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quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Cartas bombas britânicas

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Na segunda e terça-feira, duas cartas-bomba explodiram na Grã-Bretanha, chamando a atenção da imprensa internacional. Nesta quarta-feira, porém, diante de um terceiro caso, a polícia britânica informou a existência de sete registros semelhantes nas últimas três semanas, e lançou um alerta público para que as pessoas tenham cuidados redobrados a lidar com o correio. Assim, a avaliação deste manguaça de que não parecia ser ação articulada de algum grupo terrorista vai todo pelos ares.

A primeira carta vitimou dois funcionários de uma empresa (Capita) de processamento da arrecadação do pedágio urbano. Na terça, mais dois feridos, desta vez em Berkshire. Hoje, o alvo foram três funcionários da Agência de Licença do Condutor e do Veículo (equivalente aos Detrans) em Swansea, País de Gales.

A informação de outros quatro casos nas últimas semanas ocorreu na tarde de quarta-feira, pela Associação dos Chefes Oficiais da Polícia, informou a BBC. Das sete, seis chegaram a explodir, índice considerado muito eficiente por especialistas em segurança do país, o que aumenta a preocupação. Não se sabe exatamente o número de vítimas. Como as localidades variaram, o alerta é nacional.

As cartas bomba foram uma das armas do grupo separatista IRA, da Irlanda do Norte, mas o grupo não é apontado como suspeito. Como os três últimos casos têm vínculos com estabelecimentos que trabalham com o trânsito, a suspeita é de que a autoria seria de algum grupo relacionado à questão.

Os "Motoristas contra os radares" (Motorists against detection, MAD, anagrama que quer dizer "louco") é conhecido por táticas radicais que incluem a destruição de 600 radares de velocidade colocados nas estradas (como o da foto). À BBC, o líder do grupo, "Capitão Gatso" , negou no entanto qualquer envolvimento na campanha, dizendo que os alvos do grupo são as máquinas e não as pessoas.

No entanto, a terceira carta, Oxfordshire, teria sido enviada por extremistas em defesa dos direitos dos animais, segundo a imprensa britãnica, o que pode significar que nem todos os casos estejam relacionados entre si. A polícia não manifestou qualquer posição oficial.

2 comentários:

Marcão disse...

Isso é uma campanha sórdida para que as pessoas só usem e-mail (afinal, um vírus que detona seu computador é melhor que uma explosão que te mata).

Nicolau disse...

Marcão, esse é um comentário de que o Brasil não precisava...