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Por CLÓVIS MESSIAS*

A democracia não é contra qualquer esclarecimento, por ser, esse, um dos pilares da liberdade. Aqui na Assembléia Legislativa de São Paulo, os parlamentares mais sofismam que esclarecem. Tudo se pergunta, mas nada é respondido – em nome da "estabilidade democrática". Que estabilidade é essa que não permite saber, de forma clara, como está o dinheiro público? Aliás, esse tal de dinheiro público é seu, é meu, é nosso. É dinheiro que retiram da gente em impostos, que deveria ser devolvido em educação, saúde, promoção social, habitação, saneamento básico. Mas, necas.
Queremos saber, com CPI ou não, como está a apuração da denúncia trazida pelo Ministério Público da Suíça, que acusa o pagamento de propina, a membros do governo de São Paulo, pela empresa Alstom. O governo diz que não vai apurar porque a matéria é vencida. Respondemos nós: mas o bolso que recebeu propina não está vencido. Já o nosso bolso é modesto, só deseja que a grana retorne em serviço público. Se isso acontecesse, não teríamos que procurar saber onde está o nosso dinheiro.
Acho que esse troco daria, por exemplo, para algumas saideiras...
*Clóvis Messias é dirigente do Comitê de Imprensa da Assembléia Legislativa de São Paulo e escreve semanalmente para o Futepoca.
2 comentários:
"É dinheiro que retiram da gente em impostos, que deveria ser devolvido em educação, saúde, promoção social, habitação, saneamento básico."
acho que em "promoção social" o recurso foi investido. Só que de um grupo, digamos, restrito.
Pode-se entender dinheiro gasto em bar como "promoção social"?
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