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De um jornalista embrenhado na cobertura de agências de notícias:
"Esses controladores (de vôo) são a vanguarda da revolução. O dia em que quiserem exigir qualquer coisa, é só fazerem greve que o país pára".
De um jornalista embrenhado na cobertura de agências de notícias:
"Esses controladores (de vôo) são a vanguarda da revolução. O dia em que quiserem exigir qualquer coisa, é só fazerem greve que o país pára".
A incidência impressionante de posts sobre o Palmeiras e seu astro Edmundo no blog é, eu diria, um sintoma de que o Palmeiras de fato parece que quer ser campeão.
Bom, eu devo reconhecer que sou fã incondicional do Edmundo. Acho que as coisas estão dando muito certo para o Palmeiras na reta final, o Animal está iluminado, o bandeirinha erra a favor, os golaços aparecem, a tal "sinergia" rola.
Acho que a final será Santos x Palmeiras. Vai ser muito legal se isso acontecer. Desde que eu gosto de futebol, essa final nunca aconteceu, e lá se vão décadas. Seria uma final maravilhosa.
O atacante camaronês Eto'o declarou, sob comentários agudos do Futepoca, que o inglês David Beckham podia até ser mais bonito, mas que ele, Eto'o, era melhor jogador de futebol. Mais pode ser lido em toda a imprensa (como no Estadão).
Pois Ronaldinho Gaúcho, o belo, foi além. Desbancou o britânico do trono dos mais bem pagos do mundo esportivo. No quesito beleza, os comentaristas podem opinar.Foram € 23,5 milhões no bolso do irmão do Assis. Por sua vez, o marido da ex-Spice Girl Victoria faturou módicos € 23,2 milhões. De olho na disputa pela herança entre os três filhos do casal, Beckham já garantiu que 2007 marcará sua volta ao topo da lista dos esportistas mais bem pagos do mundo, segundo a Forbes, com sua transferência para o Los Angeles Galaxy (créame, en español).
Com a diferença entre os salários (€ 300 mil) de 2006, um manguaça hipotético poderiam, com alguma assessoria, consumir 330.540 garrafas de cerveja no Bar do Vavá. Dado que o referido estabelecimento de etilização está prometido para ter suas portas fechadas em abril, seriam 11 mil garrafas por dia. Em um ano, 900 por dia.
Depois acham estranho que o Maradona vire alcoolatra.
Na segunda citação do Terra Magazine do dia, mais precisamente do blog do Boleiro, a diretoria do Palmeiras avisa: agora sai da lama.
Tiveram a idéia de arrecadar dinheiro. Vender camisas comemorativas (dos 200 jogos do Edmundo, do "título mundial" de 1951, da estrela adquirida de presente junto à Fifa etc.). A melhor parte, só o economista diretor do clube e com um monte de amigos no governo poderia ter a idéia.Luiz Gonzaga Belluzzo (foto) – que diz que Mustafá está sendo um espírito de porco (sic) – conseguiu articular com a Caixa Econômica Federal um crédito de R$ 9 mil com o financiamento de cada um dos 1.200 títulos novos da Sociedade Esportiva Palmeiras postos à venda. Segundo a matéria, a Caixa paga à vista, e o parmerista a prazo. Os R$ 10,8 milhão que dá a continha de um vezes o outro, vão fazer bem pro caixa do clube. Mas eu é que não vou comprar.
Mas o Conselho de Orientação e Fiscalizaçã (Cofi) "aprovou também a criação da diretoria de planejamento, cujo responsável será Belluzzo. É dele a missão agora de atrair mais recursos para o clube." Pra lembrar, foi ele que, segundo contam, trouxe a parceria com a Parmalat.
Curioso, muito curioso.
Depois de assistir a lambança da MSI no Parque São Jorge, só acredito com títulos nas mãos.
Continuando o assunto...
Os relações públicas que atendem o Henry Sobel foram rápidos. No dia seguinte à noticia de que o rabino havia sido preso na Flórida furtando gravatas de grife, sai a informação de que ele estaria internado no Hospital Albert Einsten. De acordo com o boletim médico divulgado pelo hospital, Sobel foi internado "devido a episódio de transtorno de humor, representado por descontrole emocional e alteração de comportamento." De acordo com os médicos, "por insônia severa, (Sobel) vinha fazendo uso imoderado de hipnóticos diazepínicos, causadores potenciais de quadros de confusão mental e amnésia."
Sem querer provocar... que coisa mais Fernando Vanucci, né não?
No último sábado, 24 de março, os 45 mil espectadores que acompanhavam o show do ex-Pink Floyd Roger Waters no Morumbi, em São Paulo, viram um porco inflável gigante (foto) sair voando do estádio e desaparecer, quando a banda tocava "Sheep". Pois o Terra Magazine conseguiu a façanha de entrevistar o cara que encontrou os "restos mortais" do porco, que, aparentemente, sobrevoou o Jockey Clube, cruzou o rio Pinheiros e, cerca de seis quilômetros depois do ponto de partida, explodiu e caiu perto do cruzamento entre as avenidas Henrique Schaumann e Paulo VI, no bairro de Pinheiros.
Dos quatro primeiros colocados, o Palmeiras é o que vem apresentando maior evolução, segundo constata Conselheiro Acácio.
Aliás, o saudoso Conselheiro anda, como sempre, inspirando boa parte da crônica esportiva. Para um time que estava atrás do Corinthians até cinco rodadas atrás, a terceira colocação é uma ascenção incrível. Comparável à de 1992, um ano antes de o time patrocinado pela Parmalat sair da fila. Com um elenco que misturava cascudos e bons jogadores, liderados por Cuca, Mazinho, Evair e César Sampaio (mas que tinha Carlinhos e Maurílio, no banco), Otácilio Gonçalves — vírgula, o mestre Chapinha, exclamação – levou o time da penúltima colocação para a final contra o São Paulo. Perdeu os dois jogos da decisão.
No clássico deste final de semana, uma prévia do que muitos já apostam como semi-final. Os 4 a 0 diante do Rio Branco são uma recuperação. Uma vitória é crucial pro Tricolor caminhar para o fim da primeira fase cheio de moral
Para o Palmeiras, a classificação depende das outras partidas, contra Guaratinguetá, em casa, e São Bento, fora. Mais do que consolidar o destino à próxima etapa da competição, é chegar embalado para enfrentar o Ipatinga pela Copa do Brasil, tendo que vencer por três gols de diferença.
Que fase...
Destaque da partida e autor do segundo gol palmeirense, Edmundo completou 200 jogos com a camisa alvi-verde de Parque Antártica. Nem mesmo o risco de ser suspenso do clássico do fim de semana, contra o vice-líder São Paulo, caso fosse advertido com cartão amarelo tiraram do camisa 7 a gana de correr e de dividir. Como dividiu o atacante. Diferente dos pernas-de-pau, as divididas foram sinal de vontade.
No primeiro tempo que acompanhei inteiro, Edmundo perseguiu o gol com sangue nos olhos. Quase marcou de falta, quase marcou em dividida com o goleiro... Na segunda etapa, que acompanhei pelo rádio, logo no início, antes mesmo de dar o passe para Osmar desperdiçar, Edmundo passou por três defensores do América entrando na área, mas foi prensado ao tentar o chute. No golaço que fez, deram mais de meio metro, entre três. Embora a queda de maduro do zagueiro Marcos Paulo tenha tornado o lance meio esquisito, Edmundo mandou lembrar que não pode ser deixado assim tão solto (cendo depois o VT, Edmundo faz a jogada impecavelmente, mas não dá pra dizer que ele deixou o beque sentado... o atacante segura a bola e, ao ver o adversário se desequilibrando, limpa para a direita para bater).
Nem mesmo o gol do América anulado injustamente quando a vitória simples era mantida, nem o chute à là Ronaldinho Gaúcho contra a Inglaterra de Michael no primeiro tento verde tiraram o sabor da festa do Animal.
Terminasse hoje a primeira fase do Paulista, o título de Campeão do Interior seria preservado. É que o Corinthians, empatado em 24 pontos com Noroeste e Guaratinguetá, perde em saldo de gols para ambos.
O time vizinho de Aparecida tampouco se classificaria. Além do bauruense, Bragantino, Paulista e Ponte Preta seriam os classificados.
Tá no site Terra e, a pedidos, publico aqui na íntegra - já que o Cidade Alerta não vai noticiar nada e, como observou o Glauco, "com certeza é política e, se marcar, tem cachaça na história...". Então, prepare o seu coração:
Assisti à partida entre Santos e Corinthians ontem à noite pela Band e fiquei chocado ao cosntatar como uma transmissão esportiva pode retroceder e ratificar preconceitos que pareciam, no mínimo, mais envergonhados nos últimos anos.
O jogo era narrado pelo veterano Luciano do Valle, comentado pelo ex-atleta Neto e com reportagem de Fernando Fernandes. A "novidade" da jornada, anunciada a toda hora com garbo e elegância pelo titular do microfone, era a presença de umA repórter em campo.
Como assim novidade, perguntará quem lê? A presença das mulheres no jornalismo esportivo já tem se tornado rotina e tende a crescer cada vez mais. Mas o caráter inusitado do trabalho da moça, "conduzida" por do Valle, é que ela tinha como função traduzir o "olhar feminino" da peleja.
Por "olhar feminino" entendam comentários que vinham elucidar questões como "Fulana, quem está mais elegante hoje? Luxemburgo ou Leão?". E lá ia a repórter discorrer sobre as vestimentas de ambos, decretando um empate no quesito. E tome elogios do locutor, como se estivesse tratando com uma néscia.
Assim se seguiram diversas pérolas, até mesmo um pedido especial do âncora. "Você podia perguntar pro Leão o que ele faz pra não desarrumar o cabelo mesmo quando ele fica nervoso?". A proto-piada é repetida no segundo tempo.
Na segunda etapa, aliás, um lance capital na partida. Fábio Costa volta com a camisa trocada no intervalo. Após mais de dez minutos, quando qualquer um já percebeu a mudança - e se não percebeu é porque pouco importa - o Santos perde um lance na área corintiana e a repórter "anuncia" a troca do arqueiro peixeiro. Do Valle se sai com essa, mal contendo o entusiasmo: "Só mesmo olhar feminino pra notar, com a bola do outro lado, que o goleiro tinha trocado a camisa".
Quando você acha que já viu toda sorte de besteiras em uma transmissão, ainda tem que suportar uma "novidade" com esse inacreditável espetáculo de preconceito.
Aconteceu!
Às vésperar do milésimo gol do Romário, o mais velho jogador profissional do mundo, Pedro Ribeiro Lima, de 58 anos , marcou seu primeiro gol. A façanha aconteceu na derrota do glorioso Desportivo Perilima frente ao Campinense Clube, pelo Campeonato Paraibano.
Segundo relatos, no momento em que o árbitro marcou um pênalti para o Perilima, as torcidas, em coro, bradaram seu nome, o incentivando a cobrar a penalidade. Não sei se o pedido da torcida adversária se deu pela certeza de que ele não faria o gol ou se o cara já é tão folclórico a ponto de inspirar uma manifestação conjunta tão comovente.
O que importa é que o pênalti foi bem batido, e Pedro pôde comemorar seu tento. O estádio ficou em festa.
Resta saber se ele vai se aposentar por cima da carne-seca (ou da rapadura, a grande financiadora do Perilima) ou se a promessa de jogar até os 60 anos continua valendo.
Aqui, o post de fevereiro sobre Pedro.
Aqui, link para o blog do Juca Kfouri, onde primeiro li sobre a façanha.
Segundo o Lance!, é mesmo certeza que a CBF vai reconhecer oficialmente a Copa Rio de 1951, vencida pelo Palmeiras, como um Mundial de Clubes. O jornal dá hoje enorme chamada de capa e seis páginas internas sobre o assunto. Como a polêmica já motivou dois outros posts nesse blog, não vou me ater ao mérito de o torneio merecer, ou não, tal status. Se a Fifa corroborar, vai ser Mundial e pronto. Como no caso do Corinthians, "campeão" em 2000, os rivais que esperneiem.
Acontece que, se a maior entidade do futebol mundial realmente ratificar a iniciativa da CBF, isso vai abrir precedente para uma verdadeira inflação no mercado de “mundiais” de clubes. Para começar, a Copa Rio teve uma segunda edição, em 1952, que foi vencida pelo Fluminense (foto) – da qual participaram, também, Grasshoper (Suíça), Peñarol (Uruguai), Sporting (Portugal), Saarbrücken (Alemanha), Libertad (Paraguai), Áustria Viena (Áustria) e Corinthians (derrotado pelo time carioca na decisão).
Não bastasse, houve uma terceira edição da competição em 1953, desta vez rebatizada de Torneio Octagonal Rivadavia Corrêa Meyer. O Vasco, campeão, derrotou o São Paulo na final. E participaram, ainda, Hibernian (Escócia), Olímpia (Paraguai), Sporting (Portugal), Botafogo, Fluminense e Corinthians. Tá, tudo bem, foi um torneio pra lá de fuleiro. Mas, se o Fluminense conseguir o mesmo que o Palmeiras, alguém aí duvida que o Eurico Miranda não vai querer reconhecer esse “mundial” também, e redimir a derrota para o Real Madrid em 1998?
Pra piorar, além desses torneios disputados no Brasil, houve na década de 50 outra competição similar, disputada na Venezuela entre 1952 e 1957 e batizada de Pequena Taça do Mundo ou Mundialito de Clubes. Na primeira edição, deu Real Madrid. Depois, em 1953, venceu o Millonarios (Colômbia). Entre 1954 e 1957, os campeões foram: Corinthians, São Paulo, Real Madrid e Barcelona. Vocês acham que os dois times paulistas, com o exemplo do Palmeiras, não vão querer legitimar esses “mundiais”? E a Fifa terá argumentos para negar?
Em sua campanha, o Corinthians derrotou Roma (Itália), Barcelona (Espanha) e seleção de Caracas (Venezuela). O São Paulo, por sua vez, enfrentou La Salle (Venezuela), Valencia (Espanha) e Benfica (Portugal). A partir de 1963, aconteceram outras edições não regulares e de caráter amistoso desse torneio, que passou a se chamar Troféu Cidade de Caracas, até sua última edição, em 1975. O São Paulo venceu a primeira, em 1963.
Na pacata cidade de Cascavel, interior do Paraná, a maior rede de "lotéricas" se chama "Sucuri" e em cada canto da cidade tem um representante. O curioso é que a tal rede é, na verdade, uma série de espaços não-oficiais que se denominam casas de loteria mas só servem pra apostar no jogo... do bicho. A piada é tão pronta que nem me atrevo a imaginar a série de ilações possíveis...
Tento responder com este texto a questão objeto dos comentários e debate de uns posts abaixo (“Um outro Zé Roberto”). Que acabou com a seguinte indagação do companheiro Olavo: “se o Santos tivesse dois meias como Ronaldinho Gaúcho e Kaká você escalaria o Zé [Roberto] tão à frente?”
Essa pergunta é importantíssima, porque é uma falsa questão. É uma questão limitada a um universo parreirista, no qual o camisa 11 (chamemos assim) é um cara obrigado a marcar o lado direito do ataque adversário. Mas quem disse que assim deve ser?
Didaticamente, abaixo seguem as escalações de quatro times campeões (ou quase) que eu gostaria de citar.
Brasil campeão do Mundo em 1970 - Felix; Carlos Alberto, Brito, Piazza e Everaldo; Clodoaldo, Gerson, Tostão e Rivelino; Pelé e Jairzinho
Brasil derrotado pela Itália em 1982 – Valdir Peres; Leandro, Oscar, Luisinho e Junior; Cerezo, Falcão, Sócrates e Zico; Serginho Chulapa e Eder
Palmeiras bicampeão Paulista e Brasileiro 1972/1973 – Leão; Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Edu, Leivinha, César e Nei
Santos campeão Brasileiro de 2002 – Fábio Costa; Maurinho, Alex, André Luiz e Leo; Paulo Almeida, Renato, Elano e Diego; Robinho e Alberto
Eu gostaria de saber onde, nesses quatro grandes times, há um jogador engessado numa dada posição como Zé Roberto na seleção de Parreira. Mais do que um jogador “engessado” (Zagallo, Zé Roberto, Zinho...), o problema maior é o esquema engessado. O Márcio Guedes falou disso no Linha de Passe da última segunda-feira.
De maneira que, à pergunta: “se o Santos tivesse dois meias como Ronaldinho Gaúcho e Kaká você escalaria o Zé [Roberto] tão à frente?”, eu responderia assim (se eu pudesse escalar a seleção brasileira hoje): Fábio Costa (ou Rogério Ceni ou Gomes ou Júlio César); Ilsinho, Alex, Lúcio e Kléber; Elano (ou Mineiro), Zé Roberto, Kaká (ou Diego) e Ronaldinho Gaúcho; Robinho e Vágner Love. Quem ia se defender desse time?
Pode-se pensar em muitas variações em relação à escalação acima, mas essa seria uma seleção. Em termos de seleção, eu nunca vi nada mais belo do que a Holanda de 1974. A Laranja Mecânica. Era um time divino.
Mas, voltemos a falar apenas de um time, um clube, chega de seleção. E voltando à questão inicial: “se o Santos tivesse dois meias como Ronaldinho Gaúcho e Kaká” (valha-meu Deus!, Olavo, você não quer mais nada?), eu faria assim: Fábio Costa; Dênis (ou Pedro), Antonio Carlos, Adailton e Kléber; Maldonado, Zé Roberto, Kaká (ou Cléber Santana) e Ronaldinho Gaúcho (ou Pedrinho); Tiuí Henry e (resgatando) Wellington Paulista.
Nesse time (como no Palmeiras de 1996, por exemplo), quem ia dizer que o Zé Roberto teria que ficar engessado, num esquema engessado, marcando e encerando o jogo? Fala sério!
Não é a mim que se refere o título, mas à película de 77 minutos que coloca o documentarista norte-americano Michael Moore como alvo de investigação. Em Fabricando Polêmica, cuja estréia mundial ocorreu no dia 10, mas chegou por São Paulo na mostra É tudo verdade, a acusação é de manipulação de imagens, entrevistas e informações. O Farenheint 9/11 (2004) é dos mais atacados, segundo as resenhas espalhadas por aí.
Moore ficou famoso inicialmente por Roger e eu (1989), em que passava uma hora e meia mostrando suas tentativas de entrevistar o então presidente da General Motors, Roger Smith, intercaladas com a vida dos operários demitidos de uma fábrica fechada pela empresa em Flint, cidade natal do gordinho de boné. A grande sacada do filme é que a entrevista não ocorreu, mas uma interessante história sobre o processo de produção globalizado – com todas as facilidades dos novos meios de comunicação e estratégias de logística – têm na prática. Depois de Farenheint 9/11 ele foi projetado à condição de ícone político.
Uma das grandes revelações de Fabricando... é que a tal entrevista foi concedida e gravada, mas não aproveitada no filme.
Depois, o mesmo modelo foi parodiado por ele mesmo em The Big One (1997), em que o foco é o presidente da Nike e a denúncia do uso de mão de obra infantil na Indonésia, ou em Tiros em Columbine (2002), com Charles Heston.
Os diretores, o casal canadense Rick Caine e Debbie Melnyk, eram fãs do cineasta. Tanto assim que a descrição do documentário Citizen Black, escrito, produzido e dirigido por eles em 2004, é "Inquérito no estilo Michael Moore sobre a personalidade de Conrad Black (um dono de jornais canadenses extremamente conservador e metido em falcatruas)".
Ao que consta, eles começam querendo entrevistar Moore, mas passam a desconfiar de tanto esforço para fugir das câmeras. Um cinegrafista terminou atingido por um soco da irmã de Moore. O filme investiga as manipulações produzidas nas falas e depoimentos editados.
O nome original, Manufecturing Dissent, é um trocadalho com o título do livro do linguista Noam Chomsky com Edward S. Herman, Manufecturing Consent, traduzido por aqui como Consenso fabricado. Tudo bem, já que Citizen Black usava o mesmo recurso em relação ao original do Cidadão Kane...
E assim, o cara que praticava o esteriótipo do estilo norte-americano de produzir documentários, é posto em xeque... Na página do cabra, não encontrei nenhuma declaração a respeito.
Tem na quinta e na sexta, no É tudo verdade de São Paulo.
O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo, é autor do Projeto de Lei nº 1676/1999 que veda estrangeirismos na língua portuguesa.
Enquanto isso, no Vermelho, página do PCdoB na internet, estampava na segunda-feira à noite: "Veja o vídeo que explica o 'Manifesto Comunista' com cartoons".
(a propósito, veja mesmo, porque é mais divertido do que este post ranzinza, embora não seja genial).
Nada há de mais assustador na imprensa esportiva (talvez na imprensa em geral) que apelar para chavões quando se tem preguiça de pensar, não se pesquisa nem se conhece sobre o que se está falando.
Explico: o chavão aí do título (e outros) continua a ser aplicado indistintintamente pelos colegas (argh!) quando não têm muito o que falar.
Vou usar como exemplo o futebol mineiro, que conheço bem e acompanho por minha óbvia e declarada paixão pelo Galo mineiro, que completou 99 anos no último dia 25.
Antes do clásico com aquele outro time de Minas, a maioria da imprensa dizia que o outro era favorito, porque estava em primeiro lugar na tabela enquanto o Galo rastejava na penúltima colocação. Mas sempre deixando a muleta: em clássico tudo pode acontecer...
Para a maioria que não acompanha e dá palpites sem saber, apenas olhando a classificação na tabela, essa era a realidade.
Ledo e Ivo engano. Mesmo mal à época, o time do Galo era superior ao outro, que tem uma das piores equipes dos últimos tempos. O que se comprovou nos 3 a 1, sendo que quem assistiu ao jogo viu que poderia ter sido uma goleada vexatória.
Para os desinformados, valeu o epíteto: crássico é.... Ou outra muleta, de dizer que quem está pior sempre reage nessas situações. Para contrariar, no mesmo final de semana, o São Paulo, com time superior derrotou o Corinthians. Mais aí vale o outro lado do crássico é crássico e tudo pode acontecer. Assim, os desinformados nunca erram.
Não tenho estatística nenhuma à mão e até seria interessante acompanharmos daqui por diante, mas a impressão é que em 80% dos casos os times melhores tecnicamente acabam vencendo, mesmo em clássicos. (sei que é óbvio, rarará)
Mas é bom pensar em outro jargão que se usa como verdade absoluta – que o futebol é o único esporte em que o mais fraco pode vencer o mais forte. Creio que não. Numa partida isolada, realmente um time todo encolhido na defesa pode "achar" um gol e acabar ganhando. Mas se forem analisados todos os jogos de um campeonato creio que os times mais bem-estruturados levam vantagem em 90% dos casos.
Basta ver que neste ano (e em outros), apesar dos tropeços, em SP devem chegar pelo menos três grandes nas quatro vagas das semifinais. E nem dá para dizer que o Corinthians, o grande que falta, atualmente é um time bom. Pode até ser campeão, mas por tradição, torcida etc.
Em Minas o título acho que ficará com o Galo pelos motivos expostos anteriormente, mas não deve sair dos dois grandes. E vale lembrar que no outro clássico que existe no Mineiro, dos dois times contra o América, deu a lógica e o rubroverde, com equipe bem inferior, perdeu feio e não deve escapar do rebaixamento (infelizmente).
Nos outros Estados, a preponderância dos mais fortes deve se repetir sem piedade. A zebra será isso mesmo, apenas zebra, e acontecerá raramente.
P.S. Estava para escrever esse "post" desde o crássico mineiro, mas, por falta de tempo, adiava. Agora com o "puxão de orelhas" do camarada Anselmo resolvi me dedicar mais à tradição futepoquense...