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quarta-feira, fevereiro 06, 2013

Chifre dinamarquês e pau pernambucano

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Calma, não é nada do que vocês estão pensando! Refiro-me a dois presentes que ganhei ultimamente, a cerveja dinamarquesa Faxe Royal Export (à esquerda), que ostenta um viking barbudo e com o inevitável chapéu de chifre no rótulo, e a garrafada Pau do Índio, característica da cidade de Olinda durante o Carnaval (à direita). Pelo o que pesquisei, a Faxe é uma das mais tradicionais cervejarias da Dinamarca, e a Export foi lançada em 1985, como uma "versão de luxo". O Tarantino Multi Beer observa que "A levedura utilizada na Royal Export é especial, dando um aspecto suave e refinado". Provei e gostei. Apesar de amarga, tem um leve acento frutado. Pra quem vai beber só, aconselha-se um balde de gelo para manter a temperatura até o fim do latão de 1 litro. Já a garrafinha de Pau do Índio, trazida por um casal amigo que esteve em Pernambuco, é vendida no Alto da Sé, em Olinda. Dizem que é uma espécie de energético natural feito com cana de cabeça (cachaça a 45°) como base e que utiliza xarope de guaraná, ervas aromáticas, raízes, sementes e mel. Aconselham a beber bem gelada. Assim como a Tiquira, do Maranhão, não tive coragem de experimentar. Mas, se eu tiver (e sobreviver), trarei mais informações. Saúde!

quarta-feira, setembro 26, 2012

A regra é clara OU Se você pensa que vodca é aquavit

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A matéria é de destilada relevância, mas recebeu nada além de notinhas despercebidas por aí.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) regulamentou a produção de bebidas alcoólicas no país, definindo o que pode ser chamado do quê.

A regra é clara. E foi publicada no Diário Oficial da União.

A partir de agora, se o mosto (sumo) do vegetal fermentado é logo destilado e submetido a outras formas de separar o álcool das impurezas, trata-se de "destiladas retificadas".

É complicado entender, mas o Estado ajuda você
Se o vegetal usado for semente de alcarávia, a produção é aquavit. Se forem cereais em geral, o goró chamar-se-á "corn". Se a base contiver zimbro, o embriagado há de pedir por "genebra" ou gim ou steinhaeger. Vodca é a branquinha extraída de destilados alcoólicos simples de cereais ou pelo álcool etílico potável.

Em todos os casos, provavelmente, será recomendada moderação.

Açúcar pode; caramelo, só na Genebra. Embora seja vista como remédio para dores de amor mal curadas, "é vedada a utilização de recipientes e embalagens tipo flaconetes, sachês, conta-gotas, spray, ampolas, copos-medidas ou outros que caracterizem os produtos similares àqueles de uso farmacêutico, medicamentoso ou terapêutico".

Como boteco também é cultura, aí vai o momento aula de geografia. Aquavit vem de países escandinavos. A mais famosa versão norueguesa jura ser envelhecida em barris armazenados em navios cargueiros que vão e voltam da Austrália, cruzando a linha do Equador por duas vezes. Steinhegger é germânico; genebra e gim, dos Países Baixos. Zimbro é um arbusto rasteiro da família dos ciprestes e cedros, e alcarávia refere-se à planta que produz a semente kümmel, usada como tempero. Para fugir da botânica, consta que o Aquavit é fermentado da batata na Noruega, Dinamarca e Suécia. No Brasil, a exemplo da Suécia e Alemanha, só vale o tal cominho-armênio. A vodca, diminutivo de água em idiomas eslavos, tem regulamentações distintas, mas é produzida tradicionalmente na Rússia, Bielorússia, Polônia, Lituânia e até nos Estados Unidos.

Qualidade

Para qualquer das levanta-defunto produzidas em território brasileiro será permitido imprimir, no rótulo, expressões como "artesanal", "familiar", "caseiro", "natural", "premium", "reserva" etc. Isso quer dizer que não se pode sequer usar esses termos como parte do nome ou da marca dos produtos. Fica liberada se a palavra se for parte da razão social, mas nada de destaque.

Só faltou a instrução proibir de dizer que é bom, mas aí se estaria versando sobre questão de gosto, que não se discute. Mas fica praticamente verdadeira a sentença: "Ministério da Agricultura adverte: vodca nacional não é premium".

Manguaça cidadão

A medida é um importante passo para uma das frentes do Manguaça Cidadão, projeto de política pública lançado, patrocinado e construído colaborativamente pelo Futepoca com a sociedade. Entre outras medidas, consta a garantia de controle de qualidade dos etílicos consumidos pela população. Saber o que se está bebendo porque é líquido (porque se sólido fosse, come-lo-ia) é um direito do consumidor e do cidadão - sóbrio ou bêbado.

Mais importante do que isso é descobrir que o Manguaça Cidadão tem mais capilaridade no Executivo do que sonhava o devaneio mais entorpecido do mais ébrio momento dos membros desde fórum.

Um brinde aos avanços do Manguaça Cidadão
É que o Ministério possui um "coordenador Geral de Vinhos e Bebidas". Segundo a nota do órgão, Helder Moreira Borges considera que a atualização é um avanço, já que as referidas bebidas eram regulamentadas por uma instrução normativa de 38 anos, de 9 de setembro de 1974. Daquele texto, conhaque, grapa, bagaceira e vinagra já haviam recebido revisão em 1983.

Todo esse tempo de defasagem é mais do que o período de envelhecimento de qualquer uísque que este sóbrio autor já tenha degustado. Mas leis e regras, ao contrário de destilados e fermentados em barris de carvalho, não melhoram com o tempo.

domingo, junho 20, 2010

Do Copa na Rede - Fidel veste a camisa, mas não faz topless

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Direto do Copa na Rede