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quinta-feira, outubro 18, 2007

Ética capitalista

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Mark Smith, diretor-gerente para assuntos de hemisfério ocidental da Câmara de Comério dos Estados Unidos, explicou hoje, em reportagem do Estadão, por que empresas americanas sonegam impostos no Brasil. “Subfaturamento de importações é muito comum no Brasil, há uma série de questões estruturais que criam um ambiente propício para as pessoas fazerem isso no País – carga tributária pesada, tarifas de importação alta”, declarou o nobre estadunidense, em seminário sobre as relações Brasil-EUA, realizado ontem na Câmara de Comércio, referindo-se às acusações que envolvem a Cisco System no País. Em outras palavras, sonegam porque o governo cobra impostos. Se não houvesse impostos, cumpririam a lei e pagariam direitinho. Interessante, não?

5 comentários:

Glauco disse...

Impressionante como o cara vem aqui, diz que sonega e fica tudo por isso mesmo. Pior, vão falar "Tá vendo? A carga tributária é absurda, até os estrangeiros vêem isso". Será que ele diria com a mesma parcimônia que empresas americanas sonegam impostos nos EUA? Ou, se dissesse, seria chamado imediatamente a dar explicações para as autoridades daquele país?

Marcão disse...

Será que o pessoal do Cansei não está cansado de empresas estrangeiras que sonegam bilhões, admitem publicamente que sonegam e ainda criticam o governo pelos impostos? Hein, Hebe Camargo? Hein, D'Urso? Hein, Dória Jr.?

Olavo Soares disse...

O Glauco resumiu bem. Brasileiro é foda mesmo. Capaz desse cidadão aí ser convidado a dar palestra explicando como se sonega, e isso ser até chamado de "choque de gestão".

Paulo Jorge Sousa disse...

Com a responsabilidade da boa união do grupo a pertencer por inteiro ao seleccionador nacional, está visto que o ‘Grande Irmão’ Murtosa seria a pessoa indicada para orientar os patrícios na hora da verdade.

altobola.blogspot.com

Anônimo disse...

Na Nigéria, as petrolíferas multinacionais têm o hábito de subornar as autoridades locais com propinas milionárias para garantir contratos bilionários. Quando isso veio à tona no caso Halliburton, há alguns anos, um alto executivo simplesmente admitiu que isso era feito porque "lá pode e aqui (nos EUA), não". Uma aula de ética dos mesmos que pregam o livre mercado para os pobres enquanto os ricos fecham os seus.