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terça-feira, setembro 04, 2007

Mundial Sub-17

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A competição é de certo modo meia-boca, mas merece um registro. Tá rolando, na Coréia do Sul, a 12ª edição do Mundial Sub-17, torneio que já teve até a Arábia Saudita como campeã.

O torneio está em sua fase semifinal. Os quatro que persistem na luta pelo título são dois africanos, Gana e Nigéria, e dois europeus, Alemanha e Espanha. O que permite análises bem interessantes.

Do lado dos africanos, a boa campanha não é surpreendente. Nigéria e Gana têm camisa - ambas faturaram dois Mundiais cada, uma marca expressiva. O bom desempenho africano nos torneios da base contrasta com a frágil participação dessas seleções nas Copas do Mundo, quando as melhores marcas foram apenas duas quartas-de-final, com Camarões (1990) e Senegal (2002). É simplista dizer que os africanos vão tão bem assim por conta dos "gatos"; por outro lado, fechar os olhos para isso seria ignorar uma questão bem sugestiva. Discussões polêmicas à parte, o futebol de nigerianos e ganeses têm sido ótimo no Mundial, com destaque para os atacantes Chrisantus (Nigéria) e Osei (Gana).

E falando em análises simplistas, ver Espanha e Alemanha na fase decisiva do Mundial é algo que derruba muitas "teorias de boteco". Muito se diz - e o Mundial Sub-20, onde nenhum europeu de primeira linha esteve presente sugeriu a idéia - que os países mais ricos da Europa têm poucos jogadores de qualidade porque seus clubes importam atletas a torto e a direito. A incapacidade da Espanha de formar uma seleção forte seria o principal expoente dessa realidade. Pois bem, estão aí os moleques espanhóis e alemães dando trabalho. Os ibéricos principalmente.

Quanto ao Brasil, só pra não passar batido: o time fez na Coréia do Sul sua pior campanha na história do Mundial Sub-17, caindo nas oitavas-de-final. Curioso é que o desempenho da seleção foi à base de extremos. Duas goleadas históricas, contra Nova Zelândia e Coréia do Norte nas primeiras partidas; e nas duas últimas, atuações pífias e derrotas contra Inglaterra e Gana. Lulinha, principal estrela do time, jogou muito mal.

No meu Futebase faço uma cobertura mais detalhada da competição.

2 comentários:

Anônimo disse...

Não é de hoje que os países europeus que são grandes importadores de seres humanos aparecem com seleções fortes nas categorias de base, pensando e fazendo-nos pensar que agora a coisa engrena, mas estas promessas sempre ficam pelo meio do caminho, e muito por conta do banco que terão que esquentar quando chegarem (e se chegarem) aos times principais de Real Madrid, Barcelona, Valencia, Bayern de Munique, Borussia Dortmund...

Anônimo disse...

A este respeito, sugiro leitura da matéria: "Revelar para quê?", de GUSTAVO VILLANI, publicada hoje no Blog do Juca Kfouri.