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Em tempos de fim de ano, balanço, reflexões etc e tal, um de nossos parceiros, o Blog do Menon, fez uma interessante análise sobre um dos mais falados jogadores de 2006. Leiam reprodução abaixo.
"No Brasil, a camisa 10 tem um significado muito especial. Ela, imortalizada por Pelé, é objeto de desejo de todos que amam futebol. Pode ser em um jogo reunindo gordos bancários ou em outro, com crianças que estão fugindo da aula, todos querem usar a camisa 10. O seu dono é também o dono do time. A referência, o que decide, o que diz "a partir de agora, é comigo, podem me dar a bola que eu decido"
Ronaldinho Gaúcho, não. Ele dá a impressão de que só quer a dez por imposição da Nike e sua campanha publicitária "Joga, 10". E essa falta de vontade de ser o "dono do time" é que tem afastado Ronaldinho Gaúcho da paixão dos torcedores. Para ele, basta ser o melhor do time. Ou, nem isso. Basta estar feliz, jogando futebol. Para a torcida, não. A torcida quer que o time tenha um dono, alguém que assuma responsabilidade e quando o melhor do time não as aceita, cria-se um fosso capaz de grandes injustiças.
Hoje, há muita gente chamando Ronaldinho de "foca" ou intergrante de "cirque du soleil" por sua habilidade com bola, mais ligada à arte circense do que à luta por vitórias.
Ronaldinho sempre foi assim, desde o infantil do Grêmio. Não lidera ninguém, não lidera nada. Não se rebela. Nunca vai desobedecer o técnico que o colocou mais atrás em campo, para que Ronaldo e Adriano ficassem à frente. Não vai pedir a bola e, a partir dali, sair driblando, encarando adversários e tentando o gol. Para ele, felicidade não rima com rebeldia.
Falta o gosto de sangue na boca. Ronaldinho é Ronaldinho. Nunca será Ayrton Senna ou Romário. E, muito, muito menos, Diego Armando Maradona. É um craque, mas falta a dose suficiente de loucura para ser um gênio."