Destaques

Mostrando postagens com marcador Diogo Silva. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Diogo Silva. Mostrar todas as postagens

sábado, dezembro 29, 2012

Retrospectiva Futepoca - os dez posts mais acessados de 2012

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Época de retrospectiva e o Futepoca faz a sua própria por meio dos dez posts que foram mais acessados em 2012, mostrando um panorama diversificado do que foi assunto por aqui, mas também nos papos de botequim de todo o Brasil. Confira a lista e relembre alguns dos momentos importantes (ou nem tanto) do ano.

Para reler os posts originais, é só clicar nos títulos.

1 - E por falar em saudade (ou não)... Por onde andam aqueles jogadores que você achava que tinham se aposentado

O torcedor sempre se surpreende ao saber que aquele ídolo ou atleta que já foi conhecido ainda está atuando como profissional, apesar da idade ou do aparente sumiço do noticiário. Por conta dessa curiosidade, o post que mostrava onde estavam jogadores como Rodrigo Gral, Paulo Almeida, Warley, Luis Mario e Baiano foi o mais acessado de 2012.


Como diz o nome do nosso site, nem só de futebol vive o Futepoca. E foi uma manifestação política e de coragem de um garçom de Madri que evitou a chegada da tropa de choque local até manifestantes que estavam refugiados no bar onde trabalhava o vice-campeão entre os mais lidos do ano.


O ano foi duro para os clubes europeus, mas a desigualdade econômica que se aprofunda entre clubes grandes e menores no Brasil fez muitas vítimas também por essas bandas. A saída para muitas equipes que não tinham dinheiro para contratar jogadores de alto nível foi contratar modelos famosas para ações de marketing como a divulgação de novos uniformes. Mais barato que tentar repatriar um atleta que está na Europa...


A CBF decidiu agitar o fim de ano esportivo ao demitir o treinador Mano Menezes e a gente resolveu colocar a confederação de Marin no divã para analisar alguns aspectos do significado dessa troca inesperada.


Das discussões mais áridas que este site costuma fazer, a que alcançou mais repercussão nas redes sociais foi a respeito do ocorrido no reality show Big Brother, um fato ainda nebuloso e que talvez não tenha despertado a reflexão e ação necessárias por parte da sociedade em geral e do poder público.


Durante as Olimpíadas de Londres, chamou a atenção o desabafo do lutador de tae-kwon-do Diogo Silva, sobre como o esporte amador é tratado no Brasil, tanto por quem de direito quanto pela mídia. Não quisemos deixar sua voz no vazio e repercutimos suas declarações, lembrando a história de um esportista que pensa e age de forma muito diferente dos demais.


Nas Paraolimpíadas, um brasileiro derrubou aquele que talvez seja o maior ou mais impressionante atleta da modalidade em todos os tempos. Oscar Pistorious disputou também as Olimpíadas de 2012, mas foi derrotado na sua prova predileta pelo brasileiro Alan Fonteles, que tem uma trajetória comum a muitos conterrâneos, repleta de obstáculos, acasos e alguns fatos que renovam as esperanças de quem quase não deveria tê-las.

8 - O show obscurantista de Heloisa Helena

Em meio a uma sessão do STF que julgava o aborto de anencéfalos, a ex-candidata à presidência da República Heloisa Helena resolveu dar seu parecer alimentando a confusão sobre o tema e ratificando alguns preconceitos somente para fazer valer sua opinião. Triste de lembrar.


À guisa de pilhéria, o post fazia referência à bem-humorada campanha em prol da equipe argentina feita na final da Libertadores de 2007, quando os portenhos bateram o Grêmio. Desta feita, o resultado não foi o ideal para os secadores.


Em 2012, o Alvinegro da Vila Belmiro fez cem anos e, claro, teve seu espaço no Futepoca, no qual foram relembrados momentos épicos – e outros nem tanto – de um clube que faz parte da história do futebol daqui e do mundo. O post-homenagem fecha a lista dos mais vistos de 2012, aguardemos os de 2013!

quinta-feira, agosto 09, 2012

Para que Diogo Silva não volte "pro buraco"

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

"Sem medalha olímpica, a gente volta pro buraco de novo". Era assim que o lutador de taekwondo Diogo Silva avaliava sua participação, um brilhante quarto lugar, nas Olimpíadas de Londres. Pode parecer choro de perdedor, mas não é. O atleta, que é diferenciado não só em sua modalidade, mas também em termos de consciência política, já viveu exatamente essa situação.

Em 2004, Diogo conseguiu um quarto lugar, feito histórico até então. E não houve reconhecimento. Ao voltar para o Brasil, no aeroporto, ninguém o esperou, ele pegou um ônibus e seguiu para casa.
Não conseguiu patrocínio também, embora alguns contatos tenham sido feitos, mas nada que fosse realmente relevante. “Eram propostas superexploradoras. Para ser explorado, preferia ficar sem nada”, disse, nessa matéria.

Mas não foi só a sua classificação que chamou a atenção em Atenas, em 2004. Na ocasião, ele repetiu o gesto de por Tommie Smith e John Carlos, ouro e bronze nos 200 metros rasos nas Olimpíadas de 1968, no México. O gesto feito no pódio lhe rendeu o banimento da competição pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). De novo remetendo à matéria da Fórum:

Sempre fui ligado a grupos de consciência negra e era bem politizado. Pensei que o que eles fizeram foi demonstrar o que sentiam: desprezo. E era isso que sentia naquele momento. Desprezo.” A ideia era fazer o gesto no pódio, mas, prevendo a derrota, levou a luva já para a semifinal. Conseguiu chamar a atenção. “Logo depois do meu protesto, o ministro do Esporte ligou pra gente conversar”, recorda. No entanto, o momento de holofotes não durou. “Depois ninguém falava mais disso. Se você não foi campeão, não medalhou, ninguém lembra de você.

Oito anos depois, o mesmo medo do esquecimento volta ao lutador. É necessário levar em consideração as ponderações de Diogo Silva que, ao contrário de muitos dos atletas que estão em Londres ou aqui, tem perfeita noção do que representa e de qual é a situação de boa parte dos esportistas brasileiros. Adriana Araújo, medalhista do boxe brasileiro, por exemplo, só tem passagem de volta até São Paulo, onde fica a sede da Confederação Brasileira de Boxe. Até sua casa, em Salvador, quem banca a passagem é ela.

É hora, e o país tem essa chance com as Olimpíadas do Rio em 2016, de pensar no esporte de alto rendimento, mas também de aliar a massificação da prática esportiva à educação. Assim, talvez possamos produzir mais atletas com a consciência de Diogo Silva, que vão fazer valer os seus direitos e o reconhecimento de quem pena para representar o Brasil.

Abaixo, o início da matéria feita com Diogo Silva, após sua medalha de ouro no Pan do Rio, em 2007:

As muitas lutas de Diogo Silva

Eram quase 21 horas quando o primeiro medalhista de ouro no Pan do Rio saiu de uma reunião para atender a Fórum. Com agasalho da delegação, ele sentou em uma cadeira da ante-sala e desabafou: “Estou exausto”.

Não era pra menos. Após a luta que decidiu o primeiro lugar da competição no taekwondo, na categoria até 68 kg, foi uma rotina incessante de entrevistas e compromissos. No dia da sua vitória, Diogo saiu do exame antidoping às 18 horas e até a meia-noite não parou de entrar ao vivo e fazer gravações nos mais diversos programas de televisão e rádio. Pouco tempo de sono depois, seu longo dia começou às seis e sua última entrevista foi às 11 da noite. Nem mesmo a segunda medalha do Brasil, de Thiago Pereira na natação, fez com que o assédio a ele terminasse.

Na verdade, o título pan-americano vinha sendo trabalhado desde 2006, com o lutador pensando justamente na possibilidade de tornar sua imagem mais visível em uma competição que mobilizaria toda a mídia brasileira, atraindo possíveis patrocínios. O fato de ser o ouro inaugural do país – algo que não era previsto – fez com que a projeção fosse maior que a esperada.

Mas o atleta já tinha atraído a atenção da imprensa anteriormente, na Olimpíada de Atenas, em 2004, quando conseguiu o quarto lugar, um feito histórico na competição mais importante do mundo para o esporte amador. A responsabilidade em representar o país era tamanha que fez uma vítima antes do início dos Jogos. Seriam escolhidos dois atletas na modalidade e a direção técnica tinha que decidir entre três. Mas houve uma desistência. “O atleta não suportou a pressão”, relembra. O mesmo tipo de estresse sofrido pelo lutador desistente também afetaria Diogo na sua volta dos Jogos.

No período de preparação para Atenas, ele havia passado três meses morando na Coréia do Sul, a pátria-mãe da modalidade. Foi um grão-mestre do país, Sang-Min-Cho, que introduziu o esporte no Brasil na década de 1970. Mesmo assim, Diogo avalia hoje que a quantidade de treinos foi um erro. “Eles eram excessivos e ainda tinha o choque cultural, comida diferente e a saudade de casa.” Após esse período, voltou ao Brasil e 40 dias depois estava em Atenas.

A sorte não estava do seu lado. Dos quatro favoritos, três caíram em sua chave. “Não tinha um trabalho tático, era chegar lá, lutar e ver o que dava.” Passou pela primeira luta, mas, na segunda, enfrentou o iraniano Hadi Saei Bonehkohal, que seria campeão olímpico. Como o adversário que o derrotou chegou à final, Diogo podia ir para a repescagem para tentar o bronze. Conseguiu chegar até a disputa da medalha, mas seu adversário era o sul-coreano Myeong Seob Song, um dos maiores do mundo. “A Coreia não tinha ganho nenhuma medalha até ali e tem um jogo político muito grande atrás disso. Um atleta sul-americano contra alguém de um país tradicional na modalidade pesa muito, por exemplo, na hora de validar um ponto”, sustenta Diogo. “Quando comecei, já sabia que não iria ganhar. Ele era bem mais técnico do que eu, mais bem condicionado, ali foi mais vontade mesmo.”

Continue lendo aqui.

quarta-feira, agosto 08, 2012

Agenda olímpica (9 de agosto) - Vôlei de quadra e de praia prometem fortes emoções

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


Amanhã pode sair um ou, quem sabe, dois ouros (ou três, sim, sou um otimista) para o Brasil em Londres. A maratona aquática feminina se inicia às 8h, e tem na nadadora Poliana Okimoto sua representante na água doce do lago Serpentine, no Hyde Park. Em geral, as provas da modalidade são disputadas em mar aberto, e uma das preocupações da nadadora é a temperatura da água. No entanto, outro ponto que preocupa a atleta são os patos do local, que não podem ser retirados de lá. Situação, no mínimo, curiosa.

O vôlei de praia, que teve um desempenho aquém do que se esperava até agora, com somente um bronze, pode salvar sua campanha com o primeiro lugar no pódio. A responsabilidade está nas mãos do grandalhão Alison e de Emanuel, o maior vencedor da história do circuito mundial da modalidade. Eles enfrentam na final da competição Brink e Reckermann, da Alemanha, no jogo que já ganhou o apelido de "duelo dos campeões", já que os germânicos foram campeões mundiais em 2009 e os brasileiros faturaram em 2011. A disputa é às 17h.

Diogo Silva merece medalha (Wilson Dias/ABr)
A outra chance de medalha é de Diogo Silva, no taekwondo. O lutador de São Sebastião foi bronze no Mundial do Azerbaijão, em 2011, e ficou famoso ao conquistar a primeira medalha de ouro para o Brasil no Pan do Rio, em 2007. À época, entrevistei-o e sua história, de um atleta que conseguiu um feito fabuloso em Atenas 2004, uma quarta colocação, e não teve ninguém para levá-lo do aeroporto a sua casa em sua volta, é representativa do limbo a que muitos atletas são relegados nas bandas de cá. Por isso e por sua consciência política (veja entrevista aqui), ele merece uma grande torcida, mesmo no ingrato horário das 7h45, quando luta pela primeira vez.

Mas quem promete mais emoção é o vôlei feminino. Depois da indescritível vitórias sobre a Rússia nas semifinais, as moças entram em quadra contra o Japão, para manter viva a chance do bi olímpico. Atrase o seu horário de almoço e torça pelas gurias às 15h30.

Brasil perto da melhor campanha olímpica

Com as duas medalhas de bronze conquistadas hoje pela dupla de vôlei de praia Juliana e Larissa e pela boxeadora Adriana Araújo, o Brasil chegou a dez medalhas no quadro, 2 de ouro, 1 de prata e 7 de bronze. Como o país tem mais quatro asseguradas - no vôlei de praia e no futebol, e duas no boxe com os irmãos Falcão - já chega, no mínimo, a 14. Como ainda tem chances nas modalidades citadas acima, no vôlei masculino e feminino e, quem sabe, no atletismo, com a maratona, 4 por 100 masculino e até mesmo no pentatlo moderno com Yane Marques, a chance da delegação brasileira fazer sua melhor campanha nos Jogos Olímpicos é grande. A melhor até agora foi Pequim, com 3 de ouro, 4 de prata e 8 de bronze; em 1996, em Atlanta, o país também chegou a 15 pódios, mas foram 3 de ouro, 3 de prata e 9 de bronze.

Mais Brasil em Londres:

5h00 - Atletismo - Decatlo - Masculino 110 m com barreiras
Luiz Alberto de Araújo (BRA)

5h30 - Canoagem - Velocidade C2 1.000 m - Masculino Final
Erlon Silva e Ronílson Oliveira (BRA) disputam a Final B

5h55 - Atletismo - Decatlo - Masculino Lançamento de disco
Luiz Alberto de Araújo (BRA)

7h45 - Taekwondo - Até 68kg - Masculino Primeira fase
Diogo Silva (BRA) x Dmitriy Kim (UZB)

8h00 - Natação - Maratona aquática 10 km - Feminino Final
Poliana Okimoto

8h55 - Atletismo - Decatlo - Masculino Salto com vara
Luiz Alberto de Araújo (BRA)

9h00 - Luta - Livre até 55kg - Feminino Qualificatórias
Joice Silva (BRA)

14h30 - Atletismo - Decatlo - Masculino Lançamento de dardo
Luiz Alberto de Araújo (BRA)

15h30 - Vôlei - Brasil x Japão - Feminino Semifinal

16h55 - Atletismo - 200 m rasos - Masculino Final

17h00 - Vôlei de praia - Alison/Emanuel (BRA) x Brink/Reckermann (ALE) - Masculino Final

17h20 - Atletismo - Decatlo - Masculino 1500 m
Luiz Alberto de Araújo (BRA)