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quarta-feira, maio 31, 2006

Papo doméstico

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Em tempos de Copa do Mundo, esquecemos completamente do futebol praticado em terras nacionais. Mas sim, ele existe. E com aquele cotidiano de sempre - contratações, negociações, brigas, dispensas, tumultos e até mesmo bola na rede.

Nesse contexto, passou até de certo modo batida a negociação do ano: a troca do lateral-esquerdo Lúcio pelo atacante Roger, entre São Paulo e Palmeiras.

Ambos os dois (sic) devem entrar, salvo engano, no verdadeiro ocaso de suas carreiras. O pobre Roger começou bem no Brasileirão do ano passado pela Ponte, veio pro tricolor como "revelação com potencial" e daí pra frente não fez mais nada.

Já o Lúcio é mais complicado.

Pô, não dá pra negar que ele jogou bem na Série B de 2003. "Ah, mas segunda divisão é fácil"... sim, é fácil mesmo. Mas mesmo assim tem gente que não dá certo. E o cara veio do além e foi um dos maiores destaques do Palmeiras na competição.

Dias depois da conquista do título, ainda sob os efeitos da alegria, Lúcio deu aquele que seria o mais errado passo de sua carreira: disse à imprensa que era o quarto melhor lateral-esquerdo do mundo.

Pronto. Como diriam os Racionais em Capítulo 4, Versículo 3, "aí já era". O cidadão recebeu a pecha quase irremovível de mascarado. E o que ele fez na seqüência? LUZES NO CABELO!

Amigos, eu sei que cabelo não tem nada a ver com futebol. Mas a torcida não. Quer ver um jogador vaiado pela torcida? É só fazer gracinha no cabelo! Simples!

O fato é que se o atleta quer ser visto como "irreverente", e ainda assim ser querido pela torcida, tem que jogar muita bola. Muita MESMO. Caso contrário, vai acabar sendo emprestado por aí.

5 comentários:

Glauco disse...

Apenas é necessário ressaltar que talvez essa não tenha sido a negociação do ano, já que temos a contratação de Jamelli pelo Atlético Mineiro e de Rodrigo Fabri pelo São Paulo...

Anselmo disse...

Eu insisto que o Lúcio tem um problema de falta de inteligência agravado em momentos de decisão. Neste aspecto, ele pode se enquadrar bem a tradicional de pipoca tricolor. Que vá com Deus.

Thalita disse...

A pipoca tricolor deixou de ser tradicional, convenhamos.
E Glauco, em uma mesa de bar vc me disse que achou a contratação do Rodrigo Fabri boa. Vai se esquivar agora?

Glauco disse...

Não me recordo de te feito algum elogio ao jogador supracitado. Se o fiz, foi em tom irônico ou efeito do álcool que me fizeram lembrar os grandes momentos de Fabri na Lusa ou no lampejo que ele teve no Grêmio em 2002. De fato, um jogador assim sempre torcemos para que volte a jogar, em que time for, já que a escassez de craques é altíssima aqui. Mas, como se viu, isso não aconteceu...

Marcão disse...

O São Paulo, na verdade, deve estar participando de algum programa beneficente do Sindicato dos Jogadores. O Rodrigo Fabri é o caso mais evidente.

A única coisa que fez foi o patético lance contra o Fortaleza, lá no Ceará, em que acertou uma bica na chuteira de um adversário, mandando o calçado pra escanteio.

É um ex-atleta em atividade, e o São Paulo, sei lá se por caridade ou compaixão, sustenta. Acho que vai pro mesmo caminho do César Sampaio, mas aquele, pelo menos, ainda foi titular.

Já o Lúcio é mesmo abaixo da média, basta lembrar de onde está vindo. Mas acho que não chega a ser tão inútil quanto o Lima e nem tão ruim quanto o Fábio Santos.

De qualquer forma, acho que o coitado do Roger - que nem é tão pereba quanto parece - entrou na maior roubada de sua (curta) carreira...

Agora, na minha opinião, a pior besteira do São Paulo, completamente sem sentido, foi ter emprestado o volante Renan, que jogou bem na Libertadores de 2005, e trazido o tosco volante Ramalho, que já passou pelo clube em 2004 e não fez nada.

Deve ter mutreta de empresário ou de dirigente no meio dessa história. Só pode.