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terça-feira, outubro 16, 2007

Ganhar pouco é bom II

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Escrevo complementando o post do Glauco abaixo. Foi aprovado recentemente na Comissão de Educação da Câmara um projeto de lei acalentado pelo Executivo federal que garante um piso nacional de R$ 950 para os professores. Agora, a proposta deve seguir direto para a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara e depois para votação no Senado.

Eu já tinha ouvido falar do projeto e achava muito positivo. Principalmente para os municípios e estados menores, onde sempre ouvimos falar de professores que ganham salário mínimo para trabalhar.

Pois fiquei sabendo agora, em entrevista do presidente da Apeoesp Carlos Ramiro ao Conversa Afiada, que o piso do professores paulista é de R$ 668 sem as gratificações. Com as gratificações chega a R$ 900.

Ou seja, o governo tucano (que é tucano desde 1994, aliás, já vão 13 anos) do glorioso estado de São Paulo, locomotiva dessa nação, vai ser forçado a aumentar o salário de seus professores caso o piso nacional seja aprovado.

Ramiro ainda destaca ainda que os docentes estão a dois anos sem aumento salarial, caminhando a passos largos para o terceiro, já que a database da categoria foi em março e até agora nada de manifestação do patrão, o governo Serra. Ele diz ainda que, “de 1980 para cá, o professor perdeu poder aquisitivo em mais de 70%”. Depois, vão me dizer que educação é prioridade.

1 comentários:

Marcão disse...

Quero relembrar, aqui, o post do companheiro Edu Maretti sobre o então secretário paulista de Educação, Gabriel Chalita (acho que o título era "O demônio fala", ou algo assim). Para quem não se lembra, o Edu tinha visto o tal "cramunhão" na TV dizendo que ele - e, por tabela, o governo tucano em SP - estava promovendo uma "revolução" no ensino estadual.

O oitavo lugar no ranking de salários (sendo o estado mais rico da União) e o piso abaixo do mínimo proposto nacionalmente dão idéia do caráter "revolucionário" da gestão PSDB em S.Paulo. Algo parecido com o que ocorreu com o abandono e sucateamento das universidades federais - e proliferação de faculdades particulares mequetrefes - nos anos de chumbo de Paulo Renato na era FHC.

Só relembrando um dado que postei aqui no Futepoca mês passado, após uma visita do Lula a Santo André: entre 2003 e 2007, as vagas em universidades federais localizadas em São Paulo subiram 76%, contra 16% nas universidades estaduais paulistas.

E ainda temos de agüentar, na mídia golpista, esses mesmos tucanos de merda arrotando que "para haver desenvolvimento, a educação deve ser prioridade". Ou pior: que esse governo é "igualzinho" ao anterior. Tô com o Glauco: só serei feliz quando enforcar o último tucano nas tripas do último integrante do Cansei!