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terça-feira, maio 01, 2007

Trio de ferro lidera ranking de violência

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Deu no blog parceiro Onde a Coruja dorme . Ao comentar mais uma morte ocorrida em decorrência de briga de torcida, desta vez a de uma criança de 11 anos, Felipe Matheus Lima de Almeida, torcedor do Paysandu, atingido por um rojão na cabeça que deixou estilhaços de metal cravados no seu crânio, o blog publica um levantamento que retrata casos de morte por conta da violência no futebol.

Desde 1992, foram 35 mortes. Felipe, que foi vítima de um torcedor do Remo, é o mais jovem e foi o primeiro caso da região Norte. No Nordeste foram dois casos, no Sul, 3 e, no dito desenvolvido e rico Sudeste foram 29 mortes.

Em relação às torcidas envolvidas nesse quadro de violência, o trio de ferro paulistano tem a vergonhosa liderança. Do total, 12 casos envolvem a torcida do Corinthians, 11 a torcida do São Paulo e 8 os torcedores palmeirenses.

A morte do garoto paraense ocorreu em uma situação típica que representa a maioria dos casos de violência entre torcidas organizadas: o confronto fora do estádio. Nesse específico, o crime, cometido por um jovem de 19 anos, tem requintes de crueldade, já que o rojão continha pedaços de metal justamente para ser usado como arma. A estupidez parece não ter limites.

5 comentários:

Felipe Silva disse...

Obrigado pela menção ao OCD, amigos. Só ressalto que esse dado de 35 mortes diz respeito ao que consegui encontrar em pesquisa na internet. O número, já absurdo, pode ser ainda maior. Como apaixonado por futebol, não consigo admitir que ainda tenhamos gente morrendo por causa de um "jogo de bola" (eu sei, não é só isso. Mesmo assim é absurdo odiar alguém só porque torce para outro time).

A rivalidade tem que ser algo sadio, fonte de gozações, brincadeiras, etc., não de agressões. Existe algum torcedor do Cruzeiro que não tem nenhum amigo atleticano? Quantos gremistas são filhos de pais colorados? E irmãos que dividem-se na torcida para Bahia e Vitória, não existem? Então, como pode odiar alguém simplesmente porque torce pra outro time?

E o pior é que tudo que falei acima é repetido há pelo menos uns 200 anos. Mesmo assim, tem gente que não aprende. Abraços, gurizada.

Sidarta Martins disse...

Com que moral a sociedade, as polícias e as elites vão querer chegar pro membro de uma organizada paulistana pra botar ordem?

O cara só se fode a semana toda e quando veste o uniforme da torcida ele é que está por cima dos "praiboisinhos".

Cacete funciona aqui e ali, mas não corta a raíz da lambança.

Abraços,

Anônimo disse...

É muito triste esta notícia Glauco. Intolerãncia e o fanatismo estão tirando o brilho de ser torcedor. Hoje em dia as pessoas não querem perder, não sabem perder e fazem do futebol um meio de se quebrar todas as leis. Lamentável. Tem que se fazer algo com as torcidas organizadas, com os estádios, mesmo que sejam medidas financeiramente caras. São vidas que estão sendo tiradas por meia dúzia de marginais, de loucos pelos times, que pensam que o adversário é inimigo de guerra. E sobre seu comentário em breve colocarei seu link e o Vitória só estará bem se voltar pra Primeira Divisão.

Anônimo disse...

O Glauco matou a chave da questão no post - violência FORA dos estádios. Quem vai pra campo sabe que dentro da arquibancada a coisa é bem mais tranquila que fora. O perigo maior está na chegada/saída do estádio.

Marcão disse...

Eu sou totalmente contrário às torcidas organizadas. No Brasil, organizado é só o crime (e isso já diz tudo). E pra um cara que, comprovadamente, botou metal num rojão para soltá-lo, e que, comprovadamente, acertou e matou uma criança, eu não defendo a pena de morte; defendo, sim, que ele seja amarrado e vítima do mesmo tipo de violência (se sobreviver, azar o dele).

Agora, quem leva criança a estádio hoje em dia, desculpem o termo, mas está pedindo desgraça. Outro dia vi imagens de um menino chorando e gritando quando a polícia desceu o sarrafo nos corintianos que tentaram invadir o vestiário do time, após a eliminação da Copa do Brasil. Sem entrar no mérito de a polícia ter ou não o direito de bater, eu me pergunto: -O que diabos aquela criança tava fazendo ali?!?? Se o imbecil quer invadir o vestiário (e se expor às borrachadas), problema dele, catso! Deixa a criança em casa!

Quanto aos comentários do Felipe, uma boa prova desse tipo de sensatez é o próprio Futepoca, onde os colaboradores são santistas, são-paulinos, corintianos, palmeirenses e até atleticanos. Sai muita provocação e até alguns insultos, mas nada além disso. Seria inadmissível - e ridículo.