cumprir as obras e medidas exigidas pela Federação para abrigar a disputa máxima do futebol daqui três anos.

Embora não mostre a lista dos cinco países a ninguém, nem sob tortura, ele diz que há alternativas. Na medida em que a Alemanha recebeu a Copa no ano passado e Coréia e Japão o fizeram há cinco anos, sem muitas dúvidas, há outros lugares.

O anúncio também serve para o Brasil, candidato único para o Mundial de 2014. O Pelé andou dizendo que teme efeitos nefastos dos atrasos nas obras dos Jogos Pan-Americanos para a imagem do provável país-sede da Copa de 2014.

Como as exigências da Fifa não são poucas (141, segundo O Globo de 22 de abril), o Brasil que se cuide.

Perdeu de 4 e com gol pelas costas

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Confesso que é difícil resistir aos trocadilhos e fazer qualquer análise isenta, mas o jogo de ontem entre Atlético e outro time de Minas teve alguns aspectos inusitados.

Antes, confesso, ia publicar na sexta-feira, antes do jogo, aquilo que havia escrito no "post" crássico é crássico e vice-versa: que esse time azul lá de Minas é muito ruim, a despeito do que fala a imprensa paulista e carioca, que não acompanha os jogos. Preferi esperar passar o jogo. OK, amarelei.

Mas vamos ao jogo, que só vi em replay no Sportv à meia-noite de hoje.

O Galo além dos 4 gols teve pelo menos mais quatro chances claras na frente do goleiro, era para ter sido uma vitória por 6, 7 gols de diferença. O goleiro do Atlético fez apenas uma defesa e teve sorte com dois chutes que foram para fora, mas levaram perigo. De resto, nada fez o time da enseada das garças.

Sobre as expulsões: perderam dois jogadores (um deles no final do segundo tempo), mas se é um juiz mais rigoroso teria expulsado mais uns dois. Com certeza o Ricardinho, que deu uma voadora por trás e só levou amarelo.

A defesa do timinho de azul é uma das piores coisas que já vi. Jogou em linha o tempo todo. Sem cobertura, os atacantes rápidos do Galo, Danilinho e Éder Luiz, toda hora eram lançados nas costas dos zagueiros e ganhavam na corrida. Só sobravam as faltas e sorte no primeiro tempo para as Marias. Era para os primeiros 45 minutos terminarem como pelo menos 2 a 0.

Por último e não menos importante: nunca vi no futebol um goleiro tomar um gol de costas. Aconteceu com o Fábio, que há muito tempo vem dando alegrias ao Galo. Depois do gol de pênalti aos 45 do segundo tempo, o time dele deu a saída, perdeu a bola, o centroavante Vanderlei dominou, livrou-se de um defensor, aproximou-se da área e chutou enquanto Fábio ficou esse tempo todo de costas. Desculpa, estava indo buscar dentro do gol a outra bola.

Afimou, sem conhecer a regra, que o jogo não poderia se reiniciado com uma bola dentro do gol, equecendo-se que depois da linha a bola está fora de campo. Fica o pastelão. Quem quiser que veja os gols .

Síndrome de Henry Sobel

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O Brasil é um país bastante peculiar. Existem épocas em que, por qualquer coisa, alguém é crucificado; em outras, como agora, arruma-se justificativa pra tudo. Invoca-se o passado, a história, a família, os bons modos e blablabla. Claro que isso também varia de acordo com a pessoa atingida.

Quando Henry Sobel foi apanhado com gravatas furtadas, a mídia noticiou, de forma discreta. Não apareceu em nenhum programa não-humorístico sendo achincalhado, como acontece com pessoas comuns. Mesmo assim, organizações e personalidades se insurgiram para defender quem sequer havia sido atacado de fato. Invocou-se então seu passado em "defesa dos direitos humanos", sua conduta sempre ética etc, etc, etc.

Nem acho, sinceramente, esse furto grande coisa. É mais um fait diver do que algo a ser destacado sem chacota. Mais grave é quando um dito defensor dos direitos humanos defende a pena de morte como ele fez. Na ocasião, também muito pouco cobrado por seus pares. No entanto, ele ser cobrado por uma declaração ou um furto é o mínimo que se espera, já que, se fosse uma pessoa "não-pública", receberia o tratamento que todos recebem, sem se perguntar se fez boas ações, ajudou velhinhas a atravessar a rua, fez xixi na cama quando criança ou não xingou a mãe por causa da mistura.

Pois é, toda essa introdução pra falar... do Fábio Costa. Elogiei-o aqui e reitero todo o escrito. Mas é inegável que ontem ele foi decisivo, de uma forma como o torcedor santista não gostaria. O Santos vinha pressionando o São Caetano e a partida entrava na fase em que, mesmo um time que não costuma tremer como o Azulão, pode ceder a qualquer momento. Mas em um lance tosco, já que era uma bola que estava indo pro lado, o arqueiro tenta chutar a danada e acerta o atleta do são Caetano.

Estava morta ali qualquer chance de reação do time. Quando um jogo é parelho, e se consegue dominar o adversário, após tomar um gol bobo, desmonta-se tudo. Ali, o dito time menor se agigantou ainda mais e o grande desanimou sabendo que buscar um gol pra diminuir a diferença, por mais pragmático que seja, também é pensar pequeno. Deixou pro próximo domingo.

Repirto que não se trata de crucificar ninguém, mas não se pode omitir a culpa do atleta em dado momento. Por que essa pretensão de fazer alguns "intocáveis" e não dizer que a pessoa errou quando ela errou e pesar o que isso significa no contexto? Errou feio em uma hora decisiva, como tantos outros jogadores erraram e nem por isso tiveram seu histórico apagado. Rogério Ceni errou grotescamente em uma final de Libertadores contra o Internacional, Marcelinho Carioca foi o único entre dez atletas a errar um pênalti e interromper o sonho da conquista da América e Edmundo vacilou contra o modesto Ipatinga e repetiu o feito da final do Mundial contra o Corinthians, quando jogava pelo Vasco. Mas todos eles foram fundamentais para outras conquistas na história dos seus times, inclusive Fábio Costa, uma das peças principais na final do Brasileiro de 2002.

Se errou, o que fazer? Lembro de outra falha dele que só de lembrar como deu a volta por cima, arrepia. Oitavas de final da Libertadores de 2003, jogo contra o típico time "encardido", o Nacional do Uruguai na Vila Belmiro. Uma falta cobrada quase de forma despretensiosa no lado direito do ataque uruguaio no fim da primeira etapa, a bola vem rasteira e engana Fábio Costa. Uma falha que poderia ser crucial e o goleiro sabia disso.

O lateral-esquerdo Léo, no ataque do time, quando vê o arqueiro ajoelhado e cabisbaixo na área, dá um pique até ele, oferece a mão, o levanta e a torcida enlouquecida passa a gritar seu nome. Empate e disputa de pênaltis. Ao fim da partida, o santista é ovacionado pelo estádio inteiro e, ultra-motivado, mesmo nunca tendo sido um emérito pegador de penalidades, defende três e classifica o time para as quartas.

Aí está a lição que ele, o time e a torcida podem relembrar. Em mais 90 minutos, uma situação assim, bem trabalhada pelo técnico, pode virar uma motivação a mais para a equipe. Tomara.

domingo, abril 29, 2007

Pelo menos da transmissão dá pra rir...

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Primeiro tempo, o Santos perdia por um a zero do São Caetano. Cléber Machado questiona o ex-0 ex-jogador Falcão:
- Você não acha que o Santos podia aproveitar melhor que o Rodrigo Souto está sem marcação?
O ex-atleta do Inter, de bate pronto:
- É verdade, Cléber. O Rodrigo está solto no meio de campo.
Ainda bem que o Congresso não aprovou a legislação anti-trocadalhos...

sábado, abril 28, 2007

O Rei perdeu - o resto - da majestade

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foto: estadao.com

(Não é futebol nem cachaça. Pode ser um pouco de política)
Este post é um protesto pela atitude retrógrada de Roberto Carlos (o rei, não o lateral), ao usar de todos os meios para impedir a venda dos exemplares da sua biografia (não-autorizada) escrita pelo jornalista Paulo César Araújo, fã confesso do cantor.
O livro, Roberto Carlos em Detalhes, descreve episódios da vida privada do cantor que eram desconhecidos do grande público. Não se sabe qual parte do relato - até onde se sabe apurado com fontes seguras e uma baita louvação ao cara - desagradou RC, mas o fato é que na sexta uma audiência de conciliação entre autor, editora e o cantor terminou em um acordo para o recolhimento dos 11 mil exemplares ainda em estoque, retirada dos exemplares das lojas e tentativa de recuperar todos os livros vendidos.
Paulo César ainda tentou contornar a situação. Sugeriu que as partes que desagradassem RC fossem retiradas de futuras edições. Abriu mão dos direitos pelo livro. Não adiantou.
O advogado de RC comemorou o acordo como "uma vitória da intimidade do Roberto". Já o defensor da editora Planeta, Ronaldo Tovani, afirmou que o autor aceitou o acordo pelo carinho que tem pelo Rei.
Essa versão não bate com a foto do escritor com os olhos vermelhos publicada na Folha de São Paulo. Me parece que ele não aceitou nada, e sim que a editora abriu as pernas por medo do grande processo que lhe poderia cair às costas.
O acordo põe fim ao processo de crime contra a honra na 20ª Vara Cível de São Paulo e à ação cível movida no Rio, que pedia indenização por perdas e danos. Não sei qual a base jurídica para as reclamações de RC, se é que ela existe. Mas olhando assim, de longe, parece que a liberdade de expressão ficou arranhada, não?

Em tempo: enquanto escrevia este post entrei no site do Submarino e consegui encomendar o livro. Será que vai chegar? Daqui alguns anos, quanto eu vou conseguir pelo exemplar?

PCC usou computador da Secretaria de Administração Penitenciária para fazer sua contabilidade

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Deu no Terra:

Investigações do Ministério Público de São Paulo concluíram que líderes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) teriam usado computadores e papéis oficiais da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) do Estado para controlar a contabilidade dos lucros com o tráfico de drogas dentro e fora das prisões. (...)

A contabilidade teria sido registrada em papéis oficiais com computador da SAP instalados na Penitenciária Nestor Canoas, em Mirandópolis. (...)

A SAP distribuiu ontem nota afirmando desconhecer a acusação e que tão logo seja comunicada oficialmente determinará abertura de sindicância para apurar a suposta responsabilidade de seus funcionários.

Será que a contabilidade garantiu a emissão das notas fiscais e o pagamento dos imposto s, assim, direitinho?

Opção pelo papelão?

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Fotos: Ricardo Stuckert/Presidência
O instrutor musical e Presidente da República,
Lula, dá dicas a dona Marisa na guitarra doada
pelo grupo mexicano RBD para o Fome Zero. A
Agência Brasil foi camarada ao não publicar
a foto em que o mandatário empunhava a guitarra.


Foto oficial da peleja com o mesmo grupo mexicano
no Palácio da alvorada. Lula marcou um de
pênalti, mas seu time perdeu por 7 a 6. Na verdade, o
post começou com essa foto. Não pude deixar de
publicar a outra, apesar de não ser nem futebol, nem
política. Opa, Denúncias!.



P.S.: Incluo marcadores nesse post, pra facilitar futuras incursões estatísticas dos companheiros. Mas como não queremos dificultar a vida, três marcadores bastam, na minha opinião: Futebol, Política e Cachaça.

Em resposta ao argentino

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Sem dúvida, esse blog é plural. Além de ter oito autores representando cinco times diferentes, também conta com parceiros, dos quais muito se orgulha, de diferentes cantos do Brasil e, por que não, do planeta. São cariocas, paulistas, mineiros, gaúchos, pernambucanos, portugueses, espanhóis, açorianos, uruguaios e... argentinos. Sim, até porque é impossível falar de futebol sem falar de argentinos, como não dá pra não falar desse esporte sem mencionar italianos, ingleses, franceses, uruguaios etc, etc, etc, goste-se ou não do seu estilo de jogo.

Por conta disso, foi postado aqui o gol de Messi contra o Getafe. Bonito gol, digno de ser postado e, como todos aqui são amantes do belo futebol, digno de ser assistido. Mas não é o gol mais bonito de todos os tempos. E está longe, como diz o comentário do companheiro Esteban, de Cordoba, de significar que os argentinos são maiores que os brasileiros.

Quantos argumentos dizer contra isso? Dá quase uma bíblia, o antigo e o novo testamento. Mas o que achei curioso mesmo é ele dizer que nenhum brasileiro fez gol parecido com o de Messi. Cita Pelé, Robinho, Ronaldo, Ronaldinho e desdenha Kaká, Rivaldo e Romário. Quis se ater a Pelé e disse que o "gol de placa" do Maracanã (acho que é a esse a que ele se refere, já que foram tantos que Pelé fez driblando meio time) não foi filmado. Certamente uma invenção coletiva de brasileiros para serem superiores aos argentinos, em uma época na qual os hermanos não tinham sequer uma Copa do Mundo em seu cartel.

Mas tudo bem, descontemos isso. Fiquemos com brasileiros que talvez Esteban não conheça. A fatalidade fez com que ele não conhecesse Dener, morto prematuramente em um acidente, e que fez um golaço onde sai do meio-de-campo, com direito a drible da vaca. E que tal Don Giovanni quando jogava pelo Santos contra o Guarani? Veja, Esteban, um gol de craque.

Mas não vamos ser tão patrioteiros. Há gols feitos com seqüências de dribles em toda a história do futebol, e teve gente que fez gols contra times um pouquinho mais fortes que o portentoso Getafe. Quem quiser, pode conferir no YouTube. Mas se Esteban quiser se deleitar só com Pelé, o maior de todos, também pode conferir no link. Ali, vai poder assistir à decisão de Libertadores entre Peñarol e Santos, disputada em... Buenos Aires, vulgo um "campo neutro". Os portenhos lotaram o estádio pra ver o espetáculo de um time brasileiro, embora tivessem secado seus maiores rivais.

Vendo Pelé, o companheiro argentino pode se perguntar, entre ele e Maradona:

- quem tem mais Copas do Mundo?
- quem venceu mais Mundiais Interclubes?
- quem ganhou mais Libertadores?
- quem ganhou mais títulos nacionais?
- quem fez mais gols?
- quantos gols de cabeça cada um marcou?
- quantos gols cada um fez com a perna que "não era a boa"?
- quem precisou sair do seu país natal pra ser reconhecido internacionalmente?

A respeito da última pergunta, é importante falar que outro grande jogador argentino, Di Stefano, não só teve que sair do seu país pra ser reconhecido (jogou no Real Madrid, que chegou a fugir de um jogo contra o Santos para manter sua aura na década de 1960) e até se naturalizou espanhol. Após refletir calmamente, Esteban pode fazer como El Pibe e vestir a verde-amarela. Não ofende ninguém, ao contrário, é uma honra pra quem gosta de futebol. E eu tenho certeza de que você gosta, amigo.

Descontando o imponderável, Santos é favorito

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O favoritismo do Santos na final do Paulistão, na minha opinião, é considerável. Como escrevi no Visão Oeste, principalmente devido à liderança de quatro de seus jogadores: Fábio Costa, Antônio Carlos, Maldonado e Zé Roberto.

O meia Cléber Santana, vice-artilheiro do Paulistão, com 11 gols, está devendo. Mas é um jogador importante atualmente nos 11 do Santos. Mal ou bem, é insubstituível. Nem Tabata, nem Pedrinho, taticamente, substituem Santana, por mais que ele esteja devendo. Se for pra substituir, é melhor tirar Rodrigo Souto e recuar Santana.

O favoritismo do Santos se deve também ao seu preparo físico. O Antonio Mello custa caro, assim como Luxemburgo, mas é a velha questão do custo/benefício.

De qualquer maneira, o futebol é também regido pelo imponderável (uma coisa que o Paulo Vinícius Coelho equivocadamente não considera). O São Caetano ser campeão paulista não está fora dos prognósticos.

sexta-feira, abril 27, 2007

Reforço de responsa

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A política brasileira é pródiga em dar guarida a astros populares em decadência. Depois de Frank Aguiar e Clodovil, para citar os últimos, eis que ganhamos Gretchen como possível futura representante popular. Hoje, segundo informações do Terra e do Tutty Vasques, a rebolativa cantora, intérprete de sucessos inesquecíveis como Freak le Boom Boom e Conga Conga Conga, filiou-se ao PPS. Sua intenção seria disputar a prefeitura da cidade de Itamaracá, a 40 km de Recife.

Cantor frustrado

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Além de um início de, digamos assim, senilidade, o senador Eduardo Suplicy mostra mais uma vez que é um cantor frustrado.
Desta vez, Racionais MC's foram citados - ou cantados - pelo senador em uma situação no mínimo estranha. Suplicy soltou a voz na tensa reunião da Comissão de Constituição de Justiça do Senado, para tentar convencer os doutos pares de que a redução da maioridade penal não é o caminho para o país.
Aqui, link para o G1.
Quando ouvi no rádio o áudio do momento, tirei o fone do ouvido. Fiquei constrangida por ele.
Sempre que pode, Suplicy solta a voz durante um discurso ou entrevista. Dizem as más línguas que esse hábito começou depois que ele se livrou da repressão da ex-mulher, Marta Suplicy, mas deixo o assunto para os sites de fofoca.
O senador começou seu repertório com Blowing in the Wind. Aqui, vídeo da formatura da FGV-SP, em setembro de 2006. A música foi entoada também em outras oportunidades. (Não consegui me cadastrar no Youtube para mostrar o vídeo aqui na página).
Mas e agora? Qual será a próxima canção entoada pelo senador?
Aqui o link para o espetáculo do senador cantando Racionais.

Falta mais política e, pior, cachaça!

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Com a iminência de nosso festejado milésimo post, publicado há alguns dias, tive a idéia de bêbado de analisar tudo o que motivou postagens neste blog, durante quase 11 meses de existência. Óbvio que eu já tinha constatado (e todos os visitantes também) que o assunto predominante aqui é futebol - e é até complicado pensar que não seja. Mas eu queria saber o quanto escrevemos mais sobre o ludopédio em relação à política e à cachaça. E foi muito. Pela minha estatística etílico-científica, os 1.000 posts foram divididos da seguinte forma:

628 - Futebol (62,8%)
147 - Política (14,7%)
98 - Cachaça (9,8%)
49 - Futebol e cachaça (4,9%)
39 - Futebol e política (3,9%)
23 - Nenhuma das alternativas (2,3%)
10 - Política e cachaça (1%)
4 - Futebol, política e cachaça (0,4%)
2 - Auto-referência (0,2%)
De prima, já adianto que quase nunca estou completamente sóbrio e, por este singelo motivo, os números absolutos podem variar caso alguém se proponha a refazer a contagem e seleção. Mas, mesmo com possíveis imprecisões, não deve ficar muito diferente do que está aí. O que importa saber não é a predominância do futebol, mas o quanto política e cachaça representam neste blog.
E, nos primeiros mil posts, representaram muito pouco - 14,7% e 9,8%, respectivamente. Se somarmos ao futebol os itens "futebol e cachaça" e "futebol e política", o nobre esporte bretão chega a impressionante marca de 716 posts, ou 71,6% do total. É muito. Do jeito que vai, o blog poderia ser rebatizado de "Futebol e, eventualmente, Política e Cachaça".
Nessa auto-crítica, poderia-se considerar que o blog surgiu em pleno clima de Copa do Mundo, quando futebol era praticamente o único assunto no fórum. Cachaça mantinha um segundo lugar distante e acabou sendo superada pela política com os longos meses de batalha nas Eleições 2006. O item "nenhuma das alternativas" abrangeu Fórmula 1, Tênis e bizarrices de internet. Como "auto-referência", o primeiro e o milésimo.
Buenas, de qualquer forma, parabéns a todos - blogueiros e visitantes. O milésimo post foi um show de bola. Resta, agora, discutirmos um pouco mais de política. Porque cachaça, como alertou o Glauco no cabeçalho do blog e me recordou o companheiro Nicolau, "é sempre melhor bebê-la".

Retificação

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O e-mail da Fifa é padrão. Antes de o Paulo Vinícius Coelho ter publicado em seu blog, o parceiro Observatório Verde tinha publicado a mesma resposta, a eles também oferecida.

Na visão dos jornalistas palmeirenses que mantém o Observatório pra criticar a mídia sãopaulina, quer dizer, a mídia esportiva na cobertura do alvi-verde, a mensagem da Fifa mostra que só falta um aval do Comitê Executivo e não que a questão será reavaliada.

No mesmo blog, eles citam o ofício em que a diretoria do Palmeiras se baseou pra dizer que a Fifa reconhecia a Copa Rio 1951 como título mundial.

Este post é mais uma retificação com o blog parceiro do que pra opinar mais. Se bem que é curioso a visão distinta das coisas. "O PVC é um palmeirense fajuto", escreveu um dos observadores verdes.

DENÚNCIA: Mexeram com uma instituição nacional!

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Enquanto o Congresso discute medidas neofascistas como redução de maioridade penal e quetais, crimes hediondos são cometidos com desfaçatez e isso sequer é debatido pela nossa classe política. Refiro-me ao fato da descoberta ontem, na Zona Norte da capital paulista, de uma envazadora clandestina que vendia cerveja falsificada para toda a região de Pirituba.

Segundo o portal G1, policiais invadiram, por volta das 16 h, o local e fizeram a apreensão. Os meliantes compravam cerveja de qualidade inferior (qual seria?), trocavam seu rótulo pelo de marcas grandes e vendiam por um preço maior. O maquinário para perpetrar tal delito consistia em uma gigantesca estrutura que desentortava tampinhas e fazia a lavagem para remoção do rótulo sem danificação.

Ou seja, todo material era original. “Falso só o principal, o líquido”, relata o delegado titular do 33º Distrito Policial, Jair Vicente. A polícia fechou também um segundo prédio, onde seria feita a distribuição do produto. Nos dois lugares, policiais apreenderam 375 caixas de cerveja, num total de 9.000 garrafas de 600 ml.

Agora, essa legislação frouxa enquadra esse legítimo crime lesa-pátria como um simples "crime contra relações de consumo", com pena que varia de dois a cinco anos de prisão. Onde estão nossos representantes para endurecer a punição contra esses bárbaros?

Dura realidade

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O time do Corinthians que perdeu para o Náutico no Pacaembu ontem por 2 a 0, na estréia do técnico Paulo César Carpegiani, é uma dura realidade para a Fiel, que no ano dourado de 2005 foi iludida com o título conquistado pela MSI. A equipe que jogou contra o Náutico foi a seguinte:

Jean, Eduardo Ratinho (Lulinha), Betão, Marinho e Carlão; Marcelo Mattos, Magrão, Rosinei (Marcos Tamandaré) e Everton; Arce (Alisson) e Wilson

quinta-feira, abril 26, 2007

Celso Amorim propõe jogo valendo subsídios agrícolas

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Foto: Ricardo Stuckert/PR
Em entrevista coletiva em Brasília, antes de embarcar para o Chile, o presidente Lula revelou um sonho: realizar uma partida entre uma seleção do Mercosul (formado por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela) e outra européia.

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, por sua vez, sugeriu que "esta partida poderia decidir os subsídios que os agricultores europeus recebem". A piada foi para o título.

Antes de algum manguaça começar a escalação, o argentino La Nacion também andou interessado nas opiniões do mandatário brasileiro sobre o esporte bretão. Perguntaram quem era melhor: Ronaldinho Gaúcho ou Messi. Lula diz que o brasileiro é mais completo por ter mais idade. Ele cobrou liderança de Ronaldinho, porque ele é o melhor. Tudo está no Último Segundo.

No meu time do Mercosul, Messi disputaria vaga com Kaká, mas isso é outra discussão.

Depois de palpitar sobre futebol, Lula embarcou para o Chile, onde ocorre a versão Latino Americana do Fórum Econômico Mundial. Ele e a anfitriã Michelle Bachelet são os únicos chefes-de-Estado presentes.

Fifa responde a PVC. Será que o Della Monica ficou sabendo?

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O Paulo Vinícius Coelho, em seu blog no Lance!, conta que mandou um e-mail pra Fifa perguntando se o Palmeiras era realmente campeão mundial de clubes. Ele diz que os cabras demoraram um mês para responder.

Ele mantém a íntegra do email que vai traduzido aqui para quem tiver preguiça de ler em inglês:

Constatamos que o pedido de que se considerasse a Copa Rio 1951 como o primeiro Campeonato Mundial de Clubes, em uma primeira fase, foi encaminhada em nível administrativo pela Secretari-Geral da FIFA. No entanto, diante da importância da questão, ela terá de ser submetida ao Comitê Executivo da FIFA. O próximo encontro do Comitê Executivo será sediado em Zurique, em 27 de maio de 2007.
Em resumo, o Palmeiras pode ser o primeiro campeão mundial de clubes da história, mas ainda não é. Pelo menos para a Fifa.

Será um dos maiores papelões da história da cartolagem brasileira se o tal do Comitê Executivo decidir que a Copa Rio vale nada.

Para a minha pessoa, o título de 1951 teve sua função comprometida quando a diretoria resolveu buscar reconhecimento oficial. A conquista após a Copa do Mundo de 1950, perdida em pleno Maracanã, só servia para os parmeristas das antigas demonstrarem conhecimento sobre o time – recurso, aliás, mais manjado do que dizer que Oberdan Cattani foi o melhor arqueiro da história do clube.

Motivo de pilhéria

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Mais uma vez o presidente norte-americano George W. Bush mostra seu incrível senso de oportunismo em meio a um grupo folclórico africano. Vejam que bela performance desse verdadeiro artista...