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segunda-feira, agosto 20, 2007

Custo tem. E o benefício?

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O centroavante Aloísio completou ontem, contra seu ex-clube Goiás, 76 jogos com a camisa do São Paulo. Mais uma vez, pra variar, passou em branco. De dezembro de 2005 (quando estreou contra o Al Ittihad) para cá, marcou míseros 15 gols. Isso dá uma média de 0,19 gol por partida - ou 0,71 por mês. No período, além do Mundial, faturou um Campeonato Brasileiro. Mas sumiu nas partidas decisivas da Libertadores de 2006 e de 2007, contra Inter e Grêmio, e também nas duas partidas contra o Boca Juniors pela portentosa Recopa Sul-Americana.

Para efeito de comparação, Amoroso jogou 6 meses pelo São Paulo, em 2005 (de junho a dezembro), disputou 27 partidas e fez 16 gols. Ou seja: média de 0,59 gol por jogo e 2,66 por mês. Levantou a Libertadores e o Mundial Interclubes, jogando muito bem as duas competições, e foi um dos destaques da reação do clube no Brasileiro de 2005 - com partidas memoráveis, por exemplo, contra Palmeiras e Corinthians.
Naquele mesmo ano, Luizão jogou 24 vezes e marcou 11 vezes (média de 0,45 gol por partida), entre fevereiro e julho (média de 2,2 gols por mês). Foi campeão paulista e da Libertadores, quando terminou como um dos artilheiros do time - e o maior goleador brasileiro na competição sul-americana em todos os tempos. E, por fim, Ricardo Oliveira teve uma passagem-relâmpago pelo São Paulo em 2006, disputou 12 partidas e fez 6 gols (média de 0,50) entre maio e agosto (dois gols por mês). Pode-se dizer que ajudou na campanha do título nacional.
Por tudo isso, a relação custo/ benefício de Aloísio me parece bem desvantajosa para o São Paulo. Pela ferrenha disputa judicial travada com o Atlético-PR, esperava-se mais desse cara. Alguém discorda?

11 comentários:

Anônimo disse...

Pois é, você só esqueceu do passe de três dedos que ele deu pro Mineiro marcar o gol do Mundial (sei que palmeirense tem um certo trauma de mundial no Japão...), e de que o cara nunca deixou de se entregar em campo e de brigar pela bola, além de ser um dos jogadores mais queridos no elenco, e que mais cavou falta e penâlti pro rogério fazer seus golaços...ah, vc esqueceu também de informar o porquê dele ter sumido contra o Boca na Recopa: é porque ele não jogou!! Se contundiu no primeiro tempo na Bombonera e ficou mais de um mês parado. Olha a ficha aí:
http://www.bolanaarea.com/recopa_sul_americana_tabela.htm
jornalista é uma merda mesmo. simplesmente opina sem nem saber do que está falando...vc poderia pelo menos informar corretamente antes de palpitar sobre o que não sabe...
hahaha!! "o aloísio sumiu contra o Boca". nem sabe do que está falando...

Edu Maretti disse...

Marcão, eu discordo. Aloisio é um jogador muito diferente dos citados, Amoroso e Luizão, mas muito eficiente pro esquema do time. Vi o jogo com o Goiás ontem e, como todo mundo, torci pro Goiás. O Aloisio jogou muito bem, e ele me irrita muito porque, sempre de costas, raramente se consegue tirar a bola do cara. Me irrita porque torço contra, claro. Ele não é um fazedor de gols clássico, como os dois acima, é um clássico pivô. De cada 10 bolas recebidas pelo ataque do SP, acho que umas 9 é ele que recebe, de costas, como parede, e consegue faltas e mais faltas, quando não passes com os quais abre o jogo pelas laterais. É uma função tática que no SP de hoje é fundamental. Tira ele e põe o bonequinho de vidro Dagoberto, pra ver o que acontece. Por mim podia pôr. Fora Aloisio! - hehehe

Glauco disse...

Também acho que não dá pra medir a produtividade de um atacante somente pelo número de gols que marca. O Aloisio joga pro time e tem na conta, senão tantos gols, um sem número de assistências incluindo ali o lindo passe pro Mineiro fazer o gol no Mundial. Sendo que aquela foi uma raríssima chance do São Paulo na partida, não seria demais dizer que sem Aloisio o São Paulo talvez não fosse campeão.
Engraçado que esse tipo de cobrança não recai sobre o ciscador Dagoberto. Não assiste e não marca. Ele é atacante mesmo?

Anônimo disse...

Minha primeira observação é: desde quando "76 jogos" virou marco interessante para comparações estatísticas? Esperasse os 80, de preferência os cem jogos (ou uma contusão). Em segundo lugar: o Aloísio dá tanto passe pra gol e abre tanto espaço nas defesas adversárias que até um corintiano como eu acha esse tipo de crítica injusta. Em casos como esse, Parreira tem razão. O gol é um detalhe.

Anônimo disse...

Não se pode avaliar só pelos gols, mas os gols são, sim, um bom parâmetro. Acho também que o Aloísio já foi mais eficaz, mas hoje em dia não tem atuações consagradas. Tanto que nenhum são-paulino o escala em seu ataque titular hoje.

Anônimo disse...

Concordo com os argumentos de todos, prós e contras ao Aloísio. Mas, como são-paulino, defendo o autor do post: o Aloísio tem seu valor é um bom pivô e “brigador”, mas atacante tem que fazer gol e nisso ele fica devendo.

É só ver o desempenho recente do time. Nos oito jogos do Tricolor com o Aloísio fora por contusão, o São Paulo marcou 15 gols. E os resultados foram: uma derrota para o Fluminense e a seqüência de sete vitórias, batendo fortes concorrentes como Botafogo e Grêmio, por 2 a 0 fora de casa.

Até a 10ª rodada, antes de a contusão de Aloísio (no início do jogo contra o Corinthians, na 11ª rodada, que terminou em 1 a 1), o São Paulo havia marcado apenas oito gols, em quatro vitórias, quatro empates e duas derrotas.

Na volta do “pivô”, coincidentemente ou não, o São Paulo voltou a passar em branco. Tá bom, 0 a 0 contra o Goiás no Serra Dourada é um resultado normal, até pode ser considerado bom. Mas sem Aloísio, como já disse, o time fez gols em sete dos oito jogos e bateu Grêmio e Botafogo fora de casa.

Não adianta o time ter um “pivô” se não tem ninguém para marcar gols. O time precisa é de um matador. Talvez se Dagoberto (que ainda tá devendo muito) estivesse mais inspirado, não reparássemos na falta de gols do Aloísio, um jogador regular e “guerreiro” que “dá o sangue” pelo time.

O fato é que, nesse momento Aloísio não merece ser titular. E tenho dito!

Anônimo disse...

Leandro, sem querer ofender (e já ofendendo), mas seu comentário reforça minha tese de que são-paulino gosta de qualquer outra coisa que está relacionada com futebol, mas não de futebol em si. Não que o Aloísio seja exatamente um craque insubstituível, mas não há ninguém no elenco do São Paulo capaz de substituí-lo no momento. O Dagoberto, citado por ti, firma-se cada vez mais como uma boa e velha enganação fabricada pela mídia. Além do mais, não foi uma torcida organizada do São Paulo que achava que o Kaká não era bom o bastante? Ou a Independente foi subornada pela diretoria pra não perder o Kaká de graça? Vá entender os critérios...

Leandro Conceição disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Leandro Conceição disse...

É verdade, não há ninguém para o ataque melhor que o Aloísio no atual elenco.
Mas, se não são melhores, pelo menos fazem gols, a função de um atacante.
São Paulo antes da contusão de Aloísio: 9 gols
Com Aloísio fora: 15 gols, com uma derrota e a sequencia de 7 vitórias, incluindo (faço questão de citar)em cima do Grêmio e do Botafogo, fora de casa.
Coincidencia ou não, na volta de Aloísio ao time, um empate sem gols contra o Goiás.
O Aloísio é esforçado, mas sua função é fazer gols. Não adianta nada ser pivô se o time não marca gols.
Ah e quanto ao Dagoberto, Ricardo, concordo contigo. No Atlético/PR Dagol jogava muito, mas pelo que vem mostrando no São Paulo é/será uma grande frustração! Tomara que não!

Marcão disse...

O João tem razão sobre a portentosa Recopa Sul-Americana: o Aloísio não disputou a segunda partida. Aliás, devo admitir que, além de jornalista de merda, sou um torcedor idem, pois não vi os jogos contra o Boca Juniors nem por foto.

O Edu também tem razão em afirmar que os jogadores citados são muito diferentes entre si, mas nenhuma ao torcer contra o São Paulo (rsrs). Também concordo com o Glauco sobre a assistência milagrosa do Aloísio contra o Liverpool. Mas o time precisa sustentar ele eternamento por isso?

O Leandro chegou mais perto do que tentei exprimir nesse post: função de CENTROAVANTE (nem de atacante, mas de CENTROAVANTE, mesmo) é fazer gols, ora bolas! É só ver o desempenho do ataque são-paulino com e sem Aloísio nessa temporada, como o Leandro citou.

E, Ricardo, se não tem "ninguém no elenco do São Paulo capaz de substituí-lo no momento", então por que o time marca mais gols (e vence mais) quando ele não está em campo?

Anônimo disse...

Fico fora uns dias e o São Paulo resolve confirmar e desmentir todo mundo. Assim não pode, assim não dá.