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sexta-feira, outubro 04, 2013

Mulher de 111 anos atribui longevidade à bebida e cigarro

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Vovó Manguaça: 111 anos enchendo a lata e 105 fumando um maço de cigarros por dia!
Mais um exemplo de "boa saúde": assim como o inglês Buster Martin e a brasileira Olívia Franco da Silva já relataram em outros posts do Futepoca (aqui e aqui), a britânica Dorothy Peel também afirma que o segredo de sua longevidade é a bebida e o cigarro (leia aqui). Ela conta que bebia regularmente durante o dia, mandando cerca de 200 ml de licor pra goela logo pela manhã, um gim e tônica no almoço e mais ginger ale com uísque à noite. Atualmente, a velhinha manguaça diz que só bebe xerez "de vez em sempre”, mas no Natal ou Ano Novo enche a fuça com champagne rosé, seu drink preferido. Além disso, Dorothy diz que fumava um maço por dia, mas, depois de uma bronquite e diversas recomendações médicas, teve que abandonar o vício. Isso ocorreu há apenas seis anos... Portanto, para quem começa a envelhecer e tem medo de morrer, sugiro o conselho dos compositores Gracia do Salgueiro e Gaguinho na música "Pagode na casa do gago":

"Toma mais um limão
Qui qui qui qui qui qui
Que você fica bão!
Toma mais um limão
Qui qui qui qui qui qui
Que você fica bão!"


quarta-feira, setembro 26, 2012

A regra é clara OU Se você pensa que vodca é aquavit

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A matéria é de destilada relevância, mas recebeu nada além de notinhas despercebidas por aí.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) regulamentou a produção de bebidas alcoólicas no país, definindo o que pode ser chamado do quê.

A regra é clara. E foi publicada no Diário Oficial da União.

A partir de agora, se o mosto (sumo) do vegetal fermentado é logo destilado e submetido a outras formas de separar o álcool das impurezas, trata-se de "destiladas retificadas".

É complicado entender, mas o Estado ajuda você
Se o vegetal usado for semente de alcarávia, a produção é aquavit. Se forem cereais em geral, o goró chamar-se-á "corn". Se a base contiver zimbro, o embriagado há de pedir por "genebra" ou gim ou steinhaeger. Vodca é a branquinha extraída de destilados alcoólicos simples de cereais ou pelo álcool etílico potável.

Em todos os casos, provavelmente, será recomendada moderação.

Açúcar pode; caramelo, só na Genebra. Embora seja vista como remédio para dores de amor mal curadas, "é vedada a utilização de recipientes e embalagens tipo flaconetes, sachês, conta-gotas, spray, ampolas, copos-medidas ou outros que caracterizem os produtos similares àqueles de uso farmacêutico, medicamentoso ou terapêutico".

Como boteco também é cultura, aí vai o momento aula de geografia. Aquavit vem de países escandinavos. A mais famosa versão norueguesa jura ser envelhecida em barris armazenados em navios cargueiros que vão e voltam da Austrália, cruzando a linha do Equador por duas vezes. Steinhegger é germânico; genebra e gim, dos Países Baixos. Zimbro é um arbusto rasteiro da família dos ciprestes e cedros, e alcarávia refere-se à planta que produz a semente kümmel, usada como tempero. Para fugir da botânica, consta que o Aquavit é fermentado da batata na Noruega, Dinamarca e Suécia. No Brasil, a exemplo da Suécia e Alemanha, só vale o tal cominho-armênio. A vodca, diminutivo de água em idiomas eslavos, tem regulamentações distintas, mas é produzida tradicionalmente na Rússia, Bielorússia, Polônia, Lituânia e até nos Estados Unidos.

Qualidade

Para qualquer das levanta-defunto produzidas em território brasileiro será permitido imprimir, no rótulo, expressões como "artesanal", "familiar", "caseiro", "natural", "premium", "reserva" etc. Isso quer dizer que não se pode sequer usar esses termos como parte do nome ou da marca dos produtos. Fica liberada se a palavra se for parte da razão social, mas nada de destaque.

Só faltou a instrução proibir de dizer que é bom, mas aí se estaria versando sobre questão de gosto, que não se discute. Mas fica praticamente verdadeira a sentença: "Ministério da Agricultura adverte: vodca nacional não é premium".

Manguaça cidadão

A medida é um importante passo para uma das frentes do Manguaça Cidadão, projeto de política pública lançado, patrocinado e construído colaborativamente pelo Futepoca com a sociedade. Entre outras medidas, consta a garantia de controle de qualidade dos etílicos consumidos pela população. Saber o que se está bebendo porque é líquido (porque se sólido fosse, come-lo-ia) é um direito do consumidor e do cidadão - sóbrio ou bêbado.

Mais importante do que isso é descobrir que o Manguaça Cidadão tem mais capilaridade no Executivo do que sonhava o devaneio mais entorpecido do mais ébrio momento dos membros desde fórum.

Um brinde aos avanços do Manguaça Cidadão
É que o Ministério possui um "coordenador Geral de Vinhos e Bebidas". Segundo a nota do órgão, Helder Moreira Borges considera que a atualização é um avanço, já que as referidas bebidas eram regulamentadas por uma instrução normativa de 38 anos, de 9 de setembro de 1974. Daquele texto, conhaque, grapa, bagaceira e vinagra já haviam recebido revisão em 1983.

Todo esse tempo de defasagem é mais do que o período de envelhecimento de qualquer uísque que este sóbrio autor já tenha degustado. Mas leis e regras, ao contrário de destilados e fermentados em barris de carvalho, não melhoram com o tempo.

segunda-feira, maio 25, 2009

Pé redondo na cozinha - Caldo de mocotó do Chaleira

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MARCOS XINEF*

Meados de 1993, rua Major Sertório, Centro, SP, Bar do Chaleira. O tal citado é o cearense mais feio, engraçado e gente fina que já conheci. Todo sábado, no almoço, fazia o famoso Mocotó do Chaleira, cujo tempero especial era a batata cozinda no gim e na água - o que servia para engrossar o caldo. Mas o apelido do Chaleira surgiu porque o maluco, além de ter um nariz torto (tipo de bruxa) e a cabeça quadrada, quando ele tomava umas e outras - ou seja, muitas - ele conversava com uma voz fininha, ficava vermelho e cuspia em todos que estavam a sua volta, igualzinho uma chaleira fervendo.

Mas a batata cozida no gim e na água procede, uma vez que o álcool vai deixar a mesma bem sequinha e com um ótimo sabor, devido à sua evaporação, sendo também que ela fica muito mais saborosa e saudavél sendo engrossada dessa forma, evitando os amidos de milho e ou farinhas. E o Mocotó do Chaleira era famoso, a burguesia do bairro de Higianopolis descia todo sábado para a Major Sertório para degustar a iguaria. Segue a receita:

MOCOTÓ COM GIM DO CHALEIRA

Ingredientes
2 kg de mocotó
1 cebola picada
1 pimentão picado
2 dentes de alho picados
4 batatas
2 xícaras de chá de gim
2 xícaras de chá de água
2 colheres de sopa de coentro picado
sal a gosto

Preparo
Cozinhe o mocotó com água e os temperos na porção por mais ou menos 1 hora, até soltar do osso. Separe a carne do osso e reserve, junto com o caldo. Cozinhe as batatas com a água e o gim até ficar macia, depois esmague bem a batata e junte tudo na outra panela do caldo, deixando cozinhar por mais 1 hora, até engrossar. Sirva com coentro picado.


É isso aí, bom apetite! E cuidado pra não cuspir nos que estarão em volta!

*Marcos Xinef é chef internacional de cozinha, gaúcho, torcedor fanático do Inter de Porto Alegre e socialista convicto. Regularmente, publica no Futepoca receitas que tenham bebidas alcóolicas entre seus ingredientes.