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quinta-feira, janeiro 24, 2008

Valdívia e o "adevogado" Luxemburgo

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Das 29 faltas cometidas pelo MAC na partida de quarta-feira, 23, 10 foram em cima do meia chileno Valdívia. O pontapé do lateral Vinícius no nariz do palmeirense deixou-o como mostra a foto.

A partir daí, Vanderlei Luxemburgo disse:

– Os árbitros precisam coibir lances como o de hoje [quarta-feira]. As faltas fazem parte de uma partida, mas o anti-jogo não. O que o Marília fez aqui foram faltas seguidas para travar a partida e coibir o futebol-arte do Valdivia.

Descontada a adjetivação do "futebol-arte", a preocupação não é nova. Quando Robinho foi ameaçado pelo ex-goleiro gremista Danrlei em 2002, havia uma ameaça expressa, mas se falava da pancadaria. O ex-integrante do pior ataque do mundo, Sávio, também sofria com as sarrafadas – aliás, Valdívia está mais próximo do ex-flamenguista do que de Robinho em termos de habilidade.

Luxemburgo prossegue:
– Nos dois últimos jogos, o Valdivia recebeu dois cartões completamente injustos. Ele é um jogador diferente, que parte para cima quando está com a bola. Qualquer atleta precisa ter liberdade para fazer o que bem entender dentro de campo, desde que com lealdade. O coronel [Marcos Cabral de Moura] Marinho [presidente da Comissão Estadual de Arbitragem] precisa pegar os três teipes e ver se foram justos os cartões que o Valdivia tomou.
O próprio técnico explica o menos controverso dos cartões – porque merecido – na partida contra o Santos:
– Não quis falar no dia para não polemizar, mas se você pegar o teipe da partida, vai ver que é o adversário quem dá um soco no Valdivia. Quem deveria ter levado cartão antes do meu jogador era o Adriano, pois ele não deixou o Valdivia jogar durante os 90 minutos. A Comissão de Arbitragem precisa estar atenta quanto a isso.
Dizer que ele foi vítima inocente do troca-tapas com o santista não cola. Meu ponto é que transformar o chinelo em vilão da história é um erro, porque o cidadão apanha em campo.

E vítima de pontapés em geral, ele é. Ter o sangue frio de não reagir e aprender a pular antes da chegada da voadora podem ser os instrumentos para ele ir mais ou menos longe do futebol.

5 comentários:

Guilherme disse...

Perfeito. Se você apanhar e não reagir, a culpa é do outro. Se você apanhar e reagir a culpa é dos DOIS.

DÁ-LHE GRÊMIO!!!

Nicolau disse...

Sei que são um saco essas comparações do futebol brasilerio com o da Europa, mas vai mais uma. É senso comum dizer que lá tem menos faltas que aqui, o que é explicado às vezes por um maior "deixa rolar" dos árbitros, que não apitam tantas faltinhas mas são mais rigorosos com pegadas mais duras, pulando a conversa e indo direto pros cartões. Mas, vendo alguns jogos, me pareceu (o que pode ser viagem total) que também rola uma postura diferente dos jogadores, simplesmente de bater menos, mesmo que marcando forte. Se isso for verdade, será que e por conta do rigor da arbitragem ou uma postura diferente dos jogadores e técnicos? E for a segunda opção, será que não deveríamos passar a cobrar mais os cavalos e seus domadores e menos os juízes? Estaria eu sofrendo de delírios pela prolongada falta de alcool?

Anselmo disse...

cobrar os cavalos por serem cavalos é uma boa, mas sempre vai aparecer um gremista pra garantir que sandro goiano é leal. nada contra os gremistas e mto menso sandro goiano (vai que ele me dá um carrinho)...

mas a defesa de jogadores que marcam pesado se estende pela imprensa tbem. tem gente que concordava até com o danrlei...

Glauco disse...

Mas existem os habilidosos, ou supostos habilidosos, que são cavalos também. O o Valdívia foi suspenso porque deu um beijo em alguém? E as cotoveladas do cidadão no Adriano? É só lembrar que, quando fizeram uma pesquisa sobre jogadores leais, o Edmundo e o Marcelinho ganahram. Ou seja, tem cara que é cavalo, tem cara que é maldoso, e tem cara que é os dois. O Valdívia está entre o segundo e o terceiro tipo.

Anônimo disse...

Hardy!