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Pois é, e lamentavelmente quem tentou entrar em http://agenciacartamaior.uol.com.br/ constatou que a Agência Carta Maior saiu mesmo do ar. Triste. E preocupante. Mostra a precariedade com que a chamada imprensa independente trabalha, a dificuldade que tem para sobreviver.
Concorde-se ou não com a linha editorial da agência e de outros veículos que insistem em desafinar o coro dos contentes (Torquato Neto), ela tinha (espero que este verbo no passado não seja definitivo) uma importância muito grande na web, como fonte de informações e, principalmente, de análise a partir de um ponto de vista "do lado de cá" do espectro político.
Eu tenho motivos particulares para lamentar. Os jornalistas Betch Cleinman, Antônio Martins e eu participamos do que se poderia chamar de embrião de Carta Maior, em 1999. Atualizávamos diariamente e tinha uma edição semanal. Falo embrião porque nem mesmo o Flávio Aguiar parece considerar a existência de Carta Maior antes de 2000, como mostra seu editorial da semana passada, embora já então (1999) a agência estivesse no ar, ainda que precariamente. Mas com o mesmo estilo que depois consolidou. Saí da promissora agência em março de 2000, para trabalhar na Revista Submarino.
Seja como for, eu torço para que Carta Maior encontre forças e volte ao ar.