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domingo, setembro 02, 2007

Crássico é crássico

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1) Para cumprir a despromessa de um post abaixo, e com a língua queimada, venho a vós.

Mas a vitória incontestável do Corinthians no Pacaembu ontem por 2 a 0 (pra mim uma das mais surpreendentes) se deveu:

a) ao primeiro tempo sonolento e ridículo do Santos. O gol quase espírita do Nilton foi simbólico: ao menosprezar a importância da formação da barreira na falta que originou o primeiro gol, o Fábio Costa acabou traído por subestimar o adversário, e veio a tomar um gol indefensável, mas que antes poderia ter sido pelo menos dificultado. Isso mostra a soberba do Santos como um todo, no clássico... Entrou achando que ganharia quando quisesse. Até a torcida achava;
b) o tal Felipe fez o jogo da vida dele, e a baliza do Corinthians estava "encantada";
c) o Corinthians de fato jogou com raça, e o Santos foi vencido pela mística raça corintiana.

2) Estatística
depois da vitória corintiana de 1° de setembro de 2007, a estatística do clássico Santos x Corinthians no século XXI passa a ser a seguinte:
12 vitórias do Santos (55%), 4 empates (18%) e 6 vitórias do Corinthians (27%).

6 comentários:

Anônimo disse...

Hoje, no programa Grandes Momentos do Esporte, assitia a um conhecido VT de Corinthians e Santos, em novembro de 1972, pelo campeonato nacional daquele ano.
Esclareço que nasci quase cinco anos depois, mas também devo esclarecer que, mesmo com a goleada que o Timão sofreu naquele jogo (4x0), deu uma baita inveja do meu pai e de quem mais pôde viver essa época do nosso futebol.
Era um Morumbi que não estava abarrotado, mas que tinha um público raro para os dias de hoje. De um lado Pelé, Jair da Costa, Carlos Alberto Torres, Edu... Do outro, Ado, Rivellino, Wladimir, Zé Maria (Que lateral o “Super Zé”!).
Nem o Timão precisava jogar com aquele calção branco ridículo, nem o Santos precisava usar o preto, nem o estrelado, nem o quadriculado, que não existem em seus respectivos uniformes.
O Santos era tecnicamente superior, mas mesmo com a goleada sofrida, o Corinthians era um time de muita luta, que não envergonhava a ninguém.
Atualmente, o que a gente vê é coisa bem diferente. Nos dias de hoje esse jogo não existiria, porque os nomes que citei aqui teriam rumado à Europa antes dos dezoito anos de idade. Só os veríamos pela TV, do outro lado do Oceano.
Assim posso entender porque meu pai, que me ensinou a ser corinthiano, hoje não acompanha futebol tão de perto.
Só não é possível entender porque eu ainda gosto tanto desse jogo e desse time. E nem teria como. Está entre aquelas coisas que a razão não explica.
Que um dia possamos ver um futebol pelo menos próximo do daqueles tempos. É aquele negócio de ter saudade de tempos que não vivi.

Anônimo disse...

Estatística seletiva é maldade com o leitor. Para os números completos do "crássico", http://retrospectocorintiano.zip.net

Anselmo disse...

se até corintiano de fora vem tripudiar, onde estão os corintianos do Futepoca?

Glauco disse...

1 - Edu, tinha te falado na sexta qeu não eram favas contadas, lembrando justamente a partida do ano passado entre Corinthians e São Paulo. Com dois a menos, os caras se multiplicaram e asseguraram um empate heróico. Ontem, jogaram com a mesma aplicação, a mesma garra, com o agravante de estarem ontem com um goleiro ótimo e inspirado.
2 - Leandro, vi esse programa também e fiquei, sinceramente, deslumbrado. Não só pelo compacto de 1972 como também pelo de 1957, um 3 a 3 entre Santos e Corinthians. Tive também saudades de um tempo que não vivi. Quem quiser ver esses compactos, já colocaram no YouTube, vale muito, mas muito a pena mesmo.
3 - Retrospecto completo? Mas não é santista que vive do passado?

Anônimo disse...

Pragmaticamente falando, apesar de os retrospectos futebolísticos serem um passatempo para mim, a falta de perspectiva de futuro ou o fantasma de um porvir nebuloso levam o ser humano a buscar inspiração no passado e a redescobrir sua origem, suas raízes. Alguém já deve ter dito isso. Se ninguém disse, agora está dito.

Edu Maretti disse...

então, Ricardo, é por isso que eu me fixo no retrospecto do presente, o do século XXI.