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domingo, maio 04, 2008

5 a 0: Palmeiras campeão

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Valdívia domina na meia esquerda, passa por três zagueiros e dá um tapa na bola. Golaço. O meia chileno não decidiu a partida, fez o terceiro gol. Correu o jogo inteiro, marcou, tocou no meio. Depois do apito final, Valdívia disse: "depois do nascimento da minha filha, este é o dia mais feliz da minha vida". A identificação do atleta com o clube é impressionante. É o melhor jogador do campeonato.



Alex Mineiro fez três na partida. Passou, na última hora, o santista Kléber Pereira e chegou a 13 gols. É o artilheiro.

Marcos salvou duas bolas, uma no primeiro tempo, quando o placar marcava "oxo" e outra no segundo tempo, quando já estava 2 a 0. É o melhor goleiro da história do Palmeiras.

Pierre fez uma falta violenta e tomou cartão amarelo. No resto do jogo, mandou avisar que no meio de campo, só joga se passar por ele. Um marcador implacável.

E o Palmeiras é campeão. Com direito a 5 a 0.

Denilson, Elder Granja e Léo Lima (que não jogou) estavam emocionados, porque a conquista teve uma conotação de volta por cima. Vanderlei Luxemburgo atinge a marca de oito títulos paulistas, se iguala a Lula, o comandante do Santos na década de 60. E me cala definitivamente com resultados.

Decepção
Diego Souza que chegou como "craque", terminou o campeonato expulso em uma confusão que ninguém prestou atenção. Não jogou tão mal a partida, mas se mostrou um bom firuleiro do meio de campo. No quarto gol do time, o segundo de Alex Mineiro, Martinez estava impedido ao receber a bola. Duas confusões, uma na torcida da Ponte, outra na do Palmeiras com a Polícia Militar foram chatas. Kléber vai ser acusado de deslealdade numa dividida muito estranha em que as travas de sua chuteira foram direto na cabeça do jogador da Ponte. Pareceu desnecessária, que daria para tirar o pé. Esquisito.

Ponte Preta
Sérgio Guedes se coloca como um técnico promissor. Se continuar no time campineiro, a tendência é o time ir bem na Série B. O Corinthians que se segure. O quinto vice-campeonato paulista do time mantém os clubes da cidade de Campinas sem estaduais na sala de troféus.

O time saiu jogando pra frente e sofreu o primeiro gol a partir da cobrança de uma falta na lateral do campo (por Leandro).

Previsões
A torcida estava extremamente confiante. O dia todo foi de gritos de "é campeão" nas redondezas do estádio Palestra Itália. Temi até os 19 do primeiro tempo, quando a Ponte estava melhor e saiu o primeiro gol, contra. Um monte de gente vai dizer que "já sabia". Claro, quando o favoritismo se confirma, é assim.

São 12 anos que separaram o 21º e o 22º título paulista. Nove desde a Libertadores.

Bora comemorar.

segunda-feira, abril 28, 2008

O 1 a 0 é um ótimo começo para semana difícil

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A vitória de ontem do Palmeiras sobre a Ponte Preta, em Campinas, pela primeira partida das finais do Campeonato Paulista de 2008 amplia a vantagem alviverde para a próxima partida. O time pode perder por um gol de diferença, mas avisem o Luxemburgo que é melhor jogar bola.


As bolas alçacas por Leandro são uma arma e tanto para o time paulistano. Foi assim que saiu o gol da vitória, marcado por Kléber, mas o time criou outras jogadas, a partir de outros pés.

O difícil vai ser ir a Recife, enfrentar o Sport na quarta-feira, onde disputa a classificação na Copa do Brasil, voltar e decidir o título Paulista no domingo, no Palestra Itália. A delegação já embarcou. É preciso empatar em um ou mais gols ou vencer. Nada de moleza.

Sérgio Guedes pôs o time pra frente, com três atacantes, mas os desfalques limitaram. Viva!

Clima de já ganhou
O Parmerista Conrado pede calma, mas pergunta aos alviverdes se já colocaram o espumante pra gelar. O Só Palmeiras faz uma enquete sui generis: Depois da vitória no primeiro jogo, perguntam o Palmeiras será campeão? As opções são: "Sim", com 86% das intenções, e "Sim" (sic), com 15,5. É só conferir. O Terceira via Verdão diz que acabou. Para o Observatório verde, está quase lá. Rafael lembra ainda que tem julgamento de Martinez pelo chute sem noção em Fábio Santos.

Com minha visão sempre otimista do mundo, eu defendo bola baixa, determinação e tranquilidade. A experiência contra a Inter de Limeira (contra o Bragantino em 1989, contra o Santo André em 2004 etc.) ensinam o óbvio: que o jogo acontece dentro de campo. Mas o lado torcedor tem dificuldade de se segurar.

Ainda na linha do óbvio, o time verde nunca esteve tão próximo de ganhar o paulista. Mas antes do apito final, não adianta ter uma mão na taça.

sexta-feira, abril 25, 2008

Ponte Preta, Inter de Limeira e Palmeiras de 2008 e de 1986

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Os secadores que começaram.



Comparações com ou sem sentido entre 1986 e 2008:

Ponte Preta Inter
Cores Pretoe branco Brancoe preto
Cidadede origem Campinas Limeira
Patrocinador Multinacionalsuíça de impermiabilizantes e marca de meias nocalção Marcade multinacional japonesa glutamato monossódico (temperooriental)
Técnico SérgioGuedes, ex-goleiro do Santos Pepe,ex-ponta esquerda do Santos
Adversáriona semi-final Guaratinguetá Santos
Jogos 18 38
Vitórias 10 18
Empates 4 13
Derrotas 4 7
Aproveitamentopontos ganhos 62% 64%
Golsmarcados 34 59
Golsmarcados/jogo 1,9 1,6
Golscontra 21 33
Golscontra/jogo 1,2/td> 0,9
Artilheiro Renato(8) Kita(23)



Comparações do Palmeiras
1986 2008
Técnico Carbone Vanderlei Luxemburgo
Anos sem título paulista 10 12
Resultados na primeira fase contra oadversário da final 3x1 em casa e 0x0 fora 2x1 em casa
Time Martorelli Marcos
Diogo Élder Granja
Marcio Henrique
Vágner Bacharel Gustavo
Denys Leandro
Lino Pierre/Martinez
Gérson Caçapa Léo Lima/Wendell
Mendonça Valdívia
Éder Aleixo Diego Souza
Jorginho Kleber
Mirandinha Alex Mineiro
Reservas quase titulares Edmar/Edu Manga Denilson/Lenny


Martorelli e Denys foram estigmatizados para a eternidade por causa do lance do segundo gol da Inter. Gerson Caçapa ficou mais temporadas. E por aí vai.

Pelé e Pepe tabelam na aposta na Ponte Preta. Lula também

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Primeiro foi Pelé, segundo a coluna "De Prima", do "Lance!". "É bom tomar cuidado com a Ponte, que tem tudo para surpreender".

Entende?

Por mais que eu torça pra ele estar errado, é bom dizer que é mentira que o Rei do Futebol só dê bola fora nos palpites. Ele tinha um mau-pressentimento no jogo entre Brasil e França nas quartas-de-final de 2002, e disse que a parceria do Corinthians com a MSI não ia dar certo.

Depois o Pepe: "Olha, com todo o respeito ao Palmeiras, eu torço para que a Ponte possa beliscar esse título, como aconteceu com a Internacional há 22 anos", declarou o ex-técnico da Internacional de Limeira. "Vai ser difícil, o Palmeiras tem uma grande equipe, um bom treinador e até pode ser considerado favorito. Mas confio na Ponte Preta".

O atual supervisor de futebol da Itapirense, de Itapira (SP), na Série A-3 do Paulistão, foi o técnico vencedor em 1986, contra o Palmeiras.

Depois da derrota foi que eu descobri, aos seis anos de vida, entre lágrimas e uma tristeza sem fim, que eu era parmerista mesmo... Antes, eu nem sabia direito o que era torcer.

Natural que se seque o time grande numa decisão contra um do interior. Até o presidente Lula recebeu camisa da Ponte.

Reprodução: GloboEsporte


São Marcos salve o Palmeiras de tanta torcida contra.

quarta-feira, abril 23, 2008

Reeleito, Juvenal Juvêncio ataca a Ponte Preta

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Bom perdedor ganha uma e fica assim...

Reeleito presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio assumiu atacando a Ponte Preta, adversária do Palmeiras nas finais do campeonato paulista. "A Ponte Preta é igual peru de natal, morre na véspera". Mais adiante, lembrou da final do estadual de 1977, quando o Corinthians saiu da fila de 23 anos diante do time campineiro. "Quero ver quem será o novo Rui Rei".

Juvenal Juvêncio não explicou quem teria sido o "novo Rui Rei" na final de 1981, disputada contra o São Paulo.

Foto: Rubens Chiri/Divulgação SPFC

"Ieu?!?" – Juvenal Juvêncio, no momento da posse. O flagrante é
desfavorável e não há indícios de que o cartola estivesse bêbabo.


Rui Rei era a esperança de gols da Ponte Preta em 1977. Foi expulso aos 15 minutos do primeiro tempo da terceira partida da final (a primeira vencida pelo alvinegro paulistano por 1 a 0, e a segunda pela Macaca, por 2 a 1, de virada). Na temporada seguinte, foi contratado pelo Corinthians, mas não chegou a desenvolver a carreira que se vislumbrava. O conjunto expulsão, título corintiano e contratação rende muita história de que o centroavante teria forjado o cartão vermelho por supostamente ter sido comprado antes do jogo. O jogador nega. "Houve pressão psicológica. Infelizmente, o país vivia um momento político muito complicado e a vitória do Corinthians traria mais calma, já que o clube estava há muito tempo sem vencer", declarou.

O ex-atleta considera justa a expulsão promovida por Dulcídio Wanderley Boschilla, devido aos excessos verbais que cometeu no lance.

Repercussão
Em sites tricolores, há insinuações em comentários de internautas de que Juvenal Juvêncio teria feito a troça sob efeitos de álcool e não na emoção de ter derrotado a oposição encabeçada por Aurélio Miguel, o vereador e ex-judoca.

Torcedores da Macaca não gostaram. O PontePreta.net atacou: "Se a PONTE PRETA para Juvenal Juvêncio é Peru, para morrer de véspera, que tipo de animal poderíamos afirmar que o São Paulo é?" Pegaram pesado.

domingo, abril 20, 2008

Palmeiras e Ponte Preta na final. Pronto, não foi a arbitragem

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O título do post é só pra dizer que todo o resto -- o imbróglio do intervalo, o apagão depois do segundo gol, de Valdívia -- é que vai ser o tema da semana, não a atuação do trio de preto, comandado por Wilson Luiz Seneme.

Parte dos são-paulinos vai concordar com Adriano, ao final do jogo, ao dizer: "claro que gostaríamos de estar na final, mas tem o jogo de quarta, na Libertadores". Outros, vão xingar a expulsão de Alex Dias, vão ver impedimento no toque de Lenny para Valdívia e vão ressoar o que a mídia descobrir sobre os episódios que envolvem quem não estava em campo.

Na véspera da partida, o experiente goleiro Marcos disse que quem tinha feito intriga e esquentado o clima do jogo (cartolas) não entraria em campo. Uma crítica direta tanto à diretoria do Palmeiras quanto do São Paulo, mas também um apelo para que tudo se resolvesse com a bola nos pés. Ou nas mãos, no caso do arqueiro (não de atacantes, por favor).

O apagão foi bizarro. Precisaria muita desinteligência para a diretoria mandar fazer isso. Não acho que foi por um motivo simples: seria muita estupidez desnecessária. Por isso, temo que achem algum funcionário para culpar se a pressão da mídia e do rival for muito forte.

Mas tem o episódio do tal "gás de pimenta" ou "spray de pimenta" no vestiário durante o intervalo que fez Muricy (e só o Muricy) passar mal. O policiamento culpa torcedores que teriam atirado o spray pela janela. O presidente do São Paulo diz que num estádio assim não pode ter jogo. Muricy, outrora o sóbrio, diz que nem em jogo de várzea isso acontece. Tá bom.

Valdívia mandou algum zagueiro do São Paulo ficar quieto depois do tento (no universal gesto de "psiu!"), o que lhe rendeu um encontrão na hora e um tapa-de-mão-lambida de Rogério Ceni, enquanto a luz não voltava. Se vão enquadrá-lo na determinação de não incitar sei-lá-o-que nas comemorações, não sei. Dá-lhe pano pra manga.

A preocupação: como conter o ânimo da torcida e o clima de favoritismo na final contra a Ponte Preta. Contra o líder Guaratinguetá, foram duas vitórias do quarto colocado na fase final. Os dois times empatam em números de gols marcados, os melhores ataques.

A semana vai ser repleta de reportagens sobre o Palmeiras e Internacional de Limeira em 1986. Denys e Martorelli, por favor, evitem os jornalistas!

Palmeiras na final. Pode ganhar o título Paulista depois de 12 anos. No banco, um elenco bom (nem 40% do de 1996). Vão ter que jogar bola pra parar a Ponte.


Recheio de polêmica
No começo da partida, Neto, comentarista da Bandeirantes, disse que quem poderia definir o jogo era Valdívia, pelo Palmeiras, e Hernanes, pelo São Paulo. Hernanes? O cara é um marcador de seleção. Arriscou duas de fora da área que poderiam mudar toda a história, ok.

Mas a chave do São Paulo na maioria dos jogos, na minha visão, está nos pés de Jorge Wagner. O meia tricolor foi bem marcado, mas mesmo quando conseguiu alçar a bola à área, não teve tanto sucesso quanto em outras partidas. Adriano foi mais bem marcado por Gustavo que, eventualmente, se revezava com Henrique, mas correu o jogo todo. Hugo, no segundo tempo, entrou pra dividir e sofrer faltas perto da área. Desempenhou a função. Borges? Entrou?

No Palmeiras, tudo bem que Valdívia tenha um papel importante. Mas Leo Lima, pra mim, tem uma função tática que foi coroada com o gol que fez.

Durante a partida, meu medo de que o caldo poderia desandar acabou (acabou) quando Rogério Ceni passou quase dois metros da bola no primeiro gol do Palmeiras No chute saturado de efeito, o mérito do gol é de de Leo Lima, autor do chute venenoso. Mas não é comum ver um goleiro como Rogério passar assim (ninguém falou em ineditismo, nem em invensibilidade, só não é comum). A tarde era verde.

Depois, o que se poderia esperar do jogo: São Paulo pra cima (chuta pro mato!), e contrataques do time da casa. Foi assim que saiu o gol. Aliás, Lenny puxou dois desses, um do gol pré-apagão, outro em que quis fazer seu primeiro com o manto alviverde. Não deu, mas ele já pode ser chamado de talismã, arma-secreta ou qualquer jargão futebolístico que estiver à mão. Foi quem sofreu o pênalti na primeira partida da semi-final.

A interrupção de energia aos 39 da segunda etapa esfriou a partida, mas não impediu o São Paulo de atacar.

Palmeiras na final. E, vizinho do Palestra Itália em festa, não saio de casa nos próximos 90 minutos. Grande vizinhança barulhenta.

segunda-feira, abril 07, 2008

Um time pequeno na final. Corinthians desclassificado

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O Santos ajudou, mas o Corinthians não "quis". Ou melhor, o Noroeste não deixou. Uma virada sobre a outra e 3 a 2 para o Norusca, em Bauru. O Santos saiu na frente, tomou a virada e empatou. Mas não deixar a Ponte Preta ganhar não tirou da macaca a classificação.

Agora, o Corinthians tem que convencer a torcida de que ter mais tempo para se preparar para o nacional vale a pena. Preparação para a Série B. Mano Menezes e o time estão lá para isso. Começaram a temporada indo mais longe do que se imaginava, mas não o bastante para a torcida deixar de ser motivo de troça.

Vitorioso em Itu, o Guaratinguetá é o rival do time campineiro, com vantagem de dois empates. Ou seja, um time pequeno, de fora da capital, estará na finalíssima.

Clássico
Do outro lado, a vantagem é do Palmeiras, que passou pelo Barueri, na Arena, por 3 a 0. Marcos pegou pênalti no movimentado começo de segundo tempo, em que saíram dois gols do vencedor e um expulso do derrotado. Todas informações da ficha técnica. O Verdão segue para Atibaia fazer o tradicional retiro do treinador Vanderlei Luxemburgo. É fase final e, como manda Juarez Soares, é quando se vê quem tem mais garrafa vazia para vender.

O adversário do segundo colocado é o São Paulo. Os 3 a 1 sobre o Juventus rebaixaram o Moleque Travesso, recém desclassificado da Copa do Brasil. Rogério Ceni, a cara do São Paulo, fezo segundo em sua milésima partida com a camisa do clube. Foi na segunda cobrança de um pênalti, a única vez em que vi um bandeira sinalizar que o goleiro se adiantou sem que o cidadão tivesse cometido a infração. Quer dizer, o goleiro juventino nada fez que justificasse a segunda chance ao tricolor. É comum acontecer o contrário, o goleiro se adianta e o árbitro nem quer saber. A choradeira contra a arbitragem rendeu dividendos?

Depois das polêmicas no clássico, a pressão sobre o trio de preto vai ser dose. O diretor que quer ser vereador já retomou as provocações levantando as mesmas questões de sempre sobre o Parque Antártica. Ele não sai da mídia. O movimento dos sãopaulinos deve contar ainda com o tom "eles são favoritos" no jogo de nervos. Minha torcida é para que o Luxemburgo não fale abobrinha e ponha o time para ganhar.

segunda-feira, março 31, 2008

Secar os secadores. De camarote

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O Parmerista fala de mentalidade de campeão. O Mondo Palmeiras reproduz nota da assessoria de imprensa verde sobre o aproveitamento de Luxemburgo no comando da equipe em toda história´do clube, 69% das 277 partidas. Fabian Chacur fala ainda do golaço de Valdívia e da boa atuação de Denilson, mas pede para segurar o já ganhou. O Terceira Via Verdão mostra em dados que o meia chileno é o melhor do time. E o Observatório Verde diz que o Lance! inverteu a notícia na definição da capa de sábado sobre a possível venda do atleta no meio do ano.

Um almoço de sábado em casa me impediu de sequer escutar no rádio a maior parte do jogo. Acompanhei pelos gritos da vizinhança. No final, ouvi até uma ponta de "olé", vindo do Palestra Itália. Para não recorrer à prática de comentar sem ter assistido, fiz o clipping da mídia palestrina.

É confortável assistir à última rodada de camarote. Ao lado do Guaratinguetá.

É desagradável ver os secadores trabalhando tanto. Até negando que estejam secando. Claro que é inevitável, mas quem sabe eu inauguro uma nova modalidade de secagem, uma voltada aos adversários secadores.

Como já reconheci que Luxemburgo montou um time bom com peças boas – além de reabilitar Léo Lima – me sinto tranquilo para cobrar dele que as ressalvas ao treinador sejam definitivamente caladas com o título. Sem já ganhou. É um problema não gostar do estilo pessoal de um técnico bom e cheio de sorte (segundo uma das máximas do próprio, a sorte ajuda quem trabalha...).

quinta-feira, março 27, 2008

Prea dá sorte aos 48

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Quando saíram os dois gols santistas no clássico, a vizinhança gritou impropérios aos corintianos. A recíproca foi verdadeira, embora no singular. Nada fora do normal. Ao fundo, o também tradicional som das arquibancadas do Palestra Itália era ouvido por mim. Quando acabou o jogo na Baixada, três santistas comemoraram na hora. Um, com atraso de segundos.

Foto: Divulgação/Palmeiras
Em casa, me levantei do sofá para desligar a TV. Claro que tem controle remoto, mas era só uma estratégia não-pensada de retardar a ação. A Bandeirantes vai para o comercial, a Globo para o Parque Antártica. Corte da arquibancada, do goleiro luso, falta a dez metros da grande área rubroverde. A cobrança de Leandro, a bola na trave, Diego Souza joga para a confusão e um pulo de Jorge Preá resolve.

Sem Kléber, suspenso por três jogos pela cotovelada em André Dias do São Paulo, a entrada de Preá no lugar de Alex Mineiro foi uma sorte danada contra a implacável marcação da Lusa que segurou bem o time da casa.

Gol Mãe Dinah aos 47 minutos e 54 segundos. "Eu falei com o Denílson e com o Makelele que se eu entrasse no jogo eu faria um gol", revelou o aprendiz de vidente.

Parênteses: Lembro-me de que, às vésperas da final da Copa de 1994, o atacante Viola declarou à imprensa que tinha sonhado que entrava em campo e marcava o gol do título. Houve quem atribuísse à superstição sua estréia em Mundiais ter ocorrido na prorrogação da final, opção diferente das adotadas por Carlos Alberto Parreira e Jorge Lobo Zagallo. A decisão foi para os pênaltis e a premonição, à cucuia.

Digressões à parte, o importante é que a estrela de Preá funcionou na 17ª rodada no Paulistão. Tá ótimo.

Líder
A liderança isolada alcançada pelo Palmeiras na noite de quarta-feira, com um com o gol, pode durar só um dia. O Guaratinguetá vai a Mirassol enfrentar o time da casa. Não é o caso de secar nem nada, importante é a classificação.

O Palmeiras é o time que apresenta maior evolução dentro da competição. Claro que eu espero que a trajetória continue, mas lamento a ação dos secadores.

Na sequência de ascensão, vem o Santos, com a quinta vitória seguida, agora por 2 a 1 contra o Corinthians – o que não vence clássicos. Agora, o Timão precisa torcer para que o Tricolor não vença para permanecer entre os quatro primeiros nesta rodada (o alvinegro tem saldo de gols maior). Só nesta rodada. As polêmicas da partida da Vila ficam para outro texto.

domingo, março 23, 2008

No sábado de Aleluia, a quinta vitória

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Poderia durar 20 minutos. Foi o tempo suficiente para o Palmeiras vencer o Galo do Japi por dois a zero. Alex Mineiro fez aos cinco e Valdívia aos 18. O time nem precisou do gol corretamente anulado do zagueiro Gustavo para igualar os 31 pontos do líder Guaratinguetá, mas fica uma atrás do adversário do Santos neste domingo, 23, pela 16a rodada.

Contra a Portuguesa, no Palestra Itália, pode assegurar a classificação. Se não der, tem ainda a contenda contra o São Caetano também em casa. Enquando ela não está matematicamente classificado, só se comemoram as vitórias.

O segundo tempo foi morno e Marcos ainda teve de trabalhar para assegurar o resultado (e o time não saiu atrás no placar). Mas as notícias são boas. Com a partida do Jayme Cintra, os últimos cinco jogos foram todos de vitórias verdes (limão-siciliano, se quiserem). São nove partidas sem derrota.

Uma boa recuperação.

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Corrigido às 0h50 do dia 24/03

segunda-feira, março 17, 2008

Palmeiras 4 x 1 São Paulo - polêmica a rodo

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Considerações dispersas sobre o chocolate verde:

Crítico birrento sobre o custo-benefício de Vanderlei Luxemburgo, considero a virada sobre o São Paulo o primeiro "cala boca" de respeito. Pelo menos a minhas reclamações sobre o estilo do cidadão (que guardarei para meus botões).

O que não param são as críticas aos trocadalhos com "chuva" (de gols, de polêmica, de emoção etc.) por aí. Mas que gramadinho safado. Por isso, o trocadalho do título continua infame, mas muda de foco.

Contra a maior parte da crônica, acho que Borges estava impedido no gol anulado de Adriano no primeiro tempo. Se não fosse marcado, porém, seria difícil reclamar. O contrário aconteceu na última partida entre os times, no Brasileiro, mas o favorecido foi o São Paulo.

Kléber tentou se desvenciliar, com exagero, do braço de André Dias sobre seu ombro. Deveria ter sido expulso. Mas não vi a maldade que Rogério Ceni percebeu ao assistir o lance no vestiário durante o intervalo. Assim como o pilhado Bosco, o cidadão vai acabar sendo suspenso depois.

Na comemoração do gol, Adriano tomou a bandeira de escanteio para usar como "cetro" de Rei da Cocada Preta. Quem tirou a bandeira, me parece, foi Calos Alberto. Até onde sei, pela regra, ambos mereciam um cartão amarelo.

Os três pênaltis foram claros. Mas Marco Aurélio Cunha criou, em declaração ao Estado, a cota para pênalti por equipe em clássico. Uma pérola. Muricy deu uma bela canelada em Luxemburgo e Leão ao não-reclamar da arbitragem alegando distância e falta de condições para opinar. Iria parecer desculpa pela derrota, disse ele. E arrematou: "Não faço isso". Faz sim, mas a canelada é divertida.

Adriano teve a chance de matar o jogo depois de dominar a bola num lançamento de classe de Jorge Wagner. Dominou, girou para tirar o zagueiro e chutou sem tanta força, mas ainda a queima roupa. Méritos também para Marcos, que já havia feito uma defesa de mão trocada, como se dizia antigamente, num chute de fora da área que tinha endereço certo.

Palmeiras/Divulgação
Valdívia jogou muito, mais por raça do que por técnica no campo encharcado. Kléber é muito mais importante do que Alex Mineiro para o ataque. Léo Lima tem um papel crucial para o meio do Palmeiras, apesar de ser menos presente em lances decisivos. Denílson comemorou bastante (foto). Foi divertido.

Depois da paralisação no segundo tempo, o São Paulo voltou melhor, e o pênalti do ex-palmeirense Júnior em Valdívia foi providencial para o sucesso verde.

Viva!

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Alterado às 12h

quinta-feira, março 13, 2008

Três grandes entre os quatro primeiros. Atrás do Guaratinguetá

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A liderança continua com o time do Vale do Paraíba, que enfrenta a Lusa no Canindé nesta quinta-feira, 13. Mas as outras três posições da zona de classificação estão com times grandes da capital. É a primeira vez que isso acontece na temporada.

Mais impressionante: o Corinthians, representante da capital paulista na Série B do Brasileiro, está na segunda posição depois de vencer o Rio Preto por pura limitação do adversário com um jogador a menos. Mesmo depois de passar sobre o Barueri, o Tricolor, até duas rodadas atrás o grande mais bem posicionado, continua atrás em saldo de gols. Ambos tem um ponto a mais do que o Palmeiras, que virou o jogo em cima da Ponte Preta.

A Macaca, aliás, amanheceu vice e dormiu na quinta colocação. Acontece.

Na partida do alvinegro da marginal Tietê desprovido de número, o que impressionou foi a importância vital do segundo volante Perdigão com seu bom aproveitamento de passes certos, e a pouca capacidade do resto do time. Lulinha, que entrou no meio do segundo tempo, continua mostrando que não é nada daquilo. Herrera é triste. Dentinho é mais habilidoso, mas é pouco provável que carregue o time nas costas no Nacional. Impressionou a vontade do Timão (sic) em deixar o Rio Preto empatar. Por incompetência não igualou o marcador.

No jogo do Verdão, foi de virada. Um contra-ataque desorganizou a retaguarda verde-limão-siciliano, tirou Diego Cavalieri debaixo da meta e deixou tudo livre para o gol. A virada veio numa boa movimentação de Alex Mineiro no primeiro tempo em enfiada de Léo Lima e em seqüência de dribles de Kléber (foto). Um tento de cada atacante. Luxemburgo ainda colocou Lenny no lugar de Wendel, ainda no primeiro tempo. No segundo, teve chuva, a Ponte contra-atacou algumas vezes com menos marcação do que deveria, mas deu tudo certo para a alegria do Palestra Itália.

O Palmeiras precisava vencer a Ponte. Precisa também vencer o São Paulo no fim de semana. Mas isso é outra história.

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Corrigido às 11h22

segunda-feira, março 10, 2008

Palmeiras 5 a 2 de virada. Sem tempo pra mais um "agora vai"

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A primeira sequência de três vitórias no campeonato Paulista do Palmeiras foi concluída em um 5 a 2 de virada sobre o Bragantino. O time da casa abriu dois gols de vantagem ainda no primeiro tempo com direito a expulsão do goleiro Marcos que resultou em pênalti.

Um dia depois de se tornar "eterno palestrino", o comportamento de Marcos dispensa comentários, porque foi, no mínimo, muito desnecessário. Marcos falou primeiro que não aceitava e depois reconheceu que errou ao reagir à dividida com o atacante Malaquias. Bom, dividida é bondade minha, já que o jogador bragantino também merecia a expulsão. Talvez mais até do que o arqueiro verde.

Depois do empate ainda no primeiro tempo, a vitória veio logo aos quatro do segundo e depois o time abriu vantagem. Do terceiro em diante, foi tudo no contra-ataque. Até Denilson fez dois gols – incluindo um toque cheio de estilo da entrada da área para o quinto gol. Valdívia, marcou um e participou de outros dois. Ficou besta o choro na comemoração do segundo gol do Bragantino, por Nunes.

Ou racha
Não é só mais um "agora vai" porque na quarta-feira, a Ponte Preta e, no domingo, o São Paulo, são dois adversários com um e dois pontos a mais do que o Verdão na tabela. Dois "jogos de seis pontos", como sugere o lugar comum futebolístico, são a única e última chance do time mostrar a que veio na competição. Pode sair com um pé na classificação ou a cabeça no Brasileiro. Jogos nada fáceis.

A promissora formação com dois atacantes e dois meias precisa ser repetida em mais partidas para ser testada, por causa da prematura saída de Alex Mineiro para Diego Cavalieri entrar. Mas não será contra a vice-líder, porque os dois meias Diego Souza e Valdívia estão suspensos com o terceiro cartão. Kléber, com camisa 30, foi bem.

Luxemburgo
Às vésperas de sentar-se no banco dos réus, o treinador do Palmeiras, Vanderlei Luxemburgo concordou até com a arbitragem cheia de problemas em Bragança. Até brigou com Wanderley Nogueira na Mesa Redonda da Gazeta, por ter sido acusado de estar "doce" com os homens de preto. Tudo para pegar só trinta dias?

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Alterado às 14h45

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Palmeiras: péssimas notícias do 1 a 1

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Depois de sair na frente no placar com Diego Souza, com direito a passe de letra de Alex Mineiro, o Palmeiras cedeu o empate ao Rio Claro, em belo gol de Chumbinho. Depois, para piorar, esboçou aceitar um sufoco do arqui-rival do Velo Clube.

No primeiro tempo, se o Palmeiras esteve longe de ser brilhante, não foi mal. Foram irritantes os recuos para o goleiro Marcos que, sem alternativas de saída de bola fáceis, optava por chutões. O autor do gol verde procurou jogo, mas não salvou o time. No segundo, Denílson entrou em campo já depois do empate, e conseguiu apenas algumas faltas no campo de ataque. Só não foi mais do que o Valdívia na segunda etapa porque o chileno sofreu um pênalti, desperdiçado por Alex Mineiro. Os laterais jogaram mal e o conjunto beirou a apatia na etapa final. As mexidas do técnico Vanderlei Luxembrugo não surtiram efeito.

O pênalti, que me pareceu bem marcado, batido por Alex Mineiro foi forte, mas não tão bem colocado. Os méritos da defesa são todos do goleiro.

Maledicentemente, arrisco-me a dizer que Edu Marangon deu um nó tático em Luxemburgo. Conseguiu um empate. Para um time na zona de descenso depois de uma série de derrotas, não é ruim.

Com esse grau de regularidade, que não consegue manter o ritmo de um tempo a outro, fica complexo para o Palmeiras.

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Ótimas notícias do 4 a 0

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Desde maior de 2007 o Palmeiras não marcava quatro gols numa única partida. Na anterior, o adversário tinha um pouco mais de prestígio do que o Juventus, o palco era maio e o contexto prometia uma temporada e tanto (era o Flamengo, na estréia do Brasileiro, no Maracanã).

No sábado, os 4 a 0 sobre o Moleque Travesso em Ribeirão Preto foram ótimos porque:

- Aconteceu no seguinte à publicação, pelo Estado de S.Paulo, de uma entrevista de Vanderlei Luxemburgo afirmando que Valdívia não é craque por não saber fugir da marcação e das polêmicas pancadas que sofre, quer dizer, concordei com o técnico verde pela primeira vez em uns dois anos, mesmo sendo fã do Mago chileno.
- Denilson entrou em campo aclamado pela torcida e deu passe para o quarto gol.
- Os laterais jogaram bem e arejaram, ainda mais do que nas partidas anteriores, a criação de jogadas, como bem lembra a Folha, a bola foi carimbada por Leandro em três e por Élder Granja no outro gol contra o Juventus. Jogar pelas laterais em um time com dois meias bem acima da média do campeonato.
- Nenhum outro grande venceu. O São Paulo perdeu a invencibilidade, o Corinthians comemorou empate e o Santos está em antepenúltimo.

Claro que poderia ser melhor se não fossem os tropeços de até duas rodadas atrás, porque o time estaria entre os quatro. Sem exagerar na confiança, o time sobe na tabela.

quinta-feira, fevereiro 07, 2008

Corinthians: atacar também faz parte do jogo

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O Corinthians empatou mais uma, trazendo à memória dos alvinegros a desastrosa campanha do Brasileiro passado. O zagueiro Ávalos abriu o placar para o Barueri aos 30 min. Do primeiro tempo. Dentinho empatou para o Timão aos 36 min. E ficou por isso mesmo.

O Corinthians mais uma vez padeceu de um meio-campo sem criatividade. A formação colocada em campo por Mano Menezes foi, mais uma vez, extremamente recuada, com sete jogadores preocupados antes em defender que atacar. O treinador também insistiu em colocar Alessandro na lateral, barrando Coelho. O ex-santista rende mais jogando pelo meio-campo, já que sua característica mais positiva (talvez a única) é o toque de bola.

É claro que as opções do técnico são poucas e não muito boas. Claro também está que ele prefere garantir uma campanha medíocre no Paulista que arriscar tomar umas biabas ao escalar um time menos retrancado. Mas acho que o tiro pode sair pela culatra. Em vários momentos, a formação defensiva atraiu o Barueri para o campo do Corinthians, forçando Felipe a umas duas defesas difíceis.

Se o Corinthians agredisse mais, poderia manter o adversário mais longe de seu gol. E não estou pedindo muito: com três zagueiros, dois volantes e dois laterais descendo só na boa, acho que soltar um pouquinho mais o time não seria nenhum exagero de ousadia.

Um atenuante para o empate de ontem: o Barueri parou todas as jogadas com falta. Foram, segundo o blog do André Kfouri, 29 faltas contra apenas 8 do Corinthians. Mesmo assim, os dois times saíram de campo com três cartões amarelos cada (dois do Corinthians por reclamação).

PS.: Do mesmo André Kfouri, sobre a falta de gols corintianos: "Mano Menezes avisou que seu time seria construído de trás para a frente, no que está certo. A torcida, que não conhece o cronograma de obras, gostaria de ver pelo menos um esboço do ataque."

PPS.: Bobô na seleção foi mais surpreendente pra mim do que quando convocaram o Jô...

quinta-feira, janeiro 24, 2008

Valdívia e o "adevogado" Luxemburgo

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Das 29 faltas cometidas pelo MAC na partida de quarta-feira, 23, 10 foram em cima do meia chileno Valdívia. O pontapé do lateral Vinícius no nariz do palmeirense deixou-o como mostra a foto.

A partir daí, Vanderlei Luxemburgo disse:

– Os árbitros precisam coibir lances como o de hoje [quarta-feira]. As faltas fazem parte de uma partida, mas o anti-jogo não. O que o Marília fez aqui foram faltas seguidas para travar a partida e coibir o futebol-arte do Valdivia.

Descontada a adjetivação do "futebol-arte", a preocupação não é nova. Quando Robinho foi ameaçado pelo ex-goleiro gremista Danrlei em 2002, havia uma ameaça expressa, mas se falava da pancadaria. O ex-integrante do pior ataque do mundo, Sávio, também sofria com as sarrafadas – aliás, Valdívia está mais próximo do ex-flamenguista do que de Robinho em termos de habilidade.

Luxemburgo prossegue:
– Nos dois últimos jogos, o Valdivia recebeu dois cartões completamente injustos. Ele é um jogador diferente, que parte para cima quando está com a bola. Qualquer atleta precisa ter liberdade para fazer o que bem entender dentro de campo, desde que com lealdade. O coronel [Marcos Cabral de Moura] Marinho [presidente da Comissão Estadual de Arbitragem] precisa pegar os três teipes e ver se foram justos os cartões que o Valdivia tomou.
O próprio técnico explica o menos controverso dos cartões – porque merecido – na partida contra o Santos:
– Não quis falar no dia para não polemizar, mas se você pegar o teipe da partida, vai ver que é o adversário quem dá um soco no Valdivia. Quem deveria ter levado cartão antes do meu jogador era o Adriano, pois ele não deixou o Valdivia jogar durante os 90 minutos. A Comissão de Arbitragem precisa estar atenta quanto a isso.
Dizer que ele foi vítima inocente do troca-tapas com o santista não cola. Meu ponto é que transformar o chinelo em vilão da história é um erro, porque o cidadão apanha em campo.

E vítima de pontapés em geral, ele é. Ter o sangue frio de não reagir e aprender a pular antes da chegada da voadora podem ser os instrumentos para ele ir mais ou menos longe do futebol.

Nariz do Valdívia, voleio do Viola e goleiro do Barueri

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Enquanto o Ituano termina de empatar com o São Paulo em 1 a 1, com direito a uma defesa de cinema do goleiro Marcelo em cobrança de falta de Rogério Ceni, traço estas mal-escritas linhas.

Palmeiras/Divulgação
O Palmeiras venceu o até então líder do campeonato MAC, em Marília. Como estamos na terceira rodada do Paulista e até o Corinthians já foi líder a vitória não chega a representar grandes avanços: uma vitória importante. O gol da vitória alviverde foi conferido pelo lateral Élder Granja (foto), de falta. No meio da semana, fiquei indigando ao ler que o atleta estava contente por ter começado jogando em duas partidas consecutivas, algo que não ocorria há algum tempo na carreira do cidadão - que teve um 2007 complicado no Inter.

Chamou atenção o pontapé de um volante do MAC no nariz do chileno Valdívia. Não se pode dizer que o chute tenha tido como alvo o cheirador do "Mago", mas foi uma pezada de derrubar.

No Maracanã, o Fluminense venceu o Duque de Caxias por 3 a 2, de virada, depois de estar perdendo por 2 a 0. O segundo tento caxiano foi de Viola, o veterano de 39 anos, ex-Corinthians, Palmeiras, Santos e outros. Um raro voleio arrematado de esquerda. Surpreendente.

Já o goleiro do Barueri armou uma presepada ao abrir a brecha para a vitória do Guaratinguetá, no Vale do Paraíba. Após reter a bola em uma jogada ofensiva, o arqueiro Márcio correu para repor a bola em jogo, na direção do meia Michel. O atacante ficou no caminho, irritou o vizinho de Alphaville e Tamboré que lhe mandou um cotovelaço grotesco. O árbitro Marco Antonio de Oliveira Sá não viu (ou fingiu que não viu), mas foi alertado pelo assistente Carlos Augusto Nogueira Jr. Com a expulsão pela violência, o lateral Guigov foi para o sacrifício para o camisa 12 Renê. Não resolveu.

segunda-feira, janeiro 21, 2008

De bom tamanho para os dois

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Valdívia e o incansável Adriano (Divulgação Santos FC)

Santos e Palmeiras fizeram um jogo que, se observada a escalação dos dois times que entraram no gramado da Vila Belmiro, está totalmente dentro das expectativas. Ainda mais com a chuva torrencial que castigou a Baixada Santista no fim de semana, o que colaborou para que a partida ficasse ainda mais truncada.

Sem Kléber e Rodrigo Souto, o Santos é um time pra lá de comum; e o Palmeiras, sem Diego Souza e a incógnita Lenny como opção, também é uma equipe mediana. Luxemburgo tentou surpreender ao tirar o volante Makelelê e colocar Luis Henrique. A pressão inicial, com uma formação mais ofensiva, fez com que o Verdão chegasse mais à frente e dominasse até metade da etapa inicial. Mas, com Marcinho Guerreiro mais adiantando e acionado bem contra-ataques (por incrível que pareça), o Peixe equilibrou. Chance do Palmeiras, só um recuo mal feito de Evaldo (substituído depois por Domingos) e uma bola que o carrapato Adriano tomou de Valdívia. Ele e outros três santistas tocaram na redonda dentro da área alviverde. E ninguém chutou.

Na segunda etapa, o treinador palmeirense colocou Makelelê e o time voltou a uma formação mais cautelosa, cedendo espaço ao Santos que passou a dominar a partida, sem de fato criar reais chances. A melhor foi do Palmeiras, quando Valdívia, no único momento em que se viu livre de Adriano, chutou para a defesa de Fábio Costa dentro da área. A única intervenção realmente importante de um dos arqueiros.

No fim, um empate bom para os dois. Para o Santos, não perder deu alguma tranqüilidade a Leão, que ganha tempo para poder contar com a recuperação de seus desfalques e também para tentar alguma contratação. Para o Palmeiras, empatar na Vila não deixa também de ser um bom negócio, dado que é sempre difícil bater o Santos em casa. Bom futebol, pelo jeito, vai ser difícil os torcedores dos dois times assistirem no início do ano.