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quarta-feira, setembro 05, 2007

Leviandade

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Pra variar, é sobre a mídia.

A colunista do Valor Econômico Rosangela Bittar explica, em seu texto de hoje, o motivo da saída de Paulo Lacerda, o delegado que mudou a Polícia Federal. Segundo ela, o problema foi a operação Xeque-Mate, que atingiu Genival Inácio da Silva, o Vavá, irmão mais velho de Lula, além de um compadre do presidente, Dario Morelli Filho. Lula teria ficado contrariado e decidiu, sem consultar Tarso Genro, ministro da Justiça, substituir Lacerda.

Bittar vê nas declarações de Genro e do novo diretor da PF Luiz Fernando Corrêa, de que a polícia vai pautar sua atuação pela discrição e busca de provas, não pela publicidade (as palavras são minhas, as deles foram mais suaves) como uma prova da motivação.

Claro que a ligação de Corrêa com setores sindicais da PF, com quem Tarso tem ligação, nadatem a ver com a mudança. Ela mesma afirma que Tarso sempre esteve desconfortável com Lacerda, que não se sentia responsável pelas ações da PF, mas isso também não tem nada a ver.

Como é leviano esse Lula!

4 comentários:

Edu Maretti disse...

A versão da colunista é parcial e simplista, bem ao estilo colunismo Folha. Na CartaCapital tem uma análise melhor.

Marcão disse...

Qualquer versão da Folha, sobre o Lula, tende a ser parcial e simplista.

Anselmo disse...

não li o texto original, mas se a crítica se deu como descreve o post, fico pensando o que mudaria com trocas de algumas palavras.

Se em vez de dizer que o Lula passou por cima do Tarso por causa da investigação ao Vavá, se afirmasse qeu a prisão foi determinante ou gerou grande pressão sobre o ministro? ou ainda que levou o presidente a cogitar passar por cima?

Independente das fontes, além de mais verossímil, consideraria a possibilidade de outros fatores.

Nicolau disse...

A questão, Anselmo, é colocar a prisão do Vavá como fator principal da troca, diminuindo a importância de um monte de outros fatores políticos, inclusive a vontade do próprio Tarso. Desenterrar a história do Vavá depois de tanto tempo me parece totalmente sem propósito. Quer dizer, com um propósito bastante definido.