Destaques

Mostrando postagens com marcador Bill (Santos). Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Bill (Santos). Mostrar todas as postagens

quinta-feira, janeiro 17, 2013

A estreia do Santos em 2013: companhias melhores para Neymar

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

No amistoso disputado no Pacaembu, ontem, o Santos apresentou parte dos reforços para 2013. Não puderam atuar Marcos Assunção, André Pinga e Nei, além dos veteranos em recuperação Edu Dracena e Léo, e Felipe Anderson, que está na seleção sub-20. Ainda assim, foi possível ter algum vislumbre do que a  equipe pode render no primeiro semestre, com um elenco mais robusto do que o de 2012.

Um tempo foi dos titulares e o outro foi dos reservas. O resultado foi o mesmo, dois a zero em cada etapa, mas as impressões foram obviamente distintas. No primeiro tempo, o Santos criou diversas oportunidades e, logo a um minuto Montillo quase marcou em belo lance de Neymar. Na prática, dentre os reforços, sempre o melhor será a manutenção do Onze peixeiro o maior tempo possível. Mas esse o torcedor já sabe que é fora de série, voltemos aos novatos...


Montillo, camisa dez e segunda estrela da noite, mostrou que pode se entender bem com Neymar. Fez tabelas e mesmo triangulações nas quais o avante André também participou. Mas o nove santista, mesmo puxando a marcação e dando toques de primeira, mostrou as mesmas limitações de 2012: pouca movimentação, tanto para se deslocar como para pressionar a saída de bola do adversário, além de falhas algo grotescas para um atleta do nível dele. Corre sério risco de ir para reserva.

Quem chamou a atenção foi o volante Renê Júnior. Tem boa velocidade, chegou bem ao ataque, tanto que deu o passe para Galhardo sofrer o pênalti, e se posiciona bem. Atuando à frente da zaga, liberou um pouco mais Arouca, pelo lado direito, e Cícero, pelo esquerdo. O ex-são-paulino, aliás, teve uma estreia discreta. Com Marcos Assunção bem fisicamente (em cobranças de falta e escanteios torcedores brincavam pedindo seu nome) e o retorno de Felipe Anderson, Muricy pode ganhar o tal do “problema bom”. Poderá formar em algumas situações um meio de campo com três volantes que sabem tocar a bola e chegar ao ataque (algo que Adriano, por exemplo, não faz) ou colocar um meio de campo mais ofensivo com Felipe Anderson e Montillo, por exemplo.

Entre os reservas, destaque-se a estreia de Gabriel ou Gabigol, o garoto de 16 anos e de mais de R$ 100 milhões e também o belo gol do irrefreável Bill, em um lance no qual tirou o zagueiro com o traseiro (rima involuntária). Já começa a ganhar entre a torcida um status meio semelhante ao que Obina tinha no Flamengo, uma troça misturada ao reconhecimento pelo esforço – que ainda não compensa a falta de técnica.


Já Victor Andrade, que atuou meio tempo e foi substituído por Gabriel, precisa por as barbas – que ainda não tem – de molho. Parte da torcida vaiou seu desempenho e a paciência com o atleta que parecia promissor já está diminuindo. Quem sabe a presença de veteranos no elenco não traga um aprendizado diferente do que ele tem tido até agora.

domingo, outubro 14, 2012

O "peixe grande" Miralles marca dois e Santos supera o Vasco

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


"O maior peixe do rio fica desse tamanho porque nunca é pego", diz uma mulher misteriosa a Edward Bloom, personagem de Ewan McGregor, quando ele se aventura a sair de sua cidade natal na fábula de Tim Burton Peixe Grande e suas histórias maravilhosas. A mensagem era de que, às vezes, você pode ser um peixe grande em um rio menor, mas ser grande em um maior, ou no oceano, exige muito mais destreza e perícia, além de outros tantos atributos como personalidade.

O generoso Miralles homenageia Felipe Anderson (Santos FC)
Ezequiel Miralles é argentino, mas só teve poucas chances em uma equipe grande de seu país, o Racing. Em passagem nada memorável, foi para o Everton, do Chile, e foi parar no Colo Colo, onde finalmente apareceu como um jogador capaz de decidir. Ídolo de um grande sul-americano, chamou a atenção de outros clubes e foi parar em outro grande do continente, o Grêmio. Durante um ano, não conseguiu fazer seu futebol fluir. Pediu para nadar em outras plagas, e foi atendido.

Chegou à Vila Belmiro, lugar por vezes milagrosos, onde se multiplicam meninos... e peixes. Finalmente conseguiu aquilo que os jogadores tantos pedem (embora alguns nem sempre mereçam), uma sequência de partidas. Contra o Vasco, hoje, o argentino fez sua terceira partida seguida como titular, feito obtido graças à ausência de Neymar. Contra o Botafogo, marcou um gol e, contra outro carioca na tarde deste domingo, fez dois.

Miralles fez um pouco antes dos dez da primeira etapa, após assistência de Rosimar Amancio, também conhecido como Bill, o que muitos de forma maldosa julgaram ser um milagre relacionado ao feriado religioso de sexta-feira. A etapa inicial do Santos foi muito boa e o Peixe poderia ter ido para o intervalo com uma vantagem ainda maior. Com dois laterais de ofício novamente no lugar de meias improvisados, houve triangulações dos dois lados do campo, com velocidade na saída de bola e objetividade ofensiva.

Logo no início da etapa final, vem o segundo gol. Felipe Anderson dá a assistência, Bill puxa a marcação e a bola chega limpa para Miralles, de primeira, finalizar como só um atacante com confiança faz. O dois a zero, na prática, determinou o fim do jogo, já que o Santos passa a segurar os laterais e o Vasco, mesmo com mudanças feitas por Marcelo Oliveira para levar o time adiante, tem a posse de bola, mas não chega lá. Os passes errados, em especial na hora da definição, predominam e a falta de assertividade do Vasco e a falta de capricho do Peixe na hora de chegar lá confirmaram a vitória dos donos da casa.

Com 41 pontos, o Santos está a onze da zona da Libertadores e catorze à frente da zona do rebaixamento, ou seja, deve permanecer na intermediária da tabela. Mas o fato de a equipe finalmente conseguir um relativo padrão de jogo, se livrando um pouco da dependência de Neymar, que disputou somente dez das 30 partidas do Peixe no Brasileirão (cadê a CBF para pagar parte do salário?), é animador. E o peixe argentino Miralles cresce, junto com “peixinhos” como Felipe Anderson. Mas o cardume precisa engrossar para 2013... 

quinta-feira, agosto 09, 2012

Santos bate Cruzeiro em jogo de "primeiros gols"

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Comemora, garoto (Santos FC)
Aos 44 minutos do primeiro tempo, uma bola vem da intermediária do Santos e para em Victor Andrade. O moleque, 16 anos, domina. Sandro Silva, volante do Cruzeiro, dá um passo para trás e guarda posição. O garoto põe a bola de lado e só não vai adiante porque toma a falta do marcador. Mas o importante, naquele momento, é que o rival não deu ou tentou dar o bote porque temeu o garoto. Temeu não, respeitou.

Pra quem não sabe, futebol tem disso, qualquer peladeiro é testemunha. Mas não é só a técnica e a habilidade de um adversário que invocam o respeito de um marcador. É a personalidade, a confiança que demonstra. Victor Andrade tem entrado nas partidas, oscila, às vezes hesita, mas quem não hesita aos 16 (e muito depois dos 16)? A labuta constante que faz o atleta, e o primeiro gol do menino como profissional, comemorado junto ao treinador e aos parceiros da equipe, refletiu no seu peito estufado. Não que tenha feito uma grande partida, mas ganhou moral e, no momento do Santos, isso é importante para ele e para o clube.

O tento do jovem veio num momento difícil para a equipe da Vila no jogo. Saiu na frente com Felipe Anderson, em bela finalização. Aliás, ele joga muito melhor quando não fica confinado em uma ponta do ataque, com Bill saindo mais para o lado e abrindo espaços, seu futebol ganha outra cor. Mas o volante Adriano fez uma falta absolutamente desnecessária em Montillo. Quer dizer, o lance poderia até ser de perigo, mas foi gerado pelo próprio jogador, que deu as costas para o meia-atacante. Erro primário que, aliás, Adriano já tinha cometido pelo menos três vezes na peleja contra o Atlético-MG. Há quem seja fãzaço do jogador, mas, pra mim, vale uma lei básica de boteco: jogador bom, mas não esforçado, resolve às vezes; jogador bom e esforçado resolve muitas vezes; jogador só esforçado resolve quase nunca e, às vezes, facilita para o adversário. O atleta pode ser útil – e é – em dados contextos. Mas isso é sinal de que é necessário um volante melhor...

Digressão feita, da falta se originou o gol, e a culpa não é só de Adriano, claro. Nenhuma defesa que se digne deixa Borges sozinho na área, mas a dupla de Brunos, Rodrigo e Peres, achou por bem (mal) deixar. Sorte que Victor Andrade salvou o primeiro tempo, depois de assistência do também jovem Leandrinho, volante de 18 anos que fez sua estreia na triste partida contra o Náutico. 

No entanto, o Cruzeiro empatou logo no começo do segundo tempo. Uma sina do Alvinegro, tomar gols de ex-atletas seus. Além de Borges, o lateral Ceará marcou de falta. Sabe-se lá se com ou sem intenção, mas a rede não pergunta isso, e o gol foi bonito. O Santos não tardou a reagir e, também depois de cobrança de falta, de Felipe Anderson, marcou com o zagueiro Durval, após uma sequência de fliperama na área.

Os mineiros continuaram desorganizados e nem os lampejos de Monitllo, que salvaram os azuis na primeira etapa, apareceram no segundo tempo. O Alvinegro marcou em uma trama veloz no ataque, tão rápida que enganou o auxiliar que não viu o impedimento sutil de Bruno Peres. O lateral avançou e cruzou para Bill fazer seu primeiro gol pelo Santos. Merecido, já que o atacante se movimentou, prendeu a bola, fez a parede e cumpriu um papel tático importante.

Também é preciso destacar a atuação de Arouca, que retornou depois de suspensão, marcou, foi bem ao ataque, com velocidade na hora que pode e cadenciando quando era preciso. Foi quem passou a segurança que alguns moleques do time ainda não têm.

Assim, o clube que fez mais gols nesse planeta saiu da vexatória condição de pior ataque do Brasileirão, legando a (des) honraria para Bahia e Portuguesa. Mas, com os jogadores à disposição, vale o lugar comum: um jogo de cada vez.