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quarta-feira, agosto 07, 2013

13 derrotas em 20 jogos. Mas o time e Ganso reagem.

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Ganso chutou de fora da área e fez belo gol
A derrota para o Kashima Antlers por 3 x 2 significa para o São Paulo tanto quanto a vitória no jogo anterior, contra o Benfica: praticamente nada. Como já observei, torneio amistoso em jogo único não significa muita coisa, ganhando ou perdendo. Mas sempre tem algo que vale registro. Para mim, o principal foi que o São Paulo finalmente conseguiu reagir depois de sair perdendo um jogo, coisa que não acontecia desde o longínquo 10 de abril, quando começou atrás no placar contra o União Barbarense, pelo Campeonato Paulista, mas batalhou pela virada e venceu por 2 a 1. Lá no Japão, o time de Paulo Autuori começou perdendo por 2 a 0, placar do primeiro tempo, mas foi pra cima na etapa final e, surpreendentemente, conseguiu empatar.

E, nessa reação, outro espanto: o tradicionalmente apagado, improdutivo e (por isso mesmo) reserva Paulo Henrique Ganso fez o primeiro gol, em um belo chute de fora da área, e depois deu o passe para Aloísio fazer o segundo. Será que "o gigante acordou"? Porém, o desequilíbrio tricolor ainda é nítido. No finzinho, já nos acréscimos, a equipe se lançou de forma kamikase à frente, levou um contra-ataque e perdeu o amistoso. Normal. Assim como o novato zagueiro Lucas Silva falhou no primeiro gol do Kashima (pipocou a bola no joelho e matou a defesa de Rogério Ceni), o também novato meia-atacante Lucas Evangelista foi quem perdeu a bola no lance que originou o lance da vitória japonesa. Na "draga" que está o São Paulo, valeu a vontade de reagir com o placar adverso, coisa muito rara.

Finda a excursão ao exterior (três derrotas e uma vitória), vale fazer uma análise dos últimos três meses, que desencadearam uma das piores crises da história do clube. Minha data de corte começa no dia 5 de maio, quando o São Paulo empatou sem gols contra o Corinthians, pela semifinal do Paulistão, no Morumbi, e foi eliminado na disputa de pênaltis. Ali teve início uma sequência redonda de 20 partidas, completas hoje contra o Kashima, com 13 derrotas, 4 empates e 3 vitórias. Em 9 desses jogos, o treinador foi Ney Franco (4 derrotas, 3 empates, 2 vitórias), em 2 foi Milton Cruz (2 derrotas) e nos 9 restantes, Paulo Autuori (7 derrotas, 1 empate, 1 vitória). Lembrando que 5 dessas partidas foram amistosas: 4 derrotas (para Flamengo, Bayern, Milan e Kashima) e 1 vitória (Benfica).

Agora o time volta ao Brasileirão, domingo, contra a Portuguesa. Competição em que está na zona de rebaixamento, em 18º lugar, com os mesmos 11 jogos da Lusa (a 19ª colocada) e com 2 jogos a mais que o Náutico, o lanterna. Na competição, o São Paulo tem apenas 2 vitórias, 3 empates e sonoras 6 derrotas - incluindo 5 delas em pleno Morumbi. Sim, a coisa tá feia. Mas vamos à luta!


P.S.: Como vemos no vídeo acima, o São Paulo tomou três gols de um mesmo atacante, Osako - assim como tinha levado três de Luan, na derrota contra o Cruzeiro. Outros detalhes curiosos: o Kashima é treinado pelo brasileiro Toninho Cerezo, bicampeão mundial como jogador pelo São Paulo lá mesmo no Japão, em 1992 e 1993; e, no lance do segundo gol sãopaulino, Ganso, ao correr para alcançar a bola e dar assistência para Aloísio, bate a cabeça no poste de metal que sustenta a rede, precisando de atendimento médico (não sei se o lance é inédito, mas é bizarro).

domingo, agosto 04, 2013

Vitória, após 14 jogos

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Depois de passar junho e julho na seca, a primeira vitória do São Paulo valeu troféu
Em jogo de compadres sem muitas emoções, o São Paulo derrotou o Benfica em Lisboa e sepultou a longa série de 14 partidas sem vitória, a maior de toda a sua história. Aloísio, após belo passe de Jadson, e Rafael Tolói, em lance de possível impedimento (envolvendo o agora benfiquense Cortez, que, sumido os 90 minutos, justificou plenamente seu afastamento do São Paulo), fecharam a conta em 2 a 0. O time estava há seis jogos sem fazer gols, ou seja, mais de dez horas de bola corrida. Neste longo período sem vitórias, a equipe perdeu para Goiás, Flamengo, Bahia, Vitória, Internacional, Santos, Cruzeiro, Corinthians (duas vezes), Bayern de Munique e Milan e empatou com Atlético-MG, Grêmio e Corinthians. Ufa!

Eusébio foi descoberto por um sãopaulino
É claro que vencer o Benfica em torneio amistoso de jogo único não significa lá muita coisa, mas pelo menos dá um certo alívio ao elenco, diminui a pressão emocional e dá aquela sensação de "sí, se puede". Curioso como essa "encantada" vitória foi acontecer em Portugal e, na volta ao Brasil, o São Paulo enfrentará justamente a Portuguesa, na luta para sair da última colocação no campeonato nacional. Outra curiosidade foi que o torneio, chamado Copa Eusébio em homenagem ao maior jogador português de todos os tempos (na verdade, moçambicano), promoveu um encontro simbólico. Em 1960, quando era técnico da Ferroviária, o ex-jogador sãopaulino Bauer excursionou com o time de Araraquara pela Europa e os países da África de língua portuguesa e, ao enfrentar - e vencer - a seleção de Moçambique, ficou muito impressionado com o futebol de um garoto local. Quando foi à Portugal, na sequência, Bauer encontrou seu amigo húngaro Bella Gutman, que havia treinado o São Paulo e sido campeão paulista em 1957, e que na época era técnico exatamente do Benfica. O ex-jogador sãopaulino falou tantas maravilhas sobre o rapaz moçambicano para Gutman que este se convenceu a buscar Eusébio. O resto, como costumam dizer os cronistas esportivos, é história...


sábado, janeiro 26, 2013

Uma tarde e dois meias

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Em setembro de 2012, depois de longa "novela", o São Paulo acertou a contratação de Paulo Henrique Ganso. Fiquei feliz, claro. Mas, logo em seguida, no início de outubro, o meia Alex anunciou sua saída do Fenerbahçe, da Turquia, e avisou que voltaria ao Brasil. Fiquei chateado. Porque, com a contratação de Ganso, dificilmente o meu time se meteria no "leilão" por mais um grande jogador da posição. E porque, apesar do ex-santista ser muito jovem e ainda poder jogar muito mais tempo (e possivelmente dar grande retorno financeiro quando sair do clube), eu prefiro Alex. Sim: na minha seleção brasileira, o veterano meia, que encantou palmeirenses, cruzeirenses e turcos, seria titular absoluto. Mesmo ao 35 anos.

Neste sábado liguei a TV para ver sua reestréia no Coritiba, clube que o revelou, em um amistoso contra o argentino Colón. O jogo foi fraco e nem teve nada de amistoso: cinco expulsões. O Coxa perdia até os 47 da segunda etapa, quando Deivid cabeceou para definir o 1 a 1. Mas Alex, mesmo desentrosado, mostrou a velha categoria. Armou jogadas, ajudou a marcação e cadenciou o meio-campo com uma propriedade raramente vista em colegas brasileiros da posição. E ainda acertou duas bolas na trave, em cobranças de falta, e fez um incrível gol olímpico - que foi anulado (justamente) porque a bola fez a curva por fora da linha de fundo. Craque! É uma pena que mais esse veterano não terá uma passagem pelo São Paulo.



Ao mesmo tempo, no Morumbi, o São Paulo conseguiu manter aproveitamento de 100% no Paulistão, com o time reserva: 2 x 1 contra o Atlético de Sorocaba. E, curiosamente, a abertura do placar  foi feita pelo outro meia citado, Paulo Henrique Ganso. Foi seu primeiro gol com a camisa Tricolor. Porém, o festejado meia - que já chegou a ser considerado o melhor do Brasil - continua sem mostrar sua habitual categoria. Apagado, movimenta-se muito pouco e, sempre que é acionado, dá pequenos passes laterais e meio que se esconde. Tomara que seja mesmo um período passageiro, de readaptação depois de tantas lesões - e ainda ambientando-se no novo clube. Torço por ele e acredito que há grande chance de virar titular e protagonista. Mas, que ainda está bem longe do que sabe jogar, é inegável.



quinta-feira, janeiro 17, 2013

A estreia do Santos em 2013: companhias melhores para Neymar

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No amistoso disputado no Pacaembu, ontem, o Santos apresentou parte dos reforços para 2013. Não puderam atuar Marcos Assunção, André Pinga e Nei, além dos veteranos em recuperação Edu Dracena e Léo, e Felipe Anderson, que está na seleção sub-20. Ainda assim, foi possível ter algum vislumbre do que a  equipe pode render no primeiro semestre, com um elenco mais robusto do que o de 2012.

Um tempo foi dos titulares e o outro foi dos reservas. O resultado foi o mesmo, dois a zero em cada etapa, mas as impressões foram obviamente distintas. No primeiro tempo, o Santos criou diversas oportunidades e, logo a um minuto Montillo quase marcou em belo lance de Neymar. Na prática, dentre os reforços, sempre o melhor será a manutenção do Onze peixeiro o maior tempo possível. Mas esse o torcedor já sabe que é fora de série, voltemos aos novatos...


Montillo, camisa dez e segunda estrela da noite, mostrou que pode se entender bem com Neymar. Fez tabelas e mesmo triangulações nas quais o avante André também participou. Mas o nove santista, mesmo puxando a marcação e dando toques de primeira, mostrou as mesmas limitações de 2012: pouca movimentação, tanto para se deslocar como para pressionar a saída de bola do adversário, além de falhas algo grotescas para um atleta do nível dele. Corre sério risco de ir para reserva.

Quem chamou a atenção foi o volante Renê Júnior. Tem boa velocidade, chegou bem ao ataque, tanto que deu o passe para Galhardo sofrer o pênalti, e se posiciona bem. Atuando à frente da zaga, liberou um pouco mais Arouca, pelo lado direito, e Cícero, pelo esquerdo. O ex-são-paulino, aliás, teve uma estreia discreta. Com Marcos Assunção bem fisicamente (em cobranças de falta e escanteios torcedores brincavam pedindo seu nome) e o retorno de Felipe Anderson, Muricy pode ganhar o tal do “problema bom”. Poderá formar em algumas situações um meio de campo com três volantes que sabem tocar a bola e chegar ao ataque (algo que Adriano, por exemplo, não faz) ou colocar um meio de campo mais ofensivo com Felipe Anderson e Montillo, por exemplo.

Entre os reservas, destaque-se a estreia de Gabriel ou Gabigol, o garoto de 16 anos e de mais de R$ 100 milhões e também o belo gol do irrefreável Bill, em um lance no qual tirou o zagueiro com o traseiro (rima involuntária). Já começa a ganhar entre a torcida um status meio semelhante ao que Obina tinha no Flamengo, uma troça misturada ao reconhecimento pelo esforço – que ainda não compensa a falta de técnica.


Já Victor Andrade, que atuou meio tempo e foi substituído por Gabriel, precisa por as barbas – que ainda não tem – de molho. Parte da torcida vaiou seu desempenho e a paciência com o atleta que parecia promissor já está diminuindo. Quem sabe a presença de veteranos no elenco não traga um aprendizado diferente do que ele tem tido até agora.

segunda-feira, setembro 10, 2012

Trolagem obrigatória: Santos de 2010 > seleção brasileira. China > Naviraiense

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Santos 10 X 0 Naviraiense, Copa do Brasil 2010. Muito mais engenho e arte que o jogo de hoje...

domingo, junho 03, 2012

Seleção perde para o México. E?

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A Globo estava empolgada e muitos torcedores também. Depois das vitórias contra a Dinamarca e contra os Estados Unidos, a seleção parecia inspirar algo melhor do que fez no primeiro tempo do jogo com o México. O Brasil não jogou nada, o meio de campo não conseguiu articular nenhuma jogada e o esquema com três atacantes, jogando cada um quase isolado do outro, não propiciou sequer uma chance decente de gol.

Não que os mexicanos tenham jogado grande coisa. Defenderam com esmero, e só. Contaram com um gol sem querer de Giovani dos Santos, e um pênalti infantil cometido por Juan. Seus desarmes fizeram a diferença. Com a zaga antecipando os lances feitos pelos meias brasileiros – na maioria, previsíveis – de nada adiantou os atacantes marcarem pressão porque a bola pouco ficava na defesa mexicana. A partida era disputada no meio, e foi ali que os rivais cozinharam os canarinhos.

A marcação-pressão do Brasil aumentou na segunda etapa, com Lucas no lugar do inoperante Sandro, e Pato substituindo Damião. Não adiantou. Por mais que o abafa tenha aumentado, nenhum dos dois fez a diferença e, ainda que muitos não tenham visto, só Neymar chamou a responsabilidade (mesmo não jogando bem contra a feroz marcação mexicana), coisa que os demais não fizeram. E ninguém, ninguém, aproveitou o espaço que surgia em função da marcação tripla, às vezes quádrupla, em Neymar. Oscar, incensado no último amistoso, sumiu durante boa parte do tempo, mas não é o caso de incorporar o discurso de ressentidos tricolores que querem jogar o meia fora. Tem potencial, mas o time ainda não é time (talvez não venha a ser). Isso, para um meia de armação, significa muito.

Sobre Neymar

Não são só os zagueiros que querem pegar Neymar
Diante dos festejos e rojões soltados nos últimos dois amistosos pela transmissão da Globo, ficava esquisito a emissora criticar Mano Menezes. Daí, surge uma pergunta “pescada” entre os internautas: por que Neymar não brilha tanto como no Santos na seleção? Bom, levando a questão a um outro nível, lembraríamos por que Ronaldinho Gaúcho, mesmo no auge, não rendia na seleção como no Barcelona. Por que Messi, que disputou duas Copas do Mundo, nunca fez um gol no torneio ou reproduziu o desempenho do Barcelona na seleção? O mesmo vale para Cristiano Ronaldo, que no Real Madrid é soberano, enquanto na seleção portuguesa é mediano.

Daí surge o luminar Galvão Bueno “vendendo” Neymar para o exterior, corroborando a tese de Mano Menezes, que não foi criticado durante a transmissão, de que o atacante santista deveria ir para o exterior para ganhar experiência contra esse tipo de marcação. Era o caso de perguntar por que Cristiano Ronaldo ou Messi, mesmo jogando em dois dos maiores clubes do planeta, não rendem o mesmo em suas seleções. Será que eles devem "ganhar experiência" (em que pese não serem mais garotos) em outro lugar, tipo a China? Ou será que é muito mais fácil para qualquer jogador atuar com companheiros de time, com os quais já está acostumado, com esquemas de jogo definidos, do que em uma seleção? Qual atleta se sente “à vontade” na seleção brasileira?  

Natural se cobrar o Neymar, maior jogador brasileiro e artilheiro da Era Mano Menezes. Com Messi foi (ainda é, mas menos) assim e com outros tantos também é. Mas atuar sozinho é complicado. E não contar com o auxílio do treinador é pior ainda.

quarta-feira, fevereiro 29, 2012

Pitacos sobre Brasil 2 x 1 Bósnia

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- Acompanho o consenso: Ronaldinho Gaúcho, não dá mais. Os únicos argumentos que vi para manter suas convocações, ainda antes do jogos, foram a experiência e o de segurar um pouco a onda do Ganso. Mas para as duas situações prefiro Kaká, que pelo menos jogou a última Copa.
- Além dele, David Luiz e Sandro foram muito mal. O primeiro possivelmente por um dia infeliz, o segundo por ser o que é: um volante marcador que só tenta passes curtos. Não acho que ele caiba no tipo de jogo que parece ser objetivo dos torcedores e do técnico. Já de Fernandinho eu gostei. Marca, distribui bem o jogo e deu alguns passes em profundidade interessantes.
- Thiago Silva é realmente um Monstro, como definiu já há algum tempo o pessoal do Blablagol. Sério, rápido e praticamente sem erros. E os laterais jogaram demais. Estamos muito bem, obrigado, nesse quesito. O Tostão sugeriu outro dia na Folha que poderia ser uma boa colocar mais um zagueiro para liberar de vez Daniel Alves e Marcelo. Pode ser, mas acho que valeria a pena tentar liberá-los sem o tal zagueiro para ver o que acontece.
- A entrada de Elias e Ganso melhorou bastante o time. A questão para mim é a seguinte: é preciso conseguir desacelerar o jogo para controlá-lo. Se ficarmos sempre correndo com a bola e tentando definir rápido a jogada, perdemos muito rápido o controle das ações (nessas, não gostei muito de Leandro Damião, que chutou de qualquer lugar e não participou coletivamente). Ganso vai melhor que Gaúcho por conseguir dar essa cadência sem perder a visão de jogo. Não teve ainda o passe em profundidade, inesperado, mas o filé vem depois do feijão com arroz.
- Nesse sentido, a dupla de volantes não pode ser tosca. Tem que ser opção ofensiva quando tivermos a posse da bola, saber tocar com ciência, prender a bola, acelerar se necessário. Se não, o meia centralizado (seja ele Ganso, Danilo ou Zidane) fica emparedado entre dois ou três marcadores que não tem mais ninguém com quem se preocupar. Bons volantes-armadores aparecem Espanha (Xabi Alonso e Busquets) e Alemanha (Schweinsteiger e Khedira), atuais referências. No caso brasileiro, como os laterais vão descer muito, os volantes precisam ainda ser muito rápidos para a cobertura. Assim, fora Sandro e Lucas Leiva. Os volantes titulares deveriam ficar entre Hernanes, Elias, Arouca e, pelo jogo de ontem, Fernandinho pode disputar uma vaga.
- Hernanes, aliás, jogou na ponta/meia direita do 4-2-3-1 ontem. O PVC disse que ele já atuou assim na Itália e foi bem. Não foi mal, mas acho que acrescenta mais à Seleção com seu bom passe no meio campo.
- A relação mistura x guarnição citada acima também vale pra Neymar, que jogou bem, se mexeu, trocou bons passes, mas não fez nenhuma das jogadas que, bem, resolvem o jogo, como costuma fazer no Santos. Acho que é só questão do ajuste coletivo, mas cabe a ressalva: será a defesa da Bósnia melhor que a média enfrentada pelo atacante no Brasil?
- O Mauro Beting diz que não se pode cornetar escalação sem dar opção. Então, aí vai uma proposta: Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Arouca, Hernanes e Ganso; Neymar, Damião e Robinho. No banco, de diferente, teria Kaká para o lugar de Ganso. Vai sem goleiro porque não tenho muita convicção de nenhum. Gostei de Jefferson quando jogou, mas não acho um absurdo apostar em Júlio César.
- Acho uma boa resgatar Robinho. Ele sempre foi bem na Seleção e está num momento muito bom no Milan. Além disso, conhece Neymar e Ganso e está adaptado a ajudar na marcação, o que será necessário em qualquer proposta de jogo ofensiva que se apresente. Do Milan, aliás, assim que possível viria Pato, que acho ter mais a ver com o estilo desse ataque que Damião.
Aguardo as cornetas – de preferência, com as respectivas alternativas.

domingo, junho 05, 2011

Seleção não vai mal, mas não resolve. E sente falta de meias

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A Seleção Brasileira jogou ontem contra a Holanda, num amistoso sem grandes consequências no Serra Dourada. Acabou num OxO que não fez necessariamente jus ao futebol praticado, especialmente pelo Brasil.

Não que tenha sido uma apresentação fenomenal, mas o time procurou o ataque com constância e chegou com bastante perigo, especialmente no segundo tempo. No primeiro, teve controle da bola e tentou, mas o meio-campo com Elano, Ramires e Lucas Leiva não conseguia muita criatividade. A Holanda, recuada e nos contra-ataques, levou mais perigo, exigindo duas belas defesas de Júlio César.

Pelo desempenho no segundo tempo, o time poderia ter ganho e bem. Neymar jogou muito, pra variar, Robinho foi bem, Elano e Ramires participaram bastante, nas suas características. Nas laterais, Daniel Alves jogou bola, enquanto André Santos resolveu diminuir a intensidade de minhas defesas a seu nome.

O sãopaulino Lucas entrou e correu bastante, mas pareceu meio ansioso. Imaginei o rapaz armando pelo meio, mas Mano o colocou mais par a direita. Entrou também Leandro Damião no lugar de Fredi, que não se mexeu muito e errou finalizações que não pode. Prefiro Nilmar ou Pato ali, jogadores mais leves e habilidosos, mas entendo a busca por uma opção pesada.


Podia ter ganho, controlou o jogo e foi melhor que nos amistoso mais recentes. Mas não chegou a me encantar do jeito que imaginei após os 2 a 0 contra os EUA, que deram a todo mundo esperança de um futebol bonito, ofensivo e com controle da bola. Duas coisas marcam aquela partida: foi a primeira com Mano no comando e a única desde então com Paulo Henrique Ganso na armação.

É por isso que se justifica a badalação em torno do jogador, repudiada por santistas aqui outro dia como perseguição ao Neymar. Sem paranoias, o fato é que, mesmo que se considere Neymar no frigir dos ovos mais jogador que Ganso, este cumpre não uma, mas várias funções no meio-campo, o que não se vê em outros jogadores. Até agora, Mano não achou uma opção para armar o meio campo sem o cara – e não dá pra dizer que não tenha procurado. A de ontem talvez tenha sido a mais bem sucedida.

André Rocha, do blog Olho Tático, explica assim a “questão Ganso”: “O meia é fundamental porque foge do estereótipo criado no Brasil para o meio-campo, dentro da famigerada e anacrônica divisão das funções: o 'cabeça de área' que só marca, o 'segundo volante' que sai para o jogo, o 'terceiro homem' ou 'apoiador' que corre e marca e o 'camisa dez', responsável único pela criação, muito mais atacante que meia, só joga com a bola”.


Começou a mudar essa visão com a proliferação de “volantes que sabem jogar”, fazendo dessa uma das posições em que estamos melhor servidos (Ramires, Elias, Hernanes, Lucas Leiva, Sandro, Arouca, Wesley, para lembra de alguns, com variados graus de poder de movimentação, criação e marcação). Mas fazem falta ainda os meias clássico, que, segundo definição que vi de Tostão e Alberto Helena jr., jogam de uma intermediária à outra. Com a bola, têm visão de jogo e qualidade de passe para controlar o ritmo e encontrar espaços. Sem ela, ajudam a recompor a marcação e, uma vez retomada a posse, na saída de bola.


Hoje, acho que só Ganso faz isso tudo. Fosse eu olheiro de categoria de base, seja de time ou empresário, estaria fuçando atrás de uns caras com características mais ou menos por aí.

segunda-feira, março 28, 2011

As dúvidas sobre a seleção

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A seleção brasileira fez na manhã deste domingo uma preliminar de luxo para os jogos dos estaduais, inclusive o que determinou o fim do jejum são-paulino frente ao Corinthians. Frente a uma retrancada Escócia, o time canarinho controlou o jogo e, se não sofreu praticamente nenhum ataque sério, teve dificuldade de criar chances de gol de verdade.
A estrela mesmo foi Neymar, que fez o primeiro (após passe de André) e o segundo (de pênalti, sofrido por ele). As melhores jogadas saíram de triangulações entre o garoto santista e André Santos pela esquerda.
Não foi a primeira vez que o lateral se destacou no time de Mano, mas não conheço um comentarista que o considere o cara certo para a posição. Como a maioria cobra dele mais consistência defensiva, seu posicionamento mais recuado na partida pode ajudar a quebrar resistências.
Na direita, vi uma confusão de posicionamento que prejudicou o time: Elano, que imaginei fazendo a função de falso ponta que vinha sendo de Robinho, ficou mais centralizado (e recuado), enquanto o meia Jadson, que em geral joga pela faixa central, caiu muito pelos lado. Daí, Daniel Alves não achou com quem jogar. 
O outro jogador digno de nota foi o garoto Lucas, que entrou no segundo tempo. Com arrancadas pelo meio, deu bolas preciosas para Jonas e Neymar, inclusive a do pênalti.
Com a defesa formada, Mano Menezes deve estar às voltas com uma dor de cabeça interessante no ataque. Duas são as dúvidas: onde encaixar Kaká, quando ele voltar a jogar o que sabe, e Lucas, quando ele amadurecer mais. Para a Copa América, o quarteto de frente titular deve ser Ganso, Robinho, Neymar e Pato, uma vez que o madrilenho está em recuperação e Lucas é jovem o bastante para não gerar grandes pressões se ficar no banco. Mas e depois, dá pra encaixar esse pessoal todo no time? 
Dá pra chutar que a convocação para a Copa América – que segundo o treinador, será adiantada nos próximos amistosos, contra Holanda e Romênia, em terras brasileiras – não fugirá muito da última. Terá, imagino, a troca do cruzeirense Henrique por Hernanes. Assim sendo, creio que o time titular deve começar com Júlio Cesar; Daniel Alves, Lúcio, Thiago Silva e André Santos; Lucas, Ramires e Ganso; Robinho, Neymar e Pato. Talvez Elias ou Hernanes no lugar de Ramires, ou Lucas no lugar de... bem, não sei. Alguém faria muito diferente?

quarta-feira, março 23, 2011

Magoou e fez beicinho

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"Ronaldo tem o privilégio de ser carioca. Se eu fosse carioca, talvez tivesse essa despedida. Estou tranquilo, não me preocupo com isso, outros jogadores que foram muito mais do que eu na Seleção não tiveram despedida.(...) Mas o Ronaldo é carioca, a CBF fica no Rio. (...) É que ele parou agora e já marcaram despedida. Cada um é cada um, eu particularmente não preciso e nem espero essa despedida. (...) Um jogo de despedida pela Seleção não significaria nada."

- Rivaldo, sobre o amistoso de despedida de Ronaldo Nazário que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) marcou para 7 de junho, no Pacaembu, entre a seleção brasileira e a da Romênia. Em abril de 2005, Romário, outro carioca, teve sua despedida pela seleção no mesmo estádio, contra a Guatemala.

quarta-feira, fevereiro 09, 2011

Hernanes para baixinhos

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Crianças, quando estiverem jogando bola na rua e tomarem um chapéu, podem fazer falta. Mas não façam isso, por favor...



PS 1: Evitamos fazer a comparação com Anderson Silva porque já tinham feito antes.
PS 2: Zidane não gostou. Afinal, até quando foi expulso na final da Copa de 2006 foi mais elegante...

quarta-feira, novembro 17, 2010

Elucubrações de bar

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Quem nasceu para Ronaldinho Gaúcho não chega a Lionel Messi.

terça-feira, março 23, 2010

A polêmica dos gols 'oficiais' ou 'não oficiais'

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Ao converter seu 39º pênalti na carreira, domingo, contra o Mogi Mirim, o goleiro Rogério Ceni ficou bem próximo da marca de 100 gols como profissional. Segundo os dados oficiais, com os 89 marcados até aqui, ficariam faltando apenas 11. Mas o caminho poderia ser mais curto, pois, na verdade, Ceni já fez 91 gols. Acontece que dois não são considerados "oficiais", pois foram marcados em jogos amistosos. O primeiro em 25 de janeiro de 1998, no empate do São Paulo por 1 a 1 com o combinado Santos/Flamengo, jogo que contou com a participação de Raí e anunciava sua volta ao clube (que aconteceria em maio daquele ano). Me lembro que Romário foi até o Morumbi pra jogar, mas, como não recebeu os mil reais que havia pedido como cachê, deu algumas entrevistas se desculpando e foi embora. O gol de Rogério Ceni naquele jogo pode ser visto neste vídeo aqui.

Dois anos depois, em 17 de janeiro de 2000, o São Paulo goleou o Uralan Elista, da Rússia, por 5 a 1. O goleiro deixou mais um, como pode se ver aqui. Era o segundo e último jogo de um improvisado "Torneio Internacional" Constantino Cury. Na primeira partida, o São Paulo venceu o Avaí, de Santa Catarina, por 3 a 2 - por isso, ao ganhar também do time russo, acabou sendo "campeão". Claro, óbvio: tanto o confronto de 1998 como esses de 2000 foram amistosos de início de temporada, descontraídos e sem valor. Mas não foram jogos-treino. Quantos amistosos desse tipo o Pelé, por exemplo, não disputou pelo Santos? E seus gols foram contabilizados, bem como aqueles marcados quando defendeu a Seleção do Exército Brasileiro. Isso já deu rolo quando o citado Romário decidiu comemorar seu "milésimo" gol.

Se a soma de gols "não oficiais" de Rogério Ceni fosse grande, mais de 10 ou coisa do gênero, até entenderia a polêmica sobre contá-los ou não. Mas esses dois golzinhos, o que custa? Duas cobranças de falta bonitas, em jogos profissionais. Buenas, de qualquer forma, acredito que ele chegará aos 100 gols. Mas completar 1.000 jogos com a camisa do São Paulo, faltando 109 para isso, já será outra história...

quinta-feira, janeiro 14, 2010

Domingos eterno!

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Ontem pela manhã, durante o clássico lusitano entre Portuguesa e Portuguesa Santista, jogo-treino disputado em Mogi das Cruzes, o zagueiro Domingos (ex-Santos e agora no time do Canindé) deu uma entrada violenta no centroavante Caconde (ex-Clube Atlético Taquaritinga e agora no time praiano), provocando um tremendo quebra-pau, que encerrou o "amistoso" ainda no primeiro tempo. Questionado sobre o pugilato, Domingos esquivou-se: "Quero paz em 2010". Imagine se quisesse guerra...

Domingos (à esquerda), em pose de pugilismo, parte pra cima de Caconde

sábado, julho 18, 2009

O Real Madrid joga em Dublin segunda-feira. E daí?

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Opa! Aproveitando 5 minutinhos de internet, comento aqui o "fenomenal" "amistoso" (jogo-treino já é muito esforço de boa vontade) entre o todo-poderoso Real Madrid e o Shamrock Rovers (quem?!??) aqui em Dublin, na segunda-feira. O jogo será em Tallaght, a 5 minutos de onde moro - mas os ingressos sumiram há muito tempo. Tem gente que diz que começou pelo preço módico de 10 euros (cerca de R$ 30), mas chegou a 200 euros. Não duvido que tenha começado com um preço tão baixo, pois o futebol não empolga muita gente aqui na Irlanda. Prova disso é que o tal Shamrock é um dos dois clubes mais populares, ao lado do Bohemians, e ninguém nunca ouviu falar deles. O esporte aqui é o rugby. Questionado pela imprensa, o neo-galático Cristiano Ronaldo foi sincero: "Honestamente, nao conheço nada do futebol irlandês". E, durante coletiva na cidade de Co Kildare, onde o time vem treinando desde o dia 14, nem deu certeza de que estará no tal "amistoso". Tudo bem. Tirando um bando de crianças, mais motivadas pelo superstar português do que pelo time do Real Madri, quase ninguém foi até lá para tietar. E em Dublin, ninguém fala sobre o jogo de segunda. Acho que os espanhóis vieram aqui mais pra tomar umas Guinness...

segunda-feira, janeiro 19, 2009

Não valeu nada, mas goleada sempre anima

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Com atraso, comento o amistoso entre Corinthians e Estudiantes (Arg), ocorrido neste sábado no Pacaembu. Como até as pedras já sabem, o Timão goleou por 5 a 1, gols de Jorge Henrique (2), Souza, William e Otacílio Neto. O gol dos argentinos, que jogaram sem a estrela Verón, foi marcado por Carrasco.

Assistindo aos melhores momentos (o cretino aqui achou que o jogo não fosse ser transmitido...), dá pra ver que a zaga do time argentino facilitou a vida dos atacantes corintianos em várias situações. Mesmo assim, faz bem para a moral da dupla de ataque começar bem assim. Pelo que deu pra ver, Douglas foi muito bem, com bons passes. Elias também jogou bem e o meio de campo teve muita movimentação. Mesmo considerando todas as ressalvas que devem ser feitas a um amistoso, foi um bom começo. O time está melhor que o do ano passado, com mais experiência e melhores jogadores. Chega forte ao Paulista, especialmente se contarmos o menor interesse de São Paulo e Palmeiras, que estarão envolvidos com a Libertadores.

Misturas – Como destacou o Olavo, o amistoso foi tratado pelo Corinthians como festa, com apresentação dos jogadores e tudo mais. A estrela dessa parte da coisa, claro, foi Ronaldo. Chegou de uniforme, foi aplaudido e saiu para a cabine da Globo para comentar o jogo, em mais uma dessas confusões de papel sem sentido que a emissora deu de inventar – se bem que é bem melhor uma bobagem dessas num amistoso que num jogo de Libertadores... Como não vi nenhuma manchete dizendo o contrário, acho que o atacante conseguiu se sair sem nenhuma gafe e elogiou bastante o time.

Grana – Se não servisse para mais nada, o amistoso rendeu aos cofres do clube a bagatela de R$ 2 milhões, conseguidos por meio de patrocínios específicos para a partida (Ford, Vivo e Locaweb), direitos de transmissão para a TV, venda de anúncios no estádio e bilheteria. A informação é da diretoria do Corinthians.

Boataria – falando em patrocínios, o do Corinthians está demorando muito a ser anunciado. O São Paulo ficou com a mesma LG dos últimos anos por um valor que uns dizem ser o mesmo do ano passado (que me lembro de serem R$ 16 milhões) e outros que diminuiu um pouco, para R$ 15 milhões. O Palmeiras melhorou seu contrato, com os R$ 15 milhões da Samsung. Enquanto isso, no Parque São Jorge, uma verdadeira indústria de boatos se instalou. Já se falou em 20, 30 e até 40 milhões de reais para o patrocínio anual. As empresas são variadas: Emirates, Vivo, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Bauduco, TIM...

Realmente impressionante a capacidade do pessoal de inventar história. A diretoria tem grande participação nisso: Andrés Sanches parece gostar de alimentar notícias falsas para proteger as verdadeiras. Eu torço para que o pessoal dos R$ 40 milhões esteja certo, mas os valores dos rivais podem indicar que a coisa não vai ser tão fácil. Vamos ver como a história vai acabar.