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sexta-feira, dezembro 12, 2014

Nome 'Beatles' surgiu numa 'mesa cheia de cervejas'

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Harrison degustando 'só uma'
Lennon e uma 'loira gelada'
Antes da fama, da grana, das drogas e das bebidas mais caras e sofisticadas, John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr, como bons filhos da classe operária inglesa, gostavam mesmo era de encher a cara de cerveja. E quem conhece as "loiras geladas" britânicas sabe que muitas delas têm alto teor alcoólico. Em sua autobiografia (Editora Planeta, 2007), o guitarrista Eric Clapton conta que, no auge de seu alcoolismo, costumava justificar a vida manguaça dizendo que era algo cultural da Inglaterra. "Sou inglês. Todos nós bebemos lá, vocês sabem. Faz parte de nosso estilo de vida, e bebemos cerveja forte, não Budweiser", respondeu, num hospital, ao ser interrogado sobre a quantidade de álcool que estava ingerindo. No caso dos "quatro rapazes de Liverpool", o período de maior bebedeira ocorreu, sem dúvida, quando foram trabalhar em Hamburgo, na Alemanha. Foi lá, também, que descobriram as pílulas anfetamínicas (Preludin) que os mantinham sóbrios e excitados para prosseguir tocando, cantando, pulando e bebendo (muito) por 10 ou 12 horas seguidas, todas as noites.

Pub em Hamburgo: Stuart Sutcliffe, Lennon, um garçom, Harrison, McCartney e Pete Best

Mas foi pouco antes de ir pra Alemanha que eles inventaram o nome da futura banda mais famosa do planeta. Lendo o livro "John", escrito pela primeira esposa de Lennon, Cynthia Powell (Larousse, edição brasileira de 2009), descobri como foi o "processo de criação" do nome Beatles, um trocadilho entre beat (batida) e beetles (besouros). Criatividade impulsionada por muita cerveja, segundo Cynthia:

"(...) os rapazes decidiram que era hora de adotarem um novo nome. Nós tivemos uma sessão hilária de ideias sentados a uma mesa cheia de cervejas no bar Renshaw Hall, onde bebíamos com frequência. John amava Buddy Holly e os Crickets [Grilos], então eles ficaram brincando com nomes de insetos. Foi John quem teve a ideia de Beetles [Besouros]. Ele mudou o nome para Beatles porque disse que, se nós invertêssemos, teríamos 'les beats', que soava francês e legal. Eles se decidiram por Silver Beatles [Beatles Prateados]."

Pub 'Renshaw's', em Liverpool, provável local onde Lennon teve a ideia do nome da banda

Tal fato teria ocorrido no início de 1960 (e é interessante observar que, a exemplo de Clapton, Lennon amava Buddy Holly, e não Budweiser...). Só que, dois anos mais tarde, quando surgiu em Liverpool o jornal especializado em música "Mersey Beat", John publicaria nele uma versão surreal sobre a escolha do nome da banda: "Sonhei com um homem [que veio voando] numa torta flamejante, dizendo: Vocês são Beatles com A". Porém, a versão de Cynthia revela que, em vez de torta, a verdadeira inspiração foi a velha e boa cerveja. Que, curiosamente, nunca seria citada em uma letra dos Beatles - embora eles tenham gravado "Rock Andd Roll Music", de Chuck Berry, que contém o seguinte verso: "They're drinkin' homebrew from a wooden cup" ("Eles estão bebendo cerveja caseira de um copo de madeira"). Mas fica aqui registrada, portanto, a devida contribuição do "suco de cevadis" no batizado da mítica banda de Liverpool. Cheers! Ou melhor, saúde!

Pub City Barge, em Londres, numa das locações do filme 'Help!': uma oportuna 'happy hour'

P.S.: Quando perguntarem se você vai beber a saideira, responda "YEAH, YEAH, YEAH!".

sexta-feira, setembro 12, 2008

Time alemão lança tumbas para torcedores fanáticos

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Depois de contratar o meia brasileiro Thiago Neves, o Hamburgo resolveu inovar na estratégia de marketing. É a arquibancada do além. Um cemitério a 100 metros do estádio foi lançado para torcedores do clube. Antes de inaugurar o mais tétrico dos espaços para os seguidores do clube, foram realizadas reformas para dar ares futebolísticos ao local. Na entrada, por exemplo, foi montada uma trave de concreto, e a grama do local vem do estádio do Hamburgo.

Ao contrário de outras medidas de marketing, como vender o nome do estádio para a gigante da internet AOL, o Hamburgo jura que a aquisição do espaço e o pagamento mensal só vai custear a manutenção do cemitério.

O pacote-fanático no Grabfeld HSV inclui enterro com execução do hino, caixão com o escudo do clube e terra do estádio para cobrir a lápide. "De lá é possível até acompanhar o resultado dos jogos", brincou o diretor Christian Reichert, responsável pelo relacionamento do clube com os seus torcedores.

Foto: Divulgação
A depender da sofisticação da urna, o preço do caixão varia de 370, para um modelo singelo, a 2.350 euros no padrão mais elaborado (foto). Dependendo do tamanho dos caixões escolhidos, o número de torcedores sepultados por lá pode variar de 300 a 500.

Pioneirismo hermano
Há exatos dois anos, em 2006, o clube argentino Boca Juniors executou medida semelhante. O cemitério, porém, é o de Parque Iraola, em Berazategui, cidade localizada a 30 quilômetros ao sul da capital Buenos Aires. Além disso, apenas uma parte é dedicada aos torcedores azul e ouro.

No Brasil, Samarone Lima, no Blog do Santinha avisou que planeja propor a medida à diretoria do Santa Cruz, para criar formas diferentes de arrecadação. Ele promete patentear a idéia para evitar apropriação por parte de outros clubes, especialmente os rivais de Pernambuco. "Tentaremos um intercâmbio com o Hamburgo", escreveu. "Mas cá entre nós: é fogo articular coisas com um timeco que faz parte da 'Bundesliga'".